sexta-feira, 30 de junho de 2006

Aningas - Mapeamento Cultural 2006

Texto da ficha 01
Manifestações Culturais e Eventos

Cantoria

As cantorias acontecem em escolas, praças e ruas. Algumas pessoas se reúnem para fazer este evento animado, onde os cantadores cantam e tocam repentes improvisados. O público é composto, em sua maioria, por pessoas idosas, pois os adolescentes não valorizam muito essa manifestação cultural.
Os cantadores se vestem de maneira simples e sua melodia é acompanhada apenas por um violão e um cavaquinho. Segundo os entrevistados, as cantorias acontecem mensalmente e tem duração aproximada de três horas.
Nome: Samuel Silva.
Idade: 12 anos
Data: 17/05/2006



Texto da ficha 01
Manifestações Culturais e Eventos

Festas Juninas

As festas juninas ocorrem, geralmente no mês de junho e, por isso, recebem esse nome (em alguns casos chega a ultrapassar os primeiros dias de julho). Trazida para o Brasil pelos europeus, este evento ocorre com mais freqüência no nordeste do país.
Essas festas têm na sua origem, homenagear os seguintes santos: Santo Antônio, São João e São Pedro. Nelas você encontra quadrilhas, fogueiras (onde são realizadas pulutricas – simpatias para arrumar namorado ou marido), brincadeiras e danças regionais.
A comunidade se envolve bastante nesses festejos e o que mais apreciam são as comidas típicas como bolo de milho, de batata, de macaxeira, pé-de-moleque, paçoca, canja, tapioca, pipoca, dentre outras guloseimas.
Ao longo do tempo essas festas vêm perdendo sua originalidade, pois o público mais jovem vêem esses eventos apenas como uma forma de diversão e não como uma tradição cultural.
Nome: Antônia Kelly Nascimento Sousa
Idade: 11 anos
Data: 25/05/2006


Texto da ficha 01
Manifestações Culturais e Eventos


Novenas

As novenas (que são realizadas em nove dias) acontecem nas festas de cada santo, sempre comemorando o seu dia. O público participante é de crianças, jovens, adultos e idosos.
Em cada novena dedicam-se as orações e pedidos à família onde está sendo realizada e também aos doentes, abandonados e aos mais necessitados.
As pessoas que participam sempre saem cantando em louvores à Maria até o local onde a novena será realizada.
Nome: Francisca Alfa Albuquerque
Idade: 12 anos
Data: 25/05/2006








Texto da ficha 02
Ofícios e modos de fazer

Licor de Caju

Maria do Socorro de Vasconcelos, conhecida como Mariinha, reside em Aningas, desde que nasceu. Aprendeu a fazer esse ofício com uma tia quando ainda era jovem, mas nunca o exerceu como profissão.
Para fazer o licor, extrai-se o suco do caju e clorifica (coloca-se um produto conhecido como cola dentro do suco e depois filtra), logo em seguida leva-se esta mistura ao fogo com açúcar, deixa ferver bem até ficar com consistência parecida com a de um mel, depois apurar bem.Com 5 litros de suco se obtém apenas 2 litros de licor.
Dona Mariinha não faz mais o licor de caju, mas sente saudade daquela época e sente prazer em ensinar esse ofício a quem não sabe.
Nome: Taynara Cristina de Vasconcelos
Idade: 10 anos
Data: 30/05/2006


Texto da ficha 02
Ofícios e modos de fazer

Pamonha

Avenida 14 de Janeiro, 1177 – Aningas – Cruz. Ali mora Dona Estrela, uma mulher pequena no tamanho, mas grande na capacidade de trabalhar. Adora o inverno, pois com a chegada do milho verde ela pode fazer pamonha e canjica. Sempre foi assim, ela lembra que começou essa arte muito cedo ajudando a sua mãe e alem disso, ainda capina com o pai.
O pamonha é um ofício muito trabalhoso, pois requer uma tarde inteira. Para fazer a pamonha, pegue o milho verde, descasque, tire os cabelos do milho, rale, acrescente coco ralado, leite, manteiga ou queijo, sal ou açúcar a gosto e depois coloque a massa preparada nas palhas do milho fazendo embrulho amarrando-o com palhas do próprio milho desfiadas ou palha de carnaubeira. Coloque em uma panela com água fervente e deixe cozinhar por aproximadamente duas horas e meia. Depois deixe esfriar, retire da palha e sirva em rodelas acompanhada de café ou leite.
Nome:Ednara Naiane Sousa Vasconcelos
Idade:10 anos
Data:24/05/2006



Texto da ficha 02
Ofícios e modos de fazer

Canjica

Dona Estrela, acima citada também adora fazer canjica. Ela relatou que para fazer a canjica, é só tirar a palha e os cabelos do milho, ralar e peneirar. Acrescenta-se leite e coco, açúcar ou sal a gosto. Leve tudo ao fogo mexendo sempre até cozinhar. Depois de cozido coloca-se em recipientes, ainda quente, deixe esfriar e saboreie a vontade.
Nome: Amanda Cristina Livino
Idade: 9 anos
Data: 24/05/2006


Texto da ficha 02
Ofícios e modos de fazer

Cuscuz

Dona Marié mora na Avenida 14 de Janeiro, próximo à Praça dos Três Poderes, Aningas, Cruz. Uma mulher alegre e simpática que adora conversar com as pessoas. Cresceu ajudando os pais e aos quinze anos já trabalhava sozinha preparando a comida dos trabalhadores na farinhada.
Hoje Dona Marié tem um restaurante e um dos quitutes que ela prepara é o cuscuz.
Para fazer esse ofício, é preciso colocar um pacote de massa de milho no leite com um pouco de sal, molhando bem e deixando por uma hora em repouso. Coloque na cuscuzeira para cozinhar por cerca de vinte minutos. Depois de cozido, unte com manteiga e sirva com café.
Nome: Taiane Araújo Silveira
Idade: 9 anos
Data: 24/05/2006


Texto da ficha 02
Ofícios e modos de fazer

Tapioca

Numa casa simples, mas bem aconchegante, mora Dona Nenê do Muniz, mas precisamente na Avenida 14 de Janeiro, 1298, Aningas, Cruz, Ceará. Seu nome completo é Maria de Fátima Freitas Muniz uma agricultora de 52 anos, natural de Jenipapeiro, desde criança observava a mãe fazer tapioca, mas somente depois de casada passou a praticar essa arte culinária.
Inicialmente fazia o ofício por prazer, mas depois começou a vender por encomenda.
Ela explica que é muito fácil fazer uma tapioca: é só molhar a goma para ficar úmida, acrescentar coco ralado e sal a gosto, em seguida misturar tudo e mexer com as mãos. Coloca-se uma frigideira para esquentar, despeja a mistura no recipiente e quando estiver assado um lado, vire para que também asse o outro.
Nome: Francisca Raiane Neves Santos
Idade: 9 anos
Data: 24/05/2006


Texto da ficha 02
Ofícios e modos de fazer

Pé-de-moleque

Dona Nenê do Muniz, também é muito elogiada pelos pés-de-moleque que faz. Diz que aprendeu o ofício com sua mãe.
Já este quitute é mais trabalhoso, pois é necessário descascar a mandioca e colocá-la de molho por seis dias (para amolecer), depois é só retirá-la e desmanchá-la. A próxima etapa e peneirar e misturar a massa com os demais ingredientes, que são: açúcar, cravo, sal, farinha de trigo e ovos até formar uma massa homogênea. Dessa massa, reparte-se em cubos e embrulha-se em palhas de bananeira, leva-se ao forno quente para assar por uma hora. O resultado é o tão famoso pé-de-moleque.
Nome: Aline Silveira Sousa
Idade: 9 anos
Data: 24/05/2006


Texto da ficha 02
Ofícios e modos de fazer

Biscuit

Alto do rio Acaraú, Aningas, mora a simpática senhora Maria Benedita Albuquerque que faz biscuit de todos os modelos. Ela morava em Fortaleza e disse que aprendeu o ofício lá através de um curso e também por ter o dom do artesanato.
Ela faz biscuits de todos os modelos e tamanhos. Usa uma massa própria feita de maisena e cola que tinge para dar a cor e com as mãos, vai modelando o objeto que quer fazer.
Ela relatou que além de um prazer, é uma terapia.
Nome: Antonio Rafael de Sousa Vasconcelos
Idade: 10 anos
Data: 30/05/2006


Texto da ficha 02
Ofícios e modos de fazer

Panelada

Francineide Maria de Sousa reside desde os seis anos em Massaranduba e é conhecida como Dona Neda. Aprendeu a fazer o ofício com sua mãe quando já era adulta, hoje faz para seus familiares mais próximos.
O pra to consiste em escaldar os intestinos do boi, cortá-lo em pedaços bem pequenos, temperá-los e numa panela bem grande cozê-los.
Gosta de fazer aos domingos, quando reúne toda a família. Já é avó e pretende ensinar o oficio aos filhos e netos.
Nome: Erlândia Maria Nascimento
Idade: 9 anos
Data: 30/05/2006


Texto da ficha 02
Ofícios e modos de fazer

Doce de Caju em Calda

Mariana Alexandre Oliveira reside em Baixa dos Poços e tem 66 anos. É filha de Miguel Alexandre e Maria do Carmo. Nasceu e Mil Passos, mas há 20 anos mora em sua atual residência.
Para fazer o doce é preciso selecionar os cajus já descastanhados, em seguida retira-se a película, corta-se as extremidades do mesmo, retira-se parte do suco do fruto e reserva. Depois desse processo, prepara-se a calda com o suco clorificado, ou seja, o vinho cortado em uma panela grande com água, acrescenta-se os cajus para o cozimento em fogo baixo até dar ponto.
Aprendeu a fazer o doce com sua mãe. Ficava observando minha mãe fazer. Diz que se sente feliz quando é elogiada pelo seu trabalho. Espera que seus filhos e netos possam passar esse ofício para as gerações futuras.
Nome: Juliana Jéssica Oliveira dos Santos
Idade: 10 Anos
Data: 30/05/2006


Texto da ficha 02
Ofícios e modos de fazer
Cajuína

Dona Margarida Maria Silva nasceu em Aningas e teve uma infância muito feliz. Aprendeu o ofício com sua mãe até que um dia tentou fazer por conta própria.
A cajuína deve ser feita da seguinte maneira: retira-se a castanha do caju, extrai-se o suco manualmente, clorifica-se o suco com cola ou gelatina (próprias), mistura-se lentamente até formar coágulos, deixa-se em repouso por 30 minutos para que o suco em suspensão concentre-se no fundo do recipiente. Depois desta etapa, filtra-se o suco em panos grandes por várias vezes até o líquido ficar transparente, em seguida o suco deve ser levado ao fogo para em panelas grandes até cozinhar. Finaliza-se enchendo garrafas com o auxílio de um funil para só depois lacrá-las com tampas metálicas. Está pronta a tão apreciada cajuína.
Nome: Patrícia Vasconcelos Silveira
Idade: 9 anos
Data: 30/05/2006


Texto da ficha 02
Ofícios e modos de fazer

Peba

Maria Creuza Fonteles, residente em Jenipapeiro, conhecida como Dona Creuza e faz o saboroso peba. Nasceu no Córrego do Tope e diz que o peba é uma tradição antiga.
Ela fabrica o doce no quintal de sua casa na safra do caju. Este ofício é produzido da seguinte maneira: assam-se as castanhas do caju e em seguida pisa-as. Após essa etapa, acrescenta-se o caju desidratado e a rapadura, deixa-se apurar essa mistura em fogo a lenha até dar o ponto. As ferramentas de trabalho utilizadas, são: colher-de-pau , pilão e panela.
Nome: Alice Maria Mendes
Idade: 9 anos
Data: 30/05/2006


Texto da ficha 02
Ofícios e modos de fazer

Mocororó

Manoel Horácio da Costa nasceu em 17 de março de 1963 em Belém (localidade de Cruz). Com três anos veio com sua família para a sede do município, onde reside até hoje.
Quando adolescente perdeu a visão por completo, mas isso não o impediu que continuasse a viver alegremente dentro de suas limitações.
Constituiu família e é pai de três filhos. Conta que fica feliz em poder auxiliar e ensinar o ofício para quem queira aprender.
Essa bebida é feita com o caju azedo. Pega-se o caju maduro, retira-se as castanhas e após espreme-se bem caju até retirar todo o suco. Depois disso, coloca-se o líquido em garrafas plásticas e põe no sol para que a alta temperatura possa fermentar o suco. Daí é só esperar por um período de quinze dias (tempo necessário para que fique pronto). Essa bebida é consumida, preferencialmente, gelada.
Nome: Gélcio Judenes da Costa
Idade: 12 anos
Data: 30/05/2006


Texto da ficha 02
Ofícios e modos de fazer

Artesanato – Rede

Tereza de Freitas Santos, conhecida como Tereza do Zé Miguel, nasceu em São João e gostava de freqüentar o bairro do Guarda, onde morava sua tia que trabalhava tecendo panos de rede. Vendo a tia fazendo este trabalho, despertou o gosto por este ofício. No início achou muito difícil, mas com a sua força de vontade conseguiu aprender e a partir daí passou a exercer como profissão.
Para realizar este trabalho é necessário uma máquina manual de tecer, que atualmente é muito raro de se vê. Com o auxilio do tear o artesão coloca o fio e manuseia até o tecido da rede ficar pronto. Depois disso é só colocar os punhos e a rede está pronta. Além da rede também são feitas colchas de cama, toalhas de mesa e tapetes.
Nome: José Miguel dos Santos Neto
Idade: 16 anos
Data: 08/06/2006


Texto da ficha 02
Ofícios e modos de fazer


Artesanato – Palha

Lásaro Aparecido da Costa, agricultor, natural de Morrinhos, 67 anos, reside no município há 51 anos no bairro de Aningas. Aprendeu a realizar este artesanato com o seu pai porque achava interessante como uma simples palha de carnaubeira poderia virar produtos tão interessantes e úteis como chapéu, esteira, uru, peneira, abano, tapete, bolsa, saca, vassoura, dentre outros.
Para fabricar todos esses produtos é necessário colher a palha e colocar para secar, depois desta etapa é só utilizar as mãos e a criatividade trançando a palha até formar o objeto desejado. O artesanato é uma das grandes fontes de renda do nosso município, embora não seja tão valorizado financeiramente.
Nome: Maria Jaqueline Mendes
Idade: 14 anos
Data: 08/06/2006


Texto da ficha 03
Lugares, prédios e construções

Rio Acaraú

O rio Acaraú é lindo e sua nascente localiza-se na Serra da Mata. Em época de cheia torna-se ponto turístico para os próprios moradores do município. Infelizmente, ele vem sendo degradado, principalmente em época de estiagem, tempo em que retira-se areia para construção civil e outros fins o que causa assoreamento de seu leito.
Este rio é de grande importância para os agricultores locais, que em sua maioria pratica a agricultura de subsistência, pois de suas vazantes cultiva-se feijão, milho, melancia, jerimum, dentre outros alimentos.
Outro aspecto a ser destacado é a pesca e entretenimento para os jovens.
Nome: Maria Luana de Araújo
Idade: 13 anos
Data: 05/06/2006


Texto da ficha 03
Lugares, prédios e construções

Prédio do Jenipapeiro “Patrimônio histórico”

O prédio encontra-se localizado na vila Jenipapeiro, foi construído no século passado, com a ajuda da Alemanha por intermédio do atual pároco da cidade Manoel Valderi da Rocha.
Inicialmente foi utilizado como grupo escolar, hoje em dia tem várias utilidades, lá são realizadas as novenas dos meses de maio (dedicadas a Maria) e dezembro que desenvolvem os valores religiosos em todos que compõe esta comunidade. Além disso, acontecem periodicamente reuniões da catequese e aulas de catecismo para as crianças e adolescente.
Nome: Ana Paula de Vasconcelos
Idade: 13 anos
Data: 05/06/2006


Texto da ficha 03
Lugares, prédios e construções


Centro Administrativo de Cruz

O Centro Administrativo de Cruz localiza-se na Avenida 14 de Janeiro, Aningas, Praça dos Três Poderes. Sua inauguração foi realizada no dia 14 de janeiro de 1996.
Sua beleza arquitetônica e paisagem natural atrai a atenção de turistas e visitantes por sua beleza, o que causa orgulho a todo cidadão cruzense.
Nele se encontra os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, além de funcionar as secretarias municipais de: Educação, Saúde, Turismo, Administração e Financias, Esporte, Ação Social e Trabalho, Infra-estrutura e de Cultura. Funcionam também os setores de transporte, arrecadação de imposto e Conselho Tutelar, dispõe ainda de amplo auditório onde são realizadas os eventos promovidos pelas secretarias e de um almoxarifado.
Nome: Aline Pereira de Souza
Idade: 14 anos
Data: 05/06/2006





