quarta-feira, 28 de junho de 2006

Lagoa dos Monteiros - Mapeamento Cultural 2006

Texto da Ficha 1
MANIFESTAÇÕES CULTURAIS E EVENTOS



“FESTAS JUNINAS”


Nome da Manifestação Cultural ou evento: Quadrilha

Durante o mês de junho a comunidade de Lagoa dos Monteiros começa a se movimentar para brincar quadrilha, ensaia-se durante todo o mês e marca-se uma data no fim do mesmo para apresentar a quadrilha para as pessoas da localidade e comunidades vizinhas.
Essa tradição vem acontecendo há 27 anos e começou por uma moradora de Acaraú chamada Olívia que veio morar na comunidade por alguns anos e trouxe o movimento com o objetivo de divertir as pessoas. Depois ficou sob responsabilidade de Tereza Maria da Silva, Nilce Silva, e em 1997 a EEF Joaquim José Monteiro passou a organizar esse evento.
Nos primeiros anos que era realizado esse evento as pessoas usavam instrumentos como pandeiro, triângulo, zabumba e havia participação de sanfoneiros cantando para animar o evento.
Os trajes usados para a quadrilha são vestidos coloridos, com babados e bicos. As camisas dos rapazes também são coloridas, usam chapéu e com um carvão fazem o bigode. As meninas usam trança e pintura no rosto.
Participam deste evento aproximadamente 1000 pessoas, pois todas as comunidades vizinhas e a própria localidade procuram vir apreciar esse movimento de diversão que envolve crianças, adolescentes, jovens e idosos.


Autor – Antônio Fagner Cruz
03/06/2006
16 anos

Texto da Ficha 1
MANIFESTAÇÕES CULTURAIS E EVENTOS



“NOITE CULTURAL”


Nome da Manifestação Cultural ou evento: Noite Cultural

Desde o ano de 2002 é realizado na EEF Joaquim José Monteiro esse evento “Noite Cultural” que tem por objetivo resgatar a cultura de nossa localidade e região, enfatizando o folclore.
Tudo começou quando começamos a trabalhar com projetos. Os assuntos eram discutidos em sala e depois culminados apenas para alunos. Achamos que ficava um público muito limitado, então decidimos mostrar para toda a comunidade e pessoas de localidades vizinhas o resultado de nosso trabalho.
Durante a “Noite Cultural” apresentamos teatro, danças, paródias, poesias, exposições de artes e comidas típicas.
Esse evento é realizado anualmente e dele participam aproximadamente 500 pessoas, envolvendo crianças, adolescentes e adultos. Toda a comunidade aprecia essa manifestação com muito carinho, pois é através dele que mostramos as habilidades artísticas de nossos alunos, além de deixar nossa cultura esquecida.

Autora – Adriana Vasconcelos Carvalho
31/05/2006
12 Anos


Texto da Ficha 1
MANIFESTAÇÕES CULTURAIS E EVENTOS



“31 DE MAIO”


Nome da Manifestação Cultural ou evento: Homenagem a Maria

Durante o mês de maio a capela de Nossa Senhora das Graças presta sua homenagem à Maria, com novenas durante os 31 dias do mês, e no último dia é comemorado o 31de maio, no qual fazemos a coroação de Maria e, logo após, temos um leilão na praça.
Essa tradição vem acontecendo há muitos anos, pois até mesmo antes de a Igreja ser construída escolhíamos uma casa para realizar este evento.
Para a realização da coroação de Maria escolhemos algumas meninas entre 06 e 10 anos para fazerem o papel de anjos. Escolhemos os cânticos e realizamos a coroação. Durante esta noite participam da novena aproximadamente 300 pessoas envolvendo crianças, adolescentes e adultos.
As pessoas que participam dessa manifestação são devotas de Maria que procuram reunir familiares e amigos para rezarem e pedirem paz para o mundo.


Autora – Daniele Marques de Sousa
29/05/2006
12 Anos


Texto da Ficha 1
MANIFESTAÇÕES CULTURAIS E EVENTOS



“REISADO”


Nome da Manifestação Cultural ou evento: Reisado

Durante o mês de janeiro acontece uma manifestação muito importante que resgata a cultura de nosso povo: é o reisado, que ocorre anualmente. Os participantes, ou seja, as pessoas que fazem o reisado, são 07 e tem duração de aproximadamente 06 horas.
O Sr. Miguel Manoel Martins, que é conhecido como Miguel Lion, herdou essa cultura de fazer o reisado com seus antepassados, por acompanhar o evento desde cedo, aprendeu a fazer versos e imitar os personagens. Diz que se sente bem em poder passar alegria para o povo que assiste e contempla.
O reisado ocorre em ritmos apressados sob forma de círculo, dando entoação de uma embolada falando na figura apresentada. Usam trajes de cangaceiros, máscaras para esconder o rosto,etc. quanto mais enfeitado melhor, pois terá mais graça.
Há vários personagens para o reisado: velha, burrinha, boi e outros. Cada personagem é caracterizado por uma pessoa.
O público que assiste essa manifestação são crianças e idosos. O Sr. Miguel nos diz que para ele é de fundamental importância apresentar esse evento para as pessoas, pois ele se sente realizado em poder mostrar seu talento artístico.



Autor – Manoel Edmilson Freitas Filho
26/05/2006
13 Anos



Texto da Ficha 1
MANIFESTAÇÕES CULTURAIS E EVENTOS



“FESTA DA PADROEIRA”


Nome da Manifestação Cultural ou evento: Festa de Nossa Senhora das Graças

No mês de novembro a comunidade de Lagoa dos mOnteiros se prepara para homenagear a Padroeira Nossa Senhora das Graças.
Essa tradição ocorre há 35 anos, quando foi batizada a capela em 15 de novembro de 1971. Tudo começou com a construção da Igreja, em novembro de 1957, pela comunidade. A imagem de Nossa Senhora foi encomendada por Vicente José de Vasconcelos, esculpida em gesso, até hoje encontra-se na Igreja.
A homenagem à Santa padroeira inicia-se no final da primeira semana de novembro e termina na terceira semana do mesmo mês.
A Festa da Padroeira é um momento de oração e união das famílias, pois todas procuram participar das novenas e missas realizadas durante os dez dias de festa.
Para celebrar as novenas contamos com a participação de comunidades e padres das paróquias vizinhas. Há um tema central, que é dividido em subtemas e que cada noite é debatido por uma comunidade ou padre convidado. Durante a festa também é realizada a Primeira Comunhão das crianças.
Todas as noites participam do novenário aproximadamente 500 pessoas, entre crianças, adolescentes e adultos. Nossa festa é bem animada e bem participada. Desejamos que as pessoas aumentem sua fé e a vontade de servir a Deus, só assim haverá paz e união entre as pessoas.



Maria Daniele Vasconcelos
27/05/2006
10 Anos


Texto da Ficha 1
MANIFESTAÇÕES CULTURAIS E EVENTOS



“PANELADA”


Nome da Manifestação Cultural ou evento: Panelada na Semana Santa

Logo que chega a quaresma as pessoas já começam a escolher uma casa para realizarem a Panelada na Semana Santa, pois esta acontece na madrugada da Sexta-Feira Santa e as pessoas costumam saborear galinha caipira.
Essa manifestação tem o objetivo de reunir os amigos e saborear comidas depois da meia-noite. Para animar ainda mais a noite temos a presença do Judas, que é construído pelas pessoas que participam da panelada.
Essa tradição acontece anualmente e é muito prazerosa, pois é o momento que reunimos a família e os amigos mais próximos para conversar, contar anedotas, saborear comidas e bebidas.



Alice Maria da Cunha
26/05/2006
13 Anos
Texto da Ficha 2
OFÍCIOS E MODOS DE FAZER



“SRA CONCEIÇÃO FREITAS, ARTESÃ EM URU”


Nome do Ofício/ Modo de Fazer: Uru


A Sra. Conceição nasceu em Genipapeiro, mas reside nesta localidade há 43 anos. Aprendeu a fazer uru ainda criança, pois na sua localidade de nascença as pessoas trabalhavam com palha e ela aprendeu a confeccionar urus apenas observando as pessoas fazerem este tipo de artesanato.
De início fazemos uma trança bem grande na largura de três dedos com nove palhas. Depois da rança feita, costura-se em forma de círculo com uma agulha de costurar saco e está formado o uru!
A Sra. Conceição faz esta atividade artesanal para uso familiar, pois toda sua família trabalha na agricultura e o artesanato em questão é muito útil para carregar mandioca, castanha, milho, feijão, etc.



Samuel Morais de Freitas
26/05/2006
12 Anos




Texto da Ficha 2
OFICINAS E MODOS DE FAZER



“D. MARIA, ARTISTA EM PONTO-CRUZ”


Nome do Ofício/ Modo de Fazer: Ponto-Cruz

Maria Rodrigues Albuquerque é seu nome de batismo, mas é conhecida mesmo por Maria Amânsio, reside nesta comunidade desde que nasceu e aprendeu o ponto-cruz por influência de sua madrinha.
Na época D. Maria tinha 06 anos de idade e começou bordando cachorrinho e florzinha. Não se saiu muito bem, mesmo assim, continuou tentando e conseguiu melhores resultados. Até hoje ainda faz.
Para se fazer o ponto-cruz precisamos de pano próprio e linha. Depois pegamos a agulha e começamos a fazer os desenhos que nos chamam mais a atenção.
D. Maria procura fazer ponto-cruz porque gosta e admira os tecidos bordados desse tipo. Ela acha muito importante este tipo de artesanato, pois além de ser bonito traz benefícios para as pessoas.



Andressa da Silva Queirós
24/06/2006
12 Anos





Texto da Ficha 2
OFICINAS E MODOS DE FAZER



“SRA CARLEANE, PROFISSIONAL EM FAZER BOLOS”


Nome do Ofício/ Modo de Fazer: Bolos

Carleane Carla de Sousa, nasceu em Lagoa dos Monteiros e reside aqui até hoje. Aprendeu a fazer bolo aos dezessete anos, com sua mãe.
Para se fazer o bolo precisamos de leite condensado, massa de trigo, leite de coco. Ovos, suco natural de laranja, cravo e açúcar. Misturamos todos os ingredientes, batemos bastante até ficar uma massa homogênea, passamos margarina em uma fôrma de bolo, colocamos tudo na mesma, depois leva-se ao fogo e deixa por 40 minutos.
A Sra. Carleane nos diz que faz bolo para datas especiais e também porque gosta. Fala que é preciso carinho, amor e dedicação para que o bolo saia bem gostoso e acha esta manifestação importante, pois está envolvendo a culinária popular.



Maria Roberlândia de Sousa
23/06/2006
14 Anos






Texto da Ficha 2
OFICINAS E MODOS DE FAZER



“SR. RAIMUNDO, PALNTADOR DE MELANCIA”


Nome do Ofício/ Modo de Fazer: Plantio de Melancia

O Sr. Raimundo nasceu em Aroeira e mora nesta localidade há 15 anos e aprendeu a plantar melancia com seu pai quando tinha 13 anos e esta atividade se faz em quintais e terrenos, na época do inverno.
Para se plantar a melancia, você limpa um pedaço de terreno, abre um buraco e coloca três sementes,fecha-o. depois de três dias já nasce o pé de melancia e depois de três meses já tem melancia para comer.
O Sr. Raimundo faz este trabalho porque é prazeroso colher e saborear esta fruta que contém vitaminas que servem para o crescimento e fortalecimento do nosso corpo.



Maria Roberlândia de Sousa
22/06/2006
14 Anos



Texto da Ficha 2
OFICINAS E MODOS DE FAZER



“SRA DIANA, PRODUTORA DE MILHO”


Nome do Ofício/ Modo de Fazer: Plantio de MIlho

A Sra Diana nasceu na localidade de Paraguai, mas reside nesta localidade há 20 anos e aprendeu a plantar milho com seu pai, observando-o, e com 10 anos já começou a fazer este trabalho.
Para se plantar o milho cavamos um buraco no chão com a enxada, colocamos alguns caroços de milho, depois fechamos o buraco, com seis dias o milho germina. Essa manifestação acontece apenas na época do inverno, pois para o milho nascer, precisa-se de água da chuva.
A Sra. Diana faz este ofício porque gosta e também porque serve para o seu sustento e diz que seria bom que os pais começassem a ensinar a seus filhos a realizar esta atividade desde criança, pois nossa cultura não pode ficar esquecida.


