sexta-feira, 30 de junho de 2006

Aningas - Mapeamento Cultural 2006

Texto da ficha 01
Manifestações Culturais e Eventos

Cantoria

As cantorias acontecem em escolas, praças e ruas. Algumas pessoas se reúnem para fazer este evento animado, onde os cantadores cantam e tocam repentes improvisados. O público é composto, em sua maioria, por pessoas idosas, pois os adolescentes não valorizam muito essa manifestação cultural.
Os cantadores se vestem de maneira simples e sua melodia é acompanhada apenas por um violão e um cavaquinho. Segundo os entrevistados, as cantorias acontecem mensalmente e tem duração aproximada de três horas.
Nome: Samuel Silva.
Idade: 12 anos
Data: 17/05/2006



Texto da ficha 01
Manifestações Culturais e Eventos

Festas Juninas

As festas juninas ocorrem, geralmente no mês de junho e, por isso, recebem esse nome (em alguns casos chega a ultrapassar os primeiros dias de julho). Trazida para o Brasil pelos europeus, este evento ocorre com mais freqüência no nordeste do país.
Essas festas têm na sua origem, homenagear os seguintes santos: Santo Antônio, São João e São Pedro. Nelas você encontra quadrilhas, fogueiras (onde são realizadas pulutricas – simpatias para arrumar namorado ou marido), brincadeiras e danças regionais.
A comunidade se envolve bastante nesses festejos e o que mais apreciam são as comidas típicas como bolo de milho, de batata, de macaxeira, pé-de-moleque, paçoca, canja, tapioca, pipoca, dentre outras guloseimas.
Ao longo do tempo essas festas vêm perdendo sua originalidade, pois o público mais jovem vêem esses eventos apenas como uma forma de diversão e não como uma tradição cultural.
Nome: Antônia Kelly Nascimento Sousa
Idade: 11 anos
Data: 25/05/2006


Texto da ficha 01
Manifestações Culturais e Eventos


Novenas

As novenas (que são realizadas em nove dias) acontecem nas festas de cada santo, sempre comemorando o seu dia. O público participante é de crianças, jovens, adultos e idosos.
Em cada novena dedicam-se as orações e pedidos à família onde está sendo realizada e também aos doentes, abandonados e aos mais necessitados.
As pessoas que participam sempre saem cantando em louvores à Maria até o local onde a novena será realizada.
Nome: Francisca Alfa Albuquerque
Idade: 12 anos
Data: 25/05/2006








Texto da ficha 02
Ofícios e modos de fazer

Licor de Caju

Maria do Socorro de Vasconcelos, conhecida como Mariinha, reside em Aningas, desde que nasceu. Aprendeu a fazer esse ofício com uma tia quando ainda era jovem, mas nunca o exerceu como profissão.
Para fazer o licor, extrai-se o suco do caju e clorifica (coloca-se um produto conhecido como cola dentro do suco e depois filtra), logo em seguida leva-se esta mistura ao fogo com açúcar, deixa ferver bem até ficar com consistência parecida com a de um mel, depois apurar bem.Com 5 litros de suco se obtém apenas 2 litros de licor.
Dona Mariinha não faz mais o licor de caju, mas sente saudade daquela época e sente prazer em ensinar esse ofício a quem não sabe.
Nome: Taynara Cristina de Vasconcelos
Idade: 10 anos
Data: 30/05/2006


Texto da ficha 02
Ofícios e modos de fazer

Pamonha

Avenida 14 de Janeiro, 1177 – Aningas – Cruz. Ali mora Dona Estrela, uma mulher pequena no tamanho, mas grande na capacidade de trabalhar. Adora o inverno, pois com a chegada do milho verde ela pode fazer pamonha e canjica. Sempre foi assim, ela lembra que começou essa arte muito cedo ajudando a sua mãe e alem disso, ainda capina com o pai.
O pamonha é um ofício muito trabalhoso, pois requer uma tarde inteira. Para fazer a pamonha, pegue o milho verde, descasque, tire os cabelos do milho, rale, acrescente coco ralado, leite, manteiga ou queijo, sal ou açúcar a gosto e depois coloque a massa preparada nas palhas do milho fazendo embrulho amarrando-o com palhas do próprio milho desfiadas ou palha de carnaubeira. Coloque em uma panela com água fervente e deixe cozinhar por aproximadamente duas horas e meia. Depois deixe esfriar, retire da palha e sirva em rodelas acompanhada de café ou leite.
Nome:Ednara Naiane Sousa Vasconcelos
Idade:10 anos
Data:24/05/2006