Texto da ficha 04
Lendas, superstições e curiosidades

O urubu

O mundo das superstições é muito presente no dia-a-dia das pessoas. A maioria é tida até como tradição onde é passada de pai para filho. Conhecem-se infinitas superstições, mas uma delas é a do urubu, que comumente é manifestada.
Diz-se que ver um urubu é gosto, ver dois é desgosto, três é carta, quatro é convite e ver cinco urubus é casamento.
Nome: Adriana Araújo Andrade
Idade: 15 anos
Data: 14/06/2006



Texto da ficha 04
Lendas, superstições e curiosidades

Fogo da Ilha

O Fogo da Ilha, para as pessoas mais velhas, é uma enorme bola de fogo andando em regiões alagadiças, de preferência, salgadas. Surge dentro do próprio salgado (região alagadiça salgada) e vai subindo nas carnaubeiras e desaparece devagar, pouco a pouco. Às vezes, parece até dá um vôo e some sem que se saiba, realmente, como apagou.
Nome: Juliana Régina Pessoa
Idade: 15 anos
Data: 14/06/2006


Texto da ficha 04
Lendas, superstições e curiosidades

O Sundário

O sundário é uma figura lendária presente em nosso município desde os tempos remotos. As pessoas mais velhas contam que o mesmo é Caim carregando Abel nas costas e quando Caim coloca o irmão no chão para descansar, dá um grande assobio.
Já outros narram a história do folho que matou o pai com uma paulada e como castigo, vive carregando o defunto nas costas. Como na outra versão, diz-se que ao colocar o peso no chão, dá um assobio.
Segundo a lenda, não se pode arremedar o assobio, senão terá como castigo virar uma caveira ou então a mão ficará cabeluda.
Enfim, são várias versões sobre o sundário, pois cada pessoa que narra, narra de uma forma diferente.
Nome: Maria Roziane das Chagas
Idade: 19 anos
Data: 14/06/2006


Texto da Ficha 05
Brincadeiras e Brinquedos infantis

Elástico

É uma brincadeira muito comum entre as meninas. Ela acontece da seguinte maneira: duas pessoas seguram o elástico com várias partes do corpo (pé, perna, cintura, ombro e pescoço), enquanto outra pula de acordo com a regra que for criada. Quando quem está pulando erra, dá a vez para quem está segurando o elástico pular. Ainda está presente no nosso quotidiano.
Nome: Deise Silveira Cruz
Idade: 08 anos
Data: 19/06/2006




Texto da Ficha 05
Brincadeiras e Brinquedos infantis

Amarelinha

Essa brincadeira também é chamada de macaca e ocorre geralmente entre as meninas. Com um tijolo ou caco de telha, desenha-se a amarelinha no chão, numerando de zero a dez. Tem também o céu e o inferno que é onde começa e termina o desenho da macaca. Depois de desenhada, as crianças, uma de cada vez vão tentando acertar com uma pedra os números e pulando de casa em casa. Quando a pessoa não acerta a casa do número ou pisa no inferno, passa a vez pra outra. Ainda é muito praticada nos dias atuais.
Nome: Maria Meiriane Nascimento
Idade: 08 anos
Data: 19/06/2006



Texto da Ficha 05
Brincadeiras e Brinquedos infantis

Brincadeira de Roda

Brincar com cantigas de roda é um momento que ninguém esquece. Quando a gente fica grande, não brinca mais de rodinhas. Por isso é que devemos aproveitar enquanto somos pequenos. Brincar de roda é assim: reúnem-se várias crianças de mãos dadas e elas começam a rodar cantando uma música própria como essa, por exemplo:
O cravo brigou com a rosa
Debaixo de uma sacada
O cravo saiu ferido
E a rosa despedaçada...
Precisamos resgatar esta cultura tão rica e que é nossa, pois é difícil encontrar crianças brincando de roda nas ruas e calçadas de nossa cidade.
Nome: Juliete Raiza de Freitas
Idade: 11 anos
Data: 19/06/2006


Texto da Ficha 05
Brincadeiras e Brinquedos infantis

Pião

É um brinquedo usado principalmente pelos meninos. É feito de madeira e com uma ponta de ferro. Para brincar tem que ter um barbante, onde a pessoa enrola no pião e depois solta para vê-lo girar. É comum ver pessoas de todas as idades soltando pião, até mesmo os rapazes e o local preferido são as ruas e calçadas menos movimentadas.Atualmente é raríssimo encontramos alguém realizando esta brincadeira.
Nome: Maria Juliana Silveira
Idade: 08 anos
Data: 19/06/2006








Texto da Ficha 05
Brincadeiras e Brinquedos infantis

Pular de Corda

Como é bom ser criança! Sandra (a entrevistada), quando criança brincava com suas amigas de brinquedos fabricados por elas próprias. Pegavam uma corda de mais ou menos três metros e com duas pessoas movimentando a corda enquanto as outras pulavam sem deixar a corda bater nos pés. A brincadeira poderia ocorrer em qualquer local, como no terreiro de suas casas.Esta brincadeira ainda é muito utilizada pelas nossas crianças,até mesmo dentro das escolas nas aulas de recreação.
Nome: Wiviane Carla dos Santos
Idade: 08 anos
Data: 13/06/2006


Texto da Ficha 05
Brincadeiras e Brinquedos infantis


Bandeirinha

A vida de criança é bem divertida. A entrevistada Silvana relata que quando criança se reunia com seus amigos na cidade de Marco e brincavam de bandeirinha no terreiro de sua casa. Faziam-se duas equipes com cinco pessoas em cada. Ela tem como objetivo pegar a bandeira do outro grupo e o grupo oposto impede que ela seja pegue. Esta brincadeira é bem fácil e agitada, mas exige concentração. Hoje em dia é muito raro encontrar crianças e adolescentes praticando esta brincadeira.
Nome: Francisco Jailson da Silva
Idade: 09 anos
Data: 13/06/2006


Texto da Ficha 05
Brincadeiras e Brinquedos infantis

Cavalo de Talo

Uma das brincadeiras inesquecíveis da infância de Maria era fabricar cavalo de talo de carnaubeira. Para fabricá-lo, tirava-se todos os espinhos e depois com uma faca fazia-se as orelhas do cavalo. Por fim colocava-se um cordão para servir de cabresto. Depois do brinquedo pronto, era só usar a imaginação e se divertir.
Nome: Isabelle da Silva Pires
Idade: 08 anos
Data: 13/06/2006


Texto da Ficha 05
Brincadeiras e Brinquedos infantis

Brincar de Pedra

Esta é uma das brincadeiras mais antiga de nossa região. Socorro, a nossa entrevistada, moradora do bairro de Aningas brincava muito com sua irmã. Essa brincadeira consiste em pegar cinco pedras pequenas e redondas para tentar fazer certos tipos de malabarismo já combinado pela dupla. Vencia a pessoa que tivesse mais habilidade e agilidade com as pedras. Atualmente, raramente se vê alguém praticando essa brincadeira.
Nome: Jéssica Aparecida Nascimento da Silva
Idade: 08 anos
Data: 13/06/2006




Texto da Ficha 06
Figuras Populares


Edileuza do Luiz Malaquias

Maria Edileuza Vasconcelos, 55 anos, natural de Jenipapeiro, reside na Avenida 14 de Janeiro há 36 anos. Mulher ilustre, conhecida como Dona Edileuza do Luiz Malaquias, passa sua vida a levar alegria para as pessoas mais necessitadas.
Boa e generosa, Dona Edileuza, passa a maior parte do tempo em casa ajudando os outros, principalmente os adolescentes, dando conselhos e ajudando a ter uma vida melhor. Com sua experiência de vida, Dona Edileuza procura ensinar aos jovens que o melhor caminho a seguir é o da religião, fala que temos que andar com boas companhias e fugir de problemas como as drogas.
Que Dona Edileuza continue dando conselhos e ajudando os adolescentes a ter uma vida melhor por muitos e muitos anos.
Nome: Rafael Carlos dos Santos
Idade: 15 anos
Data: 22/06/2006



Texto da Ficha 06
Figuras Populares

Mário da Menta

Avenida 14 de Janeiro, bairro de Aningas, Cruz – Ceará, casa de Aroldo Muniz Nascimento, Mário da Menta como é conhecido, nasceu e reside no município de Cruz. Exerce a profissão de balconista e é um homem muito conhecido.
É trabalhador e procura desenvolver seu trabalho com dignidade e de modo a amigável com seus clientes. É bastante alegre e sua alegria contagia quem está por perto, especialmente, as crianças.
Que Mário da Menta continue sendo um profissional amigo dos clientes e não deixe de ser a pessoa alegre que é.
Nome: Elói Joaquim de Andrade Filho
Idade: 14 anos
Data: 22/06/2006


Texto da Ficha 07
Expressões e Vocábulos locais e Regionais

Tem pai que é cego

Essa é uma expressão que está inserida em nosso vocabulário, apesar de não está nos livros famosos faz parte da linguagem informal. Essa expressão é usada para se referir a pessoas que apontam um defeito nos outros estando praticando o mesmo erro. Não se sabe quem a criou, só que é usada por pessoas de várias gerações.
Nome: Maria Clarinete Dutra
Idade: 12 anos
Data: 27/06/2006



Texto da Ficha 07
Expressões e Vocábulos locais e Regionais

Ficar na sua

A expressão ficar na sua significa que alguém deva permanecer como estava, significa também que a pessoa não deva expor seu ponto de vista, ficando calado diante de diversas situações. É muito utilizada por pessoas de nossa comunidade, principalmente os mais jovens. Também não se sabe a origem dessa expressão.
Nome: Regina Maria de Sousa
Idade: 11 anos
Data: 27/06/2006


Texto da Ficha 07
Expressões e Vocábulos locais e Regionais


Vixe Maria!

Essa outra expressão começou a ser utilizada por pessoas muito religiosas, devotas de Maria, Nossa Senhora. Ela é utilizada em momentos de espanto, admiração.
Nome: Joycyane Araújo Silveira
Idade: 10 anos
Data: 28/06/2006



Texto da Ficha 07
Expressões e Vocábulos locais e Regionais


Num tô dizendo mesmo!

Essa expressão faz parte da conversação diária. É dita sempre quando alguém discorda do que o outro está dizendo. Também não se sabe a origem dessa expressão tão usada por pessoas de todas as idades.
Nome: Dayane Cialdine Vasconcelos
Idade: 12 anos
Data: 28/06/2006



Texto da Ficha 07
Expressões e Vocábulos locais e Regionais


Te alui!

É uma expressão muito falada em nossa comunidade, mas de onde veio não se sabe. É usada durante conversa entre pessoas de várias idades com o objetivo de chamar a atenção de alguém que foi designado para desenvolver uma atividade e este permanece sentado, fingindo não ter ouvido.
Nome: Adriana Géssica Muniz do Nascimento
Idade: 11 anos
Data: 27/06/2006



Texto da Ficha 07
Expressões e Vocábulos locais e Regionais


Tá entendendo?

É uma expressão usada por crianças, jovens e adultos, particularmente por adolescentes. Quando uma pessoa fala Tá entendendo ela quer se certificar.
Nome: Daniela Márcia da Costa
Idade: 11 anos
Data: 27/06/2006



Texto da Ficha 07
Expressões e Vocábulos locais e Regionais


Arre égua

Expressão muito utilizada por pessoas de várias gerações. É usada quando alguém se admira de algo.
Nome: Robson Silveira Sousa
Idade: 11 anos
Data: 28/06/2006


Texto da Ficha 07
Expressões e Vocábulos locais e Regionais

Te aquieta

Expressão utilizada por pessoas mais velhas que ao verem crianças inquietas, dizem para que as mesmas fiquem comportadas.
Nome: Willian Damasceno dos Santos
Idade: 12 anos
Data: 28/06/2006



Texto da Ficha 07
Expressões e Vocábulos locais e Regionais


Traste

Expressão usada por pessoas de várias idades em situações de raiva ou até mesmo de brincadeira. Significa algo imprestável. Quando se refere a pessoas quer dizer que a mesma é inútil.
Nome: Francisca Amanda Oliveira de Vasconcelos
Idade: 11 anos
Data: 27/06/2006


Texto da Ficha 07
Expressões e Vocábulos locais e Regionais


Dia de São Nunca

Expressão muito antiga, usada por pessoas de várias gerações. Ela é usada para dizer que algo nunca vai acontecer, pois o santo São Nunca, não existe e por isso esse dia não existe.
Nome: Andresa Sousa de Araújo
Idade: 11 anos
Data: 28/06/2006






Texto da Ficha 07
Expressões e Vocábulos locais e Regionais


Arrocha Menino
Não se sabe quando surgiu esse termo, mas é usado até hoje em situações onde se requer pressa.
Nome: Alessandra do Nascimento Pereira
Idade: 09 anos
Data: 28/06/2006


Texto da ficha 08
Historias Locais

Minha localidade

A localidade de Jenipapeiro esta situada bem na divisa do município de Cruz com o de Bela Cruz. O seu nome é de origem indígena devido a existência em abundância de uma árvore cujo o fruto é o jenipapo, daí o nome da arvore é jenipapeiro.
Tem aproximadamente 340 habitantes, sua área territorial é de uns 15 mil metros. As habitações são variadas, você encontra desde casas de taipo a casa de alvenaria.
A atividade econômica predominante é agricultura de subsistência, mas além dela os moradores praticam a pecuária e artesanato.
Nome: Aparecida Aline de Araújo
Idade: 13 anos
Data: 25/06/2006



Texto da ficha 08
Historias Locais

Campo verde

O lugar que pesquisei recebe o nome de Campo Verde porque fica próximo a um córrego e alguns anos atrás faleceu um menino afogado neste córrego, daí quem passava por perto dizia: Foi ali naquele Campo verde que o menino morreu.
Lá só existe duas casas de alvenaria e somente uma é habitada. A família que lá habita é de uma situação econômica baixa e sua principal atividade é agricultura de subsistência.
Nome: Maria Elisângela Menezes
Idade: 15 anos
Data: 01/08/06



Texto da ficha 08
Histórias Locais

Baixa dos Poços

Entrevistei Raimundo Nonato de Menezes, um senhor que mora nessa localidade.
Ele me explicou que o lugar recebe esse nome porque no inverno tinha uma baixa no caminho que ficava repleta d’água e o local ficava quase inacessível.
Algumas pessoas, no mês de maio, enfrentavam a poça d’água para realizar as novenas Marianas. Elas diziam: vamos rezar lá na baixa onde a gente tem de passar uma poça. E assim ficou conhecido este lugar: Baixa dos Poços.
Nome: Maria Gleiciane de Menezes
Idade: 16 anos
Data: 31/07/06



Texto da ficha 08
Histórias locais

Aningas

Fiz a pesquisa com Maria Socorro Vasconcelos que é moradora de Aningas há muito tempo.
Ela foi muito simpática comigo e disse que a explicação para o nome desse local é muito simples: é que existe uma árvore chamada aningas que existia em abundância no local. As pessoas que iam para aquela localidade, diziam: vamos para onde tem aqueles pés de aningas.
E assim ficou nomeado esse bairro que é tão conhecido por todos.
Nome: Paulo Fernando da Cruz
Idade: 16 anos
Data: 30/05/2006


Ficha 10
Instituições e Entidades Locais

Centro de Educação Básica Paulo Freire

O CEB Paulo Freire localiza-se à Avenida 14 de Janeiro, 1167, Bairro de Aningas – Cruz/Ce, na zona norte do estado, fundado em 1986 pela Prefeitura Municipal de Cruz, na primeira gestão do atual prefeito João Muniz Sobrinho.
Oferece atualmente as modalidades de ensino: Educação Infantil, Educação Fundamental e Educação de Jovens e Adultos (EJA).
A clientela da escola é de origem humilde, pois grande parte dos alunos são filhos de pequenos agricultores e donas de casa, provenientes, em sua maioria, da zona rural das localidades circunvizinhas de: Jenipapeiro, Guarda, Espinhos, Massaranduba, Baixa dos Poços, Belém e do bairro de Aningas na sede deste município. O nível de escolaridade dos pais, infelizmente é baixo, mesmo que muitos deles já tenham passado pela EJA, o analfabetismo ainda é comum.
Observa-se que a escola tem boas referências, partindo de sua estrutura física, do quadro de funcionários com nível de formação satisfatório e do principal objetivo de educar para a vida e procurar desenvolver o potencial dos educandos nas dimensões individual e social; buscando realizar suas ações pedagógico-administrativas voltadas para os ensinamentos de Paulo Freire a fim de preparar seus alunos para o exercício pleno e permanente da cidadania.
É nesse contexto social e educacional que o CEB Paulo Freire se identifica, conforme sua maneira peculiar de ensinar aprendendo.
Nome: Maria Aniérdina de Souza
Idade: 14 anos
Data: 06/06/2006