Edivânia Marques Sousa
22/06/2006
13 Anos




Texto da Ficha 2
OFICINAS E MODOS DE FAZER



“SR OSCAR E O SEU PLANTIO DE MANDIOCA”


Nome do Ofício/ Modo de Fazer: Plantio de Mandioca

Sr. Oscar é um homem muito dedicado ao seu trabalho, reside nesta localidade desde quando nasceu e foi com seu pai que aprendeu a plantar quando tinha 8 anos de idade.
Essa manifestação cultural acontece em quintais, roçados, capoeiras, vazantes. Para iniciar esta atividade, preparo o terreno, brocando o mato, em seguida queimo, faço acerca em redor do terreno e espero com muita fé que a chuva venha para eu poder plantar.
Plantamos a mandioca com o olho pra cima, assim ela nasce forte e será uma boa mandioca que podemos transformá-la em goma, farinha e com sua casca, ração para o gado.
O Sr. Oscar sempre faz este trabalho para garantir a sobrevivência de sua família e procura ensinar os filhos para que essa bonita manifestação nunca seja esquecida.



Autor – Francisco Diego Vasconcelos
25/06/2006
12 Anos



Texto da Ficha 2
OFICINAS E MODOS DE FAZER



“D. MARIA JOSÉ, ARTESÃ EM BOLSA DE PLÁSTICO E PALHA”


Nome do Ofício/ Modo de Fazer: Confecção de Bolsas de Plástico e Palha

D. Maria José mora na localidade de Lagoa dos Monteiros há 24 anos e aprendeu a fazer a arte com as pessoas de onde mora.
Para fazer este tipo de artesanato, precisamos de sacolas plásticas, palhas, talos de coqueiro e agulhas de crochê. Geralmente se enrola as tiras de plástico nos talos de coqueiro como se fizesse crochê. Com a palha é o mesmo processo. Também se faz com a agulha, sendo o mesmo sistema de crochê.
A Sra. Maria José faz este tipo de artesanato apenas para se distrair, mas às vezes recebe pequenas encomendas e diz que seria bom se as crianças e adolescentes aprendessem a fazer, pois esta é uma maneira sadia de ocupar-se e ganhar algum dinheiro.


Autor – Paulo Sérgio dos Santos
26/05/2006
16 Anos



Texto da Ficha 2
OFICINAS E MODOS DE FAZER



“SRA. IVONETE, PRODUZ VARIEDADES DE PEÇAS EM CROCHÊ”


Nome do Ofício/ Modo de Fazer: Crochê

Em Lagoa dos Monteiros reside uma pessoa que faz grande variedades de peças em crochê, é a Sra. Ivonete, que mora nesta localidade há 13 anos e aprendeu a fazer crochê com sua mãe.
Para a realização do artesanato com crochê podemos utilizar linhas, fios, lâ e agulha. Primeiramente pega-se a agulha e a linha, dá-se um nó na linha, faz-se uma trança e inicia-se o trabalho desejado. Os artesanatos resultantes desta atividade são: toalhas, caminho de mesa, colcha de cama, tapetes, tucum, capas de almofada, sapatinhos, meias, bolsas, capa de liquidificador, de fogão, etc.
A Sra. Ivonete faz este artesanato porque gosta, para ajudar financeiramente sua família e ocupar o tempo, pois é uma maneira divertida de trabalhar.


Autora – Dourilene Natália da Silva
26/05/2006
13 Anos



Texto da Ficha 2
OFICINAS E MODOS DE FAZER



“SR. RAIMUNDO, ARTESÃO EM TARRAFA”


Nome do Ofício/ Modo de Fazer: Tarrafa

Quem passa pela localidade de Lagoa dos Monteiros logo fica conhecendo o Sr. Raimundo, que mora aqui há 41 anos, sendo a única pessoa que faz tarrafa nesta localidade. Ele aprendeu o ofício aos 20 anos, observando uma vizinha que praticava a atividade.
Para se fazer a tarrafa precisamos de agulha e linha naylon. Inicia-se o castelo com 40 malhas e pode terminar com 400 ou mais malhas, dependendo do gosto da pessoa que vais comprar.
O sr. Raimundo confecciona esta atividade artesanal como meio de vida, pois não gosta muito de fazer, mas como não tem emprego fixo, faz qualquer coisa para garantir o seu sustento e o de sus família.



Autor – Felipe Camargo Vasconcelos Sousa
26/05/2006
14 Anos




Texto da Ficha 2
OFICINAS E MODOS DE FAZER



“SR JOSÉ, ARTERSÃO EM MADEIRA”


Nome do Ofício/ Modo de Fazer: Cambito

Conhecido com José Felix, mora na localidade de Lagoa dos Monteiros há 19 anos, aprendeu a fazer cambito com seu avô, porque precisava do mesmo para trabalhar na agricultura em época de farinhada e também para carregar material para fazer faxinas e cercas.
Para se fazer o cambito precisamos tirar madeira e moldá-la com um enchô e um escopo. Depois colocamos as cordas que servem de azéias e está pronto o cambito.
O Sr. José Felix faz cambito porque ele ajuda muito nos trabalhos da agricultura e acharia interessante que os jovens e adolescentes de hoje tivessem interesse para aprender, pois é um tipo de artesanato que as gerações mais novas estão deixando ficar esquecido.


Autor – Manoel Edmilson Freitas Filho
26/05/2006
13 Anos




Texto da Ficha 2
OFICINAS E MODOS DE FAZER



“SRA. CARMA, PAIXÃO PELA ARTE EM TIRA”


Nome do Ofício/ Modo de Fazer: Tucum

Quem passa pela localidade de Lagoa dos Monteiros já fica sabendo quem é que faz um caprichado tucum, é a Sra. Carma que mora aqui há 33 anos.
Para se fazer o tucum precisamos de tecidos de várias cores, cortamos em tiras, depois juntamos 09 tiras as quais se entrelaça como se fosse uma trança até formar uma pequena cordinha. Então emenda-se as duas pontas, torna-se a fazer a fazer a trança, emenda-se e assim sucessivamente.
D. Carma faz este artesanato porque gosta e acha bonito, também porque as pessoas a procuram para comprá-lo e por este ser o seu meio de vida.



Autor – José Edergilson da Costa
26/05/2006
12 Anos




Texto da Ficha 2
OFICINAS E MODOS DE FAZER



“SRA. CONCEIÇÃO VASCONCELOS, PAIXÃO PELA ARTE EM BORDADOS”


Nome do Ofício/ Modo de Fazer: Bordados

A Sra. Conceição aprendeu a bordar ainda adolescente, observando algumas vizinhas. Em sua casa há um quarto reservado para seu trabalho.
Para se fazer o bordado precisamos de uma máquina de costura, bastidoures, tesouras, linhas e agulhas. A partir daí é só usar a imaginação e bordar o que você quiser, que pode ser feito em colchas, redes, toalha de mesa e banho, calcinhas para crianças, camisola e pijamas.
Ela utiliza este artesanato como meio de vida e tem muita dedicação pelo seu trabalho, por ser bem feito e muito procurado, principalmente para bordar enxovais.


Francisco Diego Vasconcelos
26/05/2006
12 Anos




Texto da Ficha 2
OFICINAS E MODOS DE FAZER



“SRA. MARIA, ARTESÃ EM TAPETES DE TIRA”


Nome do Ofício/ Modo de Fazer: Tapetes

Residente na localidade de Lagoa dos Monteiros há 35 anos, Sra. Maria começou a confeccionar tapetes desde os quinze anos, observando sua irmã que tinha essa profissão e sua primeira obra foi um tapete de estrela.
Para se fazer o tapete, primeiramente cortamos as tiras de pano, emendamos uma na outra com um nó, depois vamos fazendo em forma de crochê com agulha nº 02.
A Sra. Maria faz este artesanato como meio de vida para ajudar no orçamento da casa e por as pessoas gostarem muito do seu trabalho, por ser bem caprichado.


Autor – Francisco Diego Vasconcelos
26/05/2006
12 Anos




Texto da Ficha 2
OFICINAS E MODOS DE FAZER



“SRA. MARIA, ARTE EM PANO”


Nome do Ofício/ Modo de Fazer: Boneca de Pano

Sra. Maria mora na localidade de Lagoa dos Monteiros há 52 anos e aprendeu a fazer boneca de pano sozinha quando tinha 10 anos.
Para se fazer a boneca cortamos o pano em forma de uma pessoa, costuramos e enchemos de algodão. Em seguida fazemos a cabeça, enchemos de algodão e pregamos ao corpo. O cabelo é feito com fiapos de pano. Após a boneca feita, construímos sua roupa para que ela fique mais bonita.
A Sra. Maria fazia as bonecas para uso pessoal e para serem arrematados em leilões após as novenas de 15 em 15 dias. Os rapazes arrematavam as bonecas para darem às suas namoradas.
Hoje D. Maria não faz mais bonecas, mas acha importante este tipo de artesanato, pois não se gasta muito para fazê-lo e fica muito bonito. Podemos usá-lo para presentear nossos filhos, netos e amigos.


Autor – Samuel Morais de Freitas
26/05/2006
12 Anos





Texto da Ficha 2
OFICINAS E MODOS DE FAZER



“SRA. AURILENE, PREPARADORA DE SARAPATÉIS”


Nome do Ofício/ Modo de Fazer: Sarapatéis


Aurilene mora na localidade de Lagoa dos Monteiros desde que nasceu e aprendeu a fazer sarapatéu aos dez anos, com sua mãe.
Para se fazer o sarapatéu precisamos de um fígado de porco, cortado em pequenos pedaços. Escaldamos e colocamos para cozinhar com bastante verdura durante 15 minutos em panela de pressão. Em panela normal, o tempo de cozimento é meia hora.
Aurilene faz esta deliciosa comida porque gosta de culinária e por isso todos adoram saborear suas deliciosas comidas.


Maria Roberlândia de Sousa
16/06/2006
14 Anos





Texto da Ficha 2
OFICINAS E MODOS DE FAZER



“SRA. MARIA, CONHECIDA POR FAZER UMA BOA CANJICA”


Nome do Ofício/ Modo de Fazer: Canjica

Sra. Maria mora na localidade de lagoa dos Monteiros há 13 anos e aprendeu a fazer canjica com sua mãe, aos 10 anos, pois ela ajudava-na nos serviços de casa.
Para se fazer a canjica, primeiro tiramos as espigas de milho, descasca, rala, depois coloca um pouco d’água, passa na peneira com sal e açúcar, coloca no fogo e vai mexendo até engrossar, deixa ferver bem para ficar bem cozido.
Essa manifestação acontece porque a Sra. Maria gosta de fazer e saborear junto com sua família. Seria bom que essas comidas feitas com produtos de nossa região nunca ficassem esquecidos. Isso só aconteceria se a tradição fosse sempre repassada de geração em geração.



Maria Edivânia Marques Sousa
26/05/2006
13 Anos







Texto da Ficha 2
OFICINAS E MODOS DE FAZER



“SR HAROLDENI, PRODUTOR DE UM GOSTOSO PIRÃO”


Nome do Ofício/ Modo de Fazer: Pirão


Quem passa pela localidade de Lagoa dos Monteiros logo fica sabendo quem é o responsável produtor de um delicioso pirão: é o Sr. Haroldeni, que mora aqui há 08 anos e aprendeu a fazer este pirão em São Paulo, pois lá trabalhava como saladeiro.
Para se fazer o pirão. Primeiramente cozinhamos a carne junto com o tempero, depois que a carne estiver bem cozida, tira-se o caldo fervente, deixa-se no fogo brando. Coloca-se farinha e mexe-se até dar o ponto certo.
O Sr. Haroldeni faz pirão apenas por diversão, pois seus amigos adoram saborear este prato que ele faz com muito carinho e dedicação.

Autora – Dourilene Natália da Silva
26/05/2006
12 Anos





Texto da Ficha 2
OFICINAS E MODOS DE FAZER



“SRA. CLEONICE, CONHECIDA POR SEUS DELICIOSOS SUCOS”


Nome do Ofício/ Modo de Fazer: Suco de Caju

A Sra. Cleonice é conhecida por todos como Cléia e reside nesta localidade há 24 anos. Aperfeiçoou sua prática de fazer suco de caju em uma capacitação realizada nesta localidade.
Para se fazer o suco de caju primeiramente limpamos o caju, tiramos suas duas extremidades e o lavamos em duas águas com cloro. Espreme-se o caju para tirar uma parte do suco e bota-se no liquidificador, côa-se, coloca-se para ferver com produtos químicos até atingir 90ºC. O suco é engarrafado quente e as garrafas terão que ser esterilizadas. Lacra-se e coloca-se para ferver em banho Maria por 15 minutos. A durabilidade é de um ano.
A Sra. Cleonice faz este suco porque gosta do que pratica e acharia importante que as crianças e adolescentes tivessem interesse em aprender a praticar, pois é uma fonte de renda para ajudar em seu sustento. Acém disso, estariam valorizando o produto da terra.