Texto da ficha 02
Ofícios e modos de fazer

Canjica

Dona Estrela, acima citada também adora fazer canjica. Ela relatou que para fazer a canjica, é só tirar a palha e os cabelos do milho, ralar e peneirar. Acrescenta-se leite e coco, açúcar ou sal a gosto. Leve tudo ao fogo mexendo sempre até cozinhar. Depois de cozido coloca-se em recipientes, ainda quente, deixe esfriar e saboreie a vontade.
Nome: Amanda Cristina Livino
Idade: 9 anos
Data: 24/05/2006


Texto da ficha 02
Ofícios e modos de fazer

Cuscuz

Dona Marié mora na Avenida 14 de Janeiro, próximo à Praça dos Três Poderes, Aningas, Cruz. Uma mulher alegre e simpática que adora conversar com as pessoas. Cresceu ajudando os pais e aos quinze anos já trabalhava sozinha preparando a comida dos trabalhadores na farinhada.
Hoje Dona Marié tem um restaurante e um dos quitutes que ela prepara é o cuscuz.
Para fazer esse ofício, é preciso colocar um pacote de massa de milho no leite com um pouco de sal, molhando bem e deixando por uma hora em repouso. Coloque na cuscuzeira para cozinhar por cerca de vinte minutos. Depois de cozido, unte com manteiga e sirva com café.
Nome: Taiane Araújo Silveira
Idade: 9 anos
Data: 24/05/2006


Texto da ficha 02
Ofícios e modos de fazer

Tapioca

Numa casa simples, mas bem aconchegante, mora Dona Nenê do Muniz, mas precisamente na Avenida 14 de Janeiro, 1298, Aningas, Cruz, Ceará. Seu nome completo é Maria de Fátima Freitas Muniz uma agricultora de 52 anos, natural de Jenipapeiro, desde criança observava a mãe fazer tapioca, mas somente depois de casada passou a praticar essa arte culinária.
Inicialmente fazia o ofício por prazer, mas depois começou a vender por encomenda.
Ela explica que é muito fácil fazer uma tapioca: é só molhar a goma para ficar úmida, acrescentar coco ralado e sal a gosto, em seguida misturar tudo e mexer com as mãos. Coloca-se uma frigideira para esquentar, despeja a mistura no recipiente e quando estiver assado um lado, vire para que também asse o outro.
Nome: Francisca Raiane Neves Santos
Idade: 9 anos
Data: 24/05/2006


Texto da ficha 02
Ofícios e modos de fazer

Pé-de-moleque

Dona Nenê do Muniz, também é muito elogiada pelos pés-de-moleque que faz. Diz que aprendeu o ofício com sua mãe.
Já este quitute é mais trabalhoso, pois é necessário descascar a mandioca e colocá-la de molho por seis dias (para amolecer), depois é só retirá-la e desmanchá-la. A próxima etapa e peneirar e misturar a massa com os demais ingredientes, que são: açúcar, cravo, sal, farinha de trigo e ovos até formar uma massa homogênea. Dessa massa, reparte-se em cubos e embrulha-se em palhas de bananeira, leva-se ao forno quente para assar por uma hora. O resultado é o tão famoso pé-de-moleque.
Nome: Aline Silveira Sousa
Idade: 9 anos
Data: 24/05/2006


Texto da ficha 02
Ofícios e modos de fazer

Biscuit

Alto do rio Acaraú, Aningas, mora a simpática senhora Maria Benedita Albuquerque que faz biscuit de todos os modelos. Ela morava em Fortaleza e disse que aprendeu o ofício lá através de um curso e também por ter o dom do artesanato.
Ela faz biscuits de todos os modelos e tamanhos. Usa uma massa própria feita de maisena e cola que tinge para dar a cor e com as mãos, vai modelando o objeto que quer fazer.
Ela relatou que além de um prazer, é uma terapia.
Nome: Antonio Rafael de Sousa Vasconcelos
Idade: 10 anos
Data: 30/05/2006