Aroeira - Mapeamento Cultural 2006

EEF SANTA CECILIA ( AROEIRA )

Texto da Ficha 1
MANIFESTAÇÕES CULTURAIS E EVENTOS

“CAMPEONATO DE FUTEBOL ‘SUBURBÃO DA AROEIRA’”

Nome da Manifestação Cultural ou evento: Campeonato de Futebol ‘Suburbão da Aroeira’

Na comunidade de Aroeira, município de Cruz, estado do Ceará, a cada ano o Sr. José Augusto Aires, grande desportista, promove e organiza o Suburbão de Aroeira, que é um campeonato de futebol.
Neste campeonato, são envolvidas diversas equipes de diversos lugares, tanto do Município, quanto de municípios vizinhos, com o objetivo de revelar o esporte com o grande diversão.
O Suburbão tem duração de 04 meses. Os jogos acontecem aos domingos à tarde, no Estádio Badalão (campo de futebol), pertencente ao próprio organizador do Campeonato.
As tardes de domingo de aroeira são animadas. Crianças e adolescentes vão aos jogos vão com suas famílias em geral, assistir aos jogos, torcer por seu time e se divertir, pois enquanto as equipes jogam, às vezes seresteiros tocam e cantam, ou então tem um som animando os desportistas que ali se encontram.
Na final do Suburbão o público aumenta. São em média duas mil pessoas entre crianças e adultos, vão se divertindo ali, junto de seus familiares. Este evento é o maior Campeonato de Futebol do Município de Cruz.
É bom lembrar que na final do Suburbão autoridades municipais e regionais, incluindo políticos, prestigiam este evento.
Autor – Amanda Araújo Costa
01/07/2006
11 anos


Texto da Ficha 1
MANIFESTAÇÕES CULTURAIS E EVENTOS

“FESTAS JUNINAS”

Nome da Manifestação Cultural ou evento: Festa Junina

A EEF Santa Cecília realiza todos os anos sua festa junina.
Este evento começou na década de 1980, por uma moradora da comunidade, a Sra. Maria Marlene Aires, irmã da nossa diretora.
Marli Aires, nossa diretora, depois de muito tempo sem a ocorrência deste evento, tentou trazê-lo de volta.
O público que assiste à manifestação são crianças, adolescentes, adultos e idosos.
O evento é realizado na Danceteria Badallos, por não haver um espaço adequado em nossa escola. Os trajes usados pelos participantes são saias rodadas por mulheres e calças compridas e blusas de manga combinando com os vestidos das meninas pelos homens.
O local onde acontecem os eventos juninos é enfeitado com bandeirinhas coloridas, praia de coqueiros e outros ornamentos caipiras.
É uma festa animada, onde cada prestigiador do evento não quer perder um instante da quadrilha.
Autor – Benedito Quentor Brandão de Oliveira
27/06/2006
11 anos


Texto da Ficha 1
MANIFESTAÇÕES CULTURAIS E EVENTOS

“MÊS MARIANO”

Nome da Manifestação Cultural ou evento: Mês Mariano

No ano de 1968 as Sras. Maria do Carmo Aires e Maria das Graças começara a rezar as novenas para Nossa Senhora, a casa de Maria do Carmo Aires, depois de muitos anos foi construído o prédio da comunidade e as novenas passaram a ser rezadas nele. As novenas começaram ser rezadas com a imagem do coração de Maria, ela foi a primeira imagem a entrar no prédio da comunidade, hoje já existem outras imagens no altar como a de nossa Senhora de Fátima.
As novenas acontece todas as noites, são bastante participadas pelas crianças, jovens e idosos. São 31 dias de novenas.a cada dia as pessoas rezam por uma família e assim toda comunidade é envolvida nesse evento.
Após as novenas os fiéis permanecem no pátio dão prédio,ouvindo músicas que são tocadas pelas pessoas que são convidadas para animar a noite.enquanto isso, na barraquinha da comunidade religiosa é vendidos bolos, cocadas,sorvetes,etc.
É o mês mais esperado do ano por toda nossa comunidade e circunvizinhanças.Que Deus ajude nossa comunidade a crescer mais e melhor servir a vossa vontade.


Autor – Valéria Maria da Silva
30/06/2006
10 anos


Texto da Ficha 1
MANIFESTAÇÕES CULTURAIS E EVENTOS

“FESTA DA CASTANHA”

Nome da Manifestação Cultural ou evento: Festa da Castanha

A cada ano na Danceteria Badallos acontece a Festa da Castanha, em Aroeira.
Participam da festa aproximadamente 800 pessoas, entre homens e mulheres das mais diversas etnias.
A festa acontece anualmente com duração de 06 horas. Este evento aconteceu nos último dez anos, e a cada ano, fica melhor!
A festa acontece em homenagem ao maior produto da região (castanha). O idealizador José augusto queria criar uma festa de tradição para nossa comunidade, e deu certo.
Os ritmos são os mais variados: forró, axé, brega, Mpb. As pessoas se arrumam da melhor maneira que podem para a festa!
Autor – Antônia Dândase de Albuquerque
14/06/2006
12 anos

Texto da Ficha 2
OFÍCIOS E MODOS DE FAZER

“CAJUÍNA”
Nome do Ofício/ Modo de Fazer: Cajuína

Desde 1967 a Sra. Maria do Carmo Aires, mulher trabalhadeira e corajosa, faz cajuína. Aprendeu este ofício com uma amiga, e não mais o esqueceu. A cada ano sua cajuína fica mais saborosa, sendo muito procurada por quem já a provou.
Fazer cajuína exige muita paciência, pois é uma atividade que leva o dia todo., pois cedo precisa-se apanhar o caju para realizar os outros passos, e depois a cajuína vai ao fogo. O ofício é mais trabalhoso nesta parte porque o fogo não pode se apagar nem ficar muito forte, a Sra. Maria do Carmo tem de ficar a observá-lo.
Apesar de todo o trabalho, dona Maria do Carmo sente-se feliz em fazer cajuína.
Autor – Francisco Regiano Freitas
30/06/2006
13 anos


Texto da Ficha 2
OFÍCIOS E MODOS DE FAZER

“A ARTE DE FAZER CROCHÊ”

Nome do Ofício/ Modo de Fazer: Crochê

Rita Rodrigues Marques, filha de João Rodrigues Marques e Maria José Marques, mora em Aroeira, município de Cruz. Trabalha com crochê e faz preços de todos os tipos.
Nasceu em Caiçara, aos dois anos de idade veio morar em Aroeira. Por está sempre envolvida com pessoas que faziam crochê, aprendeu também a fazer.
Sua primeira peça foi um par de varandas. Com o passar do tempo, foi desenvolvendo seu trabalho, que hoje é uma fonte de sobrevivência para si e para as mulheres que trabalham com ela.
Uma das peças produzidas é um caminho de mesa com pano e crochê. Corta todos os paninhos do mesmo tamanho e depois faz o acabamento com crochê. Outra peça é a colcha de aplicação. São feitas várias aplicações pequenas e após junta-se todas, uma a uma.
Assim a vida segue. Em Aroeira muitas pessoas estão tirando o sustento do crochê.
Autor – Francisca Elailda Souza
16/06/2006
13 anos



Texto da Ficha 2
OFÍCIOS E MODOS DE FAZER

“A FARINHADA”

Nome do Ofício/ Modo de Fazer: Farinhada
A farinhada é uma atividade bastante praticada pelos moradores da comunidade de Aroeira.
Apesar de ser trabalhosa, ela é esperada por todos, por ser uma das fontes de renda de nosso povo.
O Sr. Josuberto Marques da Cunha é um dos mestres em farinhada aqui de nossa comunidade. Ele realiza esta atividade com muito gosto desde garoto. Na farinha e na goma feitas por ele ninguém bota defeito, pois aprendeu bem o ofício com seu pai.
As farinhadas geralmente acontecem em julho e agosto. Ela passa por vários processos antes de ser realizada: primeiro planta-se a roça e depois de um ano, arranca-se a mandioca. Para este trabalho é usada a enxada para arrancar a mandioca, o serrador para serrá-la e a prensa, para prensá-la. Os produtos finais são obviamente a goma e a farinha.
Autor – Regiane Célia de Lima
06/07/2006
13 anos

Texto da Ficha 3
LUGARES, PRÉDIOS E CONSTRUÇÕES

“O CENTRO COMUNITÁRIO”

O Centro Comunitário de Aroeira é conhecido como o Prédio da Comunidade.
O Prédio da Comunidade está localizado no centro da comunidade. Foi construído no ano de 1970, por iniciativa da Sra. Maria do Carmo Aires, que mobilizou a comunidade para a construção. Pessoas como João Gerônimo, Raimundo Bento de Queiroz, Maria do Carmo Aires, Odilon Paulo Pessoa e outros participaram do projeto, através de mutirão.
Para a realidade da comunidade o prédio seria construído para receber os moradores, mas hoje já não comporta a demanda. Mesmo assim ainda é um dos pontos históricos mais prestigiados da comunidade. As dependências do mesmo são usadas em eventos como: missas noturnas, celebração da palavra de deus, palestras, etc.
O Prédio da Comunidade foi construído com tijolos crus e seu teto com carnaúbas, plantas antigas da região.
Autor – Antônio Cleilton de Sousa
Data - 19/06/2006
Idade - 16 anos


Texto da Ficha 3
LUGARES, PRÉDIOS E CONSTRUÇÕES

“DANCETERIA BADALLOS”

A Danceteria Badallos Shows está localizada na comunidade de aroeira, município de Cruz.
É um lugar agradável e aconchegante. Lá já houve várias festas importantes, com grandes cantores e grandes bandas. Nela também acontece outros tipos de eventos importantes para nossa cultura: muitas vezes a EEF Santa Cecília e outras escolas utilizam este espaço para realizarem gincanas, bailes, festas folclóricas, etc.
Por isso a Badallos Shows é considerada importante na vida das pessoas de nossa comunidade e cidades vizinhas.
Dificilmente jovens das cidades vizinhas ainda não tem conhecido esta famosa danceteria. Suas festas são calmas e bem participadas.
O promotor dos eventos desta danceteria, o Sr. José Augusto Aires, procura organizar bem para atrair melhor o público.
Autor – Gustavo Sousa Aires
Data - 19/06/2006
Idade - 13 anos


Texto da Ficha 3
LUGARES, PRÉDIOS E CONSTRUÇÕES

“A ESCOLA”

A EEF Santa Cecília está localizada na comunidade de Aroeira, município de Cruz. Foi construída no ano de 1987 com apenas duas salas de aula, um diretoria, uma cozinha e um banheiro para meninos e outro para meninas.
Hoje, atende desde a educação Infantil à 8ª série. A escola é bastante florida, arborizada, limpa e organizada. A diretora é a Sra. Marli Aires Ferreira, que zela e incentiva toda a comunidade escolar a também zelar por nossa escola e seus equipamentos. Ela também luta muito por nossa aprendizagem e educação.
É na escola que se forma cidadãos dignos de respeito e de respeitar; de amar e de ser amado; e de reconhecer que somos iguais perante a lei e aos olhos de Deus.
Autor – José Cleilton do Nascimento
Data – 01/07/2006
Idade - 15 anos


Texto da Ficha 3
LUGARES, PRÉDIOS E CONSTRUÇÕES


“A ESCOLA”

A EEF Santa Cecília foi construída no ano de 1987, na administração do prefeito João Muniz Sobrinho.
O doador do terreno foi o sr. Francisco Edmilson Freitas. O mesmo não propôs à escola nenhum nome, já que teve a oportunidade de fazer isso. A secretária de Educação da época, a sra. Maria Alice do Nascimento, resolveu dar-lhe o nome de Santa Cecília, pois a mesma, quando vivia na terra, era uma jovem voltada para a cultura.
A EEF Santa Cecília, é bem arborizada, bastante limpa e organizada. Oferece Educação Infantil e o Ensino Fundamental completo. É uma escola muito respeitada e acreditada pela comunidade, pelo bom trabalho desenvolvido pela direção, professores e todos os outros funcionários.
Nossa escola além de promover uma boa educação, também promove eventos culturais que cada vez mais, faz dela, uma grande escola.
Autor – Valéria Maria da Silva
Data – 08/08/2006
Idade - 10 anos

Texto da Ficha 4
LENDAS, CAUSOS, SUPÉRSTIÇÕES E CURIOSIDADES

“EXPERIÊNCIA DE INVERNO NA NOITE DE NATAL”

No dia 24 de dezembro os agricultores fazem uma experiência para saber se vai ter um bom inverno no ano seguinte.
Eles olham para o céu e se avistarem uma barra escura, conhecida por Barra de Natal, é sinal que teremos um bom inverno. Então os agricultores ficam felizes e cheios de esperança para plantar e colher uma boa safra.
Autor – Valéria Maria da Silva
Data – 20/06/2006
Idade - 12 anos

Texto da Ficha 5
BRICADEIRAS E BRNQUEDOS INFANTIS



“TRISCA”

Ser criança é bom demais! Brincadeiras é o que não falta! Uma das que é muito praticada pelas crianças da comunidade de Aroeira é o trisca.
Pode ser realizada no pátio da escola, no quintal da nossa casa ou em qualquer lugar que seja amplo.
A brincadeira acontece da seguinte forma: um dos participantes estrala o dedo para os demais segurarem, quem pegar o dedo estralado, será o bicho. O triscador corre para pegar os outros, quem ele conseguir triscar, será o triscador. (não tem tempo determinado nem quantidade certa de participantes)
Não se sabe como surgiu esta brincadeira, mas sabe-se que é uma brincadeira do tempo dos nossos avós e dos nossos pais.
Toda criança e adolescente gosta de correr, pular e se divertir e esta é uma brincadeira que proporciona todo estes gostos.
Enfim, é muito importante relembrar algo que a gente praticou no passado e sabe que até hoje as crianças continuam brincando e gostando.


Autor – Maria Zeneide Brandão Araújo
Data – 20/06/2006
Idade - 12 anos

Texto da Ficha 6
FIGURAS POPULARES



“ODILON PAULO”

Odilon Paulo pessoa conhecida como Sr. Odilon nasceu em 14 de agosto de 1935, em Bela Cruz, porém mora na comunidade de Aroeira desde 1969.
Sua profissão é agricultor, nunca estudou, mas tem liderança na comunidade.
Recebeu de Deus o dom de rezar em crianças e adultos para algumas enfermidades.
O Sr. Odilon é uma pessoa popular e é muito dedicado à comunidade, em troca recebe a amizade e o carinho das pessoas. É um homem muito cat´lica, é referência para muitas pessoas.


Autor – Macineuda Ferreira da Costa
Data – 30/06/2006
Idade - 14 anos

Texto da Ficha 7
EXPRESSÕES E VOCÁBULOS

“NA MINHA MENTE”

“Na minha mente” é uma expressão usada por todos os moradores de Aroeira, e talvez dito também por quase toda a região.
É uma expressão usada que significa algo duvidoso. Nosso povo é humilde e mesmo que se forme, continua repetindo figuras como essa.
Devido à nossa cultura, e também de tanto ouvir, acabamos repetindo “na minha mente”...

Autor – Lucas Nascimento Costa
Data – 01/07/2006
Idade - 12 anos

Texto da Ficha 7
EXPRESSÕES E VOCÁBULOS

“NEGRADA”

“Negrada”, este vocábulo é bastante pronunciado pelos moradores de Aroeira. Por sermos humildes, simples e na grande maioria sem uma boa formação, vai e não vai, estamos falando “negrada”, e isto faz parte de nossa cultura.
Este vocábulo é usado quando uma pessoa fala se referindo a vários outros, daí, ao invés de dizer “gente”, diz-se “negrada”.

Autor – Daiane Nascimento Costa
Data – 04/07/2006
Idade - 11 anos


Texto da Ficha 7
EXPRESSÕES E VOCÁBULOS


“AR MARIA”

“Ar Maria” segundo a entrevistada, significa que quando ela toma um susto, ela diz este dito.
E também que é usada na comunidade, por isso as crianças passaram a falar, pois o pouco que sabemos passamos um para os outros, por isso que estamos fazendo este trabalho, que é o mapeamento das expressões culturais.
Segundo a entrevistada a importância da manifestação é passar o pouco que nós sabemos, devemos passar um para os outros. É a nossa cultura!!!

Autor – Francisca Ilaílda de Sousa
Data – 29/06/2006
Idade - 12 anos

Texto da Ficha 8
HISTORIAS LOCAIS

“AROEIRA”

A localidade de Aroeira se localiza no município de Cruz, a aproximadamente 33 km da sede.
É uma comunidade de mais ou menos 800 habitantes. Seu povo é de origem humilde, trabalhador e católico. Recebeu este nome devido às grandes plantações de árvores de aroeiras aqui existentes.
A principal fonte de renda dos habitantes desta localidade é a castanha de caju. A maioria das pessoas cultivam a lavoura, praticando a agricultura de subsistência.
As casa são feitas de alvenaria, mais ou menos próximas uma das outras. Aqui é um lugar pacato, aconchegante e de um povo feliz, longe das violências, graças a Deus.