Autora – Maria Edivania Marques Sousa
26/05/2006
13 Anos





Texto da Ficha 2
OFICINAS E MODOS DE FAZER



“SRA. MARIAZINHA, PRODUTORA DE MOCORORÓ”


Nome do Ofício/ Modo de Fazer: Mocororó


Residente na localidade de Lagoa dos Monteiros há 47 anos, a Sra. Mariazinha aprendeu a fazer mocororó ainda criança, com sua mãe.
Para se fazer o mocororó precisamos de caju azedo. Esprememos o caju na mão para tirar o vinho, colocamos rezina para cortar o vinho, em seguida passamos em três panos, colocamos no litro, tampamos e deixamos no sol por um período de três dias e o mocororó já está pronto.
A Sra. Mariazinha faz mocororó para o seu consumo diário e para vender, pois as pessoas a procuram muito, pois a mesma produz\ esta bebida de forma bem caprichada.



Autor – José Jocivan Albuquerque
26/05/2006
16 Anos






Texto da Ficha 2
OFICINAS E MODOS DE FAZER



“SRA. RAIMUNDA, ESPECIALISTA EM BAIÃO-DE-DOIS”


Nome do Ofício/ Modo de Fazer: Baião-de-Dois


Raimunda Vasconcelos Targino nasceu e criou-se em Lagoa dos Monteiros. Sempre teve curiosidade de testar receitas por influência de sua mãe.
Para se fazer o baião-de-dois precisamos de leite de coco, carne do sol, arroz, macarrão e feijão. Cozinha-se o feijão com verduras e leite de coco, acrescenta-se o arroz, a carne e o macarrão, não deixando secar muito para que o baião fique molhadinho.
A Sra. Raimunda adora fazer este tipo de comida apenas para a família, pois ele é rico em proteínas e carboidratos. Diz que seria importante que as mães repassassem a cultura para seus filhos, pois só assim ela não ficaria esquecida.



Autor – Paulo Sérgio dos Santos
26/05/2006
16 Anos





Texto da Ficha 2
OFICINAS E MODOS DE FAZER



“SRA. NOVA E SUAS DELICIOSAS PAMONHAS”


Nome do Ofício/ Modo de Fazer: Pamonha


Sra. Nova é apelido, seu nome mesmo é Maria Estrela de Araújo. Reside na localidade de Lagoa dos Monteiros há 41 anos e aprendeu a fazer pamonha com sua mãe, mas somente começou a praticar este ofício quando casou, aos dezessete anos.
A pamonha é um alimento muito gostoso, mas só podemos fazê-la na época do inverno, pois precisamos de espigas de milho. Separamos a palha da espiga e reservamos. Logo após tirarmos todo o cabelo das espigas. Ralamos estas para que vire uma massa, então acrescentamos coco, manteiga e sal a gosto. Misturamos, em seguida, pegamos as palhas que estão reservadas de duas em duas, colocamos um de frente para a outra transpassada. Depois coloca-se um pouco de massa dentro, fecha-se e amarra-se com uma palha nos dois lados e ao meio. Colocando para cozinhar em uma panela com água aquecida por 30 minutos.
A Sra. Nova adora fazer este tipo de alimento para sua família e amigos saborearem, pois além de ser gostoso é rico em vitaminas.



José Edergilson da Costa
26/05/2006
12 Anos





Texto da Ficha 2
OFICINAS E MODOS DE FAZER



“SRA. ANGELÚCIA, ESPECIALISTA EM DERIVADOS DO LEITE”


Nome do Ofício/ Modo de Fazer: Coalhada

Residente em Lagoa dos Monteiros há 18 anos, nasceu no Córrego de Dentro, e foi lá que aprendeu a fazer coalhada. Na época era criança quando viu sua mãe trabalhar com os derivados do leite, e como não tinha muito segredo, logo na primeira tentativa conseguiu fazer a coalhada.
Para se fazer a coalhada, colocamos umas gotas de limão no leite para formar o soro. No dia seguinte coloca-se uma colher de soro para cada litro de leite e deixa-se descansar por 24 horas. Depois coloca-se na geladeira e é servida com açúcar.
Existem alguns outros produtos que podemos fazer usando a coalhada: bolo, doce e pudim.
D. Angelúcia faz coalhada para seu consumo diário, por gostar de saboreá-la, servir aos amigos como sobremesa e também por ela ser uma comida digestiva.




Daniele Fernanda Martins Ferreira
26/05/2006
13 Anos





Texto da Ficha 2
OFICINAS E MODOS DE FAZER



“SRA. ELVIRA, EXPERIENTE EM FAZER CAJUÍNA”


Nome do Ofício/ Modo de Fazer: Cajuína

A Sra. Elvira mora na localidade de Lagoa dos Monteiros desde quando nasceu. Aprendeu a fazer cajuína já adulta com uma afilhada que veio passar uma semana em sua casa.
Para se fazer a cajuína primeiramente vamos ao cajueiro recolher os cajus, tiramos a castanha, depois rasgamos o caju, colocamos na prensa para tirar o vinho, pomos um pouco de cola e deixamos descansar por alguns minutos. Coamos e colocamos nos litros, logo após pomos tudo dentro de um taxo com água e levamos ao fogo para cozinhar por aproximadamente 30 minutos.
Já cansada, por ter 65 anos, a Sra. Elvira não está mais fazendo a cajuína, mas fez este ofício durante muitos anos porque gostava e todos os seus amigos e familiares adoram saborear essa gostosa bebida.

Maria Roberlândia de Sousa
30/06/2006
14Anos








Texto da Ficha 2
OFICINAS E MODOS DE FAZER



“SR. NASCIMENTO, O ASSADOR DE CASTANHAS”


Nome do Ofício/ Modo de Fazer: Assar castanha

O Sr. Nascimento nasceu em Camocim, mas vive nesta localidade há 52 anos e uma das coisas que ele aprendeu quando veio morar nesta localidade com 15 anos foi assar castanha. Sabe fazer este trabalho tão bem que ficou conhecido como ‘assador de castanhas’.
Esta manifestação ocorre anualmente na época da castanha. Procura-se um local onde tenha o chão duro, coloca-se algumas palhas secas e castanha em cima, depois bota-se fogo e fica-se mexendo as castanhas para não queimar. Após alguns minutos está assada! Você quebra a casca para tirar a castanha de dentro.
O Sr. Nascimento assa castanha apenas para consumo próprio e para dar aos amigos. É uma manifestação que não deveria ser esquecida, pois além de ser gostosa, possui muitas fontes de vitamina.


Maria Roberlândia de Sousa
26/06/2006
14 Anos





Texto da Ficha 2
OFICINAS E MODOS DE FAZER



“CLEMONIA, CONHECIDA POR FAZER GOSTOSAS PANELADAS”


Nome do Ofício/ Modo de Fazer: Panelada


Clemonia nasceu na localidade de Lagoa dos Monteiros e hoje é muito conhecida por saber fazer deliciosas paneladas, aprendeu já adulta, com sua vizinha.
Para se fazer a panelada precisamos de um bucho de boi, tripa e temperos, de preferência próprias. Cortamos o bucho e as tripas em pequenos pedacinhos, lavamos bem com limão ou vinagre, escaldamos com sal, em seguida, escorre-se e tempera-se a gosto, colocando para cozinhar.
A panelada é um delicioso alimento. Procuro fazê-la em como meio de sobrevivência e aconselho aos adolescentes a terem interesse por algo simples que pode tornar-se uma profissão.


Daniele Bianca Targino Sousa
15/06/2006
13 Anos





Texto da Ficha 2
OFICINAS E MODOS DE FAZER



“D. NOÉLIA, CONHECIDA POR FAZER DELICIOSOS DOCES”


Nome do Ofício/ Modo de Fazer: Doces

Maria Noélia da Silva Queirós, mora nesta localidade há 21 anos e aprendeu a fazer doces com sua mãe. Também participou de um curso para culinária de doces, oferecido pela Prefeitura e pelo SENAC. Foi aí que aprendeu várias outra técnicas.
Para a realização dos doces utilizamos frutas, açúcar, água, cravos e outros condimentos. Lavamos as frutas, descascamos, picamos ou ralamos, colocamos na panela, acrescentamos água e açúcar e deixamos cozinhar até apurar.
D. Noélia faz doces porque gosta e também como meio de vida, pois várias pessoas do município e até do estado a procuram, devido seus doces serem caprichados e deliciosos.
Seria interessante que as crianças e adolescentes aprendessem a prática de fazer doce, pois só assim a atividade não seria esquecida. Além do mais, o doce possui fontes de vitaminas, sendo muito procurado como sobremesas.


Paulo Sérgio dos Santos
26/05/2006
16 Anos




Texto da Ficha 2
OFICINAS E MODOS DE FAZER



“D. VILANI, PAIXÃO PELO CUSCUZ”


Nome do Ofício/ Modo de Fazer: Cuscuz


D. Vilani nasceu em Lagoa dos Monteiros e desde então mora nesta localidade. Aprendeu a fazer cuscuz com sua mãe. Essa paixão pelo cuscuz é de toda sua família, pois diariamente seus filhos e seu esposo comem-no no café da manhã.
Para fazer o cuscuz utilizamos coco, água, sal e massa de milho. Passa o coco no liquidificador, depois mistura com a massa e sal até ficar úmida. Deixa descansar por 03 minutos, coloca na cuscuzeira e deixa cozinhar por 10 minutos. O cuscuz é um ótimo alimento, pois é nutritivo, gostoso e bom para o crescimento de crianças e adolescentes.


Paulo Sérgio dos Santos
09/06/2006
16 Anos




Texto da Ficha 2
OFICINAS E MODOS DE FAZER



“D. MARIA, FAMOSA POR FAZER MUGUNZÁ”


Nome do Ofício/ Modo de Fazer: Mugunzá

D. Maria reside na localidade de Lagoa dos Monteiros há 20 anos e é muito conhecida por saber fazer um delicioso mugunzá.
Aprendeu com sua mãe, ainda criança, a pisar o milho no pilão junto com a palha. Peneirava para separar a palha do milho já pisado. Depois levava-o para cozinhar, acrescentando rapadura, coco e sal a gosto. Para a preparação desta deliciosa comida utilizamos os seguintes instrumentos: pilão, panela de barro, colher de pau e fogão à lenha.
Este tipo de comida só pode ser feita no inverno, pois é a época da safra do milho. Procuro fazer mugunzá porque é gostosos e também uso como meio de garantir a minha alimentação e de toda minha família.

Andressa Silva Queirós
26/05/2006
13 Anos




Texto da Ficha 2
OFICINAS E MODOS DE FAZER



“SR. VALDIR, O MELHOR PLANTADOR DE CASTANHA DA REGIÃO”


Nome do Ofício/ Modo de Fazer: Plantio de Castanha


Sr. Valdir mora nesta localidade desde quando nasceu e foi seu pai quem lhe ensinou este ofício. Começou a plantar castanha ainda criança quando tinha 10 anos e faz este tipo de trabalho até hoje.
Para se plantar a castanha cavamos um buraco no chão, colocamos a castanha, fechamos o buraco e depois de aproximadamente 01 mês ela começa a desabrochar.
A plantação de castanha acontece apenas no inverno e o Sr. Valdir adora fazer este ofício, pois além de ser um trabalho gostoso de ser realizado, rende bons lucros.


Edivânia Marques Sousa
22/06/2006
13 Anos




Texto da Ficha 2
OFICINAS E MODOS DE FAZER



“SR. ANTÔNIO BAIXO, MESTRE EM PLANTAR FEIJÃO”


Nome do Ofício/ Modo de Fazer: Plantio de Feijão

Antônio Onofre dos Santos, esse é seu nome mas todos lhe conhecem mesmo é por Antônio Baixo. Nasceu em Cajueiro do Boi, Acaraú, mas reside nesta localidade há 38 anos e aprendeu a plantar feijão observando seu pai fazer esta atividade.
Para se plantar o feijão, primeiramente cavamos o chão, colocamos 3 ou 4 sementes e com aproximadamente três dias elas começam a germinar. Temos que estar sempre capinando o local onde foi plantado o feijão para os capins não acobertem-nos e eles morram. Depois de algum tempo esse pé de feijão já começa a dar bajas com feijão.
Podemos fazer vários tipos de comidas usando o feijão: feijoada, baião-de-dois, sopa, etc.
O Sr. Antônio faz o plantio de feijão como meio de vida para ajudar na sua sobrevivência e nos diz que os pais deveriam ensinar seus filhos a fazer esta atividade, pois futuramente alguns irão precisar desenvolver atividades agrícolas.


Paulo Sérgio dos Santos
22/06/2006
16 Anos



Texto da Ficha 3
LUGARES, PRÉDIOS E CONSTRUÇÕES



“SEDE DA ASSOCIAÇÃO”


A sede da Associação Comunitária dos Moradores de Lagoa dos Monteiros está situada próximo á praça da Igreja Matriz e foi construída em 1996. hoje a sede é um espaço muito útil à comunidade, pois é utilizada para consultas do PSF, Cursos de Capacitação e reuniões da APM.
A sede da Associação foi construída pelos participantes da APM e hoje é muito útil para todos os moradores que residem nesta localidade.