Texto da ficha 02
Ofícios e modos de fazer

Panelada

Francineide Maria de Sousa reside desde os seis anos em Massaranduba e é conhecida como Dona Neda. Aprendeu a fazer o ofício com sua mãe quando já era adulta, hoje faz para seus familiares mais próximos.
O pra to consiste em escaldar os intestinos do boi, cortá-lo em pedaços bem pequenos, temperá-los e numa panela bem grande cozê-los.
Gosta de fazer aos domingos, quando reúne toda a família. Já é avó e pretende ensinar o oficio aos filhos e netos.
Nome: Erlândia Maria Nascimento
Idade: 9 anos
Data: 30/05/2006


Texto da ficha 02
Ofícios e modos de fazer

Doce de Caju em Calda

Mariana Alexandre Oliveira reside em Baixa dos Poços e tem 66 anos. É filha de Miguel Alexandre e Maria do Carmo. Nasceu e Mil Passos, mas há 20 anos mora em sua atual residência.
Para fazer o doce é preciso selecionar os cajus já descastanhados, em seguida retira-se a película, corta-se as extremidades do mesmo, retira-se parte do suco do fruto e reserva. Depois desse processo, prepara-se a calda com o suco clorificado, ou seja, o vinho cortado em uma panela grande com água, acrescenta-se os cajus para o cozimento em fogo baixo até dar ponto.
Aprendeu a fazer o doce com sua mãe. Ficava observando minha mãe fazer. Diz que se sente feliz quando é elogiada pelo seu trabalho. Espera que seus filhos e netos possam passar esse ofício para as gerações futuras.
Nome: Juliana Jéssica Oliveira dos Santos
Idade: 10 Anos
Data: 30/05/2006


Texto da ficha 02
Ofícios e modos de fazer
Cajuína

Dona Margarida Maria Silva nasceu em Aningas e teve uma infância muito feliz. Aprendeu o ofício com sua mãe até que um dia tentou fazer por conta própria.
A cajuína deve ser feita da seguinte maneira: retira-se a castanha do caju, extrai-se o suco manualmente, clorifica-se o suco com cola ou gelatina (próprias), mistura-se lentamente até formar coágulos, deixa-se em repouso por 30 minutos para que o suco em suspensão concentre-se no fundo do recipiente. Depois desta etapa, filtra-se o suco em panos grandes por várias vezes até o líquido ficar transparente, em seguida o suco deve ser levado ao fogo para em panelas grandes até cozinhar. Finaliza-se enchendo garrafas com o auxílio de um funil para só depois lacrá-las com tampas metálicas. Está pronta a tão apreciada cajuína.
Nome: Patrícia Vasconcelos Silveira
Idade: 9 anos
Data: 30/05/2006


Texto da ficha 02
Ofícios e modos de fazer

Peba

Maria Creuza Fonteles, residente em Jenipapeiro, conhecida como Dona Creuza e faz o saboroso peba. Nasceu no Córrego do Tope e diz que o peba é uma tradição antiga.
Ela fabrica o doce no quintal de sua casa na safra do caju. Este ofício é produzido da seguinte maneira: assam-se as castanhas do caju e em seguida pisa-as. Após essa etapa, acrescenta-se o caju desidratado e a rapadura, deixa-se apurar essa mistura em fogo a lenha até dar o ponto. As ferramentas de trabalho utilizadas, são: colher-de-pau , pilão e panela.
Nome: Alice Maria Mendes
Idade: 9 anos
Data: 30/05/2006


Texto da ficha 02
Ofícios e modos de fazer

Mocororó

Manoel Horácio da Costa nasceu em 17 de março de 1963 em Belém (localidade de Cruz). Com três anos veio com sua família para a sede do município, onde reside até hoje.
Quando adolescente perdeu a visão por completo, mas isso não o impediu que continuasse a viver alegremente dentro de suas limitações.
Constituiu família e é pai de três filhos. Conta que fica feliz em poder auxiliar e ensinar o ofício para quem queira aprender.
Essa bebida é feita com o caju azedo. Pega-se o caju maduro, retira-se as castanhas e após espreme-se bem caju até retirar todo o suco. Depois disso, coloca-se o líquido em garrafas plásticas e põe no sol para que a alta temperatura possa fermentar o suco. Daí é só esperar por um período de quinze dias (tempo necessário para que fique pronto). Essa bebida é consumida, preferencialmente, gelada.
Nome: Gélcio Judenes da Costa
Idade: 12 anos
Data: 30/05/2006


