sábado, 30 de setembro de 2006

Escrevendo o Futuro – 2006 - Poesias

Escrevendo o Futuro – 3ª edição – 2006
Poesias


Solidão, não tem solidão - Poesia Finalista a nível nacional

O lugar que Deus me deu
Por minha terra natal
Não é lá essas grandes coisas
Mas pra mim é especial.

Não sei se é só eu quem vejo
Algum tipo de beleza
Em um lugar que respira
O ar puro da natureza.

Que tem como cidadãos
Um povo acostumado
A sofrer todos os dias
Na dureza do roçado.

Parece até que estou vendo
O João e a Mariazinha
Uma raspando mandioca
Outro mexendo a farinha.
Tem quem viva sonhando
Quem me dera ir pro sul
E a outra se perguntando
Será que vai dar caju?

O meu povo tem cultura
Tem crendice, brincadeiras
E tem como seu jornal
A língua dos fofoqueiros.

Mas apesar disso tudo
Rezam com todo fervor
E juram que são devotos
De São Pedro protetor.

E quando chega o mês de junho
Mês de muita animação
Dançam forró e quadrilha
Comem cocada e baião
Tudo que aqui contei
Faz parte da minha vida
Da minha feliz rotina
Da minha terra querida.

Minha terra que admiro
E quando no coração
Que mesmo com todo esse agito
É chamado “Solidão”.

EEF. Pedro marques da Cunha
Aluna: Eliz Lavinha Costa Nascimento
Série: 5º. Ano
Prof: Nélia Cunha Freitas




O lugar onde vivo

Eu vivo em um bairro
E eu acho legal lá
Tem muito passarinhos
Bem-ti-vi e sabiá.

Perto da minha casa
Mora uma vizinha
Ela todo dia,
Cuida de suas galinhas.

Eu vivo em uma casa
Lá passa carro e avião
Passa carroça e bicicleta
Passa boi e caminhão.

EEF. Filomeno Freitas Vasconcelos
Aluno: Hernando Gérson de Vasconcelos
Série: 5º. Ano
Prof: Adriana Maria Silva Cialdine



Tudo por um amigo

Dizem que eu sou tolo
Por ter ansiedade
Tolos não acreditam
No poder da amizade.

É certo dizer que tolo
Desistem na hora de lutar
Um amigo verdadeiro falo
Vou te acompanhar.

Na tristeza de um amigo
Sou um tolo pra dizer
Onde existe tempestade
A bonança vai nascer.

Se sofrer sofro contigo
Se chorar vou te amparar
Saiba sou teu amigo
Conte com quem precisar.

EEF. Manoel Antônio da Silveira
Aluno: João Elinardo da Silveira
Série: 4º. Ano
Prof: Maria Ivonete de Sousa


Minha cidade

Vamos falar da cidade
Com muita dedicação
Nela há mocidade
Mas também tem ancião

Cruz é uma cidade bela
Não há quem não fale assim
Tem até gente que diz
Que ela parece um castelo

Temos a igreja Matriz
Que é um lugar muito belo
Tem até gente que diz
Que ela parece um castelo

Praças também nós temos
Para fazer nossas festas
Verde nelas nós vemos
Parece uma floresta.

Temos o Posto de Saúde
Bem no centro da cidade
Todos lá tem atitude
E também prioridade.

Cruz na educação
Tem primeiro lugar
Pois o seu coração
É imenso como o mar

Os nossos professores
São todos capacitados
Ás vezes são defensores
Dos pobres nessitados

Tem turismo tem lugar
Para a população
Para o homem que trabalhava
Ser um grande cidadão

Temos a casa da família
Que foi construída agora
E tem gente que admira
Acho que já era hora

Tenho um recado a dizer
Pra nossas autoridades
Ainda há muito o que fazer
Pra melhorar a cidade.

CEB. Maria Pereira Brandão
Aluno: Jaqueline Nágila de Vasconcelos
Série: 5º. Ano
Prof: Vilamar damasceno Sousa


Formosa você é linda

Minha Formosa é linda
Tem beleza natural
Tem o som do passaredo
E o perfume floral.

Eu moro na Formosa
Aqui vivo numa boa
Gosto muito desse lugar
Por que tem uma lagoa.

Este lugar é formoso
Por estar perto do mar
É um local muito belo
Muito bom para morar.

O mar é muito bonito
Cercado de duras de areia
Aqui tem uma paisagem
De encantar até sereia.

O solo deste lugar
É um solo argiloso
Não existe neste mundo
Chão assim tão generoso.

A fonte de renda daqui
É a pesca e a agricultura
Assim todo mundo trabalha
Preservando esta cultura.

Nos meses de maio e junho
É tempo de a rede lançar
Os pescadores contentes
Enchendo o seu samburá.

Quando chega o inverno
É tempo de cultivar o chão
Milho, mandioca, batata
Melancia, jerimum e feijão.

O lugar onde eu moro
É fruto de muita beleza
É lugar muito bonito
Presente da natureza.

EEF. São Paulo
Aluno: Carlos Gelson da Mata Freitas
Série: 5º. Ano
Prof: Fernando Márcio da Silva

Escrevendo o Futuro – 3ª edição – 2006 - Memórias

Escrevendo o Futuro – 3ª edição – 2006
Memórias
As páginas da minha vida

Transparecendo grande emoção dona Fátima nos dirigiu, com sábias palavras, as experiências vividas na sua infância. Como antes era diferente! Eu vivia com minha madrinha, uma mulher fervorosa que ensinou-me as melhores coisas: a trabalhar nos afazeres domésticos, á respeitar os mais velhos e a ser uma pessoa do bem.
As brincadeiras eram mais divertidas e alegres. A gente brincava de bonecas, em sua maioria feita de tecidos e algumas poucas louças. As moças juntavam-se nas noites de lua clara para brincar com os rapazes de advinhas, anedotas, contar histórias... uma vez por outra saia uma paquera, mas não podia namorar porque se os pais soubessem não deixavam a gente sair de casa por um bom tempo.
Quando acontecia uma festa na comunidade vestia-se as melhores e mais decentes roupas. Tinha as vestimentas de ir para a missa. Que eram vestidos compridos de mangas e infetados com renda. Nos valores que são tão importantes na formação cultural de uma localidade.
Havia dentro da comunidade um sentimento de afeição e respeito uns para com os outros. Todos se conheciam, cumprimentavam-se e solidarizavam com os mais gestos da partilha, contrário ao individualismo dos nossos dias.
Os estudos eram poucos e difíceis. Naquele tempo, a gente decorava a lição é quem não soubesse apanhava dos colegas sem contar com o castigo que recebia da professora. Hoje a Escola é bem mais fácil e acessível a todos. Há espaço para a participação do aluno, o desenvolvimento de suas habilidades e valorização dos conhecimentos adquiridos com as pessoas mais experientes.
Essas são as memórias que protagonizaram a história de vida de uma determinada senhora que se orgulha em repassá-la aos seus descendentes.

Escola EEF. João Evangelista Vasconcelos
Aluno: Ângela Jany do Nascimento
Série: 5º. Ano
Prof: Maria Maiza de Freitas



Escrevendo o Futuro – 3ª edição – 2006
Memórias


As lembranças do meu passado

Eu lembro que as pessoas apanhavam algodão, teciam as redes para dormirem, pescavam com o landuar para sobreviver. As casas eram de palha e de pau, distantes umas das outras, hoje são feitas com tijolos, madeira de serraria e bem próximos. O material que usavam na cozinha eram de barro, como: pratos, colheres, panelas, bacias etc. Agora tudo mudou, os pratos são de louça e as panelas de alumínio. Antigamente as esponjas que usavam para lavar os pratos eram as folhas das plantas.
Naquele tempo capinavam muito nos roçados, plantavam feijão, milho e mandioca, hoje, até que ainda plantam, mas não como antes.
As águas eram sujas, tomavam banho com ela assim mesmo. Para beber coavam no pano limpo e botavam no pote de barro. Atualmente temos água limpa e boa que vem diretamente da Cagece. Lembro que pegavam as tripas do gado e de porco para fazer o sabão, este era usado para lavar roupas, essas eram sacos e de couro. Hoje é diferente, as pessoas só andam com roupas boas e bonitas.

Fico lembrando daqueles tempos, portanto, hoje vivo melhor, portanto, hoje vivo melhor e sou feliz.

Escola EEF. João Evangelista da Cruz
Aluno: Francisca Raquel Nascimento
Série: 4ª
Prof: Maria Elizangela de Araújo



Escrevendo o Futuro – 3ª edição – 2006
Memórias


O Lugar onde vivo

O lugar onde eu vivo é muito especial, chama-se Cedro é maravilhoso, aqui a natureza é um paraíso natural, este lugar é tranqüilo, as pessoas são humildes, não existe violência.
No passado não existiam escolas neste lugar, mas havia um homem bom que pagava uma professora para que as crianças aprendessem cantorias, das farinhadas, pescarias, das prosas na varanda e do moinho de moer cana.
As crianças daquela época eram mais inteligentes e educadas, tinham brinquedos e brincadeiras diferentes e não respondiam seus pais.
Antigamente aqui existia muita fartura, todos plantavam e colhiam em abundância, nossa água diminui por causa da poluição.
O futebol era o preferido da época, não tínhamos campo, fardamento, nem bola oficial, mais mesmo assim o esporte era essencial.
Naquele tempo tudo era maravilhoso se pudesse voltar certamente reviveríamos passagem felizes.

Escola: EEF Artidouro Mendes de Sousa
Aluno: Janaele Bruna da Silveira
Série: 5º. Ano
Prof: Maria Rosa Pessoa







Escrevendo o Futuro – 3ª edição – 2006
Memórias



Terra de encontros

Não nasci nesta comunidade, mas cheguei aqui em 1958. Naquela época tinha poucas casas e existia muito preá, por isso foi colocado este nome. Naquele tempo havia muitas dunas e lagoas. Ainda não existia escola. E os transportes que havia eram: jumento, cavalo, carroça, canoas e também viajávamos a pé. Também não havia igrejas e nem festejos. E se quiséssemos ir a uma festa, tinha que ir a uma localidade vizinha. No passado, os trabalhos eram mais difíceis do que agora. Pois trabalhava tirando corda para fazer redes e também despescando nos currais. A única coisa que não mudou foi o mar, pois continua igual.
Ocorreram muitas mudanças neste lugar. Tudo se tornou mais fácil. Hoje temos: comércios, pois antigamente tínhamos que comprar em outros lugares. Temos também igrejas com festejos religiosos como: São José e São Paulo. Temos ainda: pousadas, escolas, estradas, posto de saúde, etc.
O tempo passou depressa e não tenho saudade de nada do que aconteceu, pois sofri bastante. Guardo apenas lembranças em minha memória.

Escola: EEF Dionísia Maria da Silveira
Aluna: Anaíla Nágila Félix
Ano: 5º. Ano
Prof: Maria Deusimar Prado.



Escrevendo o Futuro – 3ª edição – 2006
Memórias



Travessura de criança

Naquele dia com apenas três anos de idade, eu estudava na Creche Criança Feliz, eu gostava muito de correr dentro da sala de aula, mais uma vez sem perceber que o chão estava molhado eu escorreguei e caí em cima do meu braço, eu chorei muito nesse dia.
Foram chamar a minha mãe, nessa época ela estava grávida de oito meses e ao ver meu braço todo inchado ela não pensou duas vezes me pegou pelos braços e saiu correndo para o hospital. Quando chegamos, bateram um raio x e acusou que estava quebrado em tr~es partes. No mesmo dia fomos para Fortaleza, chegamos lá por volta das oito horas da noite, fomos direto para o hospital onde eu fiquei internada por muito tempo.
Minha mãe não saia de perto de mim, ficava comigo o tempo todo. Em um dos dias que minha mãe estava comigo, ela saiu para ir ao banheiro como fazia todos os dias, mas esse dia foi diferente ao se aproximar do banheiro estava muito liso, ela escorregou e caiu em cima de sua barriga. Isso aconteceu no dia de sexta-feira, passaram-se tr~es dias e ela ganhou nenê, ela teve que sair do hospital para a Casa de Apoio e eu fiquei com minha tia no hospital.
Semanas depois operei meu braço e ainda passei alguns dias no hospital. Depois fui para a Casa de Apoio, onde encontrei com minha mãe e meu irmãozinho, então viemos todos embora.
Essa é a história de uma de minhas travessuras quando pequenina, onde nunca vou esquecer e nem posso, pois fiquei com uma grande cicatriz no meu braço.


Escola: EEF. Filomena Martins dos Santos
Aluno: Luana Géssica Pereira Ribeiro
Ano: 5º. Ano
Prof: Juliana Muniz Ribeiro




Escrevendo o Futuro – 3ª edição – 2006
Memórias


Quando eu era bem pequenina brincava de boneca, na qual era e continua sendo meu brinquedo preferido.
Gostava também de brincar de casinha, vender comidinhas, brincar de elástico, pular corda com minhas amigas e primas. Segundo minha mãe, eu gostava muito da minha vizinha, pois não saía de sua casa; só quando minha mãe ia me buscar. Tinha o esposo da vizinha, que era muito legal e brincalhão; com ele eu me divertia bastante, pois seu Manuel era uma pessoa alegre, que pena, ele morreu, mas mesmo assim, hoje em dia ainda continuo indo em sua casa, pois ficou sua esposa Dona celeste, uma mulher muito inteligente e seu filho Fernando que é meu amigo.
Aqui estou falando da minha infância; minha mãe e meu pai, me ajudaram a recordar todos esses momentos que passei e com certeza vou passar ainda mais, pois moro com meus pais, pertinho dos meus avós, gosto de todo mundo que moram ao meu redor. Hoje tenho 10 anos, estou já bem crescidinha, mas isso não quer dizer que não pratico ainda tudo isso, pois tudo que eu fazia, ainda faço, pois é meu maior divertimento além dos estudos.
Agradeço pela minha infância, que foi uma fase boa, pois eu não esqueci das minhas travessuras; hoje sou diferente, mas lembro ainda de tudo, agora pretendo fazer o que está ao meu alcance para ter um bom futuro.

Escola: EEF. DAS CHAGAS E SILVEIRA
Aluno: Paloma Régia da Rocha
Ano: 5º. Ano
Prof: Maria Elioneide da Silveira Paulo





Escrevendo o Futuro – 3ª edição – 2006
Memórias





O Lugar onde vivo

Nasci no dia 5 de fevereiro de 1997, em Poço Doce I, as 8:15 h da manhã, pesando 2.700 kg. Foi uma alegria para minha família.
Logo depois de alguns meses chegou o dia do meu batizado, meus pais fizeram uma pequena festa, tudo era alegria.
Poucos dias depois meus pais perceberam um pequeno sinal em meu olho esquerdo e após vários exames os médicos descobriram que eu tinha uma doença chamada mangioma.
Os tratamentos foram intensos e longos, mas graças a Deus e á meus pais estou recuperada.
Com 5 anos comecei a estudar, foi muito difícil nos primeiros dias. Com uma semana depois já fui me acostumando, conheci vários coleguinhas e fiz muitas amizades.
Antes era muito diferente, meus avós e meus pais contam que as panelas eram de barro; a concha era feita de quenga de coco, não existia carros, motos, ônibus, etc. Na escola se o professor mandasse fazer um dever e se o aluno não fizesse o professor então dava castigo, colocava-o de joelho em cima dos caroços de milho ou feijão, agora mudou tudo, e o professor não pode fazer isso. Agora estão na 4ª. Série, tenho 9 anos e estudo na escola de Ensino Fundamental Luís Albano da Silveira, adoro estudar, brincar, e até trabalhar. Todos os sábados vou ao catecismo em uma localidade vizinha, chamada Gamileirinha, gosto de rezar, participar de celebrações, missas e a cada dia me sinto mais feliz por ter minha vida saudável e ter pessoas para me ajudar, mas confesso: Nunca esquecerei da minha infância e como tenho saudades.

Escola: EEF Luís Albano da Silveira
Aluno: Francisca Leidiane Silveira
Série: 4ª série
Prof: Terezinha de Jesus Oliveira Freitas



Escrevendo o Futuro – 3ª edição – 2006
Memórias


Minhas lembranças


Naquele tempo era assim não existia moto, carro, bicicleta. Eu ficava sentado na minha cadeira vendo as paisagens, rios e mares, ficava vendo o ar balançando as árvores e secando as roupas.
No tempo passado os filhos respeitavam muito os pais, não se metiam nas conversas dos adultos e não se chamavam palavrões com os pais, os mesmos gostavam muito dos filhos e os filhos dos pais.
Antes, quando as pessoas ficavam doentes, não era possível se consultarem pois, os hospitais eram pagos e só se consultavam quem tinha dinheiro, mas tinha um farmacêutico que se chamava Azevedo, que consultava as pessoas, pois ele já me examinou.
As escolas eram em casa, e não existia professores próprios, em cinco e em cinco meses era um professor diferente, teve uma por qual me apaixonei, paixão de criança, ela me deu um banquinho baixo e todo dia se sentava perto dela.
Hoje fico sentado olhando a destruição que o homem fez, quando olho para os rios não vejo mais como era antes, agora está totalmente diferente, os rios estão todos poluídos, com a chegada do homem. Hoje fico pensando no passado, nas coisas boas e ás vezes fico comparando o passado com os dias atuais.

Escola: EEF. Raimunda Elvira Brandão
Série: 5º. Ano
Aluno: Maria Charliane de Freitas
Prof: Keilla Michell de Sousa






Escrevendo o Futuro – 3ª edição – 2006
Memórias



Minha terra adorada

Nasci e cresci em lagoa velha, desde que nasci, Lagoa velha mudou muito. Era um lugar tranqüilo, com poucas casas de taipa, uma estrada carroçal por onde passava animais de carga e pessoas a pé. Hoje tem um asfalto que dar acesso a outros lugares. Naquele tempo eu ia a pé para a escola, hoje tem transporte escolar. Lagoa velha mudou para melhorar. Atualmente tem colégio, energia, meio de comunicação, móveis, condução e o número de casas também aumentou.
Lembro-me das brincadeiras de roda, os dramas, reisados, piquiniques e das cavaladas com meu pai olhando a paisagem natural e os pássaros a voar no céu azul.
O trabalho era ainda e é ainda a agricultura, eu ajudava meu pai na roça e quando chegava em casa meio dia, o feijão com rapadura nos esperava em pratos e panelas de barro.
A casa onde eu morava, era pequena, de taipa com poucos objetos, uma mesinha e quatro cadeiras de couro, um tucum de palha da carnaubeira, onde eu dormia, um fogão a lenha, e um barquinho de madeira que recebemos as visitas que vinham, contar histórias e charadas nas noites de lua. Aqueles encontros foram substituídos pelos programas imorais e violentos nas televisões. No meu tempo de criança, programa assim eram chamados de “escandelo”.
Naquele tempo a escola era na casa do professor e era uma disciplina rígida como, como assoletrar a carta de abc e o argumento em números, se um aluno não acertasse a tabuada e outro respondesse, o que acertasse dava palmatória na mão do que errasse e quem não respeitasse o professor ficava de joelho na frente dos outros alunos.Hoje alunos têm regalias, transporte, escola, material didático,bolsa escola e mesmo assim não querem estudar. Se eu tivesse esta oportunidade eu teria aproveitado com unhas e dentes.
Hoje com meus 70 anos vivo feliz com meus filhos e netos e sinto-me saudades das serenatas e da tranqüilidade que acabou.