Autor – Maria Cleidiane do Nascimento
Data – 30/06/2006
Idade - 12 anos

Texto da Ficha 10
INSTITUIÇÃO E ENTIDADES LOCAIS

“ASSOCIAÇÃO”

O Sr. Benedito Teixeira da Costa, atual presidente da Associação de Moradores de Aroeira, informou-nos que a mesma foi construída no dia 29 de maio de 1993 e que tem como objetivo a união dos moradores para desenvolver trabalhos e recursos para esta comunidade através da parceria com o Governo Federal, Estadual e Municipal.
Os fundadores da Associação dos Moradores de Aroeira foram os Srs. Raimundo Nonato Pessoa e Francisco Edmilson Freitas.
Esta Associação já trouxe vários projetos benéficos para nossa comunidade, como: rede elétrica, casa de farinha comunitária, trator, etc. mas ainda tem necessidades de ampliar a rede elétrica e trazer abastecimento de água para esta comunidade.

Autor – Daiane Nascimento Costa
Data – 30/06/2006
Idade - 11 anos



Texto da Ficha 10
INSTITUIÇÃO E ENTIDADES LOCAIS

“APM”

A Associação de Pais e Mestres da Escola de Ensino Fundamental Santa Cecília foi fundada no dia 24 de maio de 1997. a diretora Maria Marli Aires Ferreira foi a primeira Presidenta desta Associação.
Esta entidade não tem fins lucrativos, seus membros trabalham voluntariamente na tentativa de melhorar nossa educação e zelar por este patrimônio.
Uma vez por ano o MEC (Ministério da Educação e Cultura) envia através do PDDE ((Programa Dinheiro Direto na Escola) um recurso para a manutenção da escola em todos os sentidos. Este recurso é gasto num prazo determinado e fiscalizado por todos da APM.
Depois de gasto, a diretoria presta contas com toda a comunidade escolar e assim, voluntariamente todos se preocupam com a educação e o bem-estar de todos os aluno da EEF Santa Cecília.

Autor – Daiane Nascimento Costa
Data – 30/06/2006
Idade - 11 anos

Belém - Mapeamento Cultural 2006

FICHA 1
MANIFESTAÇÕES CULTURAIS E EVENTOS



“FESTA DE SÃO JOSE”

Nome da Manifestação Cultural ou Evento: Festa de São José.

Este evento acontece na comunidade com as novenas à noite na capela. Cada noite é convidada uma comunidade diferente para animar a novena da festa do padroeiro.
O número de pessoas varia em cada noite. São entre 100 a 300 pessoas. Na ocasião, há o acolhimento das mães rainhas. Essa manifestação é feita com a escolha de um tema central. O tema se divide em sub temas que durante o novenário são debatidas pelos dirigentes das comunidades convidadas.
O objetivo da festa de São Jose é envolver a fé, a crença, a cultura e a união de crianças, adolescentes, jovens e adultos, além das famílias e das comunidades convidadas..
Dentro do novenário, há uma noite dedicada às crianças e adolescentes e no último dia é feita a 1ª Eucaristia das crianças que passaram na preparação e batismo.
Geralmente há duas missas na decorrer da festa. Uma no inicio e outra no ultimo dia que é celebrada pelo Padre Valdery.

Autor – Adriana Teixeira Vasconcelos
Idade – 09 Anos
Data – 29/05/2006


FICHA 1
MANIFESTAÇÕES CULTURAIS E EVENTOS



“NOVENÁRIO”

Nome da Manifestação Cultural ou Evento: Novenário.

O novenáro é um período de nove dias, nos quais são celebradas as novenas da Campanha da Fraternidade (tempo quaresmal) e do Natal (em dezembro). Em cada um dos períodos, a comunidade se reúne para manifestar sua fé e sua opinião sobre a reflexão proposta pela CNBB (Conferencia Nacional dos Bispos do Brasil) na luz da Palavra de Deus.
Essas novenas acontecem nas casas ou no Centro Comunitário Maria Augusta Muniz. Essa manifestação passou a acontecer por incentivo de Manoel Messias de Freitas (Mane Marques), que morava no estado do Paraná e, como participava lá, queria que a comunidade de origem de sua esposa também pudesse vivenciar e partilhar seu dever de católico, dando testemunho de fé e ajudando as demais pessoas da comunidade. Foi ele também que trouxe a Mãe Rainha que peregrina na comunidade, uma maneira de incentivar a oaração do terço em família. Belém foi a primeira comunidade, depois essa devoção a Maria, Mãe peregrina, passou a outras comunidades da paróquia de Cruz.
São poucas as famílias que se envolvem nas novenas da comunidade, porem as que participam cantam, falam, rezam e se socializam em Cristo.



Autor – João Vitor Sobrinho
Idade – 11 Anos
Data – 22/05/2006



FICHA 1
MANIFESTAÇÕES CULTURAIS E EVENTOS



“FESTA JUNINA”

Nome da Manifestação Cultural ou Evento: Arrastapé de São João

No mês de junho, as famílias da comunidade costumam acender fogueira para Santo Antônio, São João e São Pedro, mas a festa maior acontece na Escola de Ensino Fundamental Antônio Gregório do Nascimento. O pátio da escola fica todo iluminado e colorido de bandeirinhas e balões. A barraca de comidas típicas também faz parte do cenário.
As principais realizações do Arrastapé de São João são as quadrilhas das crianças menores e das maiores e, as vezes, uma participação especial de uma outra comunidade. Mas para animar mais a noite, tem o casamento matuto, danças folclóricas como o bate o pé, pau de fita, fogueira e às vezes uma pescaria para as crianças.
Todas as pessoas da comunidade e os visitantes gostam e se divertem. As crianças e os adolescentes são os principais protagonistas do evento. É um dia de muito trabalho e uma noite de muita alegria para os participantes.

Autor – João Vitor Sobrinho
Idade – 14 Anos
Data – 29/05/2006

FICHA 1
MANIFESTAÇÕES CULTURAIS E EVENTOS



“CARNAVAL”

Nome da Manifestação Cultural ou Evento: Carnaval – Cultura popular

O carnaval é um momento singular para a comunidade, pois teve inicio apenas nesse século(XXI) e os que participam são apenas as crianças e os adolescentes da EEF Antônio Gregório do Nascimento.
É, antes de tudo, um momento de criatividade e reflexão, por que além de construírem suas próprias mascaras ou fantasias com a ajuda dos professores, ainda pensam sobre os principais problemas que acontecem nesse período, principalmente nas grandes cidades do Brasil.
São duas horas de pura folia, alegria, musica e diversão compartilhados na sexta-feira que antecede o Carnaval.

Autor – Maria Viviane dos Santos
Idade – 14 Anos
Data – 07/07/2006



FICHA 1
MANIFESTAÇÕES CULTURAIS E EVENTOS



“OS CANTADORES DE VIOLA”

Nome da Manifestação Cultural ou Evento: Os cantadores de viola.

O terreiro da frente das casas ficam mais alegre, cheio de pessoas da sua comunidade ou visitantes para a cantoria. Elas se acomodam em cadeiras, bancos, tamboretes e peitoril.
Dois cantadores ou tocadores de viola fazem versos para as pessoas, cantam canções, emboladas, com rimas engraçadas.
Em sua frente fica uma bandeja para as pessoas que gostarem colocarem dinheiro para os cantadores. No final da cantoria, eles dividem o dinheiro para os cantadores.. Pouco ou muitos eles ficam felizes porque alegraram as pessoas, ganham seu dinheiro e gostam do que fazem.
A cantoria acontece geralmente sábado ou domingo, durante um período de quatro ou cinco horas. Antigamente eram mais freqüentes as cantorias e as pessoas iam para se divertir com suas famílias, festejavam aniversário e arranjavam namorados. Outros amigos vendiam as bebidas alcoólicas, cigarros, bombons, etc.
As vezes, isso acontece ainda nos dias atuais.


Autor – Josiane dos Santos
Idade – 09 Anos
Data – 17/04/2006


FICHA 1
MANIFESTAÇÕES CULTURAIS E EVENTOS



“REISADO – BRINCADEIRAS FOLCLÓRICAS”

Nome da Manifestação Cultural ou Evento: Reisado - Brincadeiras folclóricas.

O reisado acontece em terreiros e pátios das casas ou das escolas. O ultimo reisado aconteceu no ano de 2000. Agora, acontecem mais apresentações nas escolas, porque os bichos são caros e precisa de muito pano de chita para fazer os bichos. Os reiseiros cantam na porta da casa com seus instrumentos que são a sanfona, o cheque, o surdo ou violão, pandeiro ou triangulo. Os bichos são caboré, jumento, bode, caçador, burro e boi.. Com esses bichos dançam a noite toda sem parar. Quem vê acha muito bonito. Dá muito trabalho e às vezes eles vêm a pé de muito longe.
Quando está no meio da brincadeira, eles levam o lenço da sorte, que é colocado sobre as pessoas para receber alguns trocados.
Antigamente, os participantes eram Abreu Teodosio, Antonio Pedro e seus amigos. Hoje quem se manifestam no evento é o Senhor Antonio Cularinho e seus familiares. Essa brincadeira folclórica divertem pessoas de todas as idades.

Autor – Josiane dos Santos
Idade – 09 Anos
Data – 15/05/2006



FICHA 1
MANIFESTAÇÕES CULTURAIS E EVENTOS



“NOITE CULTURAL”

Nome da Manifestação Cultural ou Evento: Noite Cultural

A comunidade sentiu a necessidade de resgatar a cultura da localidade e passou a serem realizadas as tardes culturais da escola.
A cada ano o evento vai se aprimorando ainda mais e desde 2001 passou a ser realizada à noite.
É sempre no mês de agosto que a escola se destaca com cores bastante vivas e uma ornamentação à caráter para impressionar seus convidados. Na ultima programação, foram destaques os vultos típicos do Nordeste (violeiro, pescador, jangadeiro, rendeira, vaqueiro) as dramatizações da origem dos nomes da comunidade de belém e a lenda da Iara, alem do reisado e do drama.
A medicina popular e os trava-linguas, as advinhas e as frases de para-choque de caminha e as superstições. Um repentista apresentou cada uma com muita criatividade.
Uma noite cultural para resgata a cultura, os valores, as raízes, e os ideais adormecidos, para que a cultura possa ser transmitida de geração em geração.

Autor – Pedro Jose de Araujo
Idade – 10 Anos
Data – 29/05/2006

Texto da Ficha 2
OFÍCIOS E MODO DE FAZER



“ARTES EM MADEIRA”


Nome da Manifestação Cultural ou evento: Artes em madeira

Esse oficio é muito antigo e interessante, pois antigamente as pessoas não tinham outros recursos como o fogão à gás, água encanada, cadeiras e mesas de plástico, etc.
Em 1969 a arte em madeira veio para Belém através do Senhor Antônio Vidal.Ele aprendeu com o Senhor Fabião aos 10 anos de idade e ainda morava com seus pais em Lagoa Salgada.
Corta o pau no mato, depois tira-se a casca para fazer os objetos de madeira. Dependendo do material, é feito a cangaia, o cambito, o tamborete, a cadeira, a mesa, a porta, o banco, o portão, o pilão, a mão-de-pilão, cabos de ferramentas, etc. É feito também objetos para casa de farinha: serrador, rodo, prensa, bola de serrador, colchos, litros, meio quarto, carroça e com apoio da agricultura que vive com sua família. Atualmente, porém, o trabalho com madeira já ajudou muito graças a necessidade das pessoas e porque gostam muito.


Autor – William Elson
Data - 20/03/2006
Idade - 09 anos


Texto da Ficha 2
OFÍCIOS E MODO DE FAZER



“OBJETOS EM CIPÓ”


Nome da Manifestação Cultural ou evento: Objetos em cipó

Chico Bastião, como é conhecido, nasceu em Belém. Seu nome verdadeiro é Francisco Aurélio de Sousa e é um homem muito trabalhador. Alem de trabalhar com cipó, ele também já fez muitas casas, muros, pisos de chão e reboco e trabalhou muito na roça. Morou no Baixo durante seis anos (1942 e 1948) e começou a estudar mas não aprendeu nada na escola. Seu maior sonho era jogar bola.
Quando tinha aproximadamente 15 anos, aprendeu a fazer objetos com cipó. Segundo ele, usa uma faca para tirar cipó no mato e depois coloca o cipó no sal para murchar. Após isso, ele faz alguns objetos como caçoar, tampa de cacimba, cestos de puxar,cestas, entre outros.
Esse oficio aprendeu com seu pai Sebastião Pedro de Sousa, que era casado com Maria Ermelinda de Sousa. Ele gosta de fazer objetos com cipó debaixo da mangueira próximo de sua casa,


Autor – William
Data - 10/04/2006
Idade - 08 anos


FICHA 2
OFÍCIOS E MODO DE FAZER


“ARTESANATO EM PALHA”

Nome da Manifestação Cultural ou Evento: Artesanato em palha.

Dona Edite nasceu em capim, município de Acaraú. Ela aprendeu com sua mão, dona Filomena Maria de Freitas quando era criança. Quando não tinha palha, fiava, apanhava feijão e açgodão.
Muitas vezes, seu pai, Francisco Xavier de Freitas, a levava com seus irmãos para empilhar as palhas durante a noite, porque tinha menos vento e aproveitar o pó que era mais caro.
Agora, as crianças não trabalham mais como antigamente. Antes o trabalho era muito pesado para ajudar a família que era muito grande. Todos trabalhavam para ganhar seu sustento.
Depois de três anos de casada, veio para Belém, pois fugiu da enchente do rio Acarau, na localidade de Ameixeira Doce. Nesta comunidade, continuou com seu trabalho e construiu sua família, juntamente com seu esposo, Higino Pereira Vasconcelos.
Trabalhava em sua própria casa fazendo objetos com palha que é secada, riscada e batidas para tirar o pó.
Das costas são feitas vassouras, peneiras, cestas. As palhas são entrançadas e delas são feitas sacas, urus, esteira, bolsa e chapéu. Da palha verde tira a linha para fazer tucum e corda.
Alem de cuidar da casa, dona Edite ainda faz trabalhos com palha e acha muito importante porque, sem os objetos de palha a vida seria mais difícil. Eles são muito úteis na vida do campo.


Autor – Josiane dos Santos
Idade – 09 Anos
Data – 27/03/2006

FICHA 2
OFÍCIOS E MODO DE FAZER


“COMO SE FAZ PAMONHA”

Nome da Manifestação Cultural ou Evento: Como se faz pamonha.

Dona Neci Morais nasceu em Belém. Aprendeu a fazer muitas coisas com sua mãe. Já foi professora mas hoje é merendeira na Escola de ensino fundamental Antonio Gregório do Nascimento. Estudou até a 5ª serie na mesma comunidade, e gosta muito de fazer as merendas da escola. Para fazer as pamonhas é assim: quebra o milho do pé, tira a palha e o cabelo do milho, depois rala e tira a massa, coloca numa bacia, coloca coco e sal, coloca na palha da própria espiga e amarra dos dois lados com palha de carnaubeira. Depois cozinha na água fervendo por quarenta minutos aproximadamente. Depois é só servir com café, leite, carne ou peixe assado. Do milho verde há outros produtos resultantes da atividade como: canjica, milho assado, milho cozido, bolo de milho, mugunzá e mingau.. Acontece mais no inverno porque tem mais milho para fazer esses alimentos que ajuda na criação da família.


Autor – Adriana
Idade – 09 Anos
Data – 24/04/2006

FICHA 2
OFÍCIOS E MODO DE FAZER


“A PRODUÇÃO DA FARINHADA”

Nome da Manifestação Cultural ou Evento: A produção da farinhada.