Texto da ficha 02
Ofícios e modos de fazer

Artesanato – Rede

Tereza de Freitas Santos, conhecida como Tereza do Zé Miguel, nasceu em São João e gostava de freqüentar o bairro do Guarda, onde morava sua tia que trabalhava tecendo panos de rede. Vendo a tia fazendo este trabalho, despertou o gosto por este ofício. No início achou muito difícil, mas com a sua força de vontade conseguiu aprender e a partir daí passou a exercer como profissão.
Para realizar este trabalho é necessário uma máquina manual de tecer, que atualmente é muito raro de se vê. Com o auxilio do tear o artesão coloca o fio e manuseia até o tecido da rede ficar pronto. Depois disso é só colocar os punhos e a rede está pronta. Além da rede também são feitas colchas de cama, toalhas de mesa e tapetes.
Nome: José Miguel dos Santos Neto
Idade: 16 anos
Data: 08/06/2006


Texto da ficha 02
Ofícios e modos de fazer


Artesanato – Palha

Lásaro Aparecido da Costa, agricultor, natural de Morrinhos, 67 anos, reside no município há 51 anos no bairro de Aningas. Aprendeu a realizar este artesanato com o seu pai porque achava interessante como uma simples palha de carnaubeira poderia virar produtos tão interessantes e úteis como chapéu, esteira, uru, peneira, abano, tapete, bolsa, saca, vassoura, dentre outros.
Para fabricar todos esses produtos é necessário colher a palha e colocar para secar, depois desta etapa é só utilizar as mãos e a criatividade trançando a palha até formar o objeto desejado. O artesanato é uma das grandes fontes de renda do nosso município, embora não seja tão valorizado financeiramente.
Nome: Maria Jaqueline Mendes
Idade: 14 anos
Data: 08/06/2006


Texto da ficha 03
Lugares, prédios e construções

Rio Acaraú

O rio Acaraú é lindo e sua nascente localiza-se na Serra da Mata. Em época de cheia torna-se ponto turístico para os próprios moradores do município. Infelizmente, ele vem sendo degradado, principalmente em época de estiagem, tempo em que retira-se areia para construção civil e outros fins o que causa assoreamento de seu leito.
Este rio é de grande importância para os agricultores locais, que em sua maioria pratica a agricultura de subsistência, pois de suas vazantes cultiva-se feijão, milho, melancia, jerimum, dentre outros alimentos.
Outro aspecto a ser destacado é a pesca e entretenimento para os jovens.
Nome: Maria Luana de Araújo
Idade: 13 anos
Data: 05/06/2006


Texto da ficha 03
Lugares, prédios e construções

Prédio do Jenipapeiro “Patrimônio histórico”

O prédio encontra-se localizado na vila Jenipapeiro, foi construído no século passado, com a ajuda da Alemanha por intermédio do atual pároco da cidade Manoel Valderi da Rocha.
Inicialmente foi utilizado como grupo escolar, hoje em dia tem várias utilidades, lá são realizadas as novenas dos meses de maio (dedicadas a Maria) e dezembro que desenvolvem os valores religiosos em todos que compõe esta comunidade. Além disso, acontecem periodicamente reuniões da catequese e aulas de catecismo para as crianças e adolescente.
Nome: Ana Paula de Vasconcelos
Idade: 13 anos
Data: 05/06/2006


Texto da ficha 03
Lugares, prédios e construções


Centro Administrativo de Cruz

O Centro Administrativo de Cruz localiza-se na Avenida 14 de Janeiro, Aningas, Praça dos Três Poderes. Sua inauguração foi realizada no dia 14 de janeiro de 1996.
Sua beleza arquitetônica e paisagem natural atrai a atenção de turistas e visitantes por sua beleza, o que causa orgulho a todo cidadão cruzense.
Nele se encontra os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, além de funcionar as secretarias municipais de: Educação, Saúde, Turismo, Administração e Financias, Esporte, Ação Social e Trabalho, Infra-estrutura e de Cultura. Funcionam também os setores de transporte, arrecadação de imposto e Conselho Tutelar, dispõe ainda de amplo auditório onde são realizadas os eventos promovidos pelas secretarias e de um almoxarifado.
Nome: Aline Pereira de Souza
Idade: 14 anos
Data: 05/06/2006