EEF. Bernardino José Vasconcelos
Aluno: Maycon nascimento Vasconcelos
Série: 5º. Ano
Prof: Maria Maisa de Freitas


Escrevendo o Futuro – 3ª edição – 2006
Memórias


Conhecendo a minha história

Nasci e cresci em Córrego da poeira, o qual fazia parte do município de Acaraú, hoje situado no município de Cruz. E o que mais me marcou foi que em 1958, houve uma grande seca. Pois a maioria das pessoas se deslocaram para o Maranhão através de recursos para sobreviverem. Enquanto as que ficaram, passaram necessidades. Mas depois apareceu um serviço do governo ao qual deram o nome bolsão da seca, onde as pessoas que trabalhavam recebiam o nome de “casacos” e em vez de receber dinheiro, ganhavam em troca mercadorias.
Recordo ainda, uma pessoa muito conhecida nessa comunidade, que foi meu tio Raimundo Luiz. Além de ser de maior posse e muito amigo de todos, foi também muito lutador pela vida.
Não esquecendo que a maneira de visitar as pessoas era bastante diferente. Pois eu costumava passear na casa dos vizinhos, onde ficávamos horas e horas conversando e contando histórias. Era aquela animação. E sem contar que ao chegar, era servido um delicioso cafezinho. E hoje a maioria, em vez de visitá-las, preferem ficar em casa, assistindo televisão.
Outra coisa: a maneira de viver, também era diferente. Em se tratando de viagem, lembro que eu viajava para o Acaraú transportando gêneros alimentícios em animais. A viagem era bastante cansativa, mas não tinha transporte. Porém, assim mesmo eu nunca deixava de ir. Também, saia muito a pé para as festas religiosas. Pois quando chegava a época, juntava-se um grupo de pessoas e saia cedo. Mas não achava longe porque a gente ia conversando e quando percebia já estava quase chegando.
Em relação as pessoas doentes, lembro que quando eu adoecia, minha mãe me curava com remédios caseiros. Por não ter médicos na região. Mas mesmo assim, rapidinho eu recuperava minha saúde.
Atualmente as pessoas vivem bem confortadas, conseguindo as coisas sempre com mais facilidade. Pois com o passar do tempo, tudo foi modificando e facilitando a vida de todos.

EEF. Raimundo Luiz da Silveira
Aluno: Gércia Aline Vasconcelos
Série: 5º. Ano
Prof: Maria Célia da Silveira.


Escrevendo o Futuro – 3º Edição – 2006
Memórias


Saudosos tempos de criança

Recordo-me com saudades os meus tempos de criança. Juntava-me com a meninada da rua em que eu morava e brincávamos nas calçadas, de cantigas de roda, pular corda, esconde-esconde e muitas vezes de boneca (estas eram confeccionadas por nós mesmas, com sabugos de milho e algumas de pano).
Algumas noites cantávamos hinos na praça da matriz. A vida era mais tranqüila e as pessoas tinham mais tempo para conversar, dialogar e contar histórias. Costumávamos rezar o terço todas as noites em famílias.
Lembro-me que, em época de carnaval, minha mãe levava-me ao baile á tardinha. Era a vesperal das crianças. Todas se divertiam fantasiados com as mais variadas roupas. Muito confete e papel picado. Mais tarde era o desfile dos blocos. Existiam apenas dois: o bloco dos sujos, onde as pessoas dançavam batendo em latas fantasiadas com roupas de sacos, jogando maisena uns nos outros. O outro bloco era tudo bem organizado, com muito brilho, beleza e elegância. Tinha rainha, porta-bandeira, bateria e muita lantejoula.
Ficávamos nas calçadas observando tudo com muita atenção, os olhos pulando de alegria... Naquela época tudo era diferente. As festas eram tocadas com sanfonas harmônicas. As danças eram o xote e a valsa. Valorizavam-se as cantorias com violas (homens cantando versos improvisados com rimas) e também os reizados (danças folclóricas onde os integrantes se trajavam de animais).
Você pensa que era só os homens que trabalhavam na roça? Engano seu... Mulheres trabalhavam desde o preparo da terra até a colheita, dia após dia, sol-a-sol e não tinha essa de criança não trabalhar. Não freqüentávamos escolas, pois eram muito distantes e precisava pagar. As condições financeiras de nossas famílias eram mínimas e tínhamos que ajudar os pais na agricultura e nos afazeres domésticos. Assim aconteceu comigo e com todas as crianças daquela época.
Sonhávamos muito, apesar da grande responsabilidade que tínhamos, mas brincávamos pra valer. Tínhamos uma vida calma e tranqüila. A infância daquela época tinha um sabor especial! Eram bons tempos... Talvez bem melhores que os modernos. Alguns podem não valorizar “aqueles tempos”, mas a minha memória e as minhas recordações valorizam por demais aquela época, tempos que não voltam mais.
Hoje só restam as lembranças, antigas e amareladas fotografias no baú, o horizonte “a tardinha, os meus cabelos prateados(pintados com o pincel do tempo), minha pele enrugada e o coração cheio de nostalgia, porem, muito feliz. Assim foi a minha infância no lugar em que morava.



Escola: Centro de Educação Básica Paulo Freire
Aluno: Patrícia Vasconcelos Silveira
Serie:4ª.SerieProfessor: Marli Maria Muniz
Texto escrito com base no depoimento da Sra. Maria Ferreira Vasconcelos, 70 anos.

Escrevendo o Futuro – 3° Edição -2006

Memórias

A muito tempo atrás, o lugar, o lugar onde eu morava ou moro era muito pequeno, só tinha duas casas o resto era mato. Quando Valdemar Paulo Ribeiro conhecido como Valdo Ribeiro, casou-se passou a morar neste lugar, então tinha poucos habitantes e uma floresta bastante fechada e poucos trabalhadores, então vinha gente de outros lugares para trabalhar,Valdo Ribeiro dividia uns para plantar cana-de-açúcar, outros para plantar cajueiros e os demais para plantar milho e feijão como também roça. Com o desenvolvimento local trouxe também a origem do nome caldeirão, justamente devido a fabricação de caldo de cana, rapadura, açúcar como também rapadura.
Como o passar do tempo a referida comunidade passou a ser chamada de “Canafístula” devido a existência de uma planta, ou seja, uma árvore encontrada ás margens de um córrego denominada “Canafístula”, essa mudança de nome ocorreu devido a essa planta e o fim da produção dos produtos proveniente da cana de açúcar.
Com o tempo a comunidade desenvolveu-se, surgindo uma escola, um campo de futebol etc. A principal atividade econômica é a agricultura como também o comercio. Hoje nossa comunidade formou-se um pequeno ou médio povoado onde as pessoas estão buscando individualismo onde atrapalha cada vez mais o crescimento local como também humanitária para com a população, desde esses problemas podemos citar o entrosamento local como um lodo.

Escola: E.E.F. Valdemar Paulo Ribeiro
Aluno: José Alex Távora
Serie:4ºSerieProfessor: Maria Edna Lima Silva



Escrevendo o Futuro – 3° Edição -2006
Memórias

Lembranças do meu passado


Nasci e cresci em Cajueirinho, há 70 anos, numa época mais calma e tranqüila. Outrora, era difícil de viver. O lugar não oferecia boas condições de vida. Diante de tantas dificuldades, por muitas vezes, nos deslocávamos para outras localidades á procura de atividades para ajudar no sustento de nossas famílias.
Naqueles tempos, as crianças tinham uma infância bastante sofrida, diferente dos tempos atuais, eram “escravas” de seus pais, porém trabalhavam intensamente para ajudá-los. Os anos passavam devagar e nós aproveitávamos o pouco tempo que nos restava no final da tarde para brincar de galamar, baladeira (estilingue) e pião.
Naquela época, o estudo era difícil, a maioria dos jovens comprava a carta do ABC para aprender a asssoletrar as primeiras silabas, somente depois, conseguiam ler. Por volta dos 40 anos, já casado, tive a oportunidade de estudar o mobral (escola da época).
Levávamos o namoro mais a sério, conversávamos na casa dos pais, casas de farinha e em festas religiosas, tudo com muito respeito, diferente dos dias de hoje.
Viajar não era fácil! Não existiam carros e nem estradas para deslocarmos, só existiam animais ou viajávamos a pé. Era um transtorno infernal para os moradores do lugar, sendo o motivo, a lentidão dos transportes da época.
Antigamente em Cajueirinho era assim. Hoje com o avanço da tecnologia as coisas tomaram outro rumo. Com a chegada dos transportes mais rápido a situação mudou. As crianças perderam o prazer pelas brincadeiras, todas assistem á televisão estando cada vez mais desobedientes e a falta de harmonia modificou a vida das pessoas. Ainda somos uma comunidade humilde, na qual, há muitas transformações que nos fornece melhorias nas localidades.
O tempo passou depressa, sinto saudades dos meus pais, porém, tenho minha esposa, filhos e netos para alegrar meus dias e as lembranças daqueles tempos recatados...


Escola: E.E.F. Maria Filomena Sousa
Aluno: Dara Rayla Medeiros
Serie:4ºSérieProfessor: Vacilda Maria de Sousa

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Escrevendo o Futuro – 3° Edição -2006
Memórias

Vida no campo


Eu nasci em 1945, e desde então moro no Belém. Antigamente a lagoa era muito cheia e algumas pessoas que iam caçar passam por lá para tomar banho. Tinha poucas casas, muitas dela eram de taipa.
A minha família vestia roupas de tecido feito de algodão que era tirado os caroços e fiado no fuso. A primeira calça que vesti foi feita pela minha irmã. Ela fez no tear (uma maquina feita de madeira que de forma artesanal), com os pés e as mãos, se construía os tecidos, os calçados que eu usava eram tamancos de pau feito pelo meu pai. Depois veio ás apragatas (chinelo feito de couro de boi). Hoje em dia as roupas são feitas em máquina de costura e os sapatos são comprados nas lojas.
Na escola onde eu estudava a professora ia pegar água na casa do Sebastião, passava a tempo todo conversando e quando os alunos sentiam a sus falta iam chamá-la. A professora pedia para os alunos ler. Os que não sabiam levava palmatória. Eu graças a Deus nunca levei uma palmada, estudava a lição em casa e tirava notas boas. Eu pensava que a escola não ia acabar na terceira serie, mais foi o jeito. Pois meus pais eram pobres e não tinha condições de comprar roupas e pagar os meus estudos. Já hoje as escolas são públicas, os transportes são de graça, os professores ensinam os alunos na hora que eles precisam e não existe castigo como antigamente. Tudo é diferente!
Muitas coisas já mudaram como: água encanada nas casa (quase não precisam de cacimba). A maioria das casas são de tijolos e os cercados tem muito cajueiro. Tem transportes e estradas de pedra, sem falar na energia elétrica que deixou muitos objetos para ajudar a vida das pessoas.
Moro numa comunidade ainda tranqüila.

Escola: E.E.F. Antonio Gregório do Nascimento
Aluno: Francisca Josiane dos Santos
Serie:4ª.SérieProfessor: Maria Rosimeire dos Santos




Escrevendo o Futuro – 3° Edição -2006
Memórias


O lugar onde eu vivo enche meu coração de alegria, porque é bom saber que eu nasci e estou crescido aqui.
Eu aproveito muito bem ele porque aqui tem vários divertimentos como: a danceteria Badalos e o Estádio Badalão tem muitas eventos como festas, serestas e campeonatos de futebol.
Comemoramos os 31 dias do mês de Maio em louvor a Nossa Senhora. Aqui não é completo porque faltam postos de saúde, quadra esportiva, estradas novas e telefones públicos etc. Estudo na Escola de Ensino Fundamental Santa Cecília, ela é pública e tem 219 alunos, tem um campo de futebol bem a frente. A comunidade está lutando na construção de uma Igreja, logo depois no futuro irão fazer uma praça, temos o prédio da comunidade onde são realizadas as aulas de catecismo. A maior parte de trabalho é a agricultura e a cajucultura é calmo de poucas habitantes e tem várias formas de se viver e da gente ser feliz.

Escola: EEF. Santa Cecília
Aluno: Antônio Elivaldo de Araújo
Série: 5º.ano
Prof: Maria Eveunia Araújo Carvalho

Dicionário de Expressões e Vocábulos

Dicionários de Vocábulos e Expressões Culturais

Caro Cruzense,

Dirijo-me a todos vocês que buscam informações precisas e atuais sobre nossa linguagem coloquial. Este dicionário das Expressões e Vocábulos locais e regionais contém 137 termos e expressões usados habitualmente em nosso município.
Elaborado por crianças e adolescentes de todas as localidades do município, este dicionário contém registro de nossos antepassados (maneira de falar). Portanto, ele irá acompanhá-lo ao longo de sua vida. Assim, sempre que você ouvir alguém falando algo desconhecido, uma palavra diferente, informal, poderá consultá-lo e aprender sempre mais.

Espero que você faça bom uso e cuide muito deste dicionário!

Coordenador da cultura, Agosto de 2006


Dicionário das Expressões Culturais

A

A meu Deus: Expressão falada ao espantar-se ou admirar-se. Muito usada na localidade de Cavalo Bravo.
A pai: Significa preocupação, angustia. Pessoa fala quando está nervosa. Usada na localidade de Poço Doce II.
Abestado: Uma pessoa tola, imbecil. Falada na comunidade de Cajueirinho I, zona rural do município.
Adiantado: Pessoa intrometida, enxerida. Usada com freqüência na localidade de Lagoa dos Monteiros.
Alcova: Palavra usada por pessoas da terceira idade, quando refere-se ao quarto de dormir. Falada na localidade de Pitombeiras.
Amigo da onça: Expressão que significa amigo falso, pessoa traidora. Usada com freqüência na localidade de Lagoa Salgada.
Ariado: Pessoa desnorteada, desorientada. Falada por pessoas da localidade de Belém, Lagoa dos Gregórios e Lagoa Seca.
Arigó: Pessoa que não sabe realizar alguma atividade direito sozinha; Envergonhada. Usada em alguns lugares do município tendo significados diferentes.
Arram: Expressão que significa concordância. Falada na localidade de Cavalo Bravo.
Arre égua: Expressão de admiração e exagero. Algo nojento. Falada na comunidade de Pitombeiras, Caiçara e Sede do município.
Arre porra: Coisa admirável. Expressão usada na localidade de Poço Doce I.
Arria: Palavra usada para designar aquele que está com preguiça ou está fazendo algum trabalho de forma lenta. Falada com freqüência na localidade de Canafístula.
Arrocha menino: Não se sabe como surgiu esse termo, mas é usado em situações onde se requer pressa. Falada na sede do município com freqüência.
Ave Maria: Termo usado em momentos de admiração e susto. Manifestação de Sentimentos. Usado em algumas localidades do município, com significados diferenciados.
Azul de fome: Significa está com muita fome. Usada com freqüência na localidade de Belém.

B

Bem devagarinho viu: Significa ter cautela, fazer tudo devagar. Falado com freqüência na localidade de Cedro.
Bicho enxirido: Quando uma pessoa se insinua para outra. Inconveniente. Usado nas localidades de Cajueirinho I e dos Cazuzas.
Botar na baia: Colocar para uso, começar a utilizar quase que diariamente. Usada nas localidades de Belém e Canafístula.
Botar no mato: Dar ou vender por um valor insignificante. Falada na localidade de Lagoa Salgada.
Broco(ô): Distraído, que tem dificuldades para aprender algo. Falado com freqüência na localidade de Frei Jorge.
Bucho fofo: Significa falar que estar com gases no intestino. Empanzinado. Empachado. Falada nas localidades de Belém e Lagoa dos Gregórios.
Bucho quebrado: Expressão de valor pejorativo. Usada para designar aquele que tem a barriga grande e por isso é feio e desajeitado. Falado na localidade de Cajueirinho.


C

Cagado e cuspido: Coisas super parecidas. Igual ao outro. Fala-se bastante na sede do município.
Caganeira: Infecção no intestino. Diarréia. Palavra usada na localidade de Belém.
Camarinha: usado pelas pessoas mais velhas quando refere-se ao quarto de dormir. Usado na localidade de Lagoa dos Monteiros.
Carralo: Significa cavalo. Falado com freqüência na vila Preá.
Cascudo: Pancada na cabeça com a mão fechada. Coque. Cocorote. Termo falado em todo o município de Cruz.
Coitado!: Quando alguém faz uma coisa ou fala algo sem sentido. Como se estivesse debochando do outro. Usado com freqüência na localidade de Paraguai.
Como é que pode um negócio desse: Bastante usado quando não se acredita no que está acontecendo. Falado com freqüência na sede do município.
Conversar miolo de pote: Expressão usada para quem fala um assunto sem importância, que não tem nada a ver com o diálogo. Besteira. Falado com freqüência na localidade de Frei Jorge.
Credo: Repugnância a algo. Muito usado no distrito de Caiçara.
Criatura: coisa ou ser criado. Individuo. Palavra falada na localidade de Lagoa Velha.
Cuidado Bicho: Aviso. Cautela. Dar bastante atenção ao que for fazer. Usado com freqüência na localidade de Poço Doce II.

D

De lua: Usado para designar pessoas que de um dia para o outro, ou repentinamente altera suas emoções, e mostra-se ora zangado, ora alegre. Usado com freqüência na localidade de Canafístula.
Deixa pra lá: Significa não está preocupado. Dar pouca importância. Falado na localidade de Poço Doce I.
Desce para baixo: Termo usado com freqüência na localidade de Paraguai. Significa descer para algum lugar. Ir para um lugar mais baixo.
Deus me livre: Algo que não pode acontecer. Pedindo ajuda de Deus para livrar-se de alguma coisa. Fala-se habitualmente no Distrito de Caiçara.
Dia de São Nunca: Expressão muito antiga. Usada por pessoas de várias gerações. Fala-se para dizer que algo nunca vai acontecer, pois o Santo Nunca não existe e portanto esse dia também não.
Diveras: Verdade. Realmente. Fala-se na localidade de Lagoa dos Monteiros.
Dixe: Significa disse. Falado com freqüência na vila Preá.
Do tempo do Bumba: Objetos, idéias e atitudes fora de época. Ultrapassado. Antigo. Falado na localidade de Cajueirinho I.
Dor de viado: Dor desviada. Usado com freqüência na localidade de Lagoa dos Monteiros.