Autor – Francisco Diêgo Vasconcelos
Idade – 12 anos
Data – 26/05/2006


Texto da Ficha 3
LUGARES, PRÉDIOS E CONSTRUÇÕES



“LAGOA”

Ao visitar a localidade de Lagoa dos Monteiros você pode apreciar uma bonita paisagem natural que está situada ao sul da Igreja e da praça de nossa comunidade: a lagoa.
Há muitos e muitos anos era apenas um poço de água que a cada inverno ia aumentando e as pessoas utilizavam suas redondezas para plantar milho, feijão, etc. e no período do verão ficava um poço conhecido como gameleira, que localizava-se no centro da Lagoa.
No ano de 1972 a Lagoa começou a encher e em 1974 houve uma enchente que desabitou a maioria da população.
A Lagoa também é uma forma de sobrevivência para algumas pessoas da comunidade que utilizam a pesca e a agricultura para sua sobrevivência. Foi a Lagoa que deu origem ao nome do nosso lugar: Lagoa dos Monteiros.


Autor – Andressa da Silva Queirós
Idade – 13 anos
Data – 26/05/2006



Texto da Ficha 3
LUGARES, PRÉDIOS E CONSTRUÇÕES



“PRAÇA”

Quem passa pela localidade Lagoa dos Monteiros pode apreciar uma bonita Praça que está situada próximo à Igreja. Foi inaugurada em 11 de novembro de 1989 e seu nome foi em homenagem a um popular morador da localidade, por ser um amigo de todos: Praça Serafim Marques de Freitas.
A Praça é o local de encontro de amigos, namorados e familiares que aproveitam este espaço para colocar os assuntos em dia, levar as crianças para brincar e descontrair um pouco. Também são realizados eventos como comemoração do 7 de setembro, leilões, serestas, etc. Também é o ponto de descontração das pessoas ao saírem da Igreja quando há novenas, missas e festa da Padroeira. Enfim, a Praça é o local de lazer de nossa comunidade.


Autor – Felipe Camargo Vasconcelos Sousa
Idade – 14 anos
Data – 26/05/2006


Texto da Ficha 3
LUGARES, PRÉDIOS E CONSTRUÇÕES



“POSTO DA CAGECE”

A construção do poço profundo para o funcionamento de abastecimento da água da nossa comunidade começou em 1991, mas somente em 1992 começou a funcionar dirigido pela equipe da CAGECE. Mas em 1994 já passou a ser dirigido por outra equipe, que é o SISAR. Este ponto está situado ao lado da EEF Joaquim José Monteiro.
Este abastecimento de água é muito importante, pois melhorou a qualidade de vida das pessoas da comunidade e diminuiu o número de doenças causadas pela contaminação da água.
O entrevistado, que é o Operador de Sistemas, nos falou do quanto a água tratada e limpa é importante para o desenvolvimento de uma população.


Autor – Adriana Vasconcelos Carvalho
Idade – 12 anos
Data – 27/05/2006



Texto da Ficha 3
LUGARES, PRÉDIOS E CONSTRUÇÕES



“IGREJA DE NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS”

A Igreja de Nossa Senhora das Graças foi construída pelas pessoas da comunidade em 1957, mas somente em 1971 houve seu batizado. Participaram desta cerimônia os Padres Valdery, Odécio, Valdir, José Edson Magalhães e outras pessoas da comunidade.
A Igreja é um lugar de oração, mas às vezes é utilizada para a realização de alguns eventos da escola, palestras e reuniões, por não termos um espaço adequado que possa acomodar muita gente.
A Sra. Maria Freitas, a entrevistada, ajudou na catequese da Igreja e diz que ela é muito importante para nos reunirmos com a família e amigos, onde podemos agradecer e pedir a deus paz para o mundo.


Autor – Adriana Vasconcelos Carvalho
Idade – 12 anos
Data – 26/05/2006


Texto da Ficha 3
LUGARES, PRÉDIOS E CONSTRUÇÕES



“FÁBRICA DE COSTURAS”


Em um terreno de 200m2 onde existia plantações de cajueiros foi erguido um prédio de 400m2 para funcionar uma fábrica de roupas. No ano de 2004 foram treinadas 10 pessoas para dar início às atividades. Hoje funciona com 40 funcionários que produzem 10.000 peças por mês.
A fábrica de costura continua dando oportunidade a todas as pessoas que gostariam de aprender as técnicas de costura e pós o curso, as pessoas que obtiveram um bom desenvolvimento podem assumir uma função, mas terão que passar por um estágio de 30 ou 60 dias.
O entrevistado, Sr. Itamar, proprietário da fábrica, tem como objetivo levar ao conhecimento de todos a importância de investimentos para educação, trabalho e renda para o jovem da comunidade da qual ele pertence.

Autor – Catarina Kátia Cruz
Idade – 14 anos
Data – 26/05/2006


Texto da Ficha 3
LUGARES, PRÉDIOS E CONSTRUÇÕES



“CEMITÉRIO”

Em Lagoa dos Monteiros há um único cemitério, que foi construído com a ajuda da comunidade. Quem doou o terreno para sua construção foi Vicente José de Vasconcelos, um antigo morador deste lugar, ao ver que as pessoas estavam se sacrificando para enterrar seus entes queridos em outras localidades.
A inauguração do Cemitério aconteceu em 19 de janeiro de 1976 e contou com a presença de autoridades e populares que ajudaram em sua construção. O Cemitério é muito útil e as pessoas de nossa comunidade o valorizam muito, procuram deixá-lo sempre limpo e com boa iluminação, para atender as pessoas que dele precisam.


Autor – José Jocivan Albuquerque
Idade – 16 anos
Data – 26/05/2006



Texto da Ficha 3
LUGARES, PRÉDIOS E CONSTRUÇÕES



“ESCOLA”

A EEF Joaquim José Monteiro está situada na localidade de Lagoa dos Monteiros, município de Cruz. O terreno onde está situada foi uma doação de uma pessoa muito querida da comunidade: Maria da Paz de Menezes. O nome foi em homenagem às primeiras famílias que vieram morar aqui, que era a família Monteiro.
Em janeiro de 1981 a escola tinha o mínimo possível de estrutura física e humana para funcionar. Com o passar do tempo, o Poder Público Municipal foi ampliando-a, aumentando assim seu quadro de funcionários e o alunado.
A Escola é importante para a comunidade porque é imprescindível na formação educacional das crianças, adolescentes e adultos. Também porque ajuda a desenvolver o senso crítico e preparar o cidadão com competência, tornando-o mais participativo e atuante no meio social.

Autor – Antônio Fagner Cruz
Idade – 16 anos
Data – 26/05/2006



Texto da Ficha 4
LENDAS, SUPERSTIÇÕES E CURIOSIDADES



“EXPERIÊNCIA DA PEDRA DE SAL”


Conta-se que a experiência da pedra de sal é feita para saber se o inverno vai ser bom ou ruim. Para isso, coloca-se seis pedras de sal em uma tábua meio virada, para que o sereno da noite possa molhá-las. No caso de as pedras se desmancharem é sinal de inverno bom. Se só molharem, o inverno será ruim. Se caso não aconteça nada, dizem que não choverá de jeito nenhum.
Para o entrevistado esta experiência é apenas uma crendice adotada pelas pessoas mais velhas e que vais passando de geração em geração.



Autor – Maria Silviene Barros
Idade – 15 anos
Data – 22/06/2006


Texto da Ficha 4
LENDAS, SUPERSTIÇÕES E CURIOSIDADES



“FAROL DO CARRO”

Há muito tempo comentava-se que na estrada de Santo Estevão aparecia um farol de um carro e quando alguém se aproximava o fogo logo desaparecia. D. Maria Hozana marques diz que seu marido presenciou várias vezes no caminho de Caiçara, como também outras pessoas. Nos dias atuais raramente se ouve falar neste farol. Parece mais ser fruto da imaginação dessas pessoas que andavam solitárias altas horas da noite. Para a entrevistada, as crianças e adolescentes não se preocupam hoje com estas lendas, mas que pode ser uma forma das mesmas conhecerem estas histórias que apreciam em nossa comunidade.


Autor – Francisco Douglas Vasconcelos
Idade – 14 anos
Data – 22/06/2006


Texto da Ficha 4
LENDAS, SUPERSTIÇÕES E CURIOSIDADES



“O GATO PRETO”

Andando sozinho por alguma estrada você pode encontrar um gato preto, que dizem dar azar. Essa superstição é uma crendice das pessoas mais velhas que costumam se apegar a este tipo de crença. Isso pode acontecer realmente com aquelas pessoas que acreditam nesta superstição.
Para o entrevistado, algumas crianças tem medo e dizem não ser verdade, enquanto outras acreditam que este gato preto poderá dar azar mesmo. Ou seja, depende da imaginação de cada pessoa, pois superstições são sempre superstições, acredite quem quiser.


Autor – José Jocivan Albuquerque
Idade – 16 anos
Data – 22/06/2006


Texto da Ficha 4
LENDAS, SUPERSTIÇÕES E CURIOSIDADES



“SEXTA-FEIRA 13”

Em meses que acontecem de o dia 13 ser numa sexta-feira, todos se preparam para ficar atentos aos acontecimentos do dia. Se encontrarmos um gato preto é sinal de que vai acontecer alguma coisa ruim. Não podemos também passar por debaixo de escadas porque dá azar e se quebrarmos um espelho teremos sete anos de atraso, este é o dilema do povo de nossa comunidade que acredita que sexta-feira 13 é dia de azar.
Para os adolescentes, crianças e adultos, isso é uma forma de ficar atento e preparado para acontecimentos do dia e caso venha a acontecer alguma coisa ruim, já ficam procurando no pensamento alguma coisa que viu e que alertou que algo iria dar errado.
O entrevistado nos diz que é muito importante preservar nossas crenças e demonstrar que estas superstições fazem parte da nossa história.


Autor – João Roberto Targino
Idade – 14 anos
Data – 23/06/2006



Texto da Ficha 4
LENDAS, SUPERSTIÇÕES E CURIOSIDADES



“CURAR QUEBRANTO”

O quebranto é uma doença originária de algum mau olhar e ocorre mais com crianças. No entanto, quando uma criança aparecer com quebranto, o paI deverá passar a mesma por debaixo de suas pernas e logo em seguida a criança terá que dar três voltas em redor da casa, assim, conseguirá a cura.
A pessoa mais importante é o pai da criança e essa cura pode ser feita através até de uma brincadeira, já que as crianças gostam de passar por debaixo das pernas de seus pais.

Autor – Francisca Priscila de Sousa
Idade – 13 anos
Data – 23/06/2006


Texto da Ficha 4
LENDAS, SUPERSTIÇÕES E CURIOSIDADES



“A MULHER DE PRETO”

Um certo dia, um homem chamado José Eudes de Sousa, mais conhecido por Zé Vieira ia passeando de bicicleta saindo de Monteiros em direção a Cajueirinho, quando viu uma mulher de vestido longo preto, cumprimentou-a, mas ela não respondeu. Sr. José ficou nervoso, sentindo calafrios, voltou para a casa de sua filha, Cléia, ficou sem fala e desmaiou, pois imaginou que esta mulher não era gente deste mundo.
Passaram-se alguns dias e disseram-lhe que existia uma mulher que havia morrido e as pessoas viam seu vulto por aí. Que as pessoas acreditem sempre em lendas, pois é uma maneira de fugir alguns momentos da correria da vida real.

Autor – Wendy Brenda Sousa
Idade – 11 anos
Data – 20/06/2006



Texto da Ficha 4
LENDAS, SUPERSTIÇÕES E CURIOSIDADES



“COBRA NA LAGOA”

Durante o dia ou durante a noite, a qualquer hora que você estiver na lagoa e ouvir um forte barulho assustador, tenha cuidado pois poderá ser uma enorme cobra que vem se aproximando de você, vemos-na, mas quando está bem perto, desaparece...
As crianças se divertem e ao mesmo tempo ficam assustadas ao ouvirem esta lenda. Alguns adolescentes e adultos acreditam e temem quando estão na Lagoa e ouvem algum barulho estranho.
Que o povo de nossa localidade continue a acreditar nestas lendas que são apenas fantasias, mas que é uma maneira divertida de ocuparmos nossos pensamentos.



Autor – Nave Denamice da Silva
Idade – 12 anos
Data – 20/06/2006



Texto da Ficha 4
LENDAS, SUPERSTIÇÕES E CURIOSIDADES



“QUEM TEM O DEDO INDICADOR DO PÉ MAIOR QUE OS DEMAISFICA VIÚVA”

Nossos avós e nossos pais costumam nos falar em superstições. E esta superstição de mulheres que tem o dedo indicador do pé maior que os demais ficaria viúva, segundo a entrevistada, era usada para inibir as meninas que queriam começar a namorar com pouca idade.
Algumas crianças e adolescentes acreditam que esta superstição que ouvimos de nossos pais e avós seja verdade, outros acham besteira, pois são as meninas – as pessoas que costumam acreditar mais em superstições – por elas serem pessoas delicadas e amorosas.
Para o entrevistado é muito importante que as superstições sejam transmitidas de geração em geração, pois elas são um motivo de alegria para as pessoas.