Manoel Edesio dos santos, o popular Nelim, nasceu numa casa perto da Lagoa do Belém e sempre viveu no meio rural. Seus avós Manoel Pedro e Raimunda, e seus pais Antônio Pedro e Maria Augusta e ele próprio sempre cultivaram a farinhada. É quase uma tradição.
Filho de uma família de onze filhos, recebeu amor e carinho de seus pais e de uma negra chamada Chiquinha, que ele considerava sua segunda mãe. Era estudioso e tirava boas notas. Sua primeira professora foi Dona Antônia, esposa do Senhor Emiliano. Depois estudou com Dona Brígida e Nazaré Moraes.
Sempre morou em Belém e acompanhou a evolução da farinhada, que passou da roda para o motor, da carga de burro para a carroça, da água puxada para a água encanada... Para fazer uma arranca de mandioca precisa de dois arrancadores, um carroceiro para levar a mandioca à casa de farinha, três rapadeiras que rapam a mandioca. Se for para fazer a farinha amarela, bota de molho no tanque, e espera três ou quatro dias até amolecer. Depois são serradas, emprensadas e peneiradas. Vai ao forno para ser peneirada e em outro forno para secar a farinha.
Se a farinha for branca, as mandiocas são serradas no mesmo dia, uma parte é espremida para obter a goma. Depois a massa vai para a prensa e quando seca é peneirada e torrada no forno. Depois é feita a tapioca, beiju, bolo, grude, pé-de-moleque, beiju fino, carraspanha, biscoitos, etc. Por ultimo, seca a goma no forno. Antes ela já foi lavada, acentada, escorrida e levada ao sol e peneirada. A farinhada ocupa oito pessoas, fora os ajudantes. Além de oferecer fartura para a família e para os animais, oferece também prejuijo porque a farinha é muito barata.


Autor – Adriana Teixeira
Idade – 09 Anos
Data – 08/05/2006

FICHA 2
OFÍCIOS E MODO DE FAZER


“BORDADOS COLORIDOS”

Nome da Manifestação Cultural ou Evento: Bordados coloridos.

Maria Marli de Araújo tem 33 anos, é casada com José Aldemir Vasconcelos, é mãe de quatro filhos e aprendeu a bordar para ajudar a família. Mora em Belém, lugar em que nasceu.
Quando comprou uma maquina, se interessou em fazer bordados. Recebeu instruções de sua colega Vanderlandia e logo aprendeu a bordar. Colocar o tecido no bastidor, dar uma puxadinha para ficar duro, coloca a linha colorida ou combinando com o bordado, arrudeia a aplicação que lá está colada e faz o bordado.
Os bordados coloridos enfeitam roupas, toalhas, redes, colcha de cama, lençol e, principalmente calcinhas infantis, que, ao serem terminadas e retiradas do bastidor, são cortadas as pontas das linhas.
Os produtos bordados são bemapreciados pelos consumidores e isso gera lucros para os envolvidos no oficio.


Autor – Adriana Teixeira
Idade – 09 Anos
Data – 17/04/2006


FICHA 2
OFÍCIOS E MODO DE FAZER


“VARANDA – ARTESANATO EM FIOS”

Nome da Manifestação Cultural ou Evento: Varanda – Artesanato em fios.

Na comunidade de Belém, sempre foi cultivada a varanda feita de fios e agulha no trabalho manual. Mas de uns 10 anos para cá, com a chegada de Dona Nazaré, algumas pessoas se interessaram de aprender a varanda de parede. A márcia foi a primeira interessada a aprender. Os fios são enfiados no cordão, logo após espalham os fios e fazem os balõeszinhos, depois os balões mais grandes, depois as aranhas, depois as conchas e faz os flocos e depois corta as pontas e fica pronto para botar nas redes. Dona lindóia quando viu sua filha Márcia fazendo achou simples e pediu para a Dona Nazeré ensinar.
Hoje Dona Lindóia faz a varanda como meio de vida. Ela faz a varanda completa porque gosta e precisa.


Autor – Adriana Teixeira
Idade – 09 Anos
Data – 17/04/2006


FICHA 2
OFÍCIOS E MODO DE FAZER


“CAJUINA”

Nome da Manifestação Cultural ou Evento: Cajuína.

Dona Edite, 62 anos, filha de Francisco e Filomena, mora em Belém a 42 anos. É uma senhora muito disposta e trabalhadeira.
Nos últimos anos ela vem fazendo uma cajuína espetacular. Depois que colhe os cajus e extrai o suco, ela coloca uma cola especial que separa o liquido branco e transparente da parte sólida que sai no suco. Em seguida é coado em vários panos. Para depois ser engarrafada e lacrada com uma tampa apropriada. A essa altura, uma lata ou panela enorme fica no fogo com água e, quando está fervendo, coloca-se as garrafas para cozinhar. Somente quando o liquido está escuro e transparente como gasolina é que está pronto para retirar da água, ou seja, do fogo.
A cajuína é produzida na época dos cajus, de outubro a dezembro. É uma maneira de aproveitar o caju, aumentar a renda familiar e, principalmente, saborear uma bebida muito saudavela e bem aceita por todos que a provam.


Autor – Adriana Teixeira
Idade – 09 Anos
Data – 16/06/2006

FICHA 2
OFÍCIOS E MODO DE FAZER


“BOLA DE FUBÁ DE PREGUIÇOSO”

Nome da Manifestação Cultural ou Evento: Bola de fubá de preguiçoso

Esse é um bolo prático, afirma Alderina, 31 anos, casada e residente na comunidade de Belém.
Os ingredientes são: 02 xícaras de chá de leite, ½ xícara de chá de fubá, 01 xícara de chá de farinha de trigo, 02 ovos, 02 xícaras de chá de açúcar, 01 pitada de sal e 01 colher de sopa de fermento. Junte tudo no liquidificador ou batedeira e leve ao fogo. Quando estiver pronto, é só servir. Este é um alimento muito nutritivo para você e sua família.


Autor – Adriana Vasconcelos Teixeira
Idade – 10 Anos
Data – 27/06/2006


FICHA 2
OFÍCIOS E MODO DE FAZER


“COSTURA CASEIRA”

Nome da Manifestação Cultural ou Evento: Costura caseira.

Maria Bastião tem 62 anos e é uma mulher muito trabalhadeira. Ela começou a trabalhar muito jovem para ajudar seus pais a sustentar a família. Depois de casada teve que trabalhar mais ainda para criar seus sete filhos.
Teve influencia de sua mãe para aprender a costurar. Ela costurava em sua própria casa. Quando ganhou condição, comprou sua própria máquina e costurou nela mais de 10 anos. Tirava as medidas com uma fita métrica ou com outra roupa que lhe servia de molde. A cor do tecido e o modelo da roupa era sempre exigido pela pessoa que mandava costurar. Ela fazia calça comprida, robe, camisola, vestidos, calcinha. Ela disse que gosta mais de fazer roupas para homens porque dá menos trabalho. Quando costurava para Dona Esmeralda, a Dona Ana pedia para ela cortar moldes de roupas no papel.
Ela hoje costura suas próprias roupas na mão, imitando a maquina de costura.


Autor – Vanádio Sousa Santos
Idade – 10 Anos
Data – 05/07/2006



FICHA 2
OFÍCIOS E MODO DE FAZER


“PLANTIOS AGRICOLAS DE BELÉM”

Nome da Manifestação Cultural ou Evento: Plantios agrícolas de Belém.

João Lau é um agricultor de 60 anos. Aprendeu o oficio com seus pais ainda na infância e de lá para cá, viveu muitas experiências.
Plantou na vazante do Rio Acaraú, brocou roçado para o plantio e, atualmente planta somente em capoeiras. Segundo ele, na comunidade onde mora, em Belém, tudo já foi brocado e os antigos roçados são as capoeiras de hoje.
Quando começa as primeiras chuvas, ela cava o terreno em fileiras e coloca o adubo (fezes de vaca, ovelha, cabra e galinha) nas cavas de feijão e de milho. A roça de mandioca é plantada com pouco mais de um palmo de distancia da cava do feijoeiro para que o fertilizante possa servir para os dois. O feijão e o milho ganham duas ou três limpas antes da colheita e a roça de mandioca, como se precisa de um ano e meio para fazer a farinha, leva sete limpas aproximadamente.
Quando o inverno é de muita chuva, o terreno de milho se desenvolve e se for forte, não tem quem vença o gerimum e a cabaceira. Se as chuvas forem regulares, feijão e melancia são as mais destacadas. Sem chuva nada dá.
A agricultura é uma maneira de trazer fartura para as famílias. Pobre sem feijão, milho, feijão e goma não sobrevive bem, declara o agricultor.


Autor – Vanádio Sousa Santos
Idade – 10 Anos
Data – 07/07/2006


FICHA 2
OFÍCIOS E MODO DE FAZER


“GRUDE GOSTOSO”

Nome da Manifestação Cultural ou Evento: Grude gostoso

O grude é uma comida típica, feita de goma, que é extraída da mandioca, na farinhada.
Por influencia de sua mãe, dona Terezinha de 60 anos aprendeu a fazer o grude. Coloca-se goma numa bacia e água suficiente para molhar, depois coloca coco molhado e sal a gosto. Deve-se ter o cuidado para não molhar demais. Mistura-se bem os ingredientes, amassando-os. Depois leva ao forno enrolado em folhas de bananeira e deixa até assar. Quando tiver assado, tira do forno, retira as palhas e coloca para esfriar. Assim, já pode ser servido,especialmente com café.
É uma comida típica, apreciada por todos que comem e aprovam seu sabor, tanto na comunidade de Belém, como no município de Cruz.





Autor – Vanádio Sousa Santos
Idade – 10 Anos
Data – 08/07/2006


FICHA 2
OFÍCIOS E MODO DE FAZER


“PÉ-DE-MOLEQUE OU BOLO DE MANDIOCA PUBA”

Nome da Manifestação Cultural ou Evento: Pé-de-moleque ou bolo de mandioca puba.

NO famoso pé-de-moleque é mais procurado nas festas juninas e na época das farinhadas (julho à setembro).
Segundo dona Terezinha, 60 anos, é um alimento muito gostoso, porem dá muito trabalho, porque primeiro precisa-se botar as mandiocas de molho durante uns três dias para ficar puba, depois são moídas ou peneiradas, lavadas e postas para secar na prensa ou em um saco de pano até ficar bem enxuta. Só então é colocada um pouco de goma seca, coco ralado, cravos da índia e açúcar. Misture-se bem até obter uma massa bem homogênea. Em seguida bota nas palhas de bananeira e deixa no forno em temperatura média, até assar e quando estiver frio, é só saborear.
Muitas pessoas querem aprender, mas quando se fala do procedimento, desistem por falta dos mecanismos usados no preparo da massa puba ou da carimam, como muitos conhecem.



Autor – Vanádio Sousa santos
Idade – 10 Anos
Data – 08/07/2006

Texto da Ficha 3
LUGARES, PRÉDIOS E CONSTRUÇÕES



“PSICULTURA, AGRICULTURA E DESENVOLVIMENTO”


É uma micro-empresa, fixada na localidade de Belém, município de Cruz – Ceará, que pertence ao sr. José Cecília.
Segundo o proprietário, recebeu influência de um curso teórico - pratico em piscicultura, que o deixou bastante motivado. A fragilidade de sua saúde (hipertensão) também foi estimulo pela atividade para não tornar-se sedentário.
Alem disso, o sonho de ver o Belém mais desenvolvido, embora seja pequena a geração de emprego e renda que a atividade oferece a a comunidade e a ele próprio, tem o conhecimento que as pessoas do município podem adquirir através de pesquisas, observações e estágios.


Autor – Francisco Carlos Araújo Costa
Data - 13/07/2006
Idade - 09 anos

Texto da Ficha 3
LUGARES, PRÉDIOS E CONSTRUÇÕES



“UNIDADE ESCOLAR DE BELÉM”


A Escola de Ensino Fundamental Antonio Gregório do Nascimento recebeu esse nome em homenagem a um dos primeiros moradores de Belém que residia nas proximidades.
Foi construída em 1988 na primeira gestão do prefeito Jonas Muniz, quando o município de Cruz foi emancipado. Em 1996 foi contemplada pelo Projeto São José e recebeu o revestimento de azulejo, uma cisterna e uma fossa. Em dezembro de 2002, foi construída uma nova sala. Hoje a escola tem 03 salas de aula, 01 deposito, 01 secretaria, 01 cantina, 02 banheiros, espaço para as refeições e uma passarela, além de energia elétrica e água encanada.
É uma escola pequena que funciona com ensino fundamental e educação infantil. Todos os professores tem nível superior desde 2004.Pode-se dizer que hoje é o ponto mais relevante para a cultura, o ensino e a aprendizagem da comunidade pelo que nela é desenvolvida.





Autor – Brena Menezes de Sousa
Data - 12/07/2006
Idade - 10 anos


Texto da Ficha 3
LUGARES, PRÉDIOS E CONSTRUÇÕES



“LAGOA DE BELÉM”


A lagoa foi encontrada por Sabino e Manoel Antônio, seu companheiro. Ambos vinham procurando um gado. Seguiram os rastros e encontraram a lagoa, que era funda, pequena e no meio do mato.
Nos anos de 1942 até 1945, a lagoa secou e se transformou em um caminho. Em 1958, não teve inverno e ela secou novamente. As pessoas tiravam água de dois cacimbões, um do José Gregório e outro do Pedro Sabino.
Nos anos de 1963, 1974 e 1984 a lagoa encheu e a maioria das casas ficaram brejadas, outras inundadas. No ultimo ano foi feito um sangramento da lagoa para o córrego São José, que ia até o Falcão. No percurso da água, vinham peixes, principalmente mussum.
Hoje a lagoa está com pouca água. Talvez vai até secar porque estão fazendo construções em suas margens.
Essa lagoa é uma fonte natural de água e de peixes para as pessoas, que pescam ou exploram suas margens com cultivo de plantações.


Autor – Adriana Teixeira
Data - 17/03/2006
Idade - 09 anos


Texto da Ficha 3
LUGARES, PRÉDIOS E CONSTRUÇÕES



“LAGOA DOS GREGÓRIOS”


A Lagoa dos Gregórios foi descoberta pelo Senhor Manoel Gregório e seu irmão que criavam gado na região.Ela estava a uns 200 metros do caminho, mas as pessoas não percebiam porque ela era muito pequena e coberta por muitos pés de sabiás.
Em 1956, não haviam cajueiros, tinham quatro pés de juás e cinco pés de carbaubeiras e do lado de baixo da lagoa, a casa do Senhor João Muniz. Dois anos depois, fizeram outras casas, que eram de taipo. Quem tomava de conta e o Senhor Romeu Muniz.
Hoje só tem mais uma carnaubeira e nem um pé de juá. Ela quase sempre está seca nos períodos de muitas estiagem e por isso não há cultivo de pesca. Somente é cultivada plantações de capim para o gado da fazenda do Senhor Jonas Muniz..


Autor – Francisca Josiane dos santos
Data - 17/03/2006
Idade - 09 anos

Texto da Ficha 3
LUGARES, PRÉDIOS E CONSTRUÇÕES



“FÁBRICA DE CAJU”


A fábrica de caju, na localidade de Lagoa dos Gregórios, município de Cruz – Ceará, foi construída em maio de 1998 e em setembro do mesmo ano começou a funcionar.
Essa fábrica é uma sociedade entre Jonas Muniz, que fez a construção do prédio e Dominicio Pereira, de Ubajara – Ceará, que trouxe as maquinarias.
Todos os anos, na época das safras, vem um gerente que administra os trabalhos da compra do caju e da extração do suco.Nesse período, pessoas da comunidade e do município, que já são maiores de 18 anos, conseguem emprego e outros vendem caju.
Senhor Enedino, que também é vendedor de caju, acha bastante agradável esse trabalho porque envolve Cruz e os municípios vizinhos, gerando emprego e renda para todos.



Autor – Maria Viviane dos Santos
Data – 11/07//2006
Idade - 14 anos


Texto da Ficha 3
LUGARES, PRÉDIOS E CONSTRUÇÕES



“LAGOA SECA”


A Lagoa, que de fato só existe na época dos invernos arrebatadores, criou água em 1974,1975 e 1976. É por isso que recebe o nome de Lagoa Seca. Quem a batizou assim foi o primeiro morador, um homem de nome Hipólito. Desde então, todos a conhecem como Lagoa Seca.
Como o próprio nome sugere, nada foi cultivado no lugar. Cultivo de plantações e pesca é algo impossível já que raramente tem água. Mesmo assim, alguns pés de coqueiro e cajueiro se adaptaram bem ao lugar, afirma Mane Muniz, 66 anos, proprietário do sitio onde a suposta lagoa existe.



Autor – Pedro José de Araújo
Data – 09/07/2006
Idade - 10 anos


Texto da Ficha 3
LUGARES, PRÉDIOS E CONSTRUÇÕES



“CENTRO COMUNITÁRIO MARIA AUGUSTA MUNIZ”


O prédio comunitário de Belém é o primeiro local público construído na comunidade em 1978, num terreno doado por Antônio Jose dos Santos. Depois da reforma que recebeu em 2002, o prédio recebeu o nome de sua esposa, uma homenagem póstuma a ela, que foi uma pessoa muito presente na comunidade.
Neste local, já houve escolinha de caratê, grupo jovem, catecismo, novenas de natal e da Campanha da Fraternidade, celebrações do domingo, missa solene, Escola de MEB – Movimento de Educação de Base, escola municipal, etc. Atualmente é a sede da associação comunitária, posto de saúde para o Programa saúde da Família (PSF).
Essa foi uma iniciativa coletiva muito importante para a comunidade, porem, com uma economia regular não teria condições de construí-lo sem a importante ajuda de Jose Aroldo Muniz, que pagou o material e o serviço do predeiro da construção. Hoje, ele e a comunidade sabe o quanto o Centro Comunitário Maria Augusta Muniz é útil.