E

É de ser!: Palavra duvidosa. Desacreditar de algo que outra pessoa fala. Termo usado habitualmente nas localidades de Paraguai e Preá.
E eu: Estou. Referindo-se a si mesmo. Fala-se na localidade de Lagoa dos Monteiros.
É hoje que eu só chego amanhã: Termo usado para aviso. Aparecer só no outro dia. Usado habitualmente no Distrito de Caiçara.
É mais fácil jogar pedra na lua: Expressão usada quando uma pessoa quer ou está realizando algo muito difícil. Usado com freqüência na localidade de Solidão.
É o novo!: Expressão que dá idéia de contradição. Quando fala-se, está referindo a algo antigo. Sentido de gozação com algo que é velho. Usado em todo o município.
Ei-bichium: É usado no sentido de gozação. Quando não conhecemos a pessoa da qual vamos falar. Usa-se com freqüência na sede do município.
Entrar pra dentro: Entrar em algum lugar. Termo usado com freqüência na localidade de Paraguai e demais localidade da zona rural.
Enxirido: Aquele que falta com respeito com o outro; Aquele que usa expressões inadequadas para o ambiente em que estar. Intrometido. Fala-se habitualmente na localidade de Canafístula.
Escroto: Corajoso, destemido. Falado com freqüência na localidade de Frei Jorge.
Esgalamido: Pessoa que come muito. Exagerado. Comilão. Usado habitualmente na localidade de Cajueirinho I.
Espiar: Olhar. Ficar olhando coisas que não são de seu conhecimento. Curiar. Fala-se nas localidades de Canafístula e Lagoa dos Monteiros.
Eu digo: Confirmar algo quando alguém fala. Fala-se com freqüência na localidade de Poço Doce I.
Eu sou mole mesmo: Usa-se quando acontece repetidamente algo errado com a mesma pessoa. Fala-se habitualmente na sede do município.
Eu-hem: Termo usado em momentos de raiva e alteração. Fala-se na sede do município.
Expressa: Ônibus. Transporte de pessoas. Fala-se habitualmente pelas pessoas da terceira idade na localidade de Pitombeiras.


F

Ficar na sua: Permanecer como estava. Pedindo para a pessoa não expor seu ponto de vista. Ficar calado diante de diversas situações. Bastante usado na sede do município.
Filha da mãe: Expressão usada para expressar que está com raiva daquela pessoa. Falada bastante no Distrito de Caiçara.
Frescar: Encrencar. Intimar. Falado com freqüência na Localidade de Frei Jorge.


G

Gato escaldado tem medo de água fria: Expressão usada por pessoas que erraram uma vez e se prepara para que não aconteça outra vez a mesma coisa. Fala-se habitualmente em todo o município.
Gobira: Jumenta. Fêmea do Asno. Termo usado na localidade de Cajueirinho.
Gua!: Termo de admiração. Gozação referente a algo que se fala. Fala-se com freqüência na localidade de Solidão.


H

Há cachimbo: alguém inquieto. Pessoa sem concentração. Pão duro. Fala-se habitualmente na sede do município e no distrito de Caiçara.

I

Infarosa: Diz-se de uma pessoa chata, metida, antipática. Falado com freqüência na vila Preá.
Intirisso: Fazer algo sem intervalo para descanso. Falado com freqüência na localidade de Frei Jorge.

J / K –

L

Lá vai: Significa uma surpresa. Alguma novidade. Algo novo. Usado com freqüência no município de Cruz.


M

Macho véi: Amigo de muito tempo. Cumprimento. Fala-se na localidade de Pitombeiras.
Marruá: Pessoa atrasada em conhecimentos. Quem não sabe bem das coisas. Desligado. Falado muito na localidade de Córrego da Poeira.
Meu vei: Meu velho. Esposo da terceira idade. Muito falado pelas mulheres de todo o município.
Minha fia: Minha filha. Jeito carinhoso de chamar as pessoas. Muito usado na localidade de Córrego da Poeira.
Muier: Mulher. Feminino. Fala-se habitualmente na zona rural do município.


N

Na mente: Expressão usada quando alguém tem dúvida do que responde. Muito falada na localidade de Aroeira.
Na tora: Comprar ou vender algo sem medir ou pesar. Cálculo de cabeça. Base. Fala-se habitualmente na localidade de Cajueirinho II e Moura.
Não acredito, não: Expressa dúvida. Admiração. Usa-se com freqüência na localidade de Belém.
Não carece: Ato de precisão. Necessidade. Usado habitualmente na localidade de Lagoa Velha e Lagoa de Baixo.
Negrada: Maneira de referir-se a um grupo de pessoas. Gente reunida. Fala-se com freqüência em todo o município.
Ninguém merece: Algo inaceitável. Muito falado por adolescentes de todo o município.
Num tô dizendo mesmo! Discordar do que o outro fala. Expressar dúvida, admiração. Falado por várias gerações de nosso município.


O

Ô coitada: Mangação. Zombando da pessoa. Palavra falada com freqüência em várias localidades do município.
Ô piula: Expressão falada quando algo não dá certo. Usada no Distrito de Caiçara.
Ontonte: Significa antes de ontem. Dia anterior ao ontem. Expressão usada na localidade de Solidão.


P

Pai d’égua: Relativo ao tamanho. Ser grande. Falado com freqüência nas localidades de Pitombeiras e Caiçara.
Pão duro: Avarento. Miserável. Pessoa ruim. Fala-se habitualmente na localidade de Lagoa Salgada.
Passamento: Dar um treco. Agonia. Desmaio. Desligar-se do mundo por instantes. Falado com freqüência na localidade de Belém.
Pé-de-cana: Alcoólatra. Pessoa que vive bêbado. Falado na sede do município.
Pegar o beco: Sair. Ir embora. Muito usado na localidade de Cedro.
Pode ser: O mesmo que pode acreditar. Muito usado em algumas localidades.
Por força: Afirmação. Confirmar algo. Fala-se bastante na localidade de Cavalo Bravo.
Pra modi: Modo de fazer. Expressão falada em toda a zona rural.
Puxa saco: Destinar um tratamento. Bajular demais uma pessoa. Falado com freqüência em todo o município.


Q –


R

Raí rezar: Mandar alguém fazer algo útil. Ocupar quem não faz nada. Fala-se habitualmente na localidade de Monteiros.
Rambora: Abreviação coloquial da frase: vamos embora. Usado na localidade de Canafístula.
Reaco: Pessoa que não paga o que deve. Quem deve alguém e não paga, mesmo tendo dinheiro. Falado com freqüência na zona rural do município.
Remela: Sujeira de cor esverdeada que fica no canto dos olhos. Bastante usado na localidade de Belém.
Rombora rapaz: Pressa. Apressar alguém na realização de uma tarefa. Falado na localidade de Poço Doce II.
Roró: Vovó. Mãe de sua mãe materna. Fala-se bastante em toda zona rural.
Roxo de preguiça: Sem coragem. Com muita preguiça. Fala-se habitualmente na localidade de Belém.
Ruim das oiça: Problema de audição. Pessoa que não ouve normalmente. Falado com freqüência pelas pessoas da terceira idade de todo o município.


S

Sair pra fora: Sair do lugar de onde está, para o lado de fora. Usado em toda a zona rural do município.
Santinho do pau oco: Ironia. Tirar sarro de alguém que não quer ter defeitos. Usado habitualmente na localidade de Pitombeiras.
Se liga: Pedindo atenção. Fala-se com pessoas desligadas. Usado habitualmente no Distrito de Caiçara.
Seca do quinze: Pessoa magra. Falado com freqüência na localidade de Lagoa Salgada.
Sei não, viu! Suspeitar de algum fato. Expressar dúvida. Falado bastante na localidade de Poço Doce I.
Semana quienta: Serve para indicar a próxima semana. Ainda está por vir. Falado bastante na localidade de Solidão.
Sua carniça: Pessoa desprezível. Expressar raiva de alguém. Fala-se em várias localidades do município.
Subir pra cima: Subir para algum lugar. Ir para u lugar mais alto. Fala-se habitualmente na localidade de Paraguai.


T

Tá entendendo?: Certificar-se de que aquilo que está sendo falado, está entendido. Usada por crianças e adolescentes da sede do município.
Tá rico: Ironia. Expressão usada quando alguém quer realizar o impossível. Fala-se muito na localidade de Poço Doce II.
Tá só enfiando peido em cordão: Expressão falada quando alguém não tem nada para fazer. Ocupação de quem está sem afazeres. Muito usado na localidade de Solidão.
Tanto queira: Ter muito. Ter o suficiente. Bastante usado na localidade de Belém.
Te alerta: Sobre aviso. Atento. Vigilante. Sentido e cuidado. Fala-se com freqüência na localidade de Lagoa Velha.
Te alui: Ficar alerta. Chamar a atenção de alguém desatenta. Fala-se com freqüência na sede do município.
Te aquieta: Pedir para comporta-se. Expressão bastante usada em nosso município, principalmente com crianças.
Te arrenego: Te desprezo. Rejeição. Bastante falado na localidade Lagoa dos Monteiros.
Te liga: Ficar atento. Pedir atenção de alguém com relação a algum fato. Bastante falado na localidade de Cavalo Bravo.
Te orienta: expressão usada nos momentos em que se realiza tarefas mal feitas e sem sentido. Fala-se com freqüência na localidade de Solidão
Te preza: Te valoriza. Dar valor a si próprio. Fala-se muito na localidade de Poço Doce I.
Te toca: Chamada de atenção indiretamente. Fala-se com freqüência na localidade de Cajueirinho II.
Teu pai que é cego: Referir-se a pessoas que apontam defeitos nos outros, estando praticando o mesmo erro. Fala-se habitualmente na sede do município.
Teu zói: Teus olhos. Repreensão. Bastante falado na zora rural do município.
Tibe: Expressão usada em momentos de admiração. Fala-se habitualmente por pessoas da terceira idade de todo o município.
Tô acordado: Despertado. Resolvido de comum acordo. Combinado. Fala-se habitualmente na localidade de Lagoa Velha.
Traste: Algo imprestável. Inútil. Usada em momentos de raiva e brincadeira por pessoas de várias idades.
Tropo(ô): Com as pernas Trêmulas. Falado com freqüência na localidade de Frei Jorge.
Tu é doida é?: Não está certa. Discordar. Não está com a razão. Falado bastante na localidade de Belém.
Tu rai? Tu rem? Eu rô!: Expressão usada para fazer perguntas relacionadas a ida ou vinda de um lugar. Convite. Bastante falado na localidade de solidão.
Tu trabalha na fossa? Ou na Cagece?: Pergunta que se faz à uma pessoa que conversa sem sentido. Fala-se bastante na localidade de Solidão.
Tuas ventas... Tua cara: Negação da fala anterior. Discordar. Fala-se com freqüência na localidade de Belém.


U

Um rum: Quer dizer fala logo, conta logo uma fofoca. Falado com freqüência na localidade de Preá.

V

Vai plantar batata no asfalto, pra vê se nasce: Dirigi-se a uma pessoa que fala asneira, bobagem. Estrupício.
Vai pra China: Vai embora. Expulsão. Sair de perto. Descartar. Fala-se habitualmente em algumas localidade do município.
Vai pra donde: Vai pra onde em tom de deboche. Bastante usado na localidade de Lagoa Salgada.
Vai te catar: Expressão usada quando uma pessoa está falando algo que não se pretende ouvir. Fala-se muito na localidade de solidão.
Vala mim Deus!: Termo usado em momentos de susto, medo ou admiração. Fala-se muito na sede do município.
Vixe Maria: Espanto. Admiração. Fala-se habitualmente na sede do município.

X –


Z

Zapragata: Chinelo, sandália. Proteção dos pés. Fala-se muito na localidade de Córrego da Poeira.

segunda-feira, 28 de agosto de 2006

Poço Doce I - Mapeamento Cultural 2006

Texto da Ficha 1
MANIFESTAÇÕES CULTURAIS E EVENTOS

“REISADO, UMA DIVERSÃO CONTAGIANTE”

Esta manifestação começou a ser realizada por pessoas que baseando-se nas histórias bíblicas, organizaram esses enredos como homenagem aos três reis do Oriente e isto foi se tornando um grande evento cultural, que vem passando de geração em geração.Assim, o reisado vem sendo apresentado até os dias de hoje, sempre com mais animação.
Trazendo junto consigo o ritmo do batuque com versos improvisados ao som do tamborim, sanfonas, triângulos, violões e outros. Esse evento, que é feito em roda no terreiro das casas das famílias, traz como apresentadores homens mascarados juntamente com personagens criados por eles mesmos, (os animais), entre eles temos: o boi, a burra, o bode, o caboré e o caçador.
O público que assiste é composto por trabalhadores rurais, crianças e adolescentes e outras pessoas que além da manifestação serve de divertimento. Serve também para transmitir relações culturais.
Segundo o entrevistado, que é o sr. Antônio Ferreira de Paiva, 49 anos, conhecido como Antônio Zeca, o reisado na comunidade de Lagamar não é diferente, pois contagia toda a população. Ele, que tem a ocupação de agricultor, desempenha também a função de mascarado quando acontece este evento.
Em Lagamar, nos últimos dez anos, o reisado foi apresentado cinco vezes, sendo nos anos 2000, 2003, 2004, 2005 e 2006.
A importância deste evento, para o entrevistado, é divertir-se e alegrar o povo da comunidade, pois se sente muito feliz ao realizá-lo. Além disso, arrecada alguns trocados para ajudar nas despesas da casa.
Autor – Terezinha de Jesus Oliveira Freitas
Data - 02/05/2006
Idade - 41 anos


Texto da Ficha 1
MANIFESTAÇÕES CULTURAIS E EVENTOS

“NOSSO ARRAIÁ”

Essa manifestação folclórica foi realizada, isto é, teve início pela primeira vez no ano de 1998, através de influências da comunidade e incentivado pela estudante Maria Deuselena Silveira.
Na época não havia nenhum evento cultural, então Deusinha chamou a comunidade para iniciar o evento, que é prestigiado até hoje.
Autor – Jefferson Medeiros Vasconcelos
Data - 12/07/2006
Idade - 11 anos



Texto da Ficha 1
MANIFESTAÇÕES CULTURAIS E EVENTOS

“ARRAIÁ LUA DE PRATA”

Tudo começou em 1998 após receberem a importância de mostrar a cultura e o talento das crianças e adolescentes, a diretora da escola resolveu dar início a essa manifestação folclórica denominada quadrilha, pois até esta época não era de conhecimento da comunidade local.
Foi uma conquista, pois as manifestações folclóricas nos acompanham por toda a vida e estão integradas no nosso dia-a-dia, na nossa cultura popular.
Esta manifestação está sendo feito anualmente, não são utilizados instrumentos, apenas carro de som, disponibilizado pela Prefeitura Municipal de Cruz. É realizada em rodas, no pátio da escola, com vestimentas de chita com cores variadas.
Autor – Maria Rita da Silveira
Data - 03/07/2006
Idade - 35 anos



Texto da Ficha 1
MANIFESTAÇÕES CULTURAIS E EVENTOS

“OS VERSEIROS”

Nessa manifestação as pessoas se divertem bastante, pois as personagens do reisado recitam versos improvisados que trazem muita graça para quem ouve.
Os bichos – como a burra, o caboré, o bode, o boi – trazem muita contagiação para o público. Já a velha do rezo, com sua bengala torta puxando na perna da criançada que levantam sua saia é muito engraçada.
É uma pena que esta manifestação aos poucos esteja deixando de acontecer.
Autor – Mainardo José da Silveira
Data - 02/07/2006
Idade - 26 anos

Texto da Ficha 2
OFÍCIOS E MODOS DE FAZER

“ARTESANATO, TRABALHO COM PALHA”

Rita Maria Sobrinha Silveira, conhecida popularmente por Toca, reside em Poço Doce, é filha de Francisco das Chagas Vasconcelos e Luisa Silveira Vasconcelos. Sus formação se deu através da influência dos trabalhos realizados por sua mãe, que despertaram seu interesse e passou então a despertou o interesse na referida comunidade.
Inicialmente ela tinha a preocupação em preparar o material e a partir desse processo inicia-se o trabalho com a palha da carnaubeira. A agulha de pau era a principal ferramenta utilizada para a construção dos utensílios.Os principais produtos resultantes dessa atividade são; saca, uru, abano e esteira.
Naquela época, todas as atividades eram feitas como meio de sobrevivência da família.
Autor – Maria Rita da Silveira
Data - 08/07/2006
Idade - 35 anos

Texto da Ficha 2
OFÍCIOS E MODOS DE FAZER

“EDGAR, O ARTESÃO EM CIPÓS”

Na localidade de Poço Doce I, município de Cruz, mora o sr. Edgar José da Silveira, filho de José Marques da Silveira e Maria Francisca da Silveira. Tinha uns 12 anos de idade quando surgiu uma imensa vontade de fazer artesanato, pois via seu pai exercendo essa atividade.
Dois anos depois começou a ajudar seu pai, sentindo-se satisfeito, principalmente ao sair pelas matas à procura de cipós. “Minha primeira obra foi um cesto. Fiquei impressionado, pois ficou perfeito, aumentando cada vez mais minha vontade em tornar-se uma pessoa realizada.
Atualmente ele não desenvolve esta profissão devido a alguns problemas de saúde e também pelo fato de não mais necessitar desse recurso para o bem-estar de sua família.