Autor – José Jocivan Albuquerque
Idade – 16 anos
Data – 21/06/2006


Texto da Ficha 4
LENDAS, SUPERSTIÇÕES E CURIOSIDADES



“LOBISOMEM”

Dizem que na mata mora um homem bem diferente dos demais. Acredita-se que todas as noites de lua cheia à meia-noite ele se transforma em um bicho pavoroso! Ao se transformar, passa um vento frio assustando e causando medo nas pessoas. É o lobisomem!!!
Para o entrevistado, as crianças e adolescentes gostam muito de curtir histórias assim. Ficam curiosas e ansiosas pedindo sempre para ouvir mais histórias.

Autor – Maria Graciane Costa
Idade – 13 anos
Data – 23/06/2006


Texto da Ficha 4
LENDAS, SUPERSTIÇÕES E CURIOSIDADES



“QUEBRAR ESPELHO DÁ AZAR”

Acreditam os mais idosos que quebrar espelho dá azar! Dizem que uma pessoa que quebra um espelho terá azar em todos os momentos de sua vida, principalmente para arranjar noivo ou noiva.
Ainda hoje a superstição é aceita por alguns, só que de uma forma diferente: fala-se que a pessoa que quebrar espelho terá cem ou mais anos de azar.
Muitas crianças e adolescentes ouvem isto dos mais velhos mas não manifestam curiosidade nem, demonstram confiança na superstição. Para o entrevistado isso é apenas comentário sem importância.



Autor – Maria Graciane Costa
Idade – 13 anos
Data – 23/06/2006


Texto da Ficha 4
LENDAS, SUPERSTIÇÕES E CURIOSIDADES



“A TARAFA”

A tarrafa costuma aparecer em dias nublados, com fortes relâmpagos que clareiam muito. De repente ouve-se uma pancada na água e aparece a tarrafa que pega a gente e em poucos minutos ela mesmo solta.
Esta lenda é assustadora para algumas pessoas, já outros são curiosos e dizem que querem vê-la. O entrevistado, Sr. Raimundo Matias de Sousa, diz que só acreditou porque já foi laçado por uma tarrafa e quando conseguiu se soltar estava imóvel, sem mexer o corpo, por ter ficado bastante assustado.

Autor – Edivânia Marques Sousa
Idade – 13 anos
Data – 22/06/2006


Texto da Ficha 4
LENDAS, SUPERSTIÇÕES E CURIOSIDADES



“CADEIRAS OPOSTAS”

As pessoas falam que quando um homem e uma mulher sentam-se em cadeiras opostas e viram o rosto para o mesmo lado eles se casam.
É hábito entre os mais velhos contar esses exemplos amorosos. Na atualidade, muitas crianças nem sabem o que é isso, só antigamente é que as pessoas procuravam em festas juninas e outras datas cumprir esta superstição, que eles acreditavam não falhar nunca.
A maioria das pessoas que costumam fazer e acreditam nesta superstição são as mulheres, por serem mais delicadas e carinhosas. Para o entrevistado, as mulheres que geralmente fazem esta superstição são as solteiras que possuem uma idade mais avançada.

Autor – Gecila Nascimento da Silva
Idade – 14 anos
Data – 23/06/2006


Texto da Ficha 4
LENDAS, SUPERSTIÇÕES E CURIOSIDADES



“DORMIR EM REDE ALTA CASA COM HOMEM BONITO”


Diz o povo que para a mulher saber com quem vai casar, ela deve armar a rede bem alta em noite de Santo Antônio e faz o pedido. Então vai dormir e sonha com o homem que vai casar, depois é só esperar que aconteça.
Hoje em dia as pessoas não acreditam nisso e acham uma besteira, porém antigamente as moças estavam sempre em noite de Santo Antônio colocando sua rede bem alto e fazendo este pedido. Muitas dizem terem visto seu futuro marido em sonhos.
As crianças e adolescentes sentem curiosidades por esta superstições e alguns até acreditam e fazem por vontade de vê-la acontecer.

Autor – Manoel Edmilson Freitas Filho
Idade – 13 anos
Data – 23/06/2006


Texto da Ficha 4
LENDAS, SUPERSTIÇÕES E CURIOSIDADES



“CONTAR O SONHO COM AS PORTAS FECHADAS”

Muitas pessoas não gostam de contar sonhos ruins com as portas da casa fechadas, pois acreditam tornar-se realidade desta maneira.
Mas por tanto imaginarem no sonho, acham que a qualquer hora tudo que foi sonhado irá acontecer.Não existe personagem específico, pois este fato acontece com qualquer pessoa que sonha ou imagina algo ruim.
Para a entrevistada, esta superstição é de fundamental importância para o universo da criança e do adolescente, pois os levará a se aproximar das pessoas idosas, levando-as a ouvirem estas histórias contadas por eles, despertando curiosidade ou até mesmo acreditando no fato ressaltado.


Autor – Antônio Fagner Cruz
Idade – 16 anos
Data – 22/06/2006


Texto da Ficha 4
LENDAS, SUPERSTIÇÕES E CURIOSIDADES



“BOTIJA”

Existem pessoas que enterram dinheiro e dizem que ele some se passar três ou quatro dias enterrado. Para isso não acontecer, é preciso pingar uma gota de sangue no buraco, ou pôr um pedaço de carne fresca, para que ele não se encante. Nesta lenda não existe personagens, a botija só é descoberta depois que o dono morre e aparece em sonho entregando a botija para outra pessoa.
Para o entrevistado, os jovens de hoje podem até acreditar nesta lenda, mas dizem que é coisa dos antigos. O próprio entrevistado que só ouviu dizer e sempre acreditou, hoje já não acredita mais. As pessoas têm outros meios de guardar dinheiro.

Autor – Maria Leidiane de Souza
Idade – 13 anos
Data – 23/06/2006



Texto da Ficha 4
LENDAS, SUPERSTIÇÕES E CURIOSIDADES



“VASSOURA ATRÁS DA PORTA ESPANTA VISITA”

Esta superstição é usada quando aparece uma pessoa que não é bem-vinda na casa. Então coloca-se a vassoura atrás da porta para que vá embora a pessoa indesejada. Nesta experiência, os personagens mais importantes são o visitante, a vassoura e a dona da casa.
Para o entrevistado ,a superstição serve para resgatar a cultura que está sendo esquecida pelos jovens de hoje em dia. A mesma está sendo usada por pessoas mais velhas.


Autor – Leonardo Freitas de Medeiros
Idade – 12 anos
Data – 23/06/2006




Texto da Ficha 4
LENDAS, SUPERSTIÇÕES E CURIOSIDADES



“EXPERIÊNCIA DA ÁGUA DA CACIMABA”

A experiência da água da cacimba pode ser feita em qualquer lugar, só basta cavar um buraco com um palmo de fundura, pegar um prato de alumínio e colocar dentro do buraco, que deve ser da largura do prato. Se o suor do prato for salgado é sinal que a água não preta para o consumo. Nesta experiência, não existe personagens, pode ser feita por qualquer pessoa. O próprio entrevistado aprendeu com as pessoas mais velhas.
Esta experiência é interessante para as crianças, porque elas aprendem muito e começam a fazer.
Para o entrevistado, ele só acreditou quando ele mesmo fez e deu certo.

Autor – Felipe Camargo Vasconcelos Sousa
Idade – 14 anos
Data – 24/06/2006



Texto da Ficha 4
LENDAS, SUPERSTIÇÕES E CURIOSIDADES



“MÃO COÇANDO GANHA DINHEIRO”


Esta superstição, como todas as outras pesquisadas, é fruto da imaginação da pessoa que aa idealiza. Mas a entrevistada defende a hipótese de que quando sua mão está coçando é porque no mesmo dia ou no dia seguinte irá ganhar dinheiro. Ela aprendeu esta crença com seus pais e transmitiu para seus filhos e assim está sendo passada de geração em geração. Ela acredita ser muito importante para as crianças e adolescentes, embora seja desacreditada por alguns.



Autor – Maria Marquiane Nascimento
Idade – 14 anos
Data – 24/06/2006


Texto da Ficha 4
LENDAS, SUPERSTIÇÕES E CURIOSIDADES



“O ASSOBIADOR”

Sempre à noite, na escuridão, na época de inverno, as pessoas costumam ouvir um assobio. O entrevistado relata ser um filho que matou o pai, então vive a vagar na escuridão com sua vítima nas costas, quando está muito cansado, coloca-a no chão e solta assovios.
Quem ousar imitá-lo será perseguido com assobios intensivos, o qual despertará medo. Apesar de hoje em dia as pessoas não acreditarem muito nesta lenda, o entrevistado acha que é muito importante para as crianças e adolescentes, pois despertará curiosidade.


Autor – José Helves da Silva Queirós
Idade – 14 anos
Data – 24/06/2006


Texto da Ficha 5
BRINCADEIRAS E BRINQUEDOS INFANTIS



“PULAR CORDA”

Brincar é um ato prazeroso e divertido. Para nos distrairmos com a brincadeira “pular corda”, precisamos de uma corda e um número de aproximadamente cinco pessoas.
Temos que ter duas pessoas segurando as pontas da corda estirada. Uma pessoa de cada lado para sacudir a corda e as outras pularem sem encostar nela.
Para as crianças e adolescentes esta é uma brincadeira agitada que requer muito esforço físico, por isso é interessante, pois estamos trabalhando nosso raciocínio, já que exige rapidez de movimentos.
As brincadeiras populares nunca deveriam ser esquecidas, pois é uma maneira sadia de nos divertimos.


Autor – Andressa da Silva Queirós
Idade – 13 anos
Data – 22/06/2006



Texto da Ficha 5
BRINCADEIRAS E BRINQUEDOS INFANTIS



“CAVALO DE TALO”

A ficção faz parte do cotidiano de uma criança. Neucimar, de 37 anos, morador de Lagoa dos Monteiros, quando criança confeccionava seus próprios brinquedos, e um deles é o cavalo de talo. Para fazer, retirava o talo da carnaubeira e com uma faca fazia as orelhas, depois colocava cordão formando o cabresto. Costumava brincar no quintal de sua casa com alguns amigos.
Aprendeu a confeccionar com seus irmãos mais velhos, pois via-os fazendo
E sempre observava com curiosidade. Usava estes brinquedos por falta de opção e por necessidades financeiras. Ele considerava ser divertida, pois imaginava ser um cavalo de verdade, um sonho que mais Tarde iria se concretizar, já que convivia com criação de animais e trabalhava na lavoura.
Para ele, esta brincadeira deixou boas recordações e aprendizagem. Podendo hoje repassar para seus filhos a importância de valorizar e vivenciar a cultura de seu lugar.


Autor – Regiane Márcia Silveira
Idade – 13 anos
Data – 23/06/2006



Texto da Ficha 5
BRINCADEIRAS E BRINQUEDOS INFANTIS



“ESCONDE-ESCONDE”

Esta brincadeira é algo gostoso de praticar. Lucas René é um garoto de 10 anos que gosta de brincar esconde-esconde no quintal ou nas árvores juntamente com seus colegas, onde os procedimentos são da seguinte maneira: reúne-se todos que irão participar e faz um sorteio para saber quem é o ‘pega’. Em seguida todos se escondem e o ‘pega’ começa a procurar. Quando encontrar alguém, este ficará sendo o pega.
Continua-se até não haver mais interesse pela brincadeira. Segundo René, esta brincadeira é freqüentemente praticada pelos meninos de sua idade. Para ele, ela desenvolve o raciocínio e a luta pelos ideais deixando o comodismo.



Autor – José Istênio Daison Silva
Idade – 12 anos
Data – 22/06/2006


Texto da Ficha 5
BRINCADEIRAS E BRINQUEDOS INFANTIS



“QUEIMADA”

Ser criança é o melhor período da vida! A queimada é um tipo de brincadeira muito usado na comunidade de Monteiros, município de Cruz. Jane, professora e Monitora de Esportes, hoje com 25 anos de idade, relata este tipo de brincadeira que praticava em terreiros, praças, escola, juntamente com suas colegas.
Ela e suas amigas dividiam-se em dois grupos, fazia-se uma linha nas extremidades da quadra e entregava-se a bola para uma das equipes. O grupo que ficava de posse da bola ia tentar ‘queimar’ o adversário. Quando o alvo fosse atingido, ele passava para a extremidade da quadra do adversário e ia ajudando os companheiros a ‘queimar’ os outros. Ganhava a equipe que conseguir ‘queimar’ mais componentes do outro grupo.
Onde moro, sempre brincamos de queimada, principalmente nas aulas de Educação Física da escola. As crianças e adolescentes adoram esta brincadeira e é uma forma delas se divertirem e terem uma boa qualidade de vida. Sempre me sinto como uma criança ao me envolver nesta brincadeira.