Autor – Francisco Carlos Araújo Costa
Data – 14/07//2006
Idade - 09 anos


Texto da Ficha 3
LUGARES, PRÉDIOS E CONSTRUÇÕES



“CAMPO DE FUTEBOL”


O campo de futebol foi construído por volta de 1989, no terreno de Manoel Ferreira e Manoel Costa, cujo motivo foi que o Senhor Geraldo Miguel resolveu cercar o terreno e proibiu que os jogos continuassem acontecendo no antigo campo.
Mesmo não sendo relevante para a cultura do município, é muito importante para a comunidade de Belém, porque funciona como área de lazer e de esporte. São nos finais de semana e nos finais de tarde que acontece o encontro de adolescentes, jovens e adultos que jogam futebol. Quando acontecem campeonatos ou torneios, vêm pessoas de outras comunidades que também se divertem e participam dos eventos.
Segundo o entrevistado, Manoel Ferreira de 69 anos, jovens que participam de esportes e tem um lazer saudável, como o futebol, fica mais distante das drogas e dos problemas que muitos deixam se contagiar.

Autor – João Vitor Sobrinho
Data – 14/07//2006
Idade - 11 anos

Texto da Ficha 4
LENDAS, CAUSOS, SUPERSTIÇÕES E CURIOSIDADES



“BOTIJA – TESOURO ESCONDIDO”


Botija é um objeto de barro onde as pessoas antigas guardavam e enterravam seu tesouro mais precioso, que eram moedas de valor muito grande, jóias de ouro e de prata.
Dona Lolita, quando era jovem, sempre acompanhou sua tia Maria Tomaza, em segredo, com sua botija. Quando ela morreu, lhe apareceu em sonho para lhe dá a butija, que ela enterrou num pé de Embu, perto da casa onde morava. Sua mãe não acreditou e não a deixou arrancar a butija. Então, ela deu pra outra pessoa. Quando o Senhor Vicente Daniel foi arrancar, muitas pessoas foram ver. Elas ficaram todas arrepiadas de medo.
Dona Lolita diz que ganhou outra botija de uma senhora que ela não conheceu, mas ela perguntou ao Senhor Antônio Pedro, que já tem 90 anos e ele afirmou que esta senhora existiu, mas ela não revelou o nome da senhora e o lugar da botija.


Autor – Vanádio Sousa Santos
Data - 04/07/2006
Idade - 10 anos

Texto da Ficha 4
LENDAS, CAUSOS, SUPERSTIÇÕES E CURIOSIDADES



“O LOBISOMEM”


Dona Balbina de Jesus é uma senhora de 58 anos, mais conhecida como Lolita. Ela mora na localidade de Belém e afirma que qualquer pessoa pode virar lobisomem.
Assim ela descreve: quem desejar virar lobisomem, deve passar 15 dias sem falar o nome de Deus, não pedir a benção aos pais ou parentes, não se valer em nome de Deus, Nossa Senhora e outros santos. Depois, no dia de quinta para sexta-feira, antes do galo cantar a primeira vez, a pessoa deve se espojar na cama de um cavalo preto, que com certeza virará lobisomem.
Não precisa experimentar, mas é importante cultivar a crença e a cultura popular.


Autor – Vanádio Sousa Santos
Data - 04/07/2006
Idade - 10 anos


Texto da Ficha 4
LENDAS, CAUSOS, SUPERSTIÇÕES E CURIOSIDADES



“MISTERIOSO SUNDÁRIO”


O sundário é um ser misterioso que canta em noite escura, principalmente no inverno.Seu canto é um assobio assustador que causa arrepios.
Ele representa o pai que matou o filho e o carrega nas costas como castigo.Quando está cansado, solta-o no chão e expressa seu assobio, uma maneira de descansar o peso que carrega.
Ninguém nunca o viu, mas não é um fruto de imaginação, porque se alguém o repetir, ele o assombra de forma pavorosa.



Autor – William Élson Araújo Vasconcelos
Data - 20/06/2006
Idade - 09 anos

Texto da Ficha 4
LENDAS, CAUSOS, SUPERSTIÇÕES E CURIOSIDADES



“O FOGO DA ILHA”


O fogo da ilha aparece de repente. É uma bola de fogo que fica lá no alto e vai abaixando e desaparecendo também. Passa pelas estradas rapidamente e acontece com quem mora perto da ilha, rios, lagoas, etc.
Essa lenda não tem personagem. É só para fazer curiosidade e também para fazer um pouco de medo.
Esse fogo é igual queimando roçado, vai abaixando e desaparecendo.
É uma lenda que algumas pessoas já viram, mas as que não viram não acreditam.Só acredita quem ver com seus próprios olhos.



Autor – Brena Menezes de Sousa
Data - 03/06/2006
Idade - 10 anos

Texto da Ficha 4
LENDAS, CAUSOS, SUPERSTIÇÕES E CURIOSIDADES



“VISÕES DE ALMAS”


Dona Maria aprendeu com seu pai que se vê alguma coisa estranha não mexa com o que está quieto. Um exemplo que ela viu foi um homem de roupa cinza que passou durante uns dez anos pelo caminho ao lado de sua casa, todos os dias, às seis da tarde. Ela chamava seus filhos para vê-lo e ele desaparecia como fumaça.. Dona Lolita viu a alma desse homem que Dona Maria a mostrou.
Outra vez, por volta do meio dia, ela viu uma senhora alva dos cabelos grandes e escuros que parecia com sua amiga Cândida. Ela a viu do fundo do quintal e quando saiu para recebê-la e perguntar se ela queria almoçar, não tinha mais ninguém.
Ela já viu muitas coisas estranhas, mas afirma não ter medo porque, segundo ela, quem vê alma está na graça de Deus.


Autor – Vanádio Sousa Santos
Data - 04/07/2006
Idade - 10 anos

Texto da Ficha 4
LENDAS, CAUSOS, SUPERSTIÇÕES E CURIOSIDADES



“ENCRUZILHADA OU QUATRO BOCAS”


Eutália, uma senhora que vive em Belém, tem 47 anos. Ela é amiga de todos da localidade e conhece sobre a superstição da encruzilhada.
Ela disse que muitas pessoas ruins que não se benzem nas encruzilhadas, ou seja, nos locais com quatro bocas de caminho, podem virar bicho. Nessa superstição o único personagem é que acredito e as crianças, os adolescentes e mais alguns adultos não acreditam. Para eles, tudo não passa de curiosidades da cultura popular.




Autor – Brena Menezes de Sousa
Data - 08/08/2006
Idade - 10 anos

Texto da Ficha 4
LENDAS, CAUSOS, SUPERSTIÇÕES E CURIOSIDADES



“PARAR DE CRESCER”


O que as crianças mais anseiam é ser gente grande. É por isso que as crianças e os adolescentes da comunidade de Belém não querem ser “enguiçados”. Segundo Dona Liduina da mesma localidade, sentem medo de ficar pequenos e não crescerem mais, por isso estão sempre abertos para não emborcar objetos na cabeça como balde, bacia, urupema, etc, ou ainda deixar que alguém passe por cima. Se ocorrer esse último caso, a pessoa é exigida a voltar para desenguiçá-la.
Ela própria sabe que é superstição porque é a desnutrição e a herança genética que deixam as pessoas pequenas.


Autor – Brena Menezes de Sousa
Data - 08/07/2006
Idade - 10 anos

Texto da Ficha 4
LENDAS, CAUSOS, SUPERSTIÇÕES E CURIOSIDADES



“QUEBRAR ESPELHO”


O espelho se tornou um instrumento indispensável em qualquer lugar, por isso ela se encontra nas residências, repartições públicas e, principalmente nos banheiros de mulheres de qualquer idade. Não que os homens não o utilizem também. No entanto, as pessoas carregam a superstição de que se quebrarem um espelho, atrairá má sorte ou azar durante sete anos. A mesma coisa acontece para quem guarda espelho quebrado. Dona Liduina é uma senhora de 49 anos, mãe de seis filhos. Ela acredita na superstição e recomenda para seus filhos terem cuidado para não quebrar e nem guardar espelhos quebrados. Acha que até dois anos atrás não tinha casa própria por causa da superstição, afirma ela.


Autor – Adriana Vasconcelos Teixeira
Data - 08/07/2006
Idade - 09 anos

Texto da Ficha 4
LENDAS, CAUSOS, SUPERSTIÇÕES E CURIOSIDADES



“PISAR COM PÉ DIRETO”


Antônio Marques, como é conhecido, é um senhor de 71 anos. Para ele, a superstição de pisar com o pé direito para adquirir sorte, alegria e coisas boas, não está com nada. Ultimamente, todo dia quando vai se levantar, entrar em casa ou em outro lugar que freqüente, ele pisa com o pé esquerdo. O motivo é desafiar, porque não acredita em nada que possa mais do que Deus. Somente Deus é quem nos dá a verdadeira alegria, fartura e felicidade, declara o agricultor da comunidade de Belém.




Autor – Maria Viviane dos Santos
Data - 08/07/2006
Idade - 14 anos

Texto da Ficha 4
LENDAS, CAUSOS, SUPERSTIÇÕES E CURIOSIDADES



“TALHERES NO CHÃO”


Ivone,uma senhora de 35 anos e mora na localidade de Belém, falou que a superstição de derrubar talheres faz a gente ficar avisada, porque se a colher cair emborcada, será uma mulher má e se a colher cair desemborcada será uma boa mulher que chegará.
Isso faz compreender que a noticia já está na sua frente, se cair emborcada ou desemborcada.
Isso faz as crianças e os adolescentes e os adultos ficarem com medo. Essa superstição tem dois personagens: quem derruba e quem está para chegar.
Para mim é só superstição mesmo, porque só através de Deus, noss Pai, que as coisas na terra acontecem.



Autor – Brena Menezes de Sousa
Data - 112/07/2006
Idade - 10 anos

Texto da Ficha 4
LENDAS, CAUSOS, SUPERSTIÇÕES E CURIOSIDADES



“CALANGO”


Calango é um animal rápido. Ele vive nas casas das pessoas, quando cai na frente de alguém é sinal de desentendimento com alguém próximo.
Observar os acontecimentos que as superstições traz é importante porque a pessoa fica de sobreaviso quando ocorre estas manifestações.



Autor – Adriana Vasconcelos Teixeira
Data - 26/06/2006
Idade - 09 anos


Texto da Ficha 4
LENDAS, CAUSOS, SUPERSTIÇÕES E CURIOSIDADES



“ANDAR PARA TRAS”


Normalmente as pessoas andam para a frente. Deve ser por isso que existe a superstição de que quem anda para trás puxa a madrinha para o inferno.
As crianças e os adolescentes quando acreditam evitam fazer e alerta os outros para não andar para trás.


Autor – Josiane dos Santos
Data - 20/06/2006
Idade - 09 anos


Texto da Ficha 4
LENDAS, CAUSOS, SUPERSTIÇÕES E CURIOSIDADES



“PASSAR ENTRE ARAME OU PAU DE PORTEIRA”

Maus espíritos existem?

Oscar Teixeira tem 34 anos e a mais de 12 anos mora em Belém. Segundo ele passar por baixo de arame ou entre paus de porteiras é muito perigoso porque pode ter maus espíritos. Pessoas que não acreditam correm o sério risco de tê-los em sua companhia, induzindo-os a fazer coisas erradas que eles não conseguem fazer. É uma tentação dos demônios. Mas para isso não acontecer, ao passar o pau de arame ou o pau de porteira, a pessoa deve se benzer para afastá-los.
As pessoas mais velhas é quem mais defendem essa superstição. Os mais jovens, são raros os que acreditam. No entanto, não custa nada se benzer, afinal afastar os maus espíritos é uma boa causa.


Autor – Adiana Vasconcelos Teixeira
Data - 10/07/2006
Idade - 09 anos

Texto da Ficha 4
LENDAS, CAUSOS, SUPERSTIÇÕES E CURIOSIDADES



“NÃO EMBORQUE CHINELO”


Algumas vezes, por descuido ou de propósito, o chinelo fica emborcado. Mas isso não deve acontecer porque quando o dono do chinelo morrer, não tem quem peça para rezar missa por ele.
Isso acontece em qualquer hora ou lugar e as crianças é quem mais fazem isso. Às vezes é porque eles não tem muita consciência e deixam o chinelo emborcado. Muitas pessoas que vêem isso, querem desemborcar o chinelo para não pperderem a missa depois da morte.


Autor – Adriana Vasconcelos Teixeira
Data - 08/07/2006
Idade - 09 anos

Texto da Ficha 5
BRINCADEIRAS E BRINQUEDOS INFANTIS



“COBRA CEGA”


Era uma vez uma menina que nasceu em Fortaleza e veio morar em Belém. Aqui ela brincava de cabra cega. Primeiro ela pegava um pano bem escuro para não ver a pessoa que vai pegar e amarra sobre os olhos. Depois as pessoas que estão brincando dizem assim: direita, esquerda para não barroarem com as paredes.
Essa brincadeira é brincada em outros lugares. As crianças gostam muito dessa brincadeira.


Autor – Brena Menezes de Sousa
Data - 05/06/2006
Idade - 110anos


Texto da Ficha 5
BRINCADEIRAS E BRINQUEDOS INFANTIS



“BRINCAR DE NERGIA ELÉTRICA”


Paulo e Pedro são dois gêmeos muito criativos. Debaixo dos cajueiros, no quintal de sua casa, eles brincam de energia elétrica.
No mato, eles cortam paus retos com alguns ganchos. Depois arrastam até o quintal e com uma cavadeira, fazem buracos de uns 60 cm para colocarem os paus enfiados. Por fim colocam os fios e as lâmpadas. É uma brincadeira de faz de conta, mas segundo Paulo e Pedro de 10 anos é muito importante, porque quando observam o serviço da Coelce eles ficam atentos para ver se aprendem.
Esse é apenas um exemplo de crianças que aprendem brincando e imitando os adultos demonstrando seus sonhos futuros.


Autor – Pedro Jose de Araujo
Data - 16/06/2006
Idade - 10 anos


Texto da Ficha 5
BRINCADEIRAS E BRINQUEDOS INFANTIS



“ESCONDE-ESCONDE”


O esconde-esconde é uma das brincadeiras mais populares de nossa região. Muitas pessoas gostam de brincar e as crianças adoram. Elas acham muito divertido. Pode brincar uma quantidade enorme de gente o tempo que quiser: uma, duas, três horas. Nessa brincadeira, todos se escondem, exceto uma que ficam contando 1,2,3... enquanto os outros se escondem para poderem procurá-las. A brincadeira recomeça logo que todos forem encontrados. O primeiro que for descoberto é o próximo que irá procurar os outros.
A preferência sempre foi boa e sempre será, porque todas as brincadeiras as pessoas gostam, principalmente as crianças. Elas adoram correr, brincar e se divertir.


Autor – Adriana Vasconcelos Teixeira
Data - 16/06/2006
Idade - 10 anos

Texto da Ficha 5
BRINCADEIRAS E BRINQUEDOS INFANTIS



“PEGA-PEGA”


Essa brincadeira pode ser brincada no terreiro, quintal, campo, etc.
Primeiramente, estrala os dedos e depois todos pegam. Um que pegar o dedo que não foi estralado, vai pegar os outros. Aquele que foi pegue, passa a ser a pessoa que vai pegar as outras crianças e assim continua até as crianças desistirem da brincadeira.
As crianças é quem mais costumam brincar essa brincadeira, durante um tempo de aproximadamente uma hora ou mais.
A criança e o adolescente tem tudo a ver com a brincadeira, principalmente as crianças.
É muito bom ser crianças e ter seus direitos garantidos.


Autor – Adriana Vasconcelos Teixeira
Data – 16/06/2006
Idade - 09 anos

Texto da Ficha 5
BRINCADEIRAS E BRINQUEDOS INFANTIS



“CASINHA”


Primeiro pega-se os brinquedos e bota num local. Risca o chão e se for em casa, não precisa riscar. Faz um quadro e nele faz os quartos e os outros cômodos. Na cozinha tem que ter panelas, frigideiras... Na sala coloca um telefone em cima da mesa. As bonecas, as roupinhas também fazem parte.
Eu acabei aprendendo com meus amigos e colegas.Essa brincadeira tem um sentido: aprender a fazer comida e os divertimentos das crianças.De vez em quando, nós que brincamos de casinha, fazemos algumas brincadeirinhas como a inauguração da nova casa que estamos construindo. Apenas sete ou oito pessoas podem brincar se for o caso, ou menos.
Nessa brincadeira, as crianças imitam os adultos em suas atividades.