Autor – Francisca Regivane da Silveira
Data - 05/07/2006
Idade - 24 anos


Texto da Ficha 2
OFÍCIOS E MODOS DE FAZER

“ARTESANATO DE LÔ

Na comunidade de Gameleirinha a moradora Maria das Graças Araújo Vasconcelos, conhecida por todos como Gracinha, trabalha com diversos modelos de crochê.
A mesma vem praticando há muito tempo, aprendeu a criar modelos através de revistas e também com ajuda de outras pessoas.
Atualmente tem vendido bastante blusas, saída de banho, meio-centro e diversas outras coisas. No momento está sendo muito procurada, pois seus produtos bastante úteis na comunidade.
Autor – Sabrina Leângela Silveira
Data - 11/07/2006
Idade - 10 anos


Texto da Ficha 2
OFÍCIOS E MODOS DE FAZER

“CULINÁRIA”

José Maria de Vasconcelos, morador de Gameleirinha, foi influenciado através de pessoas idosas com experiência em fazer cajuína, o mesmo era praticado para seu próprio consumo.
Atualmente vem fazendo e produzindo bastante cajuína, pois é muito procurado para a comercialização.
Autor – Jefferson Medeiros Vasconcelos
Data - 12/07/2006
Idade - 11 anos


Texto da Ficha 2
OFÍCIOS E MODOS DE FAZER

“A ARTE DE TRANÇAR”

Tudo começou na casa de D. Libana, na Lagoa do Mato. Ainda criança, Lurdes aprendeu a fazer artesanato com sua mãe, pois a mesma despertou na filha a curiosidade e o desejo de fazer arte.
Sua primeira obra foi uma trança e a partir daí ela desenvolveu um belíssimo trabalho e assim passou a ajudar seu pai que utilizava seu artesanato na agricultura.
Quando Lurdes casou continuou desenvolvendo essa atividade, além de cuidar da casa, dos filhos e ainda ajudar seu esposo na agricultura. Porém não fazia apenas apara a família, também vendia e ajudava no sustento da família.
Ainda hoje D. Lurdes faz artesanato de palha como trança, chapéu, uru esteira, saca, vassoura.
Assim a vida segue e D. Lurdes continua fazendo suas obras com muita dedicação, pois tem amor próprio pelo que faz.
Autor – Mara Creusa da Silva
Data - 03/07/2006
Idade - 15 anos
Texto da Ficha 3
LUGARES, PRÉDIOS E CONSTRUÇÕES

“FÁBRICA DE CASTANHA”

Localizada em Poço Doce I, próximo à residência do sr. Chico da Bodega, é uma construção que deveria trazer emprego e renda para a comunidade, mas infelizmente não deu certo, devido à falta de compradores do produto, talvez pela falta de qualidade do esmo e a desorganização das pessoas.
As próprias pessoas que formaram a Associação não acreditavam que desse certo, por isso não colaboraram o bastante e o suficiente para que a coisa funcionasse.
Autor – Mainardo José da Silveira
Data - 07/07/2006
Idade - 26 anos


Texto da Ficha 3
LUGARES, PRÉDIOS E CONSTRUÇÕES

“A CASA DOS PORCOS”

A construção da pocilga fica na comunidade de Poço Doce, no município de Cruz, a 18 km da sede e 243 km da capital.
Tudo começou com a elaboração do Projeto São José, que depois de ter sido enviado à Brasília e aprovado em Assembléia Geral, veio o recurso e em seguida iniciaram sua construção.
No local onde a pocilga está situada havia uma plantação de cajueiros, que foi devastada para sua construção.
Após sua construção tudo paralisou por falta de recursos, além do desinteresse dos próprios moradores e comenta-se que houve desvio de dinheiro. Por isso toda a comunidade passou a desconfiar e a não mais colaborar para que a mesma continuasse ativa.
Autor – Maria Rita da Silveira
Data - 10/07/2006
Idade - 35 anos

Texto da Ficha 3
LUGARES, PRÉDIOS E CONSTRUÇÕES

“A CASA DE FARINHA DE RODA”

Quem visita a casa de farinha de Lagoa do Mato se admira ao ver os equipamentos mas que funcionam perfeitamente.
Situada no centro da localidade, é bastante procurada pelos moradores em época de farinhada.
Enfim, essa construção tem sido de grande importância para a população local.
Autor – Maria Creusa da Silva
Data - 08/07/2006
Idade - 15 anos

Texto da Ficha 3
LUGARES, PRÉDIOS E CONSTRUÇÕES

“A DERRUBADA DOS CAJUEIROS”

Com a emancipação, ou seja, quando Cruz passou a ser município, em 1985, a situação começou a melhorar em nossa comunidade. Logo foi construído o prédio da escola que antes funcionava em casas de farinha.
O sr. José Francisco da Silveira não hesitou em doar o terreno, derrubado uma área de cajueiros para a construção do mesmo. Tudo isso aconteceu na primeira gestão do sr. Prefeito Jonas Muniz.
Atualmente o prédio recebeu reformas e pinturas, o que o deixou mais bonito e facilitou o trabalho dos funcionários.
Autor – Mainardo José da Silveira
Data - 08/07/2006
Idade - 26 anos


Texto da Ficha 3
LUGARES, PRÉDIOS E CONSTRUÇÕES

“NOSSO PRÉDIO”

Na comunidade de Lagamar funciona a escola José Pedro Ferreira que foi construída em 05 de agosto de 1996, atendendo assim a grande necessidade do povo desta, pois os mesmos não tinham acesso a transporte para chegar até onde tinha outras unidades de ensino.
A escola atende todo o povo da comunidade, transmitindo conhecimentos educacionais, culturais e sociais. Com o funcionamento de aulas para crianças, jovens e adultos.
A construção e o desenvolvimento da escola na comunidade foram muito importantes porque a partir de então deu-se mais oportunidades à população para modificar sua vivência e aumentar os conhecimentos sobre o mundo em que vive.
Com esta Unidade de Ensino, todas as crianças e adolescentes aprendem e desenvolvem seus pensamentos de forma mais adequada, o que os farão terem uma visão mais crítica do mundo.
Autor – Solônia Maria Silveira
Data - 06/07/2006
Idade - 25 anos

Texto da Ficha 3
LUGARES, PRÉDIOS E CONSTRUÇÕES

“A LAGOA”

Quem visita a comunidade de Lagoa do Mato se encanta com a beleza natural do fator relevante que deu nome à localidade.
Situada no coração do lugar, reflete o que de mais puro e belo a natureza pode nos proporcionar. Com um clima aconchegante, as famílias que moram ao redor usufruem de paz e tranqüilidade, além de ser fonte de consumo, pois a pesca em determinadas épocas do ano garante o sustento de algumas famílias que habitam por lá.
A alegria de quem a visita é contagiante, por isso é indicada para momentos de relaxamento e paz interior.
Autor – Maria Creusa da Silva
Data - 05/07/2006
Idade - 15 anos

Texto da Ficha 4
LENDAS, CAUSOS, SUPERSTIÇÕES E CURIOSIDADES

“O GALO CANTADOR”

O galo cantador é uma superstição dos mais velhos. Segundo eles, toda vez que o galo canta cedo da noite, ele está avisando que em breve uma moça vai fugir de casa com o namorado. Mas atualmente, além de existir ainda esta crença as pessoas mais jovens não acreditam nisso, dizem que é pura besteira, coisa de louco.
Autor – Mainardo José da Silveira
Data - 09/07/2006
Idade - 26 anos

Texto da Ficha 4
LENDAS, CAUSOS, SUPERSTIÇÕES E CURIOSIDADES

“A VASSOURA”

Essa superstição vem passando de geração em geração e atraindo a atenção de todos que a ouvem.
Tudo acontece quando alguém está na casa e demora ir embora. Com um certo tempo o dono se aborrece e coloca atrás da porta uma vassoura para que a visita vá embora.
Mas muitos não acreditam, dizem ser fruto da imaginação.
Autor – Maria Creusa da Silva
Data - 28/06/2006
Idade - 15 anos

Texto da Ficha 4
LENDAS, CAUSOS, SUPERSTIÇÕES E CURIOSIDADES

“A PORCA DE OURO”

Andando sempre altas horas da noite, principalmente em noites de lua cheia, ainda mais, perto de uma faveira que fica entre a Lagoa do Mato e o Córrego das Varas, é provável que você possa ver uma porca de ouro.
Tudo aparece de repente, sem que seja percebido, uma porca brilhante pode o seguir ou vir ao seu encontro. Com alguns minutos, antes que você passe por ela ou se aproxime mais, ela, misteriosamente, desaparece sem deixar pistas.Tudo é muito temeroso, muitas pessoas já a viram.
Nos dias atuais, devido ter sido feitas muitas queimadas nas matas e a construção de estradas, fica muito difícil vermos esta porca de ouro. Parece que nunca existiu! Esta porca era formada pela imaginação das pessoas que andavam em horas avançadas no horário noturno.
Para o entrevistado, relembrar esta lenda é uma forma de resgatar a cultura da comunidade e transmitir esta crença às novas gerações.
Que o povo de Lagamar continue a acreditar nesta lenda que é apenas fruto da imaginação de muitas pessoas.
Autor – Teresinha de Jesus Oliveira Freitas
Data - 16/05/2006
Idade - 41 anos

Texto da Ficha 4
LENDAS, CAUSOS, SUPERSTIÇÕES E CURIOSIDADES

“A REDE ASSOMBRADA”

Essa história, relatada pelos mais velhos, conta que nas décadas de 1930 e 1940 viam uma rede armada no alto de um pé de mirimdiba. Na época era tudo mata fechada, existindo apenas um caminho estreito no meio dela.
Ao passar, principalmente em noites escuras, as pessoas a avistavam ficavam com muito medo e voltavam pra trás. Com o tempo forma derrubando o mato, fazendo roçados e plantando cajueiros. Mas pela história assombrada interessante, deixaram o pé de mirindiba que ainda existe até hoje e nunca mais viram a rede armada.
Autor – Mainardo José da Silveira
Data - 10/07/2006
Idade - 26 anos

Texto da Ficha 4
LENDAS, CAUSOS, SUPERSTIÇÕES E CURIOSIDADES

“MULHER QUE CHORA”

Na comunidade de Gameleirinha algumas pessoas comentam e até já ouviram choro com vozes penosos. Os mais velhos da comunidade dizem que é devido os pagãos enterrados em cemitérios clandestinos.
Estes choros são ouvidos principalmente em encruzilhadas e em passagem de córregos.
Autor – Jefferson Medeiros Vasconcelos
Data - 11/07/2006
Idade - 12 anos

Texto da Ficha 4
LENDAS, CAUSOS, SUPERSTIÇÕES E CURIOSIDADES

“TIAGO, UM VELHO CONTADOR DE HISTÓRIAS”

Tiago Muniz da Costa, um velho de 69 anos, é um verdadeiro historiador da região.
Ele conta que ao ir para o mato caçar, ouvia assovios do caipora, um moleque pretinho parecido com o saci. Os cachorros que acompanhavam os caçadores eram as principais vítimas.
De imediato eles passavam sobre o pescoço dos cachorros um dente de alho ou rolo de fumo, pois do contrário, os caiporas batiam nos cachorros com cipó espinhento e os caçadores podiam voltar pra casa, pois naquele dia não encontrariam mais caça.
Autor – Mainardo José da Silveira
Data - 10/07/2006
Idade - 26 anos

Texto da Ficha 5
BRINCADEIRAS E BRINQUEDOS INFANTIS

“CAVALO DE QUENGA”

João de Deus, morador da comunidade de Gameleirinha, diz que quando criança tinha apenas um brinquedo favorito: um cavalo de quenga produzido por ele mesmo.
Fácil de fazer, pegava uma quenga, raspava com uma faca deixando lisinha, colocava um fio dentro do furo, dava um nó na ponta para não escorregar. Depois de feito, saía pulando com um pé só com o fio entre os dedos como se fosse um chinelo de dedo.
Seu João ainda lembra que, apesar dos avanços técnico-científicos, os brinquedos feitos de quenga ainda são muito procurados pelas crianças.
Autor – Jefferson Medeiros Vasconcelos
Data - 11/07/2006
Idade - 12 anos

Texto da Ficha 5
BRINCADEIRAS E BRINQUEDOS INFANTIS

“PÉ DE QUENGA”

Ser criança é uma maravilha! Tudo acontece na localidade de Poço Doce, município de Cruz. Bebeto, um garoto de 1 anos, juntamente com seus demais colegas de classe, constrói seus próprios brinquedos.
“Inicialmente recolho as quengas com um furo que são jogadas fora e coloco um cordão dando um nó bem grande por dentro da quenga. Feito tudo isso, piso em um dos pés sobre a mesma e saio andando como se fosse o pé do cavalo. Tenho orgulho de ser criança e construir meus próprios brinquedos”, conclui.
Autor – Francisca Regiane Silveira
Data - 12/07/2006
Idade - 24 anos


Texto da Ficha 5
BRINCADEIRAS E BRINQUEDOS INFANTIS

“MINHA BONECA”

A melhor fase da vida considerada por D. Lourdes foi sua infância, onde tudo era alegria. Juntamente com suas amigas brincava bastante e fabricava suas próprias bonecas.
À beira da lagoa, no terreiro, no quintal, em toda parte adorava fazer suas bonecas de pano. “Primeiramente pego o pano, corto as medidas, costuro e encho de algodão. Em seguida, enfeito pondo olhos, boca e nariz com linha”.
“Ser criança é ser feliz!”.
Autor – Maria Creusa da Silva
Data - 30/06/2006
Idade - 15 anos

Texto da Ficha 6
FIGURAS POPULARES

“ANTÔNIO ZECA”

Comunidade de Lagamar, Cruz – Ce, casa de Antônio Ferreira de Paiva, popular Antônio Zeca, 49 anos, natural de Cruz, residente nesta comunidade há 49 anos. Antônio Zeca, celebrante de Lagamar, é um homem dedicado a seu trabalho.
Solidário e prestativo, busca de toda maneira ajudar no crescimento social, educativo e religioso da população de Lagamar.
Nestes anos de celebrante, Antônio Zeca vem desempenhando não só a parte da condução para a comunidade religiosa pela pregação e oração da Palavra de Deus, como também a animação da vida social, cultural e política desta.
Além da função de dirigente religioso, dedica-se a dar informações políticas e exerce a função de cabeleireiro na comunidade de Gameleirinha.
Que o sr. Antônio Zeca continue desempenhando seu papel de comunicador religioso, solidário e de cidadão responsável e preocupado com o bem comum, pois continuará sendo querido por todos.
Autor – Terezinha de Jesus Oliveira
Data - 18/05/2006
Idade - 41 anos

Texto da Ficha 6
FIGURAS POPULARES

“MANÉ RAEL”

Na comunidade de Gameleirinha foi conhecido uma figura muito popular de nome Manoel Nelson da Silveira, conhecido popularmente por Mane Rael. O mesmo era o proprietário do único comércio da localidade.
Devido ser o único comerciante da época, tornou-se um grande empresário, ajudou algumas pessoas a terem uma boa situação financeira por amizade e também por motivos políticos. Com o passar dos tempos afastou-se dos seus próprios negócios, seguindo uma carreira política.
Autor – Sabrina Leângela Silveira
Data - 10/07/2006
Idade - 11 anos

Texto da Ficha 6
FIGURAS POPULARES

“CHICO DA BODEGA”

Esse nome pertence a Francisco Benedito de Farias, e é conhecido por Chico da Bodega por ter sido o primeiro comerciante da comunidade, ou seja a primeira pessoa a fazer uma bodega (estabelecimento comercial) para suprir com produtos alimentícios a comunidade de Poço Doce e as circunvizinhas.
É muito popular também por ter sido vereador por cinco gestões (1985 a 2004), ajudando muito as pessoas ao trazer projetos para a comunidade, além de estar sempre à disposição para resolver problemas, dando assistência no que for preciso.
Autor – Mainardo José da Silveira
Data - 05/07/2006
Idade - 26 anos


Texto da Ficha 6
FIGURAS POPULARES

“TIA ANA”

Ana Maria Silveira, 93 anos, é a pessoa mais velha da comunidade. Tia Ana, como é conhecida, torna-se uma figura popular por ser a mulher do doador do terreno para a construção do prédio escolar de Poço Doce e por ser uma pessoa receptiva, apesar da idade, gosta muito de fumar cachimbo e vive abençoando as pessoas.
Ela conta história pra criançada, e no seu tucum gosta de observar quem passa na estrada.
Autor – Mainardo José da Silveira
Data - 10/07/2006
Idade - 26 anos

Texto da Ficha 6
FIGURAS POPULARES

“DEMÉTRIO, O REI DA ALEGRIA”

Se você gosta de dar risadas, não pode ausentar-se nas apresentações de Demétrio Raimundo da Costa, casado, 04 filhos, agricultor e reiseiro.
É num reisado que ele consegue transmitir alegria, pois justamente com os outros componentes do grupos ele esquece as desgraças do mundo e leva todo o público a sorrir.
Além de divertir-se versando, é uma fonte de renda para a família, pois só a agricultura e a pesca não supre suas necessidades.
Que ele nunca desista desta dessa atividade, pois as pessoas precisam de sua colaboração para esquecer os problemas.
Autor – Maria Creusa da Silveira
Data - 30/06/2006
Idade - 15 anos

Texto da Ficha 6
FIGURAS POPULARES

“LUÍS ALBANO, HOMEM EXEMPLAR”

Luís Albano da Silveira nasceu em Cruz, no ano de 1846, filho de Albano José da Silveira (Tenente Albano) e Isabel Francalina Silveira. Morou em Cruz até os 23 anos, pois casou com uma moça de Carrapateiras e passou a morar vários anos lá.
Depois veio morar em Poço Doce, onde viveu até a morte, em 1929, já velho. Lutou muito para implantar uma escola na comunidade, mas infelizmente isso não foi possível devido às grandes dificuldades encontradas.
Esse objetivo só foi realizado depois de seu falecimento, quando seus filhos e netos deram continuidades às ações que Luís Albano vinha desenvolvendo na comunidade.
Em 1986, depois da emancipação política do Município, o sr. José Francisco, neto de Luís Albano, doou um terreno para a construção da escola, a qual recebeu o nome de Escola Reunida Luís Albano da Silveira, em homenagem a esse homem que tanto lutou para que houvesse nesta comunidade uma escola.
Autor – Mainardo José da Silveira
Data - 10/08/2006
Idade - 26 anos

Texto da Ficha 7
EXPRESSÕES E VOCÁBULOS LOCAIS E REGIONAIS

“DEIXA PRA LÁ”

“Deixa pra lá” é uma expressão muito utilizada pelo povo nordestino. Os mais velhos pronunciavam com mais freqüência. Nos dias atuais também é muito freqüente sua utilização pelos jovens.
É uma expressão usada quando não nos preocupamos muito com as coisas, com os problemas e acabamos dizendo que deixe pra lá, que com o tempo tudo se resolve, por mais difícil que seja, tudo acaba bem.
Autor – Terezinha de Jesus Oliveira Freitas
Data - 22/05/2006
Idade - 41 anos


Texto da Ficha 7
EXPRESSÕES E VOCÁBULOS LOCAIS E REGIONAIS

“TE PREZA!”

“Te preza!” era, segundo o entrevistado, um dizer muito usado nos tempos passados.
Esta expressão surgiu há muito tempo, apesar de não sabermos de onde surgiu, a mesma anda é usada até hoje, mesmo que com menos freqüência.
A expressão é sempre usada quando alguém comete Eros infantis e então os pais ou parentes do errante fala: “Te preza!”. Significa que a pessoa deve amadurecer e honrar a tradição da família.
Autor – Mainardo José da Silveira
Data - 10/07/2006
Idade - 26 anos


Texto da Ficha 7
EXPRESSÕES E VOCÁBULOS LOCAIS E REGIONAIS

“ARRE PORRA!”

“Arre porra!” é uma expressão usada quando alguém se admira ou se surpreende com algo. Atualmente é usada, mas quando alguma criança fala isso seus pais reclamam alegando ser um palavrão.
Autor – Mainardo José da Silveira
Data - 22/05/2006
Idade - 26 anos


Texto da Ficha 7
EXPRESSÕES E VOCÁBULOS LOCAIS E REGIONAIS

“QUE DITADO É ESSE?”