Autor – Maria Leidiane de Souza
Idade – 13 anos
Data – 22/06/2006



Texto da Ficha 5
BRINCADEIRAS E BRINQUEDOS INFANTIS



“BRINCAR DE BILA”

O brincar é viver! A manifestação ocorre na localidade de Monteiros, município de Cruz. Odair, um estudante de 14 anos, realiza sua brincadeira com seus colegas e amigos no terreno de casa, no quintal, e às vezes, na escola.
A brincadeira reúne quatro pessoas. Faz-se três buracos, em fila, com distância de dois metros um do outro. A primeira pessoa joga bila no terceiro buraco e retorna ao buraco principal, jogando as bilas novamente. Quem acertar a bila em todos os buracos marca ponto. Esta é a primeira maneira do jogo.
A segunda maneira tem forma triangular: os participantes desenham no chão um triângulo, colocando várias bilas no seu interior e um participante fica com uma bila e inicia a brincadeira.
A brincadeira é interessante porque é uma maneira de as crianças adolescentes ocuparem seu tempo com uma manifestação saudável e divertida.


Autor – Jaqueline Pessoa Magalhães
Idade – 12 anos
Data – 16/06/2006



Texto da Ficha 5
BRINCADEIRAS E BRINQUEDOS INFANTIS



“CARIMBO”

O ato de brincar é maravilhoso! O carimbo é um tipo de brincadeira que precisa de uma bola, quatro círculos pequeno em forma de quadrado com distância de aproximadamente três metros um do outro, dois grupos de três pessoas para ser executado. É uma brincadeira muito tradicional em nosso Município, mas nos dias de hoje quase não se valoriza mais.
Nesta brincadeira temos que obedecer regras, mas é interessante porque desenvolve o lúdico e desperta o desejo de ganhar ou perder, sendo assim um momento de divertimento. Ela é importante porque desenvolve a capacidade psicológica, criando o censo crítico e desenvolvendo habilidades de comunicação.


Autor – Fernanda Agliciane da Silva
Idade – 14 anos
Data – 22/06/2006

Texto da Ficha 5
BRINCADEIRAS E BRINQUEDOS INFANTIS



“AMARELINHA”

Ser criança é maravilhoso! Tudo acontece na comunidade de Lagoa dos Monteiros, no município de Cruz. Tatiele é uma menina de 10 anos que gosta de brincar com outra crianças.
Primeiramente ela e os amigos procuram um local para brincar, podendo ser um quintal, a frente de suas casas ou até mesmo na rua. Depois desenham a amarelinha no chão e procuram uma pedra ou outro objeto para marcar a amarelinha e então iniciam a brincadeira. Ela adora brincar e diz que assim se diverte ao mesmo tempo.

Autor – Daniele Bianca Targino Sousa
Idade – 13 anos
Data – 21/06/2006


Texto da Ficha 5
BRINCADEIRAS E BRINQUEDOS INFANTIS



“QUATRO CANTOS”

Brincar é sadio e maravilhoso. Para se brincar ‘quatro cantos’ precisamos de cinco pessoas e fazendo quatro círculos em forma de quadrado, com distância de dois metros um do outro. Fica uma pessoa no meio e uma em cada círculo. Então as pessoas dos círculos ficam trocando de lugar e quem está no meio vai tentar tomar um círculo de alguém, se ele conseguir a pessoa que deixou tomar seu lugar vai para o lugar.
Esta brincadeira é muito importante para desenvolver o espírito esportivo e cooperativo das crianças e adolescentes.

Autor – Maria Roberlândia de Sousa
Idade – 14 anos
Data – 20/06/2006


Texto da Ficha 5
BRINCADEIRAS E BRINQUEDOS INFANTIS



“PIPA”

Ser criança é muito divertido! Acontece na localidade de Lagoa dos Monteiros, no município de Cruz. Douglas é um garoto de 14 anos e gosta de fabricar seus brinquedos. Primeiramente ele faz o ‘esqueleto’ da pipa com talos de coqueiro. Depois usa papel seda para cobrir e recortar sacolas para fazer a calda. Em seguida, amarra um fio na ponta da pipa e enrola-o em uma lata. Depois ver se está bem firme para então ser lançada no ar.
Douglas acha muito divertido soltar pipa, porque além de passar o tempo, sempre faz novas amizades.



Autor – Alailton Nascimento da Silva
Idade – 16 anos
Data – 22/06/2006

Texto da Ficha 5
BRINCADEIRAS E BRINQUEDOS INFANTIS



“BONECA”

É muito bom ser criança! Tudo acontece na localidade de Lagoa dos Monteiros, no município de Cruz. Larissa, uma menina de nove anos, adora brincar de boneca.
Sozinha ou com as amigas, Larissa brinca de casinha e se faz de mãe da boneca ou então finge que a boneca é ela mesma. Inventa festinhas, passeios, namorados e tudo que sua imaginação permitir.
Larissa gosta muito de ser criança e diz que brincando aprende muito mais.



Autor – Catarina Kátia Cruz
Idade – 14 anos
Data – 23/06/2006


Texto da Ficha 6
FIGURA POPULAR



“MIGUEL LIOR”

Miguel Manoel Martins nasceu em Córrego dos Anãs, mas reside nesta localidade há 59 anos.
Comunicativo, possui muitas amizades, desenvolve eventos na comunidade, principalmente na escola, divertindo crianças, jovens e idosos.
O Sr. Miguel é ex-pescador, agricultor, ator e artista. Um homem honesto, popular, dedicado ao trabalho, vem desempenhando ao longo dos anos a figura d ator, participando de reisados e cantorias.
Há muitos anos, o Sr. Miguel atuou como professor particular, fundador da colônia de pescadores e dirigente da Igreja Católica de Preá. É uma pessoa que se preocupa em mostrar ou fazer coisas para divertir os moradores da comunidade através da cultura folclórica.


Autor – Manoel Edmilson Freitas Filho
Idade – 13 anos
Data – 26/05/2006



Texto da Ficha 6
FIGURA POPULAR



“JOSÉ ARTEIRO”

Próximo à Praça de lagoa dos Monteiros reside um senhor chamado José arteiro Vasconcelos, 57 anos, popular por ser o representante da localidade no Município.
José Arteiro procura lutar pelo bem da comunidade, trazendo benefícios para o povo junto à Prefeitura, desempenha um papel importante na comunidade, pois é visto como liderança popular d localidade.
Batalhador, esteve à frente da criação da Associação dos Moradores, ampliação da Parca e instalação de telefones. Mas tudo isso foi conseguido junto com a comunidade, pois é em conjunto que conseguimos um bom desenvolvimento para a localidade. Preocupa-se também com a educação das crianças e adolescentes, incentivando-as a terem um futuro melhor.
Ele próprio nos diz que para uma comunidade se desenvolver é necessário que haja uma liderança popular.


Autor – Maria Edivânia Marques Sousa
Idade – 13 anos
Data – 26/05/2006


Texto da Ficha 6
FIGURA POPULAR



“JOÃO DA SÉ”

Residente em Lagoa dos Monteiros, João Batista Cunha (alcoólatra), 47 anos, não tem residência fixa. Fica na casa de um e de outro, dependendo da boa vontade alheia.
O Sr. João da Sé nos diz que se tornou uma pessoa popular por ser legal e não se sente discriminado por ninguém, mas quando exagera em suas doses acaba incomodando muita gente.
E assim é a vida do Sr. João da Sé: Chega a ficar mais de uma semana bêbado! Às vezes dorme ao relento por beber até cair e geralmente o encontramos nos diversos lugares onde há bares ou festas.

Autor – Francisco Douglas Vasconcelos
Idade – 14 anos
Data – 24/05/2006


Texto da Ficha 6
FIGURA POPULAR



“TIA PAZ”

Maria de Alice Menezes era seu nome, mas ficou conhecida mesmo por ‘Tia Paz’. Morou nesta localidade durante toda sua vida e faleceu aos 85 anos. Em 2006 completará três anos de morte.
Mulher fervorosa, participava ativamente dos eventos da Igreja, sempre ajudando no encaminhamento da comunidade na fé. Era solicitada como benzedeira ou para passar a noite em orações ao lado de pessoas doentes. Enquanto a saúde lhe permitiu, esteve à disposição.
Maria da Paz de Menezes teve uma vida dedicada ao próximo. Era catequista, parteira, benzedeira, bastante conhecida em todo o Município. Estava sempre junto às crianças ensinando o catecismo, preparando-os para a Primeira Comunhão.
A entrevistada, sua filha Maria dos Santos de Menezes Chaves, nos diz que é importante relembrar a história de uma pessoa muito querida que contribuiu bastante com sua comunidade.



Autor – Alice Maria da Cunha
Idade – 13 anos
Data – 26/05/2006


Texto da Ficha 6
FIGURA POPULAR



“JOAQUIM JOSÉ MONTEIRO”

Joaquim José Monteiro residiu em Lagoa dos Monteiros durante toda sua vida, faleceu quando tinha 85 anos, há 31 anos.
Homem idealizador que sempre exerceu liderança, responsabilizou-se pela construção da Igreja e, preocupado com a educação da comunidade, resolveu abrir as portas de sus própria casa para que ali funcionasse uma escol, convidando sua filha a dar aulas para mais de vinte crianças e adolescentes.
Por ele ter sido um homem que batalhou muito pelas coisas boas de nossa localidade, todos se reuniram e decidiram homenageá-lo, pondo seu nome na escola da comunidade. Esta foi fundada em 1980, mas só começou a funcionar em 1982, sete anos após seu falecimento.
O entrevistado, que é neto do Sr. Joaquim, nos diz que é muito importante resgatar a historiado povo fundador da origem e do nome da localidade, pois o Sr. Joaquim era neto do fundador da localidade de Lagoa dos Monteiros.


Autor – Alice Maria da Cunha
Idade – 13 anos
Data – 26/05/2006


Texto da Ficha 6
FIGURA POPULAR



“JOÃO BATISTA”

João batista de Lima reside na localidade de Monteiros – de onde é natural – tem 28 anos e se tornou uma pessoa popular por fazer instalações de antenas parabólicas.
Inteligente, comunicativo e contador de anedotas, João é bem conhecido e querido por todos desta comunidade, e das localidades e municípios vizinhos.
João passou a instalar antenas parabólicas observando os manuais originais de fábricas e teve ajuda de pessoas do ramo. Houve um crescimento e um reconhecimento do seu trabalho em toda a região.
Seu trabalho é muito importante, principalmente para as pessoas da localidade, pois é uma pessoa que está sempre disponível a ajudar nos momentos necessários. Para instalar antena, consertar antena, João está sempre à disposição e todos gostam de seu trabalho e da sua maneira de ser.




Autor – Francisco Douglas Vasconcelos
Idade – 14 anos
Data – 26/05/2006



Texto da Ficha 6
FIGURA POPULAR



“SRA. APARECIDA”

Residente na localidade de Lagoa dos Monteiros, Maria Aparecida Vasconcelos (artesã), 49 anos, natural aqui de Lagoa dos Monteiros, é uma pessoa muito conhecida por fazer vários tipos artesanato com crochê, confeccionar bolos de aniversário, de casamento, etc.
Comunicativa e com boa capacidade criativa, a Sra. Aparecida faz lembranças de casamento, aniversário, chá de bebê, artesanato em crochê como patinhas, porta-toalha, toalha de mesa, caminho de mesa, bonecas de vários modelos, cachorrinhos, etc.
A sra. Aparecida nos diz que seria bom que os pais tivessem interesse de ensinar ou pedir para alguma pessoa ensinar seus filhos a fazerem os diversos tipos de artesanato, pois é uma prática que nunca deveria ser deixada de lado ou esquecida. Além de ser um meio de sobrevivência, estamos continuando uma cultura que herdamos de nossos antepassados.



Autor – Francisco Douglas Vasconcelos
Idade – 14 anos
Data – 26/05/2006


Texto da Ficha 6
FIGURA POPULAR



“CHAGAS VASCONCELOS”



Ao visitar a localidade de Lagoa dos Monteiros, você fica logo conhecendo uma figura muito popular da região, Francisco das Chagas Vasconcelos, 43 anos, residente desta localidade desde que nasceu, sendo professor na escola da comunidade.
Com boa capacidade comunicativa, o Sr. Chagas realiza atividades na Igreja, na escola e na sociedade, de um modo geral. Tudo começou quando ele começou a participar de movimentos populares como sindicatos e grupos de jovens. Atuou muito tempo na Pastoral da Juventude, no movimento dos Sem-Terra e na luta sindical.
Também na vida política teve uma participação fazendo parte do Poder Legislativo do Município, colaborando com o processo de fiscalização e acompanhamento das ações do Poder Executivo.
O Sr. Chagas procura contribuir no processo de conscientização de reconhecimento do exercício da cidadania, buscando assim o resgate dos valores éticos e culturais do universo da criança e do adolescente.
Ele nos fala que está sempre procurando novos conhecimentos para seu crescimento pessoal e procura manter-se informado, para assim ajudar quem o procura.