Autor – Francisca Josiane dos Santos
Data - 16/06/2006
Idade - 09 anos

Texto da Ficha 5
BRINCADEIRAS E BRINQUEDOS INFANTIS



“PULA PULA, AMARELINHA”


Adriana é uma menina que gosta de brincar amarelinha. Primeiro ela risca o chão de um a dez. Depois cada um pega uma pedra e convida para brincar. Se quiser pode brincar só, mas é melhor brincar com umas três pessoas.
As crianças e os adolescentes tem a ver com essa brincadeira, porque brincam e gostam.
É uma maneira de mostrar capacidade e esforço.
Quem não gosta de brincar e de ser criança?


Autor – Francisca Josiane dos Santos
Data - 21/06/2006
Idade - 09 anos

Texto da Ficha 5
BRINCADEIRAS E BRINQUEDOS INFANTIS



“BALANÇA, BALANÇADOR”


Josiane gosta muito de brincar de balançador. Vai no quintal procurar uma árvore, depois arrumar um talo ou uma tábua, coloca as cordas, bota numa árvore e começa a balançar. Ela brinca e se gostar, arruma mais uns amigos para brincar com ela. Ela brinca quase todo dia e se diverte muito com a brincadeira.


Autor – Adriana Vasconcelos Teixeira
Data - 21/06/2006
Idade - 09 anos

Texto da Ficha 5
BRINCADEIRAS E BRINQUEDOS INFANTIS



“PILÃO DE RODA”


Essa brincadeira é considerada a mais brincada por crianças e adolescentes. Brinca-se assim: pode ser no terreiro, no quintal, no campo, na escola. Pega oito pessoas, vai quatro para cada lado. Se for impar, o time mais forte fica com três e o time mais fraco fica com quatro. Corre primeiro o time de três. Se todos os três fizerem um ponto cada um, o time fica de 3X0 e se o outro time conseguir um ponto, o placar fica de 3x1.
A função é brincar e fazer amizades com novas pessoas.


Autor – William Élson Araújo Vasconcelos
Data - 21/06/2006
Idade - 09 anos


Texto da Ficha 5
BRINCADEIRAS E BRINQUEDOS INFANTIS



“BRINCADEIRA LEGAL COLA”


O cola brinca-se em quintais ou em lugares com muito espaço. Primeiro precisa de três ou mais pessoas. Um menino do grupo estende a mão para as outras pessoas e eles colocam o dedo indicador na palma da mão. O dedo que a criança pegar três vezes vai ser o que vai pegar as outras crianças. Se ela pegar uma criança, ela vai atrás das outras e qualquer pessoa pode descolar a criança que, ao ser descolada, corre.
As crianças e os adolescente adoram essa brincadeira. Finalmente é muito bom com os amigos e os familiares.


Autor – Vanádio Sousa Santos
Data - 07/07/2006
Idade - 10 anos

Texto da Ficha 5
BRINCADEIRAS E BRINQUEDOS INFANTIS



“ELASTICO – UMA UTILIDADE DIFERENTE”


Brena Menezes de Sousa tem dez anos e mora em Belém. Ela brinca de elástico em quintais, dentro de casa com espaço suficiente para brincar. Porém precisa primeiro pegar fitas com elástico e emendar umas nas outras. Duas pessoas seguram enquanto a outra pula. Nesse caso precisa de três ou mais pessoa. Brinca-se com atenção para não errar os pulos entre os elásticos.
Adolescentes e crianças acham boa a brincadeira. Eu acho também porque é legal. A gente brinca com as amigas e amigos, colegas e irmãos.
Todos brincam e gostam muito do desafio de pular com diferentes alturas e estratégias.


Autor – Adriana Vasconcelos Teixeira
Data - 07/07/2006
Idade - 09 anos

Texto da Ficha 5
BRINCADEIRAS E BRINQUEDOS INFANTIS



“CORDA DINÂMICA”


Adriana tem 09 anos e mora em Belém. Ela pula de corda com suas amigas, brincando no quintal, dentro de casa ou em qualquer repartição grande onde o grupo resolver.
Nessa brincadeira, primeiro pega-se a corda e duas pessoas seguram as pontas e roda, movimentando-a. Enquanto movimenta, começa a pular uma pessoa de cada vez, ou de duas ou mais pessoas, conforme a capacidade de pularem igual. Às vezes, pula-se rápido, mas é mais comum pular devagar e contando os pulos.
As crianças e os adolescentes gostam muito dessa brincadeira, o que a torna muito popular.



Autor – Brena Menezes de Sousa
Data - 07/07/2006
Idade - 09 anos

Texto da Ficha 5
BRINCADEIRAS E BRINQUEDOS INFANTIS



“FUTEBOL – BOLA EM CAMPO”


Futebol é muito legal porque os meninos e as meninas jogam com o propósito de ganhar. No Belém, acontece no campo ou em locais com bastante espaço.
Antes de acontecerem os jogos do campeonatos, eles treinam um pouco para quando chegar o dia eles saberem de quase tudo e terem um bom desempenho.
Essas coisas de jogar acontece em toda parte porque é muito popular. Também faz parte de uma Pais que é pentacampeão do mundo.
Muitas pessoas utilizam instrumentos improvisados como bola de meia em um espaço qualquer. Isso é uma pelada.
Essa é uma brincadeira para crianças, jovens e adultos que, muitas vezes, tornam-se profissionais ou bom de bola.
Os jogos oficiais são durante 90 minutos, e os não oficiais acontecem com tempo menor ou mesmo igual.


Autor – Brena Menezes de sousa
Data - 0707/2006
Idade – 10 anos


Texto da Ficha 5
BRINCADEIRAS E BRINQUEDOS INFANTIS



“PEGA-AJUDA”


Vanádio é uma criança de 10 anos e afirma que essa brincadeira foi uma invenção do grupo de crianças da escola de Belém. Ela funciona assim: em um lugar espaçoso, pátios ou quintais, uma criança do grupo estrala os dedos e todas as outras pegam. Quem pegar o dedo não estralado será o “pega-ajuda”. Ela corre e pega as outras crianças. Quem for pegue primeiro, vai ajudá-la a pegar as outras criançças e assim sucessivamente.
Crianças e adolescentes gostam muito de brincar essa brincadeira pois se divertem com muita alegria..


Autor – Adriana Vasconcelos Teixeira
Data - 07/07/2006
Idade - 09 anos

Texto da Ficha 5
BRINCADEIRAS E BRINQUEDOS INFANTIS



“ESTÁTUA”


A estátua é uma brincadeira que tem como desafio ficar sem se mexer. Pode-se brincar em qualquer lugar. Para começar as crianças cantam em roda; “estátua,meu bem: estátua, meu bem; estátua! Todas as crianças ficam paradas e quem se mexer primeiro sairá da brincadeira. A brincadeira recomeça até chegar a um finalista.
Esta é uma brincadeira antiga que as crianças e adolescente adoram.


Autor – Vanádio Sousa Santos
Data - 07/07/2006
Idade - 10 anos

Texto da Ficha 6
FIGURAS POPULARES



“ANTÔNIO GREGÓRIO DO NASCIMENTO”


Antônio Gregório do nascimento é filho de Gregório, um homem que viveu no Poço da Onça.
Escolheu Belém para morar quando saiu fugido da casa de seus pais. O motivo da fuga era o amor que sentia por Maria Cipriano, filha da empregada de sua família, que veio com ele.Na ocasião trouxeram uma carga de palha de carnaubeira com o propósito de construir um casebre enquanto encontravam condições para fazer uma casa melhor.
Enquanto viveu foi uma pessoa comum da comunidade, que vivia da agricultura. Porém um 1988, quanto foi construída a Unidade de Ensino de Belém, usaram como critério homenagear o morador mais antigo que morou nas proximidades do prédio. Desde então, Antônio Gregório do Nascimento deu nome a pequena escola de Ensino Fundamental da comunidade.
Esta homenagem póstuma foi o que deu origem a figura popular.


Autor – Vanádio Sousa Santos
Data - 17/08/2006
Idade - 10 anos

Texto da Ficha 6
FIGURAS POPULARES



“NADIR – MULHER CURANDEIRA”


Francisca Nadir do Nascimento nasceu em Cruz. Com 12 anos ela descobriu que podia curar. As pessoas que eram curados por ela, passaram esta novidade para outras pessoas e foi assim que ela se tornou popular.
As pessoas que são curadas por ela a chamam de tia ou avó. Ela também trabalha como agricultora e participa de danças populares. Em agosto de 2005 ela participou de uma drama na Noite Cultural da Escola.
Ela mora no Belém desde que nasceu. Ela tem um filho adotivo, neto de seu esposo Sabino. Estudou dois meses o MOBRAL e não sabe ler direito. A etnia dela é negra e ela tem 60 anos..
Dona Nadir sempre recebeu em sua casa crianças recém nascidas e adolescentes. Geralmente são crianças que as mães levam para serem curadas de quebranto, mal de menino, onde ela atende com muito amor e carinho, desejando sempre o melhor para elas.


Autor – William Élson Araújo Vasconcelos
Data - 15/05/2006
Idade - 09 anos


Texto da Ficha 6
FIGURAS POPULARES



“ANTÔNIO PEDRO – O POETA DO BELÉM”


Antônio Jose dos Santos, conhecido como Antônio Pedro, nasceu em Retiro / Acaraú, há 90 anos.
Dedicou muito tempo de sua vida trabalhando na agricultura e nos finais de semana, brincava reisado, dançava forró e fazia versos. Gostava muito de se reunir com os amigos e brincar sem compromisso.
As pessoas da comunidade costumavam lhe pedir para fazer versos sobre vários acontecimentos, como aniversários, casamentos e até falecimentos.
Ficou viúvo com 82 anos perdendo sua esposa que era dedicada e companheira, apoiando-o nos trabalhos.
Depois de muito tempo fazendo poesias, conseguiu publicá-las num livro,que tem como titulo: “Revelações de um agricultor”, quer foi lançado no dia 03 de julho de 2005, fazendo muito sucesso.
Hoje mora com sua filha caçula e, com muita dificuldade, ainda faz alguns versos.


Autor – Vanádio Sousa Santos
Data - 27/06/2006
Idade - 10 anos


Texto da Ficha 6
FIGURAS POPULARES



“NELIM – UM ARTISTA POPULAR”


Manoel Edésio dos Santos tem 60 anos e nasceu em Belém, sendo filho de Antônio Pedro e Maria Augusta.
É um homem simples de poucas letras que estudou apenas até a 3ª série,porém é muito curioso e criativo, gostando muito de trabalhar.
Alem de suas atividades agrícolas, trabalha com cimento fazendo pias, tinas, tanques, vasos de plantas de diferentes modelos e tamanhos e tubos para forrar fossas e cacimbas com tampas, inclusive para caixa d água. Hoje não faz mais porque o comercio oferece tudo isso de melhor qualidade e com preços mais em conta.
As lendas, historias reais e fictícias, as influencias poéticas herdadas do pai, a primeira carroça para a comunidade, as celebrações que participava com o grupo, a filha recém nascida que ficou até três anos com problemas no coração e a promessa que o deixou um ano sem tirar a barba, a produção de farinha amarela em sua importante e bem cuidada casa de farinha, fez desse homem rural um ser popular.
Com vida simples e humilde, criou e educou seus seis filhos com muita dedicação ao lado de sua esposa Terezinha.



Autor – Vanádio Sousa Santos
Data - 16/07/2006
Idade - 10 anos

Texto da Ficha 6
FIGURAS POPULARES



“DONA GUIDA”


Guida Anisia dos Santos Sousa nasceu numa família tradicional e muito religiosa de Belém.
Desde cedo quis ser professora, onde ensinou muitas pessoas a ler e escrever.
Foi também catequista levando às crianças e adolescentes daquele lugar os ensinamentos de Jesus.
Algumas pessoas da comunidade a procuram para ler e escrever cartas, que são enviadas de seus parentes distantes.
Como Agente de Saúde e Líder Comunitária, preocupada com o bem-estar da comunidade, pediu ajuda a muita pessoas e consegui reformar o prédio da comunidade, onde homenageou sua mãe; “Centro Comunitário Maria Augusta Muniz”, (in memória). Lá acontecem as consultas do PSF (Programa Saúde da Família) e as reuniões comunitárias.
Até hoje faz cursos de batismo e casamento, ajuda os estudantes com pesquisas sobre a comunidade, onde é querida e admirada por muita gente.


Autor – Maria Viviane dos Santos
Data - 08/07/2006
Idade - 14 anos


Texto da Ficha 6
FIGURAS POPULARES



“ZÉ DIAS”


José Domingues de Araújo, 83 anos, é filho adotivo de Jose de Oliveira Magalhães e Isabel Henrique de Araújo, uma das primeiras famílias de Belém.
Como outros, é analfabeto. Sabe somente o manuscrito para assinar o próprio nome. Mas é um homem experiente e vivido. Casou-se duas vezes. Primeiramente com Francisca Moraes, depois com Lucia Aurélia de Sousa, com quem vive até hoje. Pai de doze filhos, trabalhou na agricultura e na criação de animais para sustentar sua grande família. Tudo isso ajudou a tornar-se uma pessoa popular, além de sua saúde e sua viagem ao Amazonas.
Esse homem simples e responsável, recatado às vezes, gosta muito de conversar com amigos e parentes, o que o torna ainda mais interessante.


Autor – Adriana Vasconcelos Teixeira
Data - 12/05/2006
Idade - 09 anos



Texto da Ficha 6
FIGURAS POPULARES



“ANTÔNIO MARQUES”


Antônio Jose de Freitas, 71 anos, é um homem forte e trabalhador, graças a sua alegria, seu bom humor e as permanentes atividades de esforço físico que realiza.
Quando jovem fez de tudo um pouco. Não era de envolver-se em grandes eventos mas gostava de desafios como pular, gritar, correr... Sempre sentiu-se uma pessoa alegre e sadia, satisfeito com a vida, declara ele.
Já casado resolveu ser cantador e durante uns dez anos se divertia e ganhava alguns trocados com a nova profissão. Também já foi dirigente do Dia do Senhor e afirma que gosta muito de sua religião católica. Amar o próximo, respeitar os outros e estar em harmonia é muito importante.
Confessa que seu jeito de ser, sua relação com todos, sua família, seus costumes de plantar, colher e vender frutas e verduras, suas pedaladas de bicicleta de Belém a Cruz e de Cruz a Belém o faz ser uma figura popular onde nasceu e viveu até hoje. Isso o honra muito.


Autor – Maria Viviane dos Santos
Data - 08/07/2006
Idade - 14 anos


Texto da Ficha 6
FIGURAS POPULARES



“MANÉ MUNIZ”


Manoel Fonteles Muniz, 66 anos, filho de João Muniz Rodrigues Filho e de Francisca Querubina Fonteles, nasceu em Correguinho dos Muniz, no município de Cruz – Ceará. É conhecido popularmente como Mane Muniz.
É de uma família tradicional e bem influente para a época, mas que não se preocupava com luxurias e regalias. Por isso, nunca comprou títulos, moda de quem tinha posses na época, como os coronéis e tenentes.
Mane Muniz é uma figura popular para o Sitio Lagoa Seca, porque é um proprietário que cuida e preserva a herança deixada pelo pai. Por lá já viveram muitas famílias que o ajudaram na exploração da terra (plantio de cajueiro e coqueiro e na safra do caju e da castanha), como também em diversas atividades. Ele sempre cultivou muitas amizades com seu jeito alegre e simpático de ser.
Atualmente está limitado pela própria saúde (problemas cardiovasculares) e freqüenta o sitio como terapia ocupacional. Nem seus filhos e entendem quando expõe seus desejos de permanecer com seus bens para entregar-lhes como herança, futuramente, declara ele.


Autor – Pedro José de Sraújo
Data - 10/07/2006
Idade - 10 anos


Texto da Ficha 6
FIGURAS POPULARES



“RAIMUNDO CECILIA”


Raimundo Nonato Muniz, 55 anos, é o primeiro filho de Geraldo e Cecília.. Ainda criança, ficou sem o pai. Mesmo assim, foi crescendo com responsabilidade e espírito de solidariedade e participação, o que o ajudou muito a tornar-se uma figura popular.
Líder comunitário, sempre mostrou seu lado comunicativo com simplicidade e sensatez. Esteve presente na construção do prédio comunitário, participou das comunidades eclesiais de Base (CEBs), incentivou e organizou a fundação da Associação Comunitária de Belém, sendo eleito o primeiro presidente. Acompanhou os projetos de eletrificação rural e abastecimento de água, benefícios do Projeto São José, ambos em sua gestão. Foi o fundador e primeiro presidente do sindicato dos trabalhadores rurais de Cruz,, ajudou e participou da fundação da Associação de agentes Comunitários de Saúde, da qual também faz parte. Por esses e outros feitos, Raimundo Cecília, como é conhecido, tem demonstrado compromisso e competência. É respeitado e admirado pelas pessoas da comunidade e do município de quem cultiva boas amizades e boas relações de cidadania.