Na vida há diversos fatores que acontecem voluntariamente e, sem percebermos, já estamos praticando o mesmo.
Comigo não foi diferente, vi algumas pessoas falando isso há algum tempo e quando observei, já falava isso em todas as situações.
Autor – Maria Creusa da Silva
Data - 02/07/2006
Idade - 15 anos


Texto da Ficha 7
EXPRESSÕES E VOCÁBULOS LOCAIS E REGIONAIS

“GATO ESCALDADO”

Os moradores de Gameleirinha costumam dizer ditos populares, como o caso de “gato escaldado da água fria tem medo”. É usado perante muitos fracassos de algumas pessoas, por isso significa que quando uma pessoa quebra a cara , ou seja, fracassa, ela se prepara para que não aconteça outra vez.
Autor – Leângela Silveira
Data - 11/07/2006
Idade - 26 anos

Texto da Ficha 7
EXPRESSÕES E VOCÁBULOS LOCAIS E REGIONAIS

“EU DIIIGOOO”

Esta expressão surgiu há pouco tempo. Um senhor da região utiliza em suas conversas com freqüência. “Eu diiigooo” sempre é usada para confirmar algo quando duas pessoas estão conversando.
As pessoas que ouvem gostam e passam a usá-la em seu cotidiano. Até mesmo as crianças utilizam esta expressão, não deixando que a mesma seja esquecida.
Autor – Maria Creusa da Silva
Data - 11/07/2006
Idade - 15 anos

Texto da Ficha 8
HISTÓRIAS LOCAIS

“PÉ DE GAMILEIRA”

A comunidade de Gamileirinha recebeu este nome devido à presença de muitas árvores antigas chamadas gamileiras.
Tendo com primeiros moradores Manoel Graciano da Silveira e Francisca Maria da Silveira, que tiveram 11 filhos, dando início esta comunidade, que cona com 158 habitantes atualmente.
Autor – Sabrina Leângela Silveira
Data - 11/07/2006
Idade - 10 anos


Texto da Ficha 8
HISTÓRIAS LOCAIS

“LAGAMAR”

A comunidade de Lagamar possui uma área de aproximadamente 3 km², com uma população de mais ou menos 200 habitantes, tendo ao oeste o distrito de Caiçara, ao leste, a localidade de Gameleirinha, ao sul, Açude da Prata e a norte, a 3 km, fica a entrada da Barrinha. Lagamar distancia de Cruz 20 km.
Afirma-se que a origem de seu nome é devido uma lagoa que nasce no Açude da Prata e desemboca suas águas no mar, daí uniram os nomes e ficou Lagamar.
No aspecto econômico, Lagamar tem sua maior fonte de renda na agricultura e no artesanato. Em termos culturais, somos ricos, mas infelizmente muitas pessoas estão deixando nossos costumes de lado, esquecendo o que nos foi deixado. Socialmente estamos unidos na luta por um futuro melhor, já que politicamente não é uma localidade desenvolvida.
A localidade não tem muitos projetos desenvolvidos, pois o poder público insiste em não assisti-la. Mas apesar de ser uma comunidade pequena, ela tem perspectiva de crescer nos aspectos educativo, cultural e religioso. Com o esforço da população as crianças e os adolescentes crescerão com um novo saber e muitos conhecimentos que os farão seguir e continuar o que outros começaram.
Autor – Solonia Maria Silveira
Data - 01/07/2006
Idade - 25 anos


Texto da Ficha 8
HISTÓRIAS LOCAIS

“A HISTÓRIA DO POÇO DOCE”

Em 1967 um morador desta localidade – o qual não se sabe o nome – cavou um poço e percebeu que a água era muito doce. Espalhou a notícia que existia um poço com água que parecia ter açúcar.E até hoje é chamado de Poço Doce, devido essa história.
Poço Doce possui uma área de aproximadamente 12 km² com uma população de 465 pessoas e a maioria dos casais é de alvenaria. Os principais personagens para a formação da comunidade foram: Francisco de Assis Silveira, João de Sousa Araújo, Maria Socorro Silveira, Inácio José da Silveira e Francisco Geraldo das Chagas nos anos de 1960 a 1975, participando de encontros em Sobral e em outros municípios.
Autor – Mainardo José da Silveira
Data - 05/07/2006
Idade - 26 anos

Texto da Ficha 8
HISTÓRIAS LOCAIS

“MEU LUGAR”

É muito interessante, no meio de tanta agitação, violência, existir um lugar onde você possa ter mais contato com aspectos naturais.
É assim que acontece todos os dias na comunidade de lagoa do Mato. Lá todos se conhecem e vivem unidos. Em qualquer situação, um defende o outro.
Assim a vida segue e eles continuam acreditando que na vida tudo é muito relativo, pois embora não tenham muitos bens materiais, a vida é calma e tranqüila.
Autor – Maria Creusa da Silva
Data - 06/07/2006
Idade - 15 anos

Texto da Ficha 10
INSTITUIÇÕES E ENTIDADES LOCAIS

“A ESCOLA ESTÁ ABERTA PARA TODOS”

A Escola de Ensino Fundamental Luís Albano da Silveira é uma entidade mantida pela rede pública de ensino com funcionamento nos turnos manhã, tarde e noite e atende uma clientela de 202 alunos. A escola foi fundada em agosto de 1986, na primeira gestão do sr. Prefeito João Muniz Sobrinho.
O sr. José Francisco da Silveira vendo a necessidade da comunidade, não hesitou em doar um terreno para a construção de uma escola, já que antes funcionava em casa de farinha e os professores trabalhavam multiseriados.
A escola está em fase de elaboração do Projeto Político Pedagógico (PPP) e vem a cada ano progredindo no processo de crescimento tanto na parte pedagógica quanto na parte pedagógica, tendo apoio da Prefeitura Municipal de Cruz e da Secretaria da Educação, onde as pessoas envolvidas no trabalho estão sempre buscando ajuda com o objetivo de torná-la um ambiente agradável e aconchegante, proporcionando comodidade aos alunos e visitantes.
Autor – Francisca Regivane Silveira
Data - 05/07/2006
Idade - 24 anos


Texto da Ficha 10
INSTITUIÇÕES E ENTIDADES LOCAIS

“ESCOLA ISOLADA”

A EEF Israel Manoel Silveira foi construída em Gameleirinha no ano de 1986. Passou a funcionar no ano seguinte, com apenas 08 funciona´rios, sendo ou professores ou auxiliares, nos turnos manhã e tarde.
Devido à carência de alunos, a mesma fechou, reabrindo no ano de 2005, mas atualmente se encontra novamente fechada.
Autor – Sabrina Leângela Silveira
Data - 11/07/2006
Idade - 10 anos


Texto da Ficha 10
INSTITUIÇÕES E ENTIDADES LOCAIS

“CAPELINHA DE GAMELEIRINHA”

A Capela Sagrado Coração de Jesus, uma pequena igreja, que foi construída no ano de 2005, com a ajuda das pessoas da comunidade, prefeito e as demais localidades vizinhas.
Sendo os eventos religiosos realizados no mês de junho, também acontecendo diariamente outros eventos sociais como por exemplo, catecismo, missas, celebrações, etc.
Autor – Sabrina Leângela Silveira
Data - 11/07/2006
Idade - 10 anos



Texto da Ficha 10
INSTITUIÇÕES E ENTIDADES LOCAIS

“ASSOCIAÇÃO, SINÔNIMO DE CRESCIMENTO”

A Associação de pais e Mestres da escola de Poço Doce I foi fundada em 1999, através de uma Assembléia Geral com a Secretária da Educação da época, Maria Socorro Rocha.
Pais, alunos, professores e representantes da comunidade com o objetivo de criar essa Associação,pois a escola já tinha alunos suficientes para receber o recursos do PDDE (Programa Dinheiro Direto na Escola).
A APM é uma entidade com fins sociais e não-lucrativos que tem por finalidade colaborar na assistência do educando, além de ajudar a escola nos problemas de disciplina.
A Associação continua ativa e a cada ano o recurso vem aumentando, devido o alunado ter aumentado. Atualmente, vem trabalhando em parceria com o Conselho Escolar e Estudantil, aguardando reuniões para trabalhar com projetos.
Autor – Mainardo José da Silveira
Data - 10/08/2006
Idade - 26 anos

Solidão - Mapeamento Cultural 2006

Texto da Ficha 1
MANIFESTAÇÕES CULTURAIS E EVENTOS

“MÊS MARIANO”

A entrevistada, Maria das Graças Rodrigues, agricultora, nascida na localidade de Solidão e residente em Santa Rosa, no município de Bela Cruz há seis anos, cona como é promovido o Mês Mariano em sua localidade.
Segundo ela, a manifestação, que acontece no Mês de Maio, em frente à Igreja local envolve aproximadamente duzentas pessoas e busca o envolvimento religioso da comunidade através das novenas em homenagem à Maria.
A entrevistada, que é uma das dirigentes, diz que tudo começou com o diálogo entre as pessoas e de muito incentivo de grupos como a pastoral da criança sempre presente na comunidade.
Autor – Maria Regina Freire de Freitas
Data - 16/05/2006
Idade - 16 anos


Texto da Ficha 1
MANIFESTAÇÕES CULTURAIS E EVENTOS

“DIA DAS MÃES”

A entrevistada, Maria Vera de Souza da Silva, conhecida como Vera, de etnia negra, nascido em Marco e residente em Córrego do Mourão há 10 anos, fala sobre o Dia das Mães em sua localidade.
Segundo ela, essa manifestação ocorre na escola, no mês de maio e envolve muitas mães da comunidade, que são homenageadas por seus filhos através do canto e da dança. A entrevistada diz que gosta, pois o evento é uma chance das mães se divertirem e que ela, Dona Vera, sente uma grade alegria quando o evento acontece, muitas vezes tem comes e bebes, brincadeiras e premiações para todas as mães.
Autor – Francisca Priscila Rodrigues
Data - 06/06/2006
Idade - 12 anos

Texto da Ficha 1
MANIFESTAÇÕES CULTURAIS E EVENTOS

“QUADRILHA”

A entrevistada, Nagilane Cunha Freitas, conhecida por Nagilane, estudante, de etnia parda, nascido e residente em Solidão há 15 anos, fala sobre a quadrilha.
Segundo ela, o evento começou por incentivo da escola e hoje já é quase uma tradição. Acontece geralmente no pátio ou quadra escolar e envolve ritmos e trajes variados que lembram a simplicidade do povo nordestino, durante a quadrilha também pode-se realizar o “casamento matuto”.
Este evento tem como público a comunidade toda e também pessoas de outros lugares. A entrevistada também diz que o universo infanto-juvenil é envolvido, pois eles dançam e se divertem e ao mesmo tempo valorizam sua cultura, que é resgatada e preservada para que não seja esquecida.
Autor – Rosimeire Teixeira de Albuquerque
Data - 16/06/2006
Idade - 13 anos


Texto da Ficha 1
MANIFESTAÇÕES CULTURAIS E EVENTOS

“ESPÍRITO DE NATAL”

As novenas natalinas acontecem na igreja da comunidade de Alagoinha, durante 08 dias.
Este evento se repete há cinco anos. Começou quando um grupo de pessoas se reuniram e perceberam que a melhor maneira era celebrar de casa em casa. Isso foi iniciativa de um jovem da comunidade com o intuito de reunir e conscientizar as pessoas a participarem mais da Palavra de Deus. É realizado com a participação da comunidade, um pessoa celebra e as outras ajudam rezando e cantando.
A novena é um momento de oração e alegria das famílias que reúnem a comunidade em geral (crianças, adolescentes, trabalhadores) e comunidades vizinhas.
Durante as noites participam do novenário aproximadamente 105 pessoas. Que as novenas natalinas continuem incentivando crianças a participarem mais e que melhorem mais no entrosamento das famílias.
Autor – Maria Rosângela de Freitas
Data - 23/06/2006
Idade - 12 anos


Texto da Ficha 1
MANIFESTAÇÕES CULTURAIS E EVENTOS

“FESTA DE SÃO JOÃO BATISTA, É MUITA ANIMAÇÃO!”

Paróquia de São João Batista. A comunidade se enche de visitantes e todos festejam a festa do padroeiro.
Esta festa se repete há 03 anos, quando foi inaugurada a capela, em 2001. começou através de um diálogo entre Ricardo Araújo de Freitas e Eflaina Araújo, pois era um sonho do avô de Ricardo e com ajuda da comunidade, que são pessoas católicas e unidas concluíram a construção. E tem como líder Maria das Graças Rodrigues. Esculpida em madeira, a imagem de São João Batista existe até hoje no altar da Igreja. Desde então, todos os anos, vem acontecendo a homenagem ao Santo Padroeiro que começa no dia 23/06 e termina no dia 25/06.
A festa do padroeiro é u momento de oração e diversão das famílias, pois reúne parentes e amigos, para homenagear ao padroeiro “São João Batista”. As festividades reúnem as capelas das comunidades vizinhas.
Todas as noites participam do novenário aproximadamente 200 pessoas entre crianças, adolescentes e adultos. Que a festa de São João Batista continue assim com a presença de pessoas unidas e religiosas.
Autor – Maria Eva do Nascimento
Data - 23/06/2006
Idade - 14 anos

Texto da Ficha 1
MANIFESTAÇÕES CULTURAIS E EVENTOS

“ESPORTE E LAZER”

O entrevistado Domingos Araújo de Freitas, conhecido por Domingão, agricultor de etnia indígena, 48 anos, nascido e residente em Solidão há 38 anos conta como acontece o esporte e o lazer em sua comunidade.
Segundo ele, a juventude dos nos 1970, percebendo a necessidade de esporte e lazer, reuniu-se para escolher um representante esportivo, que no caso foi ele próprio. Ele também diz que na comunidade sempre acontecem jogos (amistosos, torneios, treinos, rachas, etc) que são realizados em campos de futebol e envolvem crianças, jovens e adultos e toda a comunidade em geral.
A manifestação tem como objetivo engajar crianças e adolescentes tentando retirá-los das ruas, afastando-os das drogas e violência através da prática de esportes.
Autor – Gerôncio Cunha Freitas
Data - 14/06/2006
Idade - 11 anos

Texto da Ficha 1
MANIFESTAÇÕES CULTURAIS E EVENTOS

“14 DE DEZEMBRO É DIA DE FESTA”

É na data acima que se comemora o aniversário da escola todos os anos, desde 2001. esse dia é de grande festa, envolvendo a participação de crianças, adolescentes, pais da comunidade, funcionários e professores. A escola é ornamentada e organizada para o evento que se realiza com missa em ação de graças e apresentações alusivas.
Tem a participação de pessoas do Município, incluindo apresentação cívica da banda de música, que faz uma grande diversão para todos os presentes.
Costuma-se ter no final da festa comes e bebes onde as famílias ficam até tarde se divertindo.
Autor – Luciélia Carla da Cunha
Data - 26/06/2006
Idade - 11 anos


Texto da Ficha 1
MANIFESTAÇÕES CULTURAIS E EVENTOS

“HOMENAGEM AOS PAIS”

O dia dos Pais é comemorado em todo o Brasil no segundo domingo de agosto. A escola, por ser uma instituição onde se encontra a maioria da comunidade estudantil, é o lugar mais apropriado para festejar esta data tão importante.
Não podemos deixar de homenagear este ser maravilhoso que nos deu a vida e que luta incansavelmente buscando nossa sobrevivência, além de nos dar apoio, carinho, atenção e amor. Por isso o Dia dos Pais é uma manifestação muito especial, que nunca foi e jamais será esquecida por todos nós.
Aqui na escola acontece todos os anos com apresentações especiais, brincadeiras, prêmios, músicas e muita animação para todos os pais da comunidade escolar.
Autor – Valdiene Alves de Albuquerque
Data - 09/06/2006
Idade - 10 anos


Texto da Ficha 1
MANIFESTAÇÕES CULTURAIS E EVENTOS

“MARIA NOSSA MÃE, MÊS MARIANO”

Durante o Mês Mariano a comunidade de Solidão fica em festa. A Igreja é enfeitada com flores, cartazes com o nome das famílias homenageadas. As pessoas freqüentam a Igreja como podem: algumas vão a pé, de bicicleta, etc. As pessoas da comunidade pedem esmolas para fazerem leilão e arrecadar dinheiro para a Igreja.
Os cânticos são cantados sem acompanhamento de instrumentos e no derradeiro de maio, tem a coroação de Nossa Senhora.
As festividades reúnem pessoas de várias comunidades vizinhas. Participam aproximadamente 40 pessoas durante o Mês Mariano e no último dia, umas 150 pessoas.
Autor – Maria Geirla Cordeiro Brandão
Data - 09/06/2006
Idade - 14 anos

Texto da Ficha 1
MANIFESTAÇÕES CULTURAIS E EVENTOS

“FESTA DO PADROEIRO: FÉ E DEVOÇÃO”

Capela de São Pedro em Solidão, município de Cruz. O lugarejo se prepara para a festa, tudo é alegria, chegou a Festa do Padroeiro.
Esta imagem se repete há dois anos. Tudo começou com a construção da capela, que teve como líderes o grupo jovem e o Sr. Geraldo Marques da Cunha, que com a ajuda da comunidade concluíram esta bela obra. A imagem de São Pedro foi doada pelo santo do qual era devoto.
Desde então, todos os anos vem acontecendo a homenagem ao Santo Padroeiro, que acontece próximo ao dia em que São Pedro é homenageado, portanto, entre 27 e 30 de junho.
A Festa do Padroeiro é um momento de oração e alegria das famílias de Solidão, pois reúne parentes e amigos para homenagear “São Pedro”.
As festividades reúnem outra capelas, trazendo assim um número gratificante de pessoas, entre crianças, adolescentes e adultos que se comprometem a serivri o Reino de Deus.
Autor – Antônio Vicente de Sousa
Data - 28/06/2006
Idade - 08 anos


Texto da Ficha 1
MANIFESTAÇÕES CULTURAIS E EVENTOS

“SEMANA SANTA”


A Semana Santa é uma das datas mais importantes da história do cristianismo. Todos os anos no período que antecede a Semana Santa as pessoas se preparam de uma forma ou de outra para participar da Paixão de Cristo, através de celebrações, doações, momentos de oração, outras arrumam a casa para receber familiares, amigos e outras pessoas que passam pedindo esmolas.
Além disso, a Semana Santa é um período sagrado onde devemos fazer boas ações, ajudar pessoas necessitadas mostrando assim que somos pessoas realmente humanos e portanto mensageiros de Cristo.
Ao final desta jornada durante toda a semana vem o Domingo de Páscoa onde acontece na maioria dos lares brasileiros o almoço em família comemorando assim a ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Autor – Joélio Carlos da Cunha
Data - 16/06/2006
Idade - 08 anos