Texto da ficha 04
Lendas, superstições e curiosidades

O urubu

O mundo das superstições é muito presente no dia-a-dia das pessoas. A maioria é tida até como tradição onde é passada de pai para filho. Conhecem-se infinitas superstições, mas uma delas é a do urubu, que comumente é manifestada.
Diz-se que ver um urubu é gosto, ver dois é desgosto, três é carta, quatro é convite e ver cinco urubus é casamento.
Nome: Adriana Araújo Andrade
Idade: 15 anos
Data: 14/06/2006



Texto da ficha 04
Lendas, superstições e curiosidades

Fogo da Ilha

O Fogo da Ilha, para as pessoas mais velhas, é uma enorme bola de fogo andando em regiões alagadiças, de preferência, salgadas. Surge dentro do próprio salgado (região alagadiça salgada) e vai subindo nas carnaubeiras e desaparece devagar, pouco a pouco. Às vezes, parece até dá um vôo e some sem que se saiba, realmente, como apagou.
Nome: Juliana Régina Pessoa
Idade: 15 anos
Data: 14/06/2006


Texto da ficha 04
Lendas, superstições e curiosidades

O Sundário

O sundário é uma figura lendária presente em nosso município desde os tempos remotos. As pessoas mais velhas contam que o mesmo é Caim carregando Abel nas costas e quando Caim coloca o irmão no chão para descansar, dá um grande assobio.
Já outros narram a história do folho que matou o pai com uma paulada e como castigo, vive carregando o defunto nas costas. Como na outra versão, diz-se que ao colocar o peso no chão, dá um assobio.
Segundo a lenda, não se pode arremedar o assobio, senão terá como castigo virar uma caveira ou então a mão ficará cabeluda.
Enfim, são várias versões sobre o sundário, pois cada pessoa que narra, narra de uma forma diferente.
Nome: Maria Roziane das Chagas
Idade: 19 anos
Data: 14/06/2006


Texto da Ficha 05
Brincadeiras e Brinquedos infantis

Elástico

É uma brincadeira muito comum entre as meninas. Ela acontece da seguinte maneira: duas pessoas seguram o elástico com várias partes do corpo (pé, perna, cintura, ombro e pescoço), enquanto outra pula de acordo com a regra que for criada. Quando quem está pulando erra, dá a vez para quem está segurando o elástico pular. Ainda está presente no nosso quotidiano.
Nome: Deise Silveira Cruz
Idade: 08 anos
Data: 19/06/2006




Texto da Ficha 05
Brincadeiras e Brinquedos infantis

Amarelinha

Essa brincadeira também é chamada de macaca e ocorre geralmente entre as meninas. Com um tijolo ou caco de telha, desenha-se a amarelinha no chão, numerando de zero a dez. Tem também o céu e o inferno que é onde começa e termina o desenho da macaca. Depois de desenhada, as crianças, uma de cada vez vão tentando acertar com uma pedra os números e pulando de casa em casa. Quando a pessoa não acerta a casa do número ou pisa no inferno, passa a vez pra outra. Ainda é muito praticada nos dias atuais.
Nome: Maria Meiriane Nascimento
Idade: 08 anos
Data: 19/06/2006



Texto da Ficha 05
Brincadeiras e Brinquedos infantis

Brincadeira de Roda

Brincar com cantigas de roda é um momento que ninguém esquece. Quando a gente fica grande, não brinca mais de rodinhas. Por isso é que devemos aproveitar enquanto somos pequenos. Brincar de roda é assim: reúnem-se várias crianças de mãos dadas e elas começam a rodar cantando uma música própria como essa, por exemplo:
O cravo brigou com a rosa
Debaixo de uma sacada
O cravo saiu ferido
E a rosa despedaçada...
Precisamos resgatar esta cultura tão rica e que é nossa, pois é difícil encontrar crianças brincando de roda nas ruas e calçadas de nossa cidade.
Nome: Juliete Raiza de Freitas
Idade: 11 anos
Data: 19/06/2006


Texto da Ficha 05
Brincadeiras e Brinquedos infantis

Pião

É um brinquedo usado principalmente pelos meninos. É feito de madeira e com uma ponta de ferro. Para brincar tem que ter um barbante, onde a pessoa enrola no pião e depois solta para vê-lo girar. É comum ver pessoas de todas as idades soltando pião, até mesmo os rapazes e o local preferido são as ruas e calçadas menos movimentadas.Atualmente é raríssimo encontramos alguém realizando esta brincadeira.
Nome: Maria Juliana Silveira
Idade: 08 anos
Data: 19/06/2006