Autor – José Istênio Daison Silveira
Idade – 12 anos
Data – 30/05/2006



Texto da Ficha 6
FIGURA POPULAR



“RITA MARQUES”

Em Lagoa dos Monteiros, próximo à praça, reside uma pessoa de 67 anos, chamada Rita Marques de Freitas, que reside nesta localidade há 40 anos.
Rita Marques de Freitas é uma senhora muito popular e procurada por todos, por ser dedicada ao trabalho que desenvolve como rezadeira de quebranto, ventre caído, entrosadas, desmentimentos, etc.
A Sra. Rita nos diz que começou este trabalho a alguns anos. Iniciou curando seus próprios filhos e daí a notícia foi se espalhando. Então as pessoas do lugar vinham lhe procurar para curar seus filhos. Daí a pouco foram aparecendo pessoas de outros lugares e até hoje ela faz este trabalho de rezas e se sente feliz, pois consegue ajudar as pessoas que a procuram.
Ela fala que gosta muito de crianças e adolescentes, pois vê neles a semelhança de Deus e preocupa-se bastante com a saúde deles e de todos as pessoas da comunidade. Por ser uma pessoa bem prestativa e caridosa está sempre disponível para as pessoas que a procuram.



Autor – Francisco Diêgo Vasconcelos
Idade – 12 anos
Data – 26/05/2006


Texto da Ficha 6
FIGURA POPULAR



“DONA AMÉLIA”

Próximo à praça de Lagoa dos Monteiros reside uma senhora chamada Amélia Maria Vasconcelos, 57 anos. Mora nesta localidade há 23 anos e desenvolve um bom trabalho na escola desta comunidade.
Amélia Maria Vasconcelos é mineira, mas casou-se com um monteirense e veio morar aqui, onde passou a ser professora, pois na época esses profissionais eram escassos. Desde então tem se destacado por ser uma ótima educadora, amiga e conselheira de seus alunos e de todos que procuram sua ajuda. Alguns professores de hoje forma seus alunos desde a 1ª Série.
A entrevistada sempre trabalhou com crianças e adolescentes, levando-lhes cultura, uma palavra amiga e atenção constante., dando conselhos com sua experiência de vida.
Hoje, é muito apegada com as pessoas do lugar onde mora, pois todos reconhecem sua humildade em transmitir saber e companheirismo.


Autor – Paulo Sérgio dos Santos
Idade – 16 anos
Data – 26/05/2006



Texto da Ficha 6
FIGURA POPULAR



“SRA. ANTÔNIA”

Antônia Maria Pires, conhecida como D. Antônia, morou nesta localidade durante muitos e muitos anos. Faleceu no ano de 1991, aos 82 anos.
Dedicada e muito popular, D. Antônia era uma rezadeira muito conhecida. Aprendeu a fazer este trabalho com seus pais. Muito solidária, sentia-se feliz em exercer o seu trabalho de ajudar as pessoas, e era muito apegada aos seus.
Segundo o entrevistado, que é seu filho, José Simplício da Cunha, D. Antônia era uma pessoa preocupada com a saúde e a educação de seus filhos, netos e demais pessoas da comunidade.
Quando ainda não havia escola na localidade, abriu as portas de sua própria casa para que os professores ensinassem as crianças ali.
Era a fé e a caridade que faziam com que D. Antônia curasse os diversos tipos doenças através de rezas. Por isso tornou-se uma pessoa muito popular e conhecida.


Autor – José Istênio Daison Silva
Idade – 12 anos
Data – 27/05/2006



Texto da Ficha 6
FIGURA POPULAR



“SRA ALZIRA”

Quem passava pela localidade de Lagoa dos Monteiros logo ficava conhecendo uma senhora chamada Alzira marques Sousa, conhecida como ‘D. Alzira’, era rezadeira. Faleceu aos 88 anos, há quatro anos.
D. Alzira era uma pessoa muito dedicada à Igreja, gostava de cantar e, apesar de tudo, rezava nas pessoas quando estas se encontravam doentes, se dedicava muito à cura.
Aprendeu com seus pais a rezar nas pessoas, pois preocupava-se com a saúde e a educação da comunidade, gostando de ver os jovens participando de tudo que acontecia na Igreja.
O entrevistado, seu filho José Marques, nos diz que ela era uma pessoa muito preocupada com a comunidade e com as pessoas de forma geral, por isso tornou-se muito querida na região.



Autor – Gecila Nascimento Silva
Idade – 14 anos
Data – 27/05/2006


Texto da Ficha 6
FIGURA POPULAR



“JÚLIO CÉSAR”

Júlio César Anatázio, 22 anos, reside na localidade de Lagoa dos Monteiros desde quando nasceu. Se tornou uma pessoa popular por organizar eventos esportivos na comunidade.
O entrevistado é uma pessoa voltada e preocupada com o desenvolvimento da comunidade. Seu lema é trabalhar sempre com transparência e responsabilidade, pois desde os primeiros anos de vida gostou de esporte, embora não pratique nenhum.
Está há 10 anos à frente do esporte na localidade de lagoa dos Monteiros. Júlio nos diz que tem decepções, tropeços, mas é assim mesmo, ele é forte e, enfrentando com a ajuda de Deus, sempre conseguiu vencer.
O trabalho desenvolvido por Júlio na comunidade é muito importante e seria bom que a cada dia, a cada geração, as pessoas estivessem preocupadas e interessadas pelo desenvolvimento de nossa comunidade.



Autor – Lecila Nascimento da Silva
Idade – 14 anos
Data – 27/05/2006


Texto da Ficha 7
EXPRESSÕES E VOCÁBULOS REGIONAIS E LOCAIS



“MUIER”

“Muier” é uma expressão muito usada em nossa localidade, significa “mulher”.
A entrevistada, Srta. Naziele, não sabe de onde surgiu este dizer, mas fala que ele é usado em algumas situações, quando duas pessoas estão se comunicando e uma delas fica desligada, então a outra diz: - “Ei, muier, presta atenção no que estou falando”. Ou quando duas pessoas se encontram: - “Oi, muier, você tá boa e gorda?”
Por ser uma expressão muito popular, as crianças ouvem, aprendem e ficam falando. Depois que começam a estudar descobrem que ela está gramaticalmente incorreta. Mas devido ao costume, dificilmente deixam de falar a expressão da maneira como aprendeu de seus pais.
Para a entrevistada, é muito importante usarmos o linguajar que herdamos de nossos pais, mas nunca devemos deixar de aprender a maneira correta, pois teremos situações que precisaremos usar a linguagem formal.


Autor – Rosineide de Araújo Sousa
Idade – 15 anos
Data – 07/06/2006


Texto da Ficha 7
EXPRESSÕES E VOCÁBULOS REGIONAIS E LOCAIS



“MEU VÉI”

“Meu véi” é uma expressão usada como manifestação de carinho e atenção com a pessoa a qual convivemos diariamente depois que casamos, ou seja, marido e mulher.
Não sabemos de onde se originou esta expressão, mas ela é geralmente usada por nossos avós e nossos pais. Então as crianças e adolescentes vão ouvindo e quando casam, alguns passam a usá-la com seu companheiro.
A Sra. Maria José, a entrevistada, nos diz que estas expressões são importantes porque resgatam uma cultura que herdamos de nossos pais e avós.


Autor – Rosineide de Araújo Sousa
Idade – 15 anos
Data – 07/06/2006



Texto da Ficha 7
EXPRESSÕES E VOCÁBULOS REGIONAIS E LOCAIS



“RAMBORA”

“Rambora” é, segundo a entrevistada, uma expressão usada quando se convida uma pessoa para ir embora, então em vez de falar “vamos embora”, você diz “rambora”.
Esta expressão surgiu há muito tempo, mas não sabemos onde. O que podemos dizer é que está gramaticalmente incorreta, pois infelizmente, antigamente não existia escola para as pessoas estudarem e elas se expressavam de uma forma bem natural, popular, como achavam correto. E todos se entendiam nas conversações.
A maneira de falar de uma comunidade é muito importante e não deveria ser deixado de lado ou esquecida, pois é como se fosse uma herança que herdamos de nossos pais e avós. Mas também não podemos deixar de aprender a língua formal.


Autor – Nave Demanice da Silva
Idade – 12 anos
Data – 06/06/2006



Texto da Ficha 7
EXPRESSÕES E VOCÁBULOS REGIONAIS E LOCAIS



“TIBI”

“Tibi” é uma expressão usada, segundo a entrevistada, pelas pessoas idosas quando vêem ou ouvem alguma coisa que acham feia.
Esta expressão surgiu há muitos anos, apesar de não sabermos sua origem, é usada até hoje, só que com menos freqüência, pois pouquíssimos jovens usam esta expressão.
O linguajar de uma comunidade é muito importante e nunca deveria ser esquecido, pois é uma maneira de lembrarmos com carinho das pessoas que fizeram parte da história daquele lugar.

Autor – Andressa da Silva Queirós
Idade – 13 anos
Data – 06/06/2006



Texto da Ficha 7
EXPRESSÕES E VOCÁBULOS REGIONAIS E LOCAIS



“DIVERAS”

“Diveras” é, segundo o entrevistado, uma expressa ode origem italiana, por isso é usada apenas por algumas pessoas da comunidade.
Este dizer é usado em discursões, quando o receptor desconfia se o que a pessoa que está transmitindo a mensagem está falando mesmo a verdade, então ele fala: “como que diveras”.
Para o entrevistado, estas expressões vão sendo transmitidas de geração a geração, porque os jovens acham interessante e querem aumentar seu número de palavras populares na conversa com os amigos. Então usam as palavras que ouviram de seus avós e acham engraçadas, interessantes e isso é bom porque o nosso linguajar não fica esquecido.

Autor – Maria Leidiane Souza
Idade – 13 anos
Data – 02/06/2006



Texto da Ficha 7
EXPRESSÕES E VOCÁBULOS REGIONAIS E LOCAIS



“RORRÓ”


“Rorró” é uma expressão usada pelos netos ao falarem com seus avós ,em vez de usar a palavra ‘vovó’.
Esta palavra “rorró” é transmitida de geração a geração. Antigamente não havia escola para as pessoas estudarem, então elas pronunciavam as palavras da maneira delas, sem saber que estavam fugindo da maneira padrão da fala. Mas todos entendiam o linguajar da pessoa que estava falando.
A entrevistada nos diz que esta linguagem popular é muito importante, pois é o modo de falar que herdamos de nossos pais e avós, que são as pessoas mais importantes de nossa vida.



Autor – Jaqueline Ferreira da Silva
Idade – 12 anos
Data – 16/06/2006



Texto da Ficha 7
EXPRESSÕES E VOCÁBULOS REGIONAIS E LOCAIS



“E EU”

“E eu” é uma expressão que não se sabe de onde surgiu, mas que é muito usada em nossa localidade.
As pessoas costumam usar este dizer quando estão falando dela mesmo, como por exemplo: - “E eu vou também para a escola”.
A entrevistada nos fala da importância que têm as expressões populares para os adolescentes e jovens, pois é uma maneira de sairmos da linguagem padrão para o popular que geralmente usamos em grupos de amigos, familiares, pois são as pessoas com as quais nos sentimos mais à vontade para usarmos o linguajar que herdamos de nossos pais e avós.



Autor – Samuel Morais de Freitas
Idade – 12 anos
Data – 10/06/2006


Texto da Ficha 7
EXPRESSÕES E VOCÁBULOS REGIONAIS E LOCAIS



“RAI REZAR”

“Rai rezar” é uma expressão usada por nossos avós e, segundo a entrevistada, uma senhora de 64 anos, este dizer é usado quando alguém fala alguma coisa que irrita o receptor.
Esta expressão surgiu há muitos anos, mas não sabemos de onde surgiu e costumamos falar ela para alguém que encontramos distraído ou para pessoas que estão apenas jogando conversa fora. Mandamos ela “ir rezar” porque é mais interessante e importante rezar do que ficar falando bobagem.
As expressões populares são muito importantes para resgatar a linguagem popular que herdamos de nossos antepassados e é através dela que conseguimos nos descontrair em nossas conversas com amigos e familiares.


Autor – Maria Graciane da Costa
Idade – 13 anos
Data – 10/06/2006


Texto da Ficha 7
EXPRESSÕES E VOCÁBULOS REGIONAIS E LOCAIS



“TU É DOIDA, É?”

“Tu é doida, é?” é uma expressão usada, segundo a entrevistada, quando tem alguém irritado ou dando conselhos sem perspectivas e sem lógica. Então a pessoa que está ouvindo responde: “Tu é doida, é?”
A entrevistada nos diz que estas expressões populares são muito importantes, pois é o vocabulário típico daquela localidade e elas servem para nos descontrairmos com nossos amigos quando estamos conversando.