Texto da Ficha 1
MANIFESTAÇÕES CULTURAIS E EVENTOS

“INDEPENDÊNCIA”

A independência foi um termo criado pelos brasileiros e lideranças da época que significa liberdade. E a escola, por conservar este título, vem desenvolvendo este evento anualmente, tentando engajar nossas crianças e adolescentes nesse manifesto que faz parte de nossa cultura.
Realiza-se jogos, corridas de pedestre, ciclismo,corridas de jumentos e brincadeiras de povo. Sempre há premiação e a festa é realizada durante todo o dia Sete de Setembro.
Autor – Francisco Higor de Sousa Rodrigues
Data - 23/06/2006
Idade - 06 anos


Texto da Ficha 1
MANIFESTAÇÕES CULTURAIS E EVENTOS

“DIA DE FESTA”

Na EEF Pedro Marques da Cunha, durante a Semana da Criança, é muita diversão para as crianças, além de estudarem, tem os momentos das brincadeiras, apresentações e no dia – 12 de outubro – muita festa finalizando com lanche. Todas as crianças se reúnem no auditório da escola para assistirem as apresentações, desfile e se alegrar muito. Costuma-se ver uma equipe da Secretaria com personagens de histórias infantis para divertir as crianças.
Autor – Antônio Milton Albuquerque
Data - 14/06/2006
Idade - 12 anos

Texto da Ficha 2
OFÍCIOS E MODOS DE FAZER

“BOLO DE JERIMUM: DOÇURA”

O bolo de jerimum até hoje é admirado por muitas pessoas por ser muito gostoso. Na época do jerimum, principalmente durante as Festas Juninas, ele é apreciado e saboreado por milhares de pessoas nas noites de festas. É fácil de fazer, de vender, pois o mesmo é uma delícia, por isso se tornou uma ótima fonte de renda para os organizadores destas festas e também para outras pessoas que trabalham com vendas. Para fazer bolo de jerimum basta cozinhar o mesmo, tirar a casca, amassar.
Pra cada quilo de jerimum amassado, acrescentar 250 gramas de farinha de trigo especial, 300 gramas de açúcar, 04 ovos, 01 colher de manteiga, um coco ralado, dois copos de leite e, em seguida bater tudo na batedeira por 05 minutos, levar ao forno pré-aquecido em forma untada, esperar assar e bom apetite, ou boas vendas!
Autor – Maria Luciana Costa
Data - 28/06/2006
Idade - 09 anos

Texto da Ficha 2
OFÍCIOS E MODOS DE FAZER

“GOIABADA”

A entrevistada Maria Monteiro da Silva, conhecida como D. Maria, de etnia branca, dona-de-casa, nascida e residente em Solidão há 60 anos, conta como faz doce de goiaba.
O processo, que tem como ingredientes a goiaba e o açúcar, além de celebrar ocasiões especiais, ajuda também na renda da família de D. Maria, que vende o doce produzido. Desse processo é retirado ainda a calda e a geléia de goiaba.
Segunda D. Maria, essa atividade faz com que as crianças e adolescentes aprendam a trabalhar com os frutos da nossa terra e que quando crescerem ao invés de estarem nas ruas, possam praticar esta atividade.
Autor – João Carlerno da Silva
Data - 05/07/2006
Idade - 14 anos

Texto da Ficha 2
OFÍCIOS E MODOS DE FAZER
“CAJUÍNA”

O entrevistado Geraldo Marques Sobrinho, conhecido por Geraldo Martins, agricultor, de etnia branca, nascido em Acaraú e residente em Solidão há 42 anos conta como se faz a cajuína.
Ele, juntamente com outras pessoas, se reúnem na fábrica comunitária para realizar o trabalho, que ocorre no período de agosto a dezembro, época da colheita do caju.
Este processo foi aperfeiçoado na comunidade a partir de cursos ministrados pelo SENAR. Utiliza-se como matérias-prima o caju e a gelatina natural e como ferramentas, filtros de pano, garrafas de vidro, tampinhas de metal, funis, de vidro. Tambores de plástico e zinco e máquinas para espremer caju e fechar garrafas.
Além da cajuína, também se faz suco integral, suco clorificado e mocororó. O entrevistado diz que a atividade proporciona um incentivo profissional às crianças além de manter a prática cultural da região.
Autor – Maria Luciana Costa
Data - 28/06/2006
Idade - 09 anos

Texto da Ficha 2
OFÍCIOS E MODOS DE FAZER

“O ARTESANATO COMO FONTE DE RENDA”

A entrevistada Rosa Araújo, conhecida como Rosa, de etnia branca, nascida em Cruz e residente em Solidão há 21 anos, conta como se fabrica o chapéu de palha, artesanato típico da nossa região.
É um processo manual onde se utiliza palha e tinta, pois de pois de fabricado, o chapéu tem de ser pintado. Segundo Rosa, é um meio de vida, além de manter a prática do artesanato em nossa comunidade.
Autor – Francisco Wellington Albuquerque
Data - 09/06/2006
Idade - 11 anos

Texto da Ficha 2
OFÍCIOS E MODOS DE FAZER

“CANJICA”

A entrevistada Raimunda Nonata Freire Freitas, nascida e residente na localidade de Santa Rosa, Bela Cruz, Ceará há 50 anos, cona como é feita a cajuína.
Ela, juntamente com outras pessoas, se reúnem na cozinha da casa para realizar o trabalho ,isso na época do milho verde.
Descasca o milho, rala, põe água, coco, sal ou açúcar (dependendo do gosto de cada um) e leva ao fogo, mexendo até ficar no ponto certo, em seguida, é só servir. Pode ser fria ou quente.
D. Raimunda diz que isso acontece porque é um meio de vida. Enquanto os mais velhos trabalham, as crianças se divertem no terreiro da casa. É um trabalho que acaba em diversão para todos.
Autor – Maria Regina Freire Freitas
Data - 23/05/2006
Idade - 11 anos

Texto da Ficha 2
OFÍCIOS E MODOS DE FAZER

“BOLO DE BATATA”

A entrevistada Raimunda Nonata Freire Freitas, conhecida por Raimunda, de etnia indígena, residente na localidade de Santa Rosa, município de Bela Cruz, conta como se faz o bolo de batata.
D. Raimunda aprendeu a receita com os mais velhos e descreve o processo da seguinte maneira: primeiro cozinha, a batata, retira a casca acrescentando farinha de trigo, ovo e queijo. Em seguida, passa no liquidificador,coloca na fôrma e leva ao forno para assar. D. Raimunda utiliza essa prática em aniversários, mas também encara como um meio de vida.
Autor – Maria Daniele de Freitas
Data - 08/06/2006
Idade - 11 anos


Texto da Ficha 2
OFÍCIOS E MODOS DE FAZER

“LICOR”

A entrevistada Lúcia Maria de Freitas Martins, conhecida por D. Lúcia, agricultora, de etnia branca, nascida e residente em Santa Rosa há 48 anos, conta como se faz o licor de caju.
D. Lúcia aprendeu com os mais velhos e descreve o processo da seguinte maneira: descasca e espreme o caju, coloca o açúcar e leva ao fogo para ferver, em seguida, coloca a cachaça e finaliza com o suco.
Essa prática só é desenvolvida na época do caju. D. Lúcia diz que é um meio de vida, mas que não tem muito lucro, pois, segundo ela, o produto é repartido com a comunidade.
Autor – Maria Daniela de Freitas
Data - 08/06/2006
Idade - 11 anos


Texto da Ficha 2
OFÍCIOS E MODOS DE FAZER

“O CAJUEIRO, QUE SOMBRA BOA!”

A plantação de cajueiros é uma das principais atividades agrícolas da nossa região. As pessoas preparam os terrenos e em seguida plantam o cajueiro. Antes, só existia o cajueiro gigante ou tardão, como as pessoas falam. Depois apareceu o ligeiro e o anão precoce, que, se plantados corretamente, seguindo os cuidados necessários, em mais ou menos dois anos começam a dar frutos e assim uma boa fonte de renda.
Hoje as pessoas já não plantam mais cajueiro tardão, mas sim cajueiro ligeiro, pois além de ter um retorno das despesas mais depressa, as castanhas também tem melhor qualidade, portanto uma melhor comercialização e muito mais lucros.
Costuma-se aradar as terras com tratores, evitando assim as queimadas, e fazer poda uma vez por ano, no início do inverno para se ter uma melhor produção e assim facilitar a colheita da castanha.
Autor – Francisco Wellington Albuquerque
Data - 28/06/2006
Idade - 11 anos

Texto da Ficha 2
OFÍCIOS E MODOS DE FAZER
“COLHEITA DA CASTANHA TAMBÉM É LAZER”

A colheita da castanha se dá de duas maneiras: os donos de quintais de cajueiros contratam pessoas para colher as castanhas e os que vão e os que não tem quintal vão trabalhar colhendo as mesmas por lata ou por dia.
Quando a castanha tem um preço melhor, tanto para os proprietários quanto para os trabalhadores tudo se torna mais fácil em relação ao pagamento e também a adquirir pessoas para trabalhar.
É um serviço árduo que muitas pessoas só fazem por não ter opção, ou seja, precisam trabalhar para sobreviver e seja qual for o trabalho, enfrentam. Mais ou menos no início de setembro começa a colheita, na qual as pessoas passam rodada de baldes, sacos, carros de mão, etc. passam o dia todo nos cajueiros e os que trabalham por lata muitas vezes se tornam até bóias-frias, pois quanto mais tempo passarem trabalhando, mais latas vão juntar e mais dinheiro vão ganhar. E sua luta incessante vai até quando chega o inverno, pois é quando realmente termina a safra.
Apesar de toda atarefa realizada ser muito cansativa, muitos gostam e se divertem a ação. As crianças costumam brincar correndo debaixo dos cajueiros, outros levam lanche, etc.
Autor – Antônio Talisvânio de Sousa
Data - 26/06/2006
Idade - 12 anos

Texto da Ficha 2
OFÍCIOS E MODOS DE FAZER

“BOLO DE MACAXEIRA, CULTURA NOSSA”

O bolo de macaxeira faz parte das comidas típicas da nossa região e por isso não pode faltar nas principais festas da nossa comunidade como: festas juninas, manifestações folclóricas e outras, além de ser saboreado freqüentemente pelas famílias por ser um bolo maravilhoso.
Diz a entrevistada ter aprendido a fazer com sua mãe e vem repassando até hoje para seus filhos e netos. Para fazer um bolo de macaxeira é necessário meio quilo de macaxeira ralada, meio quilo de açúcar, meio quilo de massa de trigo especial, leite, manteiga a gosto, cinco ovos e um coco ralado. Juntar todos os ingredientes, bater na batedeira por 05 minutos, levar ao forno pré-aquecido em fôrma untada e em seguida, servi-lo.
Além de ser gostoso, é uma ótima fonte de arrecadar, pois ninguém resiste ao seu sabor, passando a consumi-lo e a deixar bastante lucro.
Autor – Maria Firmina da Silva
Data - 26/06/2006
Idade - 21 anos

Texto da Ficha 2
OFÍCIOS E MODOS DE FAZER

“O PIRÃO FAZ ARTE DE NOSSA CULTURA”

O pirão de galinha é um delicioso prato à moda caipira e bem fácil de fazer. Após já ter depenado, limpado e cortado a galinha, tempera-se a gosto. Estando a galinha cozida é hora de preparar o famoso pirão de galinha. O primeiro passo é peneirar a farinha de mandioca numa panela, depois molhe-a e espere um pouco para que inche. Em seguida leve para o fogo e aos poucos vá acrescentando o caldo da carne de galinha, que acabou de ser cozido, mexendo sem parar. Depois de alguns minutos, estando o pirão ganhando uma consistência, está pronto e só então todos podem saborear com a carne de galinha o tradicional pirão muito prestigiado pelos nordestinos.
Autor – Airton Frank de Souza
Data - 26/06/2006
Idade - 12 anos

Texto da Ficha 2
OFÍCIOS E MODOS DE FAZER

“DAR COR AOS ALIMENTOSTAMBÉM É SABOR”

Toda dona-de-casa sabe de suas necessidades. Quem não quer fazer uma comida super gostosa? Todo mundo quer e são os temperos que vão incrementar e deixar a comida saborosa. O urucum é um exemplo, pois fazer uma comida e não pô-lo, ela pode ter todos os temperos do mundo, mas não vais ficar tão saborosa.
D. Eunice é agricultora e conta como ocorre a história do urucum. Tudo acontece com muito trabalho, primeiro colhe o urucum da planta e em seguida coloca o mesmo para secar no sol. Depois de seco descasca o mesmo de um por um e em seguida peneira para sair o restante da sujeira. Para isso, precisa-se do vento, para ajudar a cessar esses pedaços de sujeira.
Para transformá-lo em corante acontece o seguinte procedimento: coloca-se a semente do urucum em uma panela com óleo e leva ao fogo para torrar, depois de torrado, coloca-se farinha e faz-se a farofa de urucum. Logo depois coloca-se a farofa no moinho e mói-se até ficar no ponto adequado. Depois peneira-se separando a semente da farofa, que no caso já é o corante. Todo esse trabalho é feito no quintal de casa. Muitas pessoas fazem para seu próprio consumo e outras, além do seu consumo, fazem para vender.
Obs.: Algumas pessoas ao invés do moinho utilizam o pilão.
Autor – Rogério Carlos de Sousa
Data - 28/06/2006
Idade - 13 anos

Texto da Ficha 2
OFÍCIOS E MODOS DE FAZER

“DOCE DE CAJU: QUE DOÇURA”

Solidão, localidade de Cruz. Nesta localidade mora uma senhora respeitadora, religiosa e que entende muito de culinária. Ela é chamada Maria Livramento, 72 anos, filha de José Raimundo de Souza e Raimunda Filíssima da Rocha, nascida em Aranaú e veio para a comunidade de Solidão e 1943.
Na comunidade, parte das pessoas que sabem fazer doce, fazem em suas casas, na safra do caju. Corta-se três vezes a medida do prato, tira uma parte do vinho, coloca na panela com um copo de água e quilo e meio de açúcar e leva ao fogo. Depois de um bom tempo de fervura, deixa apurar.
O doce de caju já é costume na comunidade desde muitos anos, pois crianças, adolescentes e adultos adoram esse doce, que é uma cultura da comunidade.
Autor – Maria Kelce de Vasconcelos
Data - 26/06/2006
Idade - 13 anos


Texto da Ficha 2
OFÍCIOS E MODOS DE FAZER

“QUE BOM, QUE GOSTOSO!”

O bolo de milho verde é uma cultura que acontece em nossa localidade, e é um dos preferidos entre todos, pois é uma gostosura. É o resultado de produtos que são cultivados em nossa terra, como diz a entrevistada. É de grande consumo quando está no período de plantio do milho que é plantado pelos pais dos adolescentes e das crianças e até por eles mesmos.
Esse bolo é feito da seguinte forma: rala-se 04 espigas de milho, que depois é misturado com uma lata de leite condensado e passado no liquidificador e depois é peneirado e juntado à farinha de trigo e ao fermento. Depois mistura-se com outros ingredientes e leva-se ao forno em uma fôrma untada com manteiga.
Autor – Débora Nascimento de Oliveira
Data - 07/07/2006
Idade - 13 anos


Texto da Ficha 2
OFÍCIOS E MODOS DE FAZER

“A SABOROSA, QUE É CULTURAL”

A tapioca é um dos alimentos principais para o café da manhã em nossa comunidade e tem de vários sabores e modos de preparo. A mais apreciada em nossa comunidade é a famosa e saborosa tapioca com coco, que é realizada do seguinte modo: é ralado o coco e misturado-o com goma, após isso, é umedecido e acrescentado o sal e amassado com as mãos, em seguida, é levada à frigideira.
É consumida com café, carne de gado, peixe e outros alimentos. Ela também é lanche de muitos agricultores que levam apara seu serviço nos roçados, capoeiras e outras áreas de serviço da agricultura.
Autor – Débora Nascimento de Oliveira
Data - 07/06/2006
Idade - 13 anos

Texto da Ficha 2
OFÍCIOS E MODOS DE FAZER

“BOLO DE POINHO: ESTRANHO, MAS SABOROSO”

Esse bolo raramente as pessoas fazem. Mas de vez em quando é feito para aniversário, confraternização, lanches de casa.
Também é saboroso e usado na culinária das domésticas. O preparo é feito assim como o bolo fofo. Algumas pessoas gostam com sal, e outras com doce.
Autor – Maria Ana Célia da Costa
Data - 28/06/2006
Idade - 11 anos


Texto da Ficha 2
OFÍCIOS E MODOS DE FAZER

“CAJU AZEDO EM AÇÃO: MOCORORÓ”

O mocororó é feito na época da safra da castanha, onde todas as pessoas costumam saborear essa bebida. Muitas pessoas também fazem para vender, ganhar seu dinheiro para sobreviver.
Ele pode ser guardado de uma no para o outro, isto é, se for bem feito.
É preciso espremer o caju e depois colocar a cachaça, ou até mesmo a cola para cortar o vinho. É feito do caju azedo.
Autor – João Lindomar de Sousa
Data - 26/06/2006
Idade - 10 anos


Texto da Ficha 2
OFÍCIOS E MODOS DE FAZER

“SEQUINHAS E SABOROSAS”

Os agricultores quando plantam, suas donas-de-casa já pensam na época da farinhada, pois elas gostam mesmo é de colocar a mão na massa, para ver o resultado do produto.
É feito da goma fina, peneirada ou da massa grossa, coloca-se também bastante coco. Ele pode ser guardado de safra para safra.
Quem ainda não provou devia provar, pois é ótimo!
Autor – Débora Nascimento de Oliveira
Data - 07/07/2006
Idade - 13 anos



Texto da Ficha 2
OFÍCIOS E MODOS DE FAZER

“UNIÃO PERFEITA”

O baião-de-dois é feito diariamente nas nossas casas, restaurantes. É cozinhado o feijão, colocado ao arroz e acrescentado bastante verduras e cheiro verde, também coloca-se uma pitada de sal e um pouco de margarina, óleo e queijo.
Essa é uma das comidas que não podem faltar na mesa do cearense.
Autor – João Valcier de Freitas
Data - 23/06/2006
Idade - 13 anos


Texto da Ficha 2
OFÍCIOS E MODOS DE FAZER

“O SANGUE DO CAJU”

Todos os anos durante a safra do caju, a cajuína é uma fonte de renda para algumas pessoas da comunidade.
Logo que aparecem os primeiros cajus, as pessoas já começam a se preparar com os materiais necessários para desenvolver esta atividade: cola ou gelatina para cortar o vinho do caju, panos para filtrá-lo, litros para colocar as cajuínas, latas ou tambores para cozinhar, maquinas e tampas ou cortiças e breu para a vedar os litros levá-los ao fogo.
Com tudo isto preparado e bastante caju começa-se então o trabalho que vai desde o início de agosto, mais ou menos, até novembro, deixando assim um lucro para essas famílias, além de poderem saborear esse produto maravilhoso, que é produzido pela própria família.
Autor – Maria Firmina da Silva
Data - 14/06/2006
Idade - 21 anos