Texto da Ficha 05
Brincadeiras e Brinquedos infantis

Pular de Corda

Como é bom ser criança! Sandra (a entrevistada), quando criança brincava com suas amigas de brinquedos fabricados por elas próprias. Pegavam uma corda de mais ou menos três metros e com duas pessoas movimentando a corda enquanto as outras pulavam sem deixar a corda bater nos pés. A brincadeira poderia ocorrer em qualquer local, como no terreiro de suas casas.Esta brincadeira ainda é muito utilizada pelas nossas crianças,até mesmo dentro das escolas nas aulas de recreação.
Nome: Wiviane Carla dos Santos
Idade: 08 anos
Data: 13/06/2006


Texto da Ficha 05
Brincadeiras e Brinquedos infantis


Bandeirinha

A vida de criança é bem divertida. A entrevistada Silvana relata que quando criança se reunia com seus amigos na cidade de Marco e brincavam de bandeirinha no terreiro de sua casa. Faziam-se duas equipes com cinco pessoas em cada. Ela tem como objetivo pegar a bandeira do outro grupo e o grupo oposto impede que ela seja pegue. Esta brincadeira é bem fácil e agitada, mas exige concentração. Hoje em dia é muito raro encontrar crianças e adolescentes praticando esta brincadeira.
Nome: Francisco Jailson da Silva
Idade: 09 anos
Data: 13/06/2006


Texto da Ficha 05
Brincadeiras e Brinquedos infantis

Cavalo de Talo

Uma das brincadeiras inesquecíveis da infância de Maria era fabricar cavalo de talo de carnaubeira. Para fabricá-lo, tirava-se todos os espinhos e depois com uma faca fazia-se as orelhas do cavalo. Por fim colocava-se um cordão para servir de cabresto. Depois do brinquedo pronto, era só usar a imaginação e se divertir.
Nome: Isabelle da Silva Pires
Idade: 08 anos
Data: 13/06/2006


Texto da Ficha 05
Brincadeiras e Brinquedos infantis

Brincar de Pedra

Esta é uma das brincadeiras mais antiga de nossa região. Socorro, a nossa entrevistada, moradora do bairro de Aningas brincava muito com sua irmã. Essa brincadeira consiste em pegar cinco pedras pequenas e redondas para tentar fazer certos tipos de malabarismo já combinado pela dupla. Vencia a pessoa que tivesse mais habilidade e agilidade com as pedras. Atualmente, raramente se vê alguém praticando essa brincadeira.
Nome: Jéssica Aparecida Nascimento da Silva
Idade: 08 anos
Data: 13/06/2006




Texto da Ficha 06
Figuras Populares


Edileuza do Luiz Malaquias

Maria Edileuza Vasconcelos, 55 anos, natural de Jenipapeiro, reside na Avenida 14 de Janeiro há 36 anos. Mulher ilustre, conhecida como Dona Edileuza do Luiz Malaquias, passa sua vida a levar alegria para as pessoas mais necessitadas.
Boa e generosa, Dona Edileuza, passa a maior parte do tempo em casa ajudando os outros, principalmente os adolescentes, dando conselhos e ajudando a ter uma vida melhor. Com sua experiência de vida, Dona Edileuza procura ensinar aos jovens que o melhor caminho a seguir é o da religião, fala que temos que andar com boas companhias e fugir de problemas como as drogas.
Que Dona Edileuza continue dando conselhos e ajudando os adolescentes a ter uma vida melhor por muitos e muitos anos.
Nome: Rafael Carlos dos Santos
Idade: 15 anos
Data: 22/06/2006



Texto da Ficha 06
Figuras Populares

Mário da Menta

Avenida 14 de Janeiro, bairro de Aningas, Cruz – Ceará, casa de Aroldo Muniz Nascimento, Mário da Menta como é conhecido, nasceu e reside no município de Cruz. Exerce a profissão de balconista e é um homem muito conhecido.
É trabalhador e procura desenvolver seu trabalho com dignidade e de modo a amigável com seus clientes. É bastante alegre e sua alegria contagia quem está por perto, especialmente, as crianças.
Que Mário da Menta continue sendo um profissional amigo dos clientes e não deixe de ser a pessoa alegre que é.
Nome: Elói Joaquim de Andrade Filho
Idade: 14 anos
Data: 22/06/2006