Autor – Francisco Carlos Araújo Costa
Data - 14/07/2006
Idade - 09 anos


Texto da Ficha 7
EXPRESSÕES E VOCÁBULOS LOCAIS E REGIONAIS



“BOTAR NA BAIA”


É uma expressão que é dita pelos mais velhos. Colocar alguma coisa na baia, na luta da casa, principalmente na cozinha, nos serviços do dia a dia.
As crianças e adolescentes falam essa expressão, porque aprenderam com as pessoas mais velhas. É uma expressão popular que significa colocar para usar. É muito usado no vocabulário da comunidade.


Autor – Vanádio Sousa Santos
Data - 05/07/2006
Idade - 10 anos


Texto da Ficha 7
EXPRESSÕES E VOCÁBULOS LOCAIS E REGIONAIS



“NÃO ACREDITO NÃO”


É quando a gente duvida do que uma pessoa está falando, ou se admira de um fato acontecido.
Quando uma pessoa mais jovem ou da idade da gente conta uma história e a gente se admira da narração ou do fato ocorrido ou duvida do que ela está falando, diz:
_ Não acredito não!
Na verdade, a idéia não é chamá-la de mentirosa, jamais.


Autor – Vanádio Sousa Santos
Data - 05/07/2006
Idade - 10 anos

Texto da Ficha 7
EXPRESSÕES E VOCÁBULOS LOCAIS E REGIONAIS



“ROXO DE PREGUIÇA”


É uma expressão atual. Tem muitas pessoas que são preguiçosas e isso quer dizer que é uma pessoa com falta de coragem ou com muita preguiça. É usado quando se pede para uma pessoa faz alguma coisa e ela não vai. Geralmente é dita pelas mães com seus filhos entre irmãos, amigos e conhecidos.
São os adolescentes que mais escutam e falam essa expressão, porque são vitimas das preguiças.


Autor – Vanádio Sousa Santos
Data - 05/07/2006
Idade - 10 anos

Texto da Ficha 7
EXPRESSÕES E VOCÁBULOS LOCAIS E REGIONAIS



“AZUL DE FOME”


É uma expressão importante que quer dizer com uma pessoa está com muita fome.
Se a pessoa estiver mesmo com fome ela não espera a hora de comer.
Esta frase vem das pessoas mais velhas e os adolescentes escutam e repassam para os mais novos. É a cultura passando de geração em geração.


Autor – Vanádio Sousa Santos
Data - 05/07/2006
Idade - 10 anos

Texto da Ficha 7
EXPRESSÕES E VOCÁBULOS LOCAIS E REGIONAIS



“CAGANEIRA”


É uma doença que dá em todo mundo, principalmente em crianças e idosos. Ela acontece no intestino das pessoas e geralmente dura de 2 a 4 dias.
As pessoas que ouvem os mais velhos dizendo, acabam dizendo também. É conhecido também como desinteria ou diarréia.


Autor – Vanádio Sousa Santos
Data - 05/07/2006
Idade - 10 anos

Texto da Ficha 7
EXPRESSÕES E VOCÁBULOS LOCAIS E REGIONAIS



“CASCUDO”


É uma expressão que é falada por todo mundo. Significa uma pancada na cabeça, com a mão fechada. Isso acontece quando uma pessoa está com raiva de outra. E não se dá um cascudo só por brincadeira. É pelo que fez ou o que se disse com a outra pessoa.
Isso tem muito a ver com os adolescentes e com as crianças porque eles se danam e as mães falam que vão dar um cascudo neles. Também falam coque, murro ou cocorote. Tudo é a mesma coisa.


Autor – Vanádio Sousa Santos
Data - 05/07/2006
Idade - 10 anos

Texto da Ficha 7
EXPRESSÕES E VOCÁBULOS LOCAIS E REGIONAIS



“VAI PRA CHINA”


É uma expressão geralmente dita pelos adolescentes e quando estão com raiva e querem descartar uma pessoa ou idéia. A expressão é bem falada pelas pessoas novas e muitas vezes pelos idosos. Os adolescentes são mais vitimas dessa expressão do que as outras pessoas porque podem ouvir de pessoas mais velhas e mais jovens. Já eles não devem falar com as pessoas mais velhas porque expressão falta de educação e é deselegante.


Autor – Adriana Vasconcelos Teixeira
Data - 05/07/2006
Idade - 09 ano

Texto da Ficha 7
EXPRESSÕES E VOCÁBULOS LOCAIS E REGIONAIS



“TANTO QUEIRA”


É um dizer popular usado quando uma pessoa pergunta se a gente tem alguma coisa. Se a gente tem muito, responde que “tem tanto queira”..
É uma expressão usada também com crianças e adolescentes, sejam em conversas ou em outras situações.


Autor – Vanádio Sousa Santos
Data - 05/07/2006
Idade - 10 anos

Texto da Ficha 7
EXPRESSÕES E VOCÁBULOS LOCAIS E REGIONAIS



“TUAS VENTAS! TUA CARA!”


É uma expressão falada pelas mães com seus filhos quando eles dizem alguma coisa que ela não concorda. Também são faladas quando as pessoas acham algo errado.Os adolescentes escutam das mães e dos mais velhos e acabam se acostumando a falar também.


Autor – Adriana Vasconcelos Teixeira
Data - 05/07/2006
Idade - 09 anos


Texto da Ficha 7
EXPRESSÕES E VOCÁBULOS LOCAIS E REGIONAIS



“TU É DOIDA, É?”


É uma expressão falada pelas pessoas mais novas e as velhas também. Também é uma forma de dizer que a pessoa não está certa ou discordar, principalmente quando o ouvinte acha que o falante não está com razão. Muitas vezes é usada só por mania ou vicio de linguagem. As crianças e os adolescentes ouvem e saem dizendo com as outras pessoas.


Autor – Maria Viviane Santos
Data - 05/07/2006
Idade - 14 anos


Texto da Ficha 7
EXPRESSÕES E VOCÁBULOS LOCAIS E REGIONAIS



“PASSAMENTO”


É uma expressão popular que é dita pelos mais velhos. Dra um passamento quer dizer desmaiar, dar um treco, dar uma agonia.
Quando uma pessoa se sente fraca e está com uma tontura e não está se sentindo bem, pode acontecer de ela “dar um passamento”.
As pessoas de antigamente passavam muito por isso.


Autor – Maria Viviane dos Santos
Data - 05/07/2006
Idade - 14 anos

Texto da Ficha 7
EXPRESSÕES E VOCÁBULOS LOCAIS E REGIONAIS



“REMELA”


É uma secreção de cor esverdeada que sai dos olhos quando estão inflamados. Pessoas adultas e crianças que adquirem a infecção amanhece o dia com muita sujeira nos olhos e é por isso que é chamada de remela.
É uma palavra popular que é dita por todo mundo. A doença de onde vem a remela já vem das pessoas mais velhas é conhecida por eles como dordói (conjuntivite). Ela se manifesta principalmente no inverno.


Autor – Maria Viviane dos Santos
Data - 05/07/2006
Idade - 14 anos
Texto da Ficha 7
EXPRESSÕES E VOCÁBULOS LOCAIS E REGIONAIS



“ARIADO(A)”


É uma das expressões mais conhecidas na região, não só pelas pessoas mais velhas, mas pelos jovens também. É quando uma pessoa não sabe seu rumo nem a direção em que está indo.
É um fato interessante porque para as pessoas que se sentem ariadas e estão bem acostumadas não tem problema para si, porém, quando manifestam aos outros é que surgem os conflitos de comunicação e entendimento entre a vitima e a outra pessoa, a ponto de um achar que o outro achar que o outro está errado e vice-versa.


Autor – Maria Viviane dos Santos
Data - 05/07/2006
Idade - 14 anos


Texto da Ficha 7
EXPRESSÕES E VOCÁBULOS LOCAIS E REGIONAIS



“BUCHO FOFO”


É uma expressão popular que as pessoas costumam dizer e vem dos mais velhos. Eles costumam dizer bucho fofo especificamente quando uma pessoa se sente com fadiga na barriga. Isso acontece de vez em quando quando a pessoa come demais ou comida muito quente e se sente cheio. De gases. As pessoas mais novas não costumam dizer. Elas apenas ouvem das pessoas mais idosas..


Autor – Maria Viviane dos Santos
Data - 05/07/2006
Idade - 14 anos

Texto da Ficha 8
HISTÓRIAS LOCAIS



“COMUNIDADE DE BELÉM”


A 5 km da sede do Município de Cruz, na direção sul do município, Belém é uma comunidade que abriga aproximadamente 104 familias que residem, a maioria em casas de tijolos, mas tem um numero significativo delas que moram em casa de taipo. São famílias pobres que sobrevivem principalmente da agricultura, da pesca e trabalhos artesanais e do salário de muitos aposentados. O caju e a castanha também ajudam na renda familiar.
Apesar de conter um número alto em analfabetismo, principalmente adultos e idosos, é uma comunidade organizada e unida, que ganha destaque pelas famílias tradicionais, seus feitos e sua influencia cultural.
A comunidade foi descoberta por volta de 1..888, ano em que um homem chamado Sabino, saiu da Serra da Barriga, junto com seu conterrâneo Manoel Antônio. Ambos trouxeram uma porção de gado bovino.O primeiro fixou residência em Jenipapeiro e o outro na Baixa do Zacarias.
Certo dia, o gado sumiu e os dois entraram mata a dentro a procurá-lo. Encontraram uma vereda que denunciava a passagem do gado pelos rastros e pelas feses. Essa ultima chama a atenção pela cor esverdeada. Continuaram andando e encontraram o gado pastando ao redor de uma lagoa. Um deles falou: “Parece a Lapinha de Belém”, e o outro: “é. Vamos chamá-la de Lagoa do Belém”. Era uma lagoa pequena e funda, cheia de pastagens verdes ao seu redor e uma bruta mata virgem.
Assim é a comunidade de Belém e sua origem, pois foi através de Sabino, seus filhos e outros como Manoel Machado, Raimundo Massal e José Gregório que surgiram a cultura e as famílias mais tradicionais desse lugar.


Autor – Maria Viviane dos santos
Data - 08/07/2006
Idade - 14 anos

Texto da Ficha 8
HISTÓRIAS LOCAIS



“SITIO LAGOA DOS GREGÓRIOS”


Localidade do município de Cruz, com aproximadamente 708 hectares, Lagoa dos Gregórios tem uma fábrica de caju, uma granja desativada (que inclui uma residência), quatro casas com seus respectivos moradores e uma casa de farinha. As famílias são operários e vaqueiros que cuidam da fazenda e das plantações e da criação de bovinos.
Foi descoberta por Manoel Gregório e seu irmão, quando caçavam animais na mata virgem. Certa vez, subiram em uma árvore muito alta e avistaram marrecos sobrevoando determinado local. Quando se dirigiram para lá, observaram que em alguns troncos de árvore, estavam sujos de lama, como de animais que se coçavam nas plantas. Certamente porcos silvestres como javalis, caititu, queixadas que tinham muitos na época. Ao chegarem na referencia dos marrecos, descobriram uma pequena lagoa. Era muito difícil de perceber porque, embora a uns 200 metros do caminho do gado, estava encoberta por muitos pés de sabias e plantas aquáticas.
No principio, a lagoa foi dividida entre dois donos e o lado do Manoel passou a se chamar Lagoa dos Gregórios e o outro lado que pertencia ao seu irmão chamou-se de Santa Maria (homenagens aos próprios descobridores). Mais tarde as terras passaram a ser todas de Manoel e a localidade passou a ser Lagoa dos Gregórios.


Autor – Pedro José de Araújo
Data - 08/07/2006
Idade - 10 anos

Texto da Ficha 8
HISTÓRIAS LOCAIS



“SITIO LAGOA SECA”


Lagoa seca, localizada no município de Cruz, vizinho a Lagoa dos Gregório, não chega a ser uma comunidade e sim , um sitio, pois possui um único proprietário, o Senhor Manoel Fonteles Muniz (Mane Muniz), que recebeu de herança de seu pai, com 354 hectares.
João Muniz Rodrigues Filho adquiriu a propriedade através de um leilão realizado por seus antigos donos que eram de Pernambuco. Encomendou que seu amigo, o Senhor Duca Albano da Silveira, pessoa influente fizesse o possível para arrematá-la.Daí foi colocado o primeiro morador de nome Hipólito, que chamava a propriedade de Lagoa Seca, que em raríssimos anos criou água.
O sitio possui quatro casas de tijolos e uma de taipo em ruínas. Apenas uma família mora lá para cuidar da casa, de algumas vacas e de outras atividades que surgirem. Quem mora lá não fica por muito tempo porque tudo fica distante e mão tem nenhum conforto ou lazer. Não tem energia e as estradas são de muita areia, esclarece o proprietário.. Segundo ele, ainda preserva o lugar devido as plantações de cajueiros e coqueiros que ainda lhe dá satisfação em colher os frutos. Como já é idoso não tem como explorar a mata virgem que ainda existe. Ficará de herança para seus filhos.


Autor – Pedro Jose de Araujo
Data - 08/07/2006
Idade - 10 anos

Texto da Ficha 10
INSTITUIÇÕES E ENTIDADES LOCAIS



“ASSOCIAÇÃO ESCOLAR”


é uma entidade sem fins lucrativos composta por representantes de pais, professores e alunos e ou membros da comunidade com interesse em educação.
Foi fundada no dia 26 de abril de 1997 pela professora Maria Rosirene dos Santos, diretora na época. Tudo aconteceu com instruções de uma cartilha enviada pelo Ministério da Educação para as escolas publicas fundarem suas Unidades Executoras . Mesmo sabendo que a escola não tinha o numero de alunos suficiente na época, foi decidido formar a associação.
Numa reunião de diretores logo que a Associação foi fundada, a escola serviu de representação para as demais. Num segundo momento, a mesma escola, em particular a diretora, foi arrasada em público por ter criado uma associação sem necessidade. Quando a escola atingiu o numero de alunos suficientes, passou a funcionar normalmente até os dias atuais. Como o próprio nome sugere, pais, professores e alunos compõem sua gestão renovando-se sempre que necessário.
Atualmente acontecem reuniões para mudança dos membros da diretoria, conselho deliberativo e conselho fiscal e também decisões colhetivas para a compra de matérias de consumo e permanente da escola.
Alem de receber os recursos do programa Dinheiro Direto na Escola, a Associação tem a oportunidade de realizar uma gestão democrática e cidadã para a comunidade.


Autor – Brena Menezes de Sousa
Data - 21/06/2006
Idade - 10 anos

Texto da Ficha 10
INSTITUIÇÕES E ENTIDADES LOCAIS



“ASSOCIAÇÃO COMUNITARIA DE BELEM”


a Associação Comunitária de Belém surgiu de uma necessidade da comunidade se organizar melhor, que pudesse dar mais respaldo ao grupo de moradores, que já participavam de reuniões, eventos, multirões, etc.
a referida entidade foi fundada no dia 16 de maio de 119995 na Escola Antônio Gregório do Nascimento, com o apoio de Manoel Valdery da Rocha e Jose Aroldo Muniz que estiveram presentes assim como muitos membros da comunidade, cujo presidente foi o senhor Raimundo Nonato Muniz.
Após a sua fundação, a entidade já participou do Projeto São José, uma eletrificação para a comunidade e mais recentemente o abastecimento de água. Em todos os projetos a comunidade se manifesta com participação voluntária nos serviços, o que garante força e união em prol do progresso e da cidadania que se constrói no bem estar social.


Autor – Francisco Carlos Araújo Costa
Data - 21/06/2006
Idade - 09 anos

Texto da Ficha 10
INSTITUIÇÕES E ENTIDADES LOCAIS



“SISTEMA INTEGRADO DE SANEAMENTO RURAL - SISAR”


O SISAR é um órgão que existe para apoiar as comunidades rurais onde tem abastecimento de água.Essa entidade é composta de representantes dos municípios onde tem rede de abastecimento de água. Ela serve para dar manutenção aos sistemas técnicos e administrativos.
Foi fundada em 1996 com o apoio do Governo do Estado. No Ceará são oito sedes distribuídas em áreas estratégicas ao acesso de seus associados. A sede que presta informações e serviços à comunidade de Belém é em Sobral.
É um apoio importante e indispensável, principalmente a principio, onde a comunidade não tem muita experiência.


Autor – Francisco Carlos Araújo Costa
Data - 21/06/2006
Idade - 09 anos