Texto da Ficha 2
OFÍCIOS E MODOS DE FAZER

“É SABOROSA E FAZ PARTE DO NOSSO DIA-A-DIA”

A pamonha é bastante usada nas nossas casa, na época da colheita do milho verde. Que bom seria se não faltasse milho, pois ela é gostosíssima, saboreosíssima. Todas as nossas mães, parentes, costumam reunir a família e fazer paneladas de pamonhas para os convidados, vizinhos e familiares.
Rala o milho, coloca coco ou queijo e deixa cozinhar até ficar amarelinha. O gosto deve ser salgado ou doce, dependendo do gosto da pessoa.
Autor – Maria Geirla Cordeiro Brandão
Data - 23/06/2006
Idade - 14 anos


Texto da Ficha 2
OFÍCIOS E MODOS DE FAZER

“CROCHÊ: A ARTE DE NOSSA CULTURA ARTESANAL”

O crochê é uma arte muito apreciada, pois faz parte do artesanato que é uma das atividades mais praticada em nosso país.
Na nossa comunidade o crochê é feito por feiteiras que comercializam o produto para interessados que compram para revender em praias e outros lugares. Os turistas que visitam o litoral do nordeste ou mesmo nossas cidades, se encantam com o profissionalismo que as feiteiras desempenham ao fazer crochê.
As feiteiras se reúnem em pequenos grupos para fazer o crochê, onde conversam e ao mesmo tempo trabalham. Através deste diálogo e das mãos em ação é realizado as lindas saídas de praia, centros de mesa, peças de roupas e outras obras que são feitas com criatividade.
Como podemos ver, o artesanato pode servir de renda, cultura, arte e turismo e é também de grande importância para nós, pois faz parte de nossa história, de nosso lugar e o crochê é a arte que nos retrata não só nossa cultura como também nossa dignidade como cidadão que luta incansavelmente pelo pão de cada dia.
Autor – Débora Nascimento de Oliveira
Data - 26/05/2006
Idade - 13 anos

Texto da Ficha 3
LUGARES, PRÉDIOS E CONSTRUÇÕES

“IGREJA DE SÃO JOÃO”

A entrevistada Maria das Graças Rodrigues, conhecida como Maria Lola, de etnia pardo, nascida em Solidão e residente em Santa Rosa há 06 anos, fala sobre a construção da Igreja de São João.
D. Maria diz que ela foi construída em 17 de novembro de 2003, na localidade de Santa Rosa, e que apresenta grande importância, sobretudo na época da festa (24 de junho), que é quando a vida cultural do lugar torna-se mais ativa. No de correr da festa temos comidas típicas, leilões, etc.
A entrevistada também afirma que a igreja contribui muito para o crescimento da criança e do adolescente e que através dela podemos conviver com as pessoas da comunidade.
Autor – Maria Regina Freire Freitas
Data - 10/07/2006
Idade - 16 anos


Texto da Ficha 3
LUGARES, PRÉDIOS E CONSTRUÇÕES

“HISTÓRIA DA EEF RAFAEL VENÂNCIO BRANDÃO,
ESCOLA DE CÓRREGO DO MOURÃO”

Terreno situado em Córrego do Mourão, município de Cruz.
Há muitos anos funcionava com duas salas e em 2004, último ano de funcionamento, funcionou com apenas uma turma de jovens e adultos. Atualmente está fechada e não acontece nada. Quando em funcionamento, a EEF Rafael Venâncio Brandão tinha como objetivo educar crianças, adolescentes e até mesmo adultos.
Autor – Maria Ana Célia da Costa
Data - 26/06/2006
Idade - 13 anos


Texto da Ficha 3
LUGARES, PRÉDIOS E CONSTRUÇÕES

“CRIAÇÃO DO ESTABELECIMENTO EDUCATIVO
PEDRO MARQUES DA CUNHA”

Em 1986 o sr. Pedro Marques da Cunha, sentindo a necessidade de uma melhoria da educação, doou o terreno para a construção da escola que foi inaugurada dia 14 de dezembro de 1986.
Sua estrutura física era de duas salas de aula, uma diretoria, uma cantina, um depósito e dois banheiros, funcionando em duas modalidades: educação infantil e ensino fundamental de 1ª a 4ª série. Foi ampliada em 1999 com uma passarela e uma cisterna, e criação da Associação de Pais e Mestres.
Em 2000 foi construída mais uma sala de aula e cobertor coberto do lado esquerdo. Em 2001 foi feita outra sala de aula e corredor coberto do lado direito e foi encaminhado o processo de reconhecimento e autorização da escola. Em 2002 iniciou-se a construção do auditório coberto, mais uma sala de aula, almoxarifado e bateria de banheiros, que foram finalizados em 2003.
No ano seguinte foi feita a ampliação de um banheiro para a secretaria e ampliação da rádio escola. Em 2005 foi a construção da quadra esportiva e muro da escola. Em 2006, construção da bateria de banheiros e dois vestuários: masculino e feminino.
A mesma foi reconhecida e autorizada em 2004 e hoje funciona com Educação Infantil e Ensino Fundamental completo. No decorrer do ano letivo a escola realiza vários projetos que envolvem alunos e comunidade local para um melhor desenvolvimento da sociedade.
Autor – Regina Maria da Costa
Data - 28/06/2006
Idade - 12 anos


Texto da Ficha 3
LUGARES, PRÉDIOS E CONSTRUÇÕES

“REUNIÃO COLETIVA, ACONTECE FREQUENTEMENTE NA SEDE DA ASSOCIAÇÃO DE SANTA ROSA”

Criada em 1999 com o intuito de melhorar a qualidade de vida dos moradores desta localidade, a sede da Associação foi obra construída pelo projeto solicitado pelos 29 membros que fazem parte dos associados.
Nesta Associação Comunitária que busca melhores condições de trabalho desenvolvendo ações coletivas que aprimoram a vida social de cada indivíduo. A Sede é um grande salão para a realização das reuniões mensais, onde planejam todos os projetos a serem executados.
Quando a Associação foi criada, os sócios receberam benefícios para a construção das casas e tendo em vista a falta de espaço para encontros que seriam realizados, resolveram implementar ao projeto a construção desse salão e assim foi feito.
Autor – Maria Regina Freire Freitas
Data - 12/05/2006
Idade - 16 anos


Texto da Ficha 3
LUGARES, PRÉDIOS E CONSTRUÇÕES

“CASA DE FARINHA”
O entrevistado, Raimundo Monteiro de Freitas, conhecido por Raimundo Zifirino, agricultor, de etnia indígena, 83 anos, nascido em Castelhano e residente em Solidão há 38 anos, é proprietário da casa-de-farinha. Segundo ele, a casa-de-farinha foi construída com tijolos de adobe, ripas, caibros e linhas do mato, no ano de 1970, com o objetivo de produzir farinha e goma.
Seu Raimundo diz que ela é de grande importância, pois o desenvolvimento da farinhada gera emprego e renda para as pessoas da comunidade e que enquanto os adultos trabalham na farinhada, as crianças e adolescentes se reúnem no terreiro para as brincadeiras de roda, pega-pega, esconde-esconde, caí no poço, liga-desliga, etc.
Autor – Gerôncio Cunha Freitas
Data - 05/06/2006
Idade - 11 anos

Texto da Ficha 3
LUGARES, PRÉDIOS E CONSTRUÇÕES

“AMBIENTE PRIORITÁRIO PAAR A COMUNIDADE: FÁBRICA DE CAJUÍNA”

É na comunidade de Solidão que sempre procuramos a deliciosa bebida ‘cajuína’ para saborearmos. Aqui temos o privilégio de termos um ambiente equipado com máquinas adequadas para construirmos a famosa bebida.
Toda a ação ocorre em uma fábrica construída para o desenvolvimento da atividade agrícola, situada no centro da comunidade. Lá se reúnem sócios comunitários e comunidade local para construir não só a cajuína como também produtos derivados do caju de uma forma simples e bem divertida acontece o processo.
Graças ao projeto elaborado pelos sócios comunitários em 1995 foram beneficiados com essa importante obra que é patrimônio muito bem utilizado, servindo como fonte de renda para a população.
Autor – Maria Geirla Cordeiro Brandão
Data - 09/06/2006
Idade - 14 anos


Texto da Ficha 3
LUGARES, PRÉDIOS E CONSTRUÇÕES

“CAMPO DE RASPA”
Localizado na comunidade de Solidão, o campo de raspa é uma alternativa para os moradores aproveitam os detritos agrícolas. Com uma área de 32m x 16m, tem equipamentos para a realização dos trabalhos como máquina de triturar mandioca, motor a diesel, armazém para guardar os produtos prontos.
Desde quando foi fundado ,em 1983, a comunidade local faz muito proveito do ambiente, pois o que é retirado dos produtos agrícolas não é desperdiçado. O mesmo é transformado em ração que serve como alimento para os animais.
Esta obra foi solicitada pelo vereador Geraldo Cunha, que sempre busca melhorias à comunidade e que acha de grande importância, pois valoriza cada vez mais a agricultura local.
Autor – Luciélia Carla da Cunha
Data - 06/07/2006
Idade - 11 anos


Texto da Ficha 3
LUGARES, PRÉDIOS E CONSTRUÇÕES

“A CONSTRUÇÃO DA IGREJA”

A construção da Igreja sempre foi um sonho da comunidade que durou anos e anos. Até que em 2004 o Grupo Jovem teve a iniciativa de ir à luta e começar a fazer movimentos, contando assim com o apoio do sr. Geraldo Marques da Cunha, tanto na doação do terreno para construção da mesma, quanto nos movimentos, doações, transportes, etc. depois de um certo tempo de batalha, conseguiram levantar a igreja e imediatamente houve assim um certo desmoronamento do grupo, onde passou um tempo parado. Vendo aquela situação, a comunidade se reuniu, criou um conselho, reanimaram o Grupo Jovem e continuaram a luta, fazendo leilões, pedindo doações, foi onde ganharam o forro da igreja do Sr. Jonas Muniz, prefeito atual.
A partir daí o ânimo aumentou mais ainda e surgiu logo a idéia de escolher o padroeiro. Em uma reunião na Escola de Ensino Fundamental Pedro marques da Cunha, foi apresentada uma lista com vários nomes de santos, para ser escolhido o padroeiro e a maioria das pessoas escolheu São Pedro.
A partir desse momento a luta tornou-se incessante e no dia 14 de dezembro de 2004 foi feita a escolha oficia do padroeiro, contando assim com a participação do pároco Antônio Eudes Cruz e da comunidade local. Em maio de 2005 foi celebrada a primeira missa e realizado o novenário em junho do mesmo ano aconteceu a primeira festa que foi para nós motivo de muita alegria.
Autor – Maria Amanda do Nascimento
Data - 10/07/2006
Idade - 06 anos

Texto da Ficha 4
LENDAS, CAUSOS, SUPERSTIÇÕES E CURIOSIDADES

“SE BENZAM QUE OS MAUS ESPÍRITOS ANDAM SOLTOS”

Quem foi que nunca passou em uma encruzilhada? Na verdade, quase todo mundo já passou, ou pelo menos ouviu falar de acidentes desastrosos que tenham acontecido e encruzilhadas.
Acredita-se que esses desastres aconteçam por causa de espíritos que não ganharam a salvação de Cristo e ficam a atentar as pessoas que lá passam sem rezar nem se benzer. As encruzilhadas também são conhecidas como quatro-bocas e consideradas perigosíssimas por fatalidades e o aparecimento de assombrações que espantam as pessoas que por ela passam sem fazer preces ou s benzer. A oração tem que ser feita com muita fé para que nada de mal possa acontecer.
Segundo a entrevistada, se confiarmos e tivermos fé em Deus, nada de mal nos acontecerá, porque Ele é nosso Pai que nos protege e sempre nos protegerá contra os males e os perigos.
Autor – Débora Nascimento de Oliveira
Data - 10/07/2006
Idade - 13 anos


Texto da Ficha 4
LENDAS, CAUSOS, SUPERSTIÇÕES E CURIOSIDADES

“CUIDADO AO PASSAR O ARAME”

Passar o arame em nossa comunidade é sempre motivo de precisão de passar para um lugar onde é cercado. Mas nem todos conhecem a superstição que ao passar o arame é necessário benzer-se pois, segundo a entrevistada, o satanás fica em cima da pessoa e se ela não se benzer ele pode trazer atrasos e desastres na vida da pessoa.
Se você também não conhecia esta superstição e passava arames sem se benzer ou mesmo fazer qualquer oração, cuidado! E quando passar novamente se lembre do que poderá acontecer se você não se benzer.
Autor – Luciélia Carla da Cunha
Data - 10/06/2006
Idade - 11 anos

Texto da Ficha 4
LENDAS, CAUSOS, SUPERSTIÇÕES E CURIOSIDADES

“ASSOVIO TEMEROSO”

De acordo com a entrevistada, o assoviador se ouve durante a noite, principalmente nas noites quentes de inverno. Quando se escuta o assovio é sinal que ele está adivinhando chuva. Diziam as pessoas que se repetirmos o assovio ele vem a até a gente em forma de esqueleto, carregando um couro velho, representando assim um filho que matou o pai e até hoje carrega-o nas costas.
Sempre que diziam isto, e eu não acreditava, ficava duvidando, até que um dia comecei a repetir aquele assovio que vinha de longe, quando pensei que não, o assovio já estava bem perto de mim e começou a bater na parede do quarto onde eu estava e a assoviar cada vez mais alto. Quase morro de medo! Nunca mais eu quero repetir o som do assoviador, pois não vi nada mas ouvi as pancadas e agora posso dizer de uma forma ou de outra ele existe.
Autor – Francisca Angelita de Maria
Data - 17/05/2006
Idade - 08 anos


Texto da Ficha 4
LENDAS, CAUSOS, SUPERSTIÇÕES E CURIOSIDADES

“NOITES MISTERIOSAS”

Conta o entrevistado que o lobisomem é um bicho cabeludo, de olhos vermelhos, unhas grandes e dentes finos que ataca as pessoas durante a noite. Está sempre procurando atacar e ao mesmo tempo se defender, pois como diz a lenda, se o mesmo for ferido, volta à forma normal, e como não quer ser descoberto durante seus ataques, procura sempre se defender.
O sr. José Milton de Menezes, afirma ter visto o lobisomem com seus próprios olhos e que agora acredita, realmente que ele existe e que não é apenas fruto da imaginação de algumas pessoas.
Autor – Aparecida Milena Menezes
Data - 23/06/2006
Idade - 08 anos


Texto da Ficha 4
LENDAS, CAUSOS, SUPERSTIÇÕES E CURIOSIDADES

“CLARIDADE MÁGICA”

Este clarão é visto durante a noite. Não tem hora para aparecer, de repente aparece uma claridade como se fosse um carro, vindo de encontro a você. Quando você pára, esperando esse carro passar, tudo desaparece e só resta a escuridão e o medo. Até hoje muitas pessoas vêem e algumas dizem que isso é apenas fruto da imaginação. A entrevistada nunca duvidou da existência do clarão. Mas agora, depois que viu com seus próprio olhos, acredita mais ainda e afirma que realmente o clarão existe.
Autor – Gislane Carla do Nascimento
Data - 28/06/2006
Idade - 08 anos
Texto da Ficha 5
BRINCADEIRAS E BRINQUEDOS INFANTIS

“CAVALO SEM PATA”

O cavalo de talo é um brinquedo comum nas famílias mais pobres. Ele é feito do talo de carnaubeira, do qual as crianças tiram os espinhos, depois fazem as orelhas, colocam um cabresto na cabeça e daí está pronto o famoso brinquedo cavalo de talo. Ele é bastante usado na época do folclore da nossa cultura nordestina.
Autor – Francisco Carlos de Freitas
Data - 30/05/2006
Idade - 13 anos


Texto da Ficha 5
BRINCADEIRAS E BRINQUEDOS INFANTIS

“CARRO ENGRAÇADO”

O caro de lata é um brinquedo que diverte muito as crianças de renda familiar baixa, cujos pais não tem dinheiro para comprar um outro brinquedo. E por fazer parte da cultura passada, ainda permanece nos dias de hoje.
Vicente é um garoto que gosta muito de brincar. Primeiramente pega uma lata de óleo e começa a cortar, desenha os pneus de chinelos de borracha, usa um fio de nalho o e quando o carro fica pronto, vai brincar com seus amigos. Curte muito este brinquedo, pois valoriza o universo da criança.
Autor – Manoel Sérgio da Silva
Data - 02/06/2006
Idade - 12 anos


Texto da Ficha 5
BRINCADEIRAS E BRINQUEDOS INFANTIS

“TRÊS, TRÊS, PASSARÁ”

A entrevistada Mara Nely da Cunha Freitas, conhecida como Dona Nely, agricultora, de etnia indígena, nascida e residente em Solidão há 45 anos, fala sobre as brincadeiras de roda que, segundo ela, existiam desde o tempo que era criança e em sua época era o que entretinha a meninada enquanto os adultos conversavam no alpendre da casa. Ela descreve a brincadeira como algo que envolve muitas crianças que dançam e cantam músicas animadas.
D. Nely diz ainda que as brincadeiras de roda servem para divertir a criançada, evitando que elas fiquem o tempo todo vendo televisão, ou mesmo na rua fazendo algo de errado, além de preserva estas antigas diversões que hoje estão quase desaparecendo.
Autor – Gerôncio Cunha Freitas
Data - 13/06/2006
Idade - 11 anos


Texto da Ficha 5
BRINCADEIRAS E BRINQUEDOS INFANTIS

“CAÍ NO POÇO”

O caí no poço era uma brincadeira muito animada e gostosa de se brincar. À noitinha juntava-se uma turma de amigos e começava a animação. Como sempre alguém ia lá pra frente e os outros ficavam um ao lado do outro, para assim dar início à brincadeira.
Caí no poço, com água onde, no pescoço, quem tira, meu bem, com que, a resposta dependia de cada um. Podia ser um beijo, um abraço, um aperto de mão ou um voltinha. Na maioria das vezes a gente pedia só aperto de mão e voltinha. Os meninos, com medo de abraçar ou beijar outros meninos. As meninas, não sei, talvez por medo do pai ou da mãe. Mas quando dava pra ver se era menina, eu castigava no beijo ou abraço.
Portanto, o caí no poço era uma brincadeira maravilhosa de se brincar, que devia ainda hoje ser praticada pelos jovens.
Autor – Maria Camila de Sousa
Data - 29/06/2006
Idade - 08 anos


Texto da Ficha 5
BRINCADEIRAS E BRINQUEDOS INFANTIS

“ANIMAÇÃO ”
Liga-desliga é uma brincadeira animada, muito antiga, que vem sendo praticada até hoje por todas as crianças e adolescentes de nossa comunidade.
As crianças se juntam no pátio da escola ou nos terreiros de suas casas, formam dois grupos: um para ‘ligar’ e outro para ‘desligar’ e assim é desenvolvida a brincadeira. Quando a criança corre, não pode deixar que o outro toque, pois quando isso acontece, ele terá que correr até tocar outra pessoa.
Autor – Francisco Higor de Sousa Rodrigues
Data - 16/07/2006
Idade - 06 anos























Texto da Ficha 5
BRINCADEIRAS E BRINQUEDOS INFANTIS



“BANDEIRA”


As crianças, jovens e adolescentes se reúnem nos terreiros de suas casas, formam duas equipes para disputar o jogo e uma das equipes é a vencedora ou então o jogo pode sair empate.
Eles fazem a demarcação, ou seja linhas laterais e verticais, sendo o campo de disputa, sendo grande divertimento para as crianças.