Texto da Ficha 07
Expressões e Vocábulos locais e Regionais

Tem pai que é cego

Essa é uma expressão que está inserida em nosso vocabulário, apesar de não está nos livros famosos faz parte da linguagem informal. Essa expressão é usada para se referir a pessoas que apontam um defeito nos outros estando praticando o mesmo erro. Não se sabe quem a criou, só que é usada por pessoas de várias gerações.
Nome: Maria Clarinete Dutra
Idade: 12 anos
Data: 27/06/2006



Texto da Ficha 07
Expressões e Vocábulos locais e Regionais

Ficar na sua

A expressão ficar na sua significa que alguém deva permanecer como estava, significa também que a pessoa não deva expor seu ponto de vista, ficando calado diante de diversas situações. É muito utilizada por pessoas de nossa comunidade, principalmente os mais jovens. Também não se sabe a origem dessa expressão.
Nome: Regina Maria de Sousa
Idade: 11 anos
Data: 27/06/2006


Texto da Ficha 07
Expressões e Vocábulos locais e Regionais


Vixe Maria!

Essa outra expressão começou a ser utilizada por pessoas muito religiosas, devotas de Maria, Nossa Senhora. Ela é utilizada em momentos de espanto, admiração.
Nome: Joycyane Araújo Silveira
Idade: 10 anos
Data: 28/06/2006



Texto da Ficha 07
Expressões e Vocábulos locais e Regionais


Num tô dizendo mesmo!

Essa expressão faz parte da conversação diária. É dita sempre quando alguém discorda do que o outro está dizendo. Também não se sabe a origem dessa expressão tão usada por pessoas de todas as idades.
Nome: Dayane Cialdine Vasconcelos
Idade: 12 anos
Data: 28/06/2006



Texto da Ficha 07
Expressões e Vocábulos locais e Regionais


Te alui!

É uma expressão muito falada em nossa comunidade, mas de onde veio não se sabe. É usada durante conversa entre pessoas de várias idades com o objetivo de chamar a atenção de alguém que foi designado para desenvolver uma atividade e este permanece sentado, fingindo não ter ouvido.
Nome: Adriana Géssica Muniz do Nascimento
Idade: 11 anos
Data: 27/06/2006



Texto da Ficha 07
Expressões e Vocábulos locais e Regionais


Tá entendendo?

É uma expressão usada por crianças, jovens e adultos, particularmente por adolescentes. Quando uma pessoa fala Tá entendendo ela quer se certificar.
Nome: Daniela Márcia da Costa
Idade: 11 anos
Data: 27/06/2006



Texto da Ficha 07
Expressões e Vocábulos locais e Regionais


Arre égua

Expressão muito utilizada por pessoas de várias gerações. É usada quando alguém se admira de algo.
Nome: Robson Silveira Sousa
Idade: 11 anos
Data: 28/06/2006


Texto da Ficha 07
Expressões e Vocábulos locais e Regionais

Te aquieta

Expressão utilizada por pessoas mais velhas que ao verem crianças inquietas, dizem para que as mesmas fiquem comportadas.
Nome: Willian Damasceno dos Santos
Idade: 12 anos
Data: 28/06/2006



Texto da Ficha 07
Expressões e Vocábulos locais e Regionais


Traste

Expressão usada por pessoas de várias idades em situações de raiva ou até mesmo de brincadeira. Significa algo imprestável. Quando se refere a pessoas quer dizer que a mesma é inútil.
Nome: Francisca Amanda Oliveira de Vasconcelos
Idade: 11 anos
Data: 27/06/2006


Texto da Ficha 07
Expressões e Vocábulos locais e Regionais


Dia de São Nunca

Expressão muito antiga, usada por pessoas de várias gerações. Ela é usada para dizer que algo nunca vai acontecer, pois o santo São Nunca, não existe e por isso esse dia não existe.
Nome: Andresa Sousa de Araújo
Idade: 11 anos
Data: 28/06/2006