Autor – Maria Graciane da Costa
Idade – 13 anos
Data – 09/06/2006


Texto da Ficha 7
EXPRESSÕES E VOCÁBULOS REGIONAIS E LOCAIS



“TEU ZÓI”

“Teu zói” é, segundo a entrevistada, um dizer muito popular usado desde muito tempo.
Esta expressão é usada para quem tem os olhos grandes. Mas é muito usada mesmo é em forma de ironia. Quando alguém fala alguma coisa que o receptor percebe que é mentira por a pessoa estar exagerando no assunto, aí fala: “teu zói”.
Não sabemos de onde surgiu este dizer, mas ele é bem usado pelas pessoas de nossa comunidade e se torna até uma forma de gozação com as pessoas que costumam contar histórias duvidosas.

Autor – Wendy Brenda Sousa
Idade – 11 anos
Data – 09/06/2006



Texto da Ficha 7
EXPRESSÕES E VOCÁBULOS REGIONAIS E LOCAIS



“ADIANTADO”

“Adiantado” é uma expressão usada, na maioria das vezes, pelas mães quando os filhos não lhes obedecem e ficam bagunçando.
A expressão “adiantado” é transmitida de geração em geração e usada em frases corriqueiras:
• Fica calado menino adiantado!
• Eu nunca vi menino mais adiantado que este!
As crianças crescem ouvindo este dizer e aí acostumam-se a falar também este vocabulário popular que o entrevistado não sabe de onde surgiu.



Autor – Wendy Brenda Sousa
Idade – 11 anos
Data – 09/06/2006



Texto da Ficha 7
EXPRESSÕES E VOCÁBULOS REGIONAIS E LOCAIS



“PRA MODE”

“Pra mode” é uma expressão muito popular nos anos passados.
Esta expressão surgiu há muito tempo, apesar de não saber onde surgiu;
Ela é usada até hoje, mesmo que com menos freqüência. É sempre usada em conversas quando as pessoas falam dando alguma ordem, mandando fazer algo. Por exemplo: “Venha cá, menino, ‘pra mode’ tu ir ali”.
Todas as pessoas falam porque é uma expressa muito conhecida dos mais velhos.
Os adolescentes gostam de falar estas expressões até mesmo por curiosidade. “É importante falar uma expressão usada pelo povo, mesmo que você não a conheça, mas ela passará a fazer parte do linguajar popular”.




Autor – Walmar Chagas Benevides Freitas
Idade – 16 anos
Data – 24/06/2006



Texto da Ficha 7
EXPRESSÕES E VOCÁBULOS REGIONAIS E LOCAIS



“TE ARRENEGO”

“Te arrenego” é uma expressão usada pelas pessoas mais idosas quando estão brigando ou perdendo algo.
Não sabemos como começou. Mas as pessoas quando estão irritadas, como por exemplo, quando vão caçar algum objeto e não acham, começam a xingar, dizendo a referida expressão.
As crianças e adolescentes não costumam usar muito esta expressão em seu vocabulário, mas é interessante porque é uma palavra usada por nossos pais e avós, e faz parte do vocabulário popular.



Autor – Wendy Brenda Sousa
Idade – 11 anos
Data – 09/06/2006


Texto da Ficha 7
EXPRESSÕES E VOCÁBULOS REGIONAIS E LOCAIS



“RUIM DAS OIÇA”

“Ruim das oiça” é uma expressão usada por uma pessoa que está conversando com outra e esta não ouve direito. Então a pessoa que está falando diz que o receptor está “ruim das oiça”.
Esta expressão é geralmente usada por nossos pais e avós. Com isso os mais jovens aprendem, continuando a falar esta linguagem popular.
Esta manifestação de usar a linguagem popular é muito interessante, pois é uma maneira de homenagearmos nossos antepassados.



Autor – Maria Leidiane de Sousa
Idade – 13 anos
Data – 27/06/2006


Texto da Ficha 7
EXPRESSÕES E VOCÁBULOS REGIONAIS E LOCAIS



“ESPIAR”

A expressão “espiar” significa “olhar”, é muito usada pelas pessoas de nossa comunidade, mas não sabemos de onde surgiu. Usamos-na quando pedimos para alguém olhar alguma coisa, como por exemplo:
• Dá pra espiar a panela que está no fogo?
• O que você está espiando?
• Eu não quero espiar.
A relação que ela tem com as crianças e adolescentes é porque eles ouvem de seus familiares e continuam a falar.
A entrevistada nos diz que estes dizeres que herdamos de nossos antepassados é interessante usarmos, porque é através dele que resgatamos a cultura de nosso povo.



Autor – Maria Naziele Vasconcelos
Idade – 15 anos
Data – 23/06/2006



Texto da Ficha 7
EXPRESSÕES E VOCÁBULOS REGIONAIS E LOCAIS



“CAMARINHA”

“Camarinha” é uma palavra que falamos desde crianças, por crescermos ouvindo nossos pais dizerem. Seu significado é quarto.
Não sabemos como começou este dizer, mas é usado em algumas situações quando nos referimos ao quarto:
• Roberta, vai buscar as roupas na camarinha.
• Hoje vão dormir algumas pessoas na camarinha e outras na sala.
A entrevistada nos fala que é muito interessante estas expressões que herdamos de nossos pais e avós, pois é uma maneira de lembrarmos deles com carinho.




Autor – Alice Maria da Cunha
Idade – 13 anos
Data – 24/06/2006



Texto da Ficha 7
EXPRESSÕES E VOCÁBULOS REGIONAIS E LOCAIS



“DOR DE VIADO”

“Dor de viado” é uma expressão usada quando estamos com uma dor do lado do corpo. Então, em vez de falarmos ‘dor desviada’, falamos ‘dor de viado’.
Não sabemos como começou, mas aprendemos a falar esta expressão com nossos pais e avós, por eles não saberem expressar-se direito, distorcem as palavras e falam erroneamente.
Por ser uma expressão muito usada, as crianças e adolescentes a falam com muita freqüência, devido ao costume de falarem incorretamente, mesmo sabendo como dizê-la certo.
É importante resgatarmos o linguajar de um povo que criava sua maneira própria de falar, por não terem onde estudar, se comunicavam abertamente e todos se entendiam.


Autor – Maria Naziele Vasconcelos
Idade – 15 anos
Data – 23/06/2006

Texto da Ficha 8
HISTÓRIAS LOCAIS



“SANTO ESTEVÃO”

Santo Estevão fica localizado entre Monteiros e Formosa, tendo limites com Córrego dos Anas e Baixa Nova.
Seu nome foi colocado por um homem que tinha muitas terras entre Formosa e Monteiros, ele resolveu homenagear sua família colocando o nome de “Santo Estevão”.
As pessoas desta localidade vivem de brocar mato para fazer roçados, plantar roças, para assim terem farinha e goma. Plantam também arroz, feijão, melancia, milho, pois se alimentam do que plantam e colhem.
As crianças e adolescentes procuram respeitar os idosos e seus pais, por morarem em um local mais afastado não têm muito contato com as poucas coisas modernas que existem no Município. Mas é um lugar bom de se morar, por ser tranqüilo, aconchegante e bem natural, onde há muitas árvores e diversos tipos de pássaros.



Autor – Daniele Marques Sousa
Idade – 12 anos
Data – 26/05/2006


Texto da Ficha 8
HISTÓRIAS LOCAIS



“COMUNIDADE DE LAGOA DOS MONTEIROS”


A comunidade de Lagoa dos Monteiros está situada a oeste da sede do Município de Cruz, ficando na zona litorânea do estado do Ceará. Seu território mede aproximadamente 5 km2, com uma população em torno de 779 pessoas. Tem como limites ao norte santo Estevão, ao sul, Aroeira, a leste Cajueirinho e a oeste, Paraguai.
A comunidade tem construções de alvenaria, na maioria térrea. Tem acesso uma rodovia que passa perto da localidade.
Em 1871 Francisco Monteiro e seu irmão Manoel andavam a caçar no matos quando viram troncos de árvores sujos de lama por porcos. Tiveram curiosidade e saíram à procura e encontraram uma pequena lagoa. Daí então este nome: lagoa dos Monteiros, por causa dos seus sobrenomes.
Atualmente, nossa comunidade não tem nenhum líder político, apenas um representante nomeado pelo Prefeito atual.
Nossa cultura é rica em termos de matéria-prima para construção de artesanato, mas está um pouco esquecida pelos jovens do lugar.
A fonte de renda predominante é a agricultura, cajucultura, benefícios do governo, comércio e, atualmente uma fábrica de confeccionar roupas.
Nos movimentos culturais, temos a escola, grande contribuidora de eventos, o grupo jovem “JAC”, o time de futebol e uma danceteria.
É uma comunidade pequena, porém acolhedora. Durante a Festa de Nossa Senhora das Graças muitas comunidades participam ativamente da festa. A comunidade também se preocupa com o futuro das crianças e adolescentes. É tranqüila em relação ao mundo das drogas e da prostituição.

Autor – Maria Daniele Vasconcelos
Idade – 10 anos
Data – 26/05/2006


Texto da Ficha 8
HISTÓRIAS LOCAIS



“BAIXA NOVA”


Com uma área de aproximadamente 2 km2 e uma população de 20 habitantes, localiza-se no Município de Cruz, tendo como limites ao leste, Monteiros, a oeste, Outro Córrego, ao norte, Preá e ao sul, Paraguai.
A terra foi comprada por Mundim Costa, que comprou de Pedro Pinto, onde colocou seu irmão Antônio Costa como morador. Este habitou lá de 1940 a 1958. logo após vendeu para Raimundo Nonato Vasconcelos, que restaurou a antiga casa, mudando-se para lá em 1958. desde então começou a cultivar a terra com seus dez filhos.
Atualmente, José Aristides Vasconcelos habita juntamente com sua família, tem como vizinhos o Sr. Jacinto, o Sr. Manoel e o Sr. Deomiro. Na propriedade cultivam a agricultura, a cajucultura, a criação de suínos, ouvinos e aves, que utilizam para comercialização regional e para sua sobrevivência.
Baixa Nova é um lugar tranqüilo, obtendo boa produtividade. Oferecendo lazer durante as férias, promovendo um ambiente saudável, sem poluição.
Para o entrevistado, filho do antigo proprietário, foi de grande importância relatar esta história, porque lá estão as lembranças onde viveu com sua família, antes de seu irmão José Aristides durante 17 anos. Foi de lá que tirou sua sobrevivência, criando seus filho e dando educação.


Autor – Daniele Fernanda Martins Ferreira
Idade – 13 anos
Data – 26/05/2006
Texto da Ficha 10
INSTITUIÇÕES E ENTIDADES LOCAIS



“ACLM – ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA”


A Associação Comunitária de Lagoa dos Monteiro foi construída com a ajuda do pedreiro Sr. José Pereira de Sousa, morador da localidade. Atualmente, como educação, destacamos em suas dependências o funcionamento de reuniões para o encontro do grupo de jovens; qualquer aspecto cultural; algumas oficinas de cursos; reunião com os próprios associados a ACLM; e apoio ás ações do PSF, que fazem as consultas, vacinações e o atendimento aos hipertensos e diabéticos.
Inicialmente foi construída para apoiar o Sistema de Água da comunidade de Monteiros. É acompanhada por mais ou menos 130 a 140 pessoas associadas, entre funcionários e moradores. Tem como presidente Francisco José de Sousa e vice-presidente Maria Aurirene Targino.
O avanço da Associação e a diversificação de suas atividades acontecem com o desenvolvimento da comunidade e se prepara para estabelecer parcerias, visando atingir de maneira mais eficiente seus objetivos pela captação de recursos.
Hoje, a comunidade tem mais acesso à Associação. O trabalho dela é se preocupar com a criança e o adolescente, trazendo informações e recursos para os mesmos.


Autor – Gecila Nascimento da Silva
Idade – 13 anos
Data – 26/05/2006



Texto da Ficha 10
INSTITUIÇÕES E ENTIDADES LOCAIS



“APM”

A Associação de Pais e Mestres (APM) é uma entidade representativa da escola sem fins lucrativos, fundada no ano de 1997 para dar mais autonomia à instituição e ter maior participação nas decisões da escola e comunidade, como também gerenciar vos recursos financeiros vindos do Governo Federal.
A entidade trabalha visando melhorar cada vez mais a qualidade da educação de nossas crianças e adolescentes.
Os membros procuram se reunir periodicamente para avaliar as ações planejadas e replanejar o período seguinte.
A importância fundamental da entidade é fazer uma escola democrática e transparente em suas ações e decisões coletivas proporcionando assim, o exercício da cidadania.

Autor – Daniele Marques Sousa
Idade – 12 anos
Data – 26/05/2006

2 comentários:

Anônimo disse...

caraca meu eu nen sabia que tinha um texto meu na internet...

Anônimo disse...

joao roberto targino