Autor – Francisco Higor de Sousa Albuquerque
Data - 07/07/2006
Idade - 06 anos



Texto da Ficha 6
FIGURAS POPULARES

“FRANCISCO ANDRÉ DE SOUSA”

O sr. Francisco André de Sousa, conhecido por Seu Chico, nascido em 24/06/1936, filho de André Tomás de Sousa e Ana Maria Sousa, natural de Riachão, atuava como celebrante da Palavra de Deus em 24 comunidades.
Começou a dedicar-se mais em seus últimos anos de vida, ou seja, já há muito tempo desenvolvia esses trabalhos religiosos mas era com menos freqüência, só depois de muitas lutas para conseguir seus objetivos é que se dedicou totalmente à missão.
Evangelizou grupos de catequeses, grupos de jovens e até fez movimentos para a criação de Associações Comunitárias, muito envolvido e preocupado com o bem-estar da população.
Ficou muito conhecido por motivo de incentivar crianças, jovens e adultos.
Autor – Francisco Higor de Sousa Albuquerque
Data - 07/07/2006
Idade - 06 anos


Texto da Ficha 6
FIGURAS POPULARES

“GERALDO MARQUES DA CUNHA”

Ex Vice-Prefeito e atual Vereador, Geraldo Marques da Cunha, 58 anos, natural e residente na comunidade de Solidão, é uma pessoa ilustre que sempre se preocupou em desenvolver ações sociais. Foi também destaque na década de 1980, ganhando o título de “Melhor Agricultor do Baixo Acaraú” e até hoje prioriza práticas agrícolas da comunidade em que vive, buscando sempre maneiras de oferecer trabalhos, gerando fonte de renda para pessoas humildes.
É também uma pessoa muito envolvida na história política do município de Cruz. Teve seu primeiro mandato no ano de 1988. É muito participativo na vida religiosa da comunidade e busca bastante ações sócio-educativas tentando resgatar o envolvimento no trabalho coletivo para um bom envolvimento na comunidade.
Autor – Lucélia Carla da Cunha
Data - 07/07/2006
Idade - 11 anos























Texto da Ficha 6
FIGURAS POPULARES



“PEDRO MARQUES DA CUNHA”


Patrono da escola de Solidão, Pedro Marques da Cunha nasceu em 11 de março de 1907, em Aranaú, município de Acaraú. Viveu com seus pais até 28 anos, ajudando-os na vida agrícola. Veio morar na comunidade de Solidão depois de casado.
Se destacou na prática da agricultura, envolvendo os familiares da comunidade, cedendo suas terras para que as famílias trabalhassem nesta atividade. Mais tarde, com seu espírito bondoso, doou parte de seu terreno para a Prefeitura construir uma escola para os filhos destes agricultores estudarem.
Pedro morreu aos 92 anos, mas foi uma pessoa que sempre investiu na comunidade e serviu de exemplo para todos.
É importante conhecer a história deste homem para que os alunos saibam de onde partiu a idéia da criação da escola e descobrir porque Pedro Marques da Cunha é uma figura popular na comunidade de Solidão.


Autor – Maria Wilcimara da Cunha
Data - 01/08/2006
Idade - 08 anos

Texto da Ficha 7
EXPRESSÕES E VOCÁBULOS LOCAIS E REGIONAIS

“ZOMBARIA”

Essa expressão é usada quando alguém fica falando coisas que não se pretende ouvir e não tem nenhuma importância o que está falando, então é usada neste momento.
Autor – José Neusimar de Sousa
Data - 23/06/2006
Idade - 12 anos


Texto da Ficha 7
EXPRESSÕES E VOCÁBULOS LOCAIS E REGIONAIS

“TU RAI? OU TU REM?”EU RÔ!”

Na comunidade de Solidão a expressão acima é utilizada para interrogar e afirmar se a pessoa vai a algum lugar.
A fala errada e aquele sotaque nordestino é motivo de riso entre pessoas que visitam nosso Nordeste. Falar errado é uma grande cultura nossa, sempre nos comunicamos entre vizinhos, familiares e amigos usando expressões com a língua portuguesa totalmente errada sem o emprego de palavras adequadas ao português.
O nordestino, além de falar errado, adotam culturas que estão presentes no nosso dia-a-dia, e através dessa culturas é que conquistamos o turismo para nossa região.
Autor – Maria Geirla Cordeiro Brandão
Data - 13/06/2006
Idade - 14 anos


Texto da Ficha 7
EXPRESSÕES E VOCÁBULOS LOCAIS E REGIONAIS

“TE ORIENTA!”

“Te orienta!”, era, segundo a entrevistada, um dizer muito popular nos tempos passados e até hoje muitas pessoas ainda usam para chamar a atenção de outras que através de palavras ou ações fazem coisas sem sentido.
“Te orienta!” é usada em conversas quando não entendemos o que os outros fazem ou falam, então dizemos: “Te orienta!”. Fazendo com que a pessoa venha a entender o que está fazendo ou falando. “É muito interessante a expressão usada por alguém fazer parte da linguagem de um povo”.
Autor – Sasha Nascimento da Silva
Data - 28/06/2006
Idade - 07 anos


Texto da Ficha 7
EXPRESSÕES E VOCÁBULOS LOCAIS E REGIONAIS

“RISADAS”

“Gua” é muito utilizado pelas pessoas que aqui moram quando se quer dar risadas e mangar dos outros.
Segundo o entrevistado, isso começou há muito tempo pelos mais novos, ou seja, os jovens que se reúnem e começam a falar dos outros.
Autor – Germano Junior Vasconcelos
Data - 28/06/2006
Idade - 12 anos


Texto da Ficha 7
EXPRESSÕES E VOCÁBULOS LOCAIS E REGIONAIS

“SEMANA QUIENTA”

“Semana quienta” é um dizer muito usado na comunidade nos tempos passados e ainda hoje, embora com menos freqüência. Semana quienta, sempre é usado em conversas, uma pessoa faz um convite para visitar sua casa e a outra diz: “Na semana quienta”.
Por ser usado por pessoas mais velhas, as crianças e adolescentes também usam em seu vocabulário.
Autor – Maria Camila de Sousa
Data - 29/06/2006
Idade - 08 anos


Texto da Ficha 7
EXPRESSÕES E VOCÁBULOS LOCAIS E REGIONAIS

“ONTONTE

“Ontonte” era, segundo o entrevistado, um dizer muito usado nos tempos passados e ainda permanece até hoje, quando as pessoas estão conversando e querem afirmar uma coisa que já aconteceu.
“Ontonte”, como faz parte da cultura do povo, até crianças e adolescentes usam em seu vocabulário. É muito interessante esta expressão que usada por uma pessoa passa a fazer parte da linguagem do povo.
Autor – Gerôncio Cunha Freitas
Data - 12/05/2006
Idade - 11 anos


Texto da Ficha 7
EXPRESSÕES E VOCÁBULOS LOCAIS E REGIONAIS

“BATATA NO ASFALTO”

As famílias de antigamente, como nossos avós, bisavôs e até mesmo nossos pais usam muito essas expressões. Chamamos de dito popular, onde em cada um deles há um significado para quem está pronunciando e quem recebe.
Muitas vezes as pessoas ignoram, mas sabemos que é cultura nordestina, o povo estudou pouco e suas expressões às vezes são essas, ou seja, esses vocábulos fazem parte do dia-a-dia. Daí a expressão “vai plantar batata no asfalto” é muito usada para quem não tem nada para fazer e muitas vezes atrapalha quem está ocupado. A pessoa que dirige a expressão geralmente não está gostando do que a outra está falando.
Autor – Maria Elenice da Silva
Data - 04/06/2006
Idade - 15 anos


Texto da Ficha 7
EXPRESSÕES E VOCÁBULOS LOCAIS E REGIONAIS

“TÁ SÓ ENFIANDO PEIDO EM CORDÃO”

É muito irritante você está trabalhando e ver alguém desocupado sem fazer nada, não é mesmo? Então essa expressão é utilizada para quem está sem fazer nada. Na verdade não podemos trabalhar sozinhos temos que colocar em ação quem fica de braços cruzados.
Autor – Débora do Nascimento Oliveira
Data - 03/07/2006
Idade - 13 anos


Texto da Ficha 7
EXPRESSÕES E VOCÁBULOS LOCAIS E REGIONAIS

“TU TRABALHA NA FOSSA OU NA CAGECE”

Na nossa comunidade, em nossos diálogos, sempre fazemos a utilização de expressões, que passem um sentido para a pessoa que conversamos.
Há expressões que são utilizadas para situações de gozação, pressa e também para tirar de circulação pessoas que estão atrapalhando quem está ocupado e “tu trabalha na fossa ou na CAGECE” é um exemplo das expressões que utilizamos.
Autor – Luciélia Carla da Cunha
Data - 09/06/2006
Idade - 11 anos


Texto da Ficha 7
EXPRESSÕES E VOCÁBULOS LOCAIS E REGIONAIS

“É MAIS FÁCIL JOGAR PEDRA NA LUA”

Essa é uma expressão muito utilizada pelo povo quando ver alguém tentando conseguir algo que não é possível alcançar.
Então é nesse momento que usamos esta expressão. Segundo o entrevistado, tentar jogar pedra na lua é impossível, assim como atividade que se tenta realizar.
Autor – Flávio Júnior da Silva
Data - 24/06/2006
Idade - 14 anos

Texto da Ficha 8
HISTÓRIAS LOCAIS

“COMUNIDADE DE CÓRREGO DO MOURÃO”

A comunidade de Córrego do Mourão é situada nos limites entre Cruz e Jijoca de Jericoacoara, ou seja, é a última comunidade de nosso Município a oeste. Tem uma população de aproximadamente 60 habitantes. Famílias simples, suas construções não são diferentes das demais comunidades com a maioria das residências feitas de adobe e telha da ribeira.
Sua vegetação é nativa e hoje predomina plantações de cajueiro. O principal acesso à essa comunidade é pela estrada vinda do asfalto que vai pra Jijoca nos limites da localidade de Paraguai.
A origem do nome é a seguinte: “Córrego” vem de córrego, lago que tem e “Mourão” é porque tinha um tronco muito forte fincado às margens do córrego, local onde as manchetes amarravam os bois, antes de abatê-los, por isso começaram a chamar esse nome.
Nos aspectos econômicos, predomina a plantação do cajueiro gigante. Mas com os invernos escassos a produção caiu e assim os habitantes começaram a se mudar para a cidade de Jijoca de Jericoacoara em busca de outros meios de vida. E assim a comunidade vem diminuindo bruscamente seu número de habitantes, chegando também a desmoronar a Associação dos Moradores que funcionava. Assim diz a entrevistada, Zuila Monteiro Araújo de Souza, residente ainda na comunidade.
Autor – Maria Ana Célia da Costa
Data - 01/07/2006
Idade - 13 anos


Texto da Ficha 8
HISTÓRIAS LOCAIS

“LAGOINHA – SANTA ROSA”

O entrevistado José Milton Menezes diz que a história do nome da comunidade surgiu quando foi descoberto por habitantes, há muitos anos, onde o relevo predominante é de declive e que tem formato de lagoa.
Já teve que chegou a ver uma pequena lagoa que com pouco tempo desapareceu e que dizem que aquele espaço hoje é “encantado”. É confirmado por todos que aqui moram que este lugar é “fofo” como se fosse vulcânico.
É um lugar muito bem organizado com aproximadamente 200 habitantes que moram em uma vila de casas de alvenaria e que trabalham na agricultura, cuidando de terras próprias conquistadas pelo esforço e trabalho desenvolvido coletivamente com os mesmos fins.
É através da Associação que a comunidade se beneficia com projetos federais que ajudam no desenvolvimento social de cada morador.
Esta comunidade tem uma área de aproximadamente 15 m², a vegetação é de caatinga, que abriga diversidade da fauna e da flora por motivo de conservar grande mata ativa.
Autor – Rogério Carlos de Sousa
Data - 05/07/2006
Idade - 13 anos


Texto da Ficha 8
HISTÓRIAS LOCAIS


“COMUNIDADE DE SOLIDÃO”

Com área de 18 km² , população de aproximadamente 600 pessoas, Solidão é uma pequena comunidade que se localiza na região oeste do Município de Cruz. Faz fronteiras com as seguintes comunidades: a leste, Aroeira, ao norte, Paraguai, oeste, Córrego do Mourão e ao sul, Lagoinha e Solidão II. Está localizada a 32 km de distancia do Município de Cruze a vegetação predominante nesta região é a caatinga.
A origem do nome Solidão tem aproximadamente 180 anos. Conta-se que existiu um sr. Chamado Sabino Camboeiro, que se apossou de todas as terras. Ele residia no Paraguai e todos os dias ia trabalhar nestas terras onde não morava ninguém e dizia para sua esposa e para outras pessoas que ia para as terras da Solidão, porque era totalmente desabitada.
As terras só foram descentralizadas de suas mãos quando foi aparecendo alguém que tinha dinheiro para comprar algum pedaço. O povoado foi surgindo aos poucos e todos que lá chegavam chamavam de Solidão, que então tornou-se nome oficial do lugar.
Outra versão para este nome vem do Córrego que se situa na comunidade e apresenta formato de ‘S’, onde antes chamavam Córrego do Solidão, mas devido às secas recentes, o córrego ficou sem água e passou a se chamar apenas Solidão.
Solidão tem características próprias, mas é igual a outras comunidades do interior. Tem um único líder político: um vereador, do qual se destacou na agricultura e conseguiu, através das Associações, muitos investimentos e em 1983 foi premiado com um biodigestor. Daí por diante a comunidade recebeu um campo de raspa, casa de farinha, fábrica de cajuína, trator, que beneficiam todos os moradores.
A comunidade tem várias fontes de lazer: escola, quadra esportiva, campos de futebol, e assim sendo, as crianças se envolvem nas atividades, até mesmo na colheita de castanha como fonte de renda. Todos vivem da agricultura e se destacam na produção de castanha de caju.
É sempre importante conhecermos a história da comunidade em que moramos, para assim passarmos de geração em geração.
Autor – Flaviana Oliveira do Nascimento
Data - 05/06/2006
Idade - 13 anos


Texto da Ficha 10
INSTITUIÇÕES E ENTIDADES LOCAIS

“ASSOCIAÇÃO DE SANTA ROSA - LAGOINHAS”

Segundo o entrevistado, Vicente de Paulo Oliveira, a Associação de Santa Rosa foi fundada em 11/05/1996 com 30 sócios. Elaboram projetos para receber benefícios financeiros no intuito de desenvolver melhor as agriculturas da comunidade e também melhorarem o meio social em que vivem.
Primeiramente foi beneficiada com o projeto de energia elétrica, mas logo em seguida alguns sócios desistiram, deixando desativada a Associação. Com a desistência de membros, em algumas pessoas da comunidade vizinha – Solidão – o interesse de se mobilizar na tentativa de resgatar e pôr novamente em andamento novos projetos já pensados, pedindo ajuda conjunta da EMATERCE e ao líder político representante, Geraldo Cunha.
Depois de tudo organizado novamente, buscaram opiniões e elaboraram outros novos projetos como a compra de um imóvel de 1286 hectares. Também conseguiram um projeto federal para a construção de 30 casas de alvenaria para cada sócio.
Já forma muitas conquistas como por exemplo compras de trator para uso no cultivo das terras, construção de cercas de arame, equipamento necessário para o desenvolvimento de atividades agrícolas, compras de animais bovinos, etc.
Autor – Rosângela Maria da Silva
Data - 03/07/2006
Idade - 12 anos


Texto da Ficha 10
INSTITUIÇÕES E ENTIDADES LOCAIS

“ASSOCIAÇÃO DOS MORADORES DE SOLIDÃO”

O entrevistado, Geraldo Marques da Cunha, conhecido como Geraldo Pedro, vereador de etnia parda, nascido e residente em Solidão há 527 anos, fala sobre a Associação.
Segundo ele, foi fundada em 1980 e tem como objetivo trazer melhorias para a comunidade. Na época, um grupo de moradores interessados lançaram projetos que foram aprovados e assim puderam ser beneficiados para aplicação de recursos na agricultura. Com isso, aumentou a renda dessas famílias, pois os cajueiros são melhores tratados com o uso de tratores, trabalham com a produção de produtos vindos do caju, etc.
A participação é ativa, todos os trabalhos são feitos coletivamente e assim é possível a realização de todos os projetos lançados.
Esta entidade tem o apoio dos representantes políticos do Município e de outras entidades com os mesmos fins, que são lucrativos.
Autor – Isaque Veras Araújo
Data - 05/07/2006
Idade - 12 anos

Texto da Ficha 10
INSTITUIÇÕES E ENTIDADES LOCAIS


“APM PEDRO MARQUES DA CUNHA”

A APM de Solidão foi fundada em 1999. É entidade sem fins lucrativos que foi criada em 25 de abril de 1999. A mesma desenvolve ações educativas para conscientizar toda a comunidade local sobre a formação humana. É composta por Pais e Mestres que são muito interessados na qualificação pessoal e profissional dos educandos que aqui estudam.
O objetivo maior da entidade é formar grupos organizados em busca de melhorias para o estabelecimento de ensino, podendo assim oferecer educação de qualidade para todos. Já foram muitos conquistas desde quando implantada, pois já foram realizadas várias compras de materiais tanto permanente como consumo que se fazem bastante necessário para um bom andamento do estabelecimento.
Todas as atividades propostas como projetos educativos, aplicação dos recursos financeiros, etc são de conhecimento de toda a comunidade escolar pois assim a escola promove vínculos direto com todos, e mantém a participação ativa por todos os membros.
Autor – Regina Maria da Costa
Data - 03/07/2006
Idade - 12 anos