Texto da Ficha 07
Expressões e Vocábulos locais e Regionais


Arrocha Menino
Não se sabe quando surgiu esse termo, mas é usado até hoje em situações onde se requer pressa.
Nome: Alessandra do Nascimento Pereira
Idade: 09 anos
Data: 28/06/2006


Texto da ficha 08
Historias Locais

Minha localidade

A localidade de Jenipapeiro esta situada bem na divisa do município de Cruz com o de Bela Cruz. O seu nome é de origem indígena devido a existência em abundância de uma árvore cujo o fruto é o jenipapo, daí o nome da arvore é jenipapeiro.
Tem aproximadamente 340 habitantes, sua área territorial é de uns 15 mil metros. As habitações são variadas, você encontra desde casas de taipo a casa de alvenaria.
A atividade econômica predominante é agricultura de subsistência, mas além dela os moradores praticam a pecuária e artesanato.
Nome: Aparecida Aline de Araújo
Idade: 13 anos
Data: 25/06/2006



Texto da ficha 08
Historias Locais

Campo verde

O lugar que pesquisei recebe o nome de Campo Verde porque fica próximo a um córrego e alguns anos atrás faleceu um menino afogado neste córrego, daí quem passava por perto dizia: Foi ali naquele Campo verde que o menino morreu.
Lá só existe duas casas de alvenaria e somente uma é habitada. A família que lá habita é de uma situação econômica baixa e sua principal atividade é agricultura de subsistência.
Nome: Maria Elisângela Menezes
Idade: 15 anos
Data: 01/08/06



Texto da ficha 08
Histórias Locais

Baixa dos Poços

Entrevistei Raimundo Nonato de Menezes, um senhor que mora nessa localidade.
Ele me explicou que o lugar recebe esse nome porque no inverno tinha uma baixa no caminho que ficava repleta d’água e o local ficava quase inacessível.
Algumas pessoas, no mês de maio, enfrentavam a poça d’água para realizar as novenas Marianas. Elas diziam: vamos rezar lá na baixa onde a gente tem de passar uma poça. E assim ficou conhecido este lugar: Baixa dos Poços.
Nome: Maria Gleiciane de Menezes
Idade: 16 anos
Data: 31/07/06



Texto da ficha 08
Histórias locais

Aningas

Fiz a pesquisa com Maria Socorro Vasconcelos que é moradora de Aningas há muito tempo.
Ela foi muito simpática comigo e disse que a explicação para o nome desse local é muito simples: é que existe uma árvore chamada aningas que existia em abundância no local. As pessoas que iam para aquela localidade, diziam: vamos para onde tem aqueles pés de aningas.
E assim ficou nomeado esse bairro que é tão conhecido por todos.
Nome: Paulo Fernando da Cruz
Idade: 16 anos
Data: 30/05/2006


Ficha 10
Instituições e Entidades Locais

Centro de Educação Básica Paulo Freire

O CEB Paulo Freire localiza-se à Avenida 14 de Janeiro, 1167, Bairro de Aningas – Cruz/Ce, na zona norte do estado, fundado em 1986 pela Prefeitura Municipal de Cruz, na primeira gestão do atual prefeito João Muniz Sobrinho.
Oferece atualmente as modalidades de ensino: Educação Infantil, Educação Fundamental e Educação de Jovens e Adultos (EJA).
A clientela da escola é de origem humilde, pois grande parte dos alunos são filhos de pequenos agricultores e donas de casa, provenientes, em sua maioria, da zona rural das localidades circunvizinhas de: Jenipapeiro, Guarda, Espinhos, Massaranduba, Baixa dos Poços, Belém e do bairro de Aningas na sede deste município. O nível de escolaridade dos pais, infelizmente é baixo, mesmo que muitos deles já tenham passado pela EJA, o analfabetismo ainda é comum.
Observa-se que a escola tem boas referências, partindo de sua estrutura física, do quadro de funcionários com nível de formação satisfatório e do principal objetivo de educar para a vida e procurar desenvolver o potencial dos educandos nas dimensões individual e social; buscando realizar suas ações pedagógico-administrativas voltadas para os ensinamentos de Paulo Freire a fim de preparar seus alunos para o exercício pleno e permanente da cidadania.
É nesse contexto social e educacional que o CEB Paulo Freire se identifica, conforme sua maneira peculiar de ensinar aprendendo.
Nome: Maria Aniérdina de Souza
Idade: 14 anos
Data: 06/06/2006

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