quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Revisão e atualização do mapeamento - Selo UNICEF - Pitombeiras

A casa da mãe Joana”

A palavra ou expressão popular, tem um significado muito especial que é quando uma pessoa vai a um local onde tudo e todos podem entram e se sentir à vontade para fazer o que quiser.
Há muitos tempos atrás, não sabendo a data correta essa expressão foi criada, dizem que sua origem se deu quando Joana era rainha muito Bondosa que deixava todo mundo entrar em seu castelo e se acomodar. Então, muitas pessoas gostam de usar a frase, como como agora vamos lhe mostrar um exemplo: Você está em sua casa e chega alguém e faz bagunça, para não expulsá-lo com grosseria você usa o dito popular.
Na nossa opinião, os jovens de hoje em dia não praticam muito a expressão, gostam mais de falar gírias e outros meios para se comunicar. Como essa frase é muito antiga acreditamos que seja mais usada pelos mais velhos. A frase também é muito usada por indígenas como forma de distinção de raça e cultura.
A escola é uma enorme fonte de apoio como as crianças e adolescentes onde tem muitos projetos: Como o folclore que ajuda a pessoa com a religião e a cultura que quer seguir.


Maria Samara de Sousa, 13 anos, 8º ano B.
Porteiras, Cruz/Ce.



A casa da mãe Joana”

A expressão “A casa da mãe Joana” é bastante conhecida pelas pessoas. Na região, ao ser utilizada tem como significado “uma grande bagunça”, onde o anfitrião do ambiente sente-se incomodado e opta em utilizá-la com a intenção de resolver a situação.
Hoje em dia os adolescentes a conhecem, mas não a utilizam, porque com a evolução dos tempos surgiram novas palavras e expressões que são utilizadas pelos jovens e os mais velhos não conhecem. Por conta disso acontece uma certa falta de comunicação entre pais e filhos.
Acredita-se que no tempo da escravidão essa e várias outras expressões eram bastante utilizadas pelo fato dos escravos e índios não serem alfabetizados e por isso eles se comunicavam assim.
Mediante aos dados coletados podemos concluir que essa expressão não gera nenhum tipo de preconceito, nem para as crianças nem para os adolescentes porque as escolas ensinam e trabalham projetos como o folclore, com o objetivo de levar as crianças a conhecerem e respeitarem a cultura de nosso país.

Maria Sherliane Marques, 12 anos, 8º ano B.
Pitombeiras, Cruz/Ce.



A casa da mãe Joana”

A expressão, que é bastante utilizada no município, “casa da mãe Joana” significa uma casa ou ambiente qualquer que muita gente freqüenta até mesmo sem permissão do dono.
Essa expressão é muito conhecida e usada no município em várias situações, por exemplo: um garoto entra na casa de outra pessoa (dona de casa) e começa a bagunçar e ela diz: “Menino aqui não é a casa da mãe Joana”.
Poucos adolescentes e crianças usam essa expressão porque hoje o mundo está mais moderno e utilizam novas expressões como gírias, mais existem aqueles que ainda utilizam por conta do convívio com os mais velhos.
Pode-se dizer que esse dito popular tem vínculo com afro-brasileiros ou indígenas. Por conta que, antigamente, eles não tinham entre soas tribos suas expressões do seu conhecimento.
Através dos conhecimentos adquiridos pelo entrevistado pode-se concluir que essa expressão é bastante utilizada na comunidade e as escolas sempre trabalham esse tipo de cultura através de projetos como forma de incentivar às crianças a valorizarem suas tradições.
Claudiele Thaís Sousa, 13 anos, 8º ano B.
Imbé, Acaraú/Ce.




Tire o cavalinho da chuva”

Essa expressão que é bastante utilizada no município e também vem de muitos tempos atrás, sendo usada em diferentes situações. Uma delas é essa: Uma pessoa quer muito fazer algo e a outra não permite.
Relataram que essa expressão veio de anos atrás, que pessoas falavam esse verso, que dificultava o entendimento das outras e que foi passando de geração em geração.
Muitas pessoas usam essa expressão para educar uns aos outros, pois tem palavras diferentes que dificultam o entendimento, as crianças e os adolescentes não entendem.
Muitas expressões têm mapeamento com o universo da criança e do adolescente. Muitos povos acham que tem a ver com a tradição afro-brasileira e indígena, mas algumas não, por não serem descendentes desses povos.
Algumas pessoas têm preconceito com essa expressão, mas outras não. A escola e a comunidade, para que nenhuma criança ou adolescente se ofenda, explicam para eles que os pais estão falando palavras diferentes só para educá-los. O órgão público apóia como a escola e a comunidade em geral.

Amanda Raiane Vaz Silveira, 13 anos, 8º ano B.
Imbé, Acaraú/Ce.











Pensando na morte da bezerra”

A expressão “Pensando na morte da bezerra” tem como significado está pensando em algo que não deveria está pensando. Está no mundo da lua.
Não se sabe ao certo qual dia que teve origem, mas com certeza, há muito tempo atrás.
Hoje em dia com a renovação de tudo a expressão foi deixada mais de lado pelos jovens com apracimento de gírias os jovens conhecem mais não utilizam, conhecem por ouvir os mais velhos falarem.
Já que a expressão se deu origem há muito tempo atrás, com certeza os afro-brasileiros ou indígenas utilizavam no seu cotidiano.
Enfim, entende-se que a expressão hoje foi tipo esquecida pelos jovens, só é utilizada pelos mais velhos e os jovens só utilizam gírias.


Telma Kell Araújo, 15 anos, 8º ano B.
Imbé, Acaraú/Ce.


































FICHA 06 – FIGURAS POPULARES

FIGURA POPULAR: MARIA MARLUCE VASCONCELOS

Nascida em 11 de agosto de 1949 na localidade de Porteiras, filha de Manuel Magalhães de Menezes e Raimunda Evangelista de Menezes, uma família muito humildo que ensinou a partilhar seus dons e o que tem, a então professora Maria Marluce Vasconcelos começava a educar e fraternizar às crianças e os adolescentes da comunidade, pois aos 13 anos já era catequista e aos 21 anos começou o que realmente queria, ser professora, e ensinar como ser fraterno e viver em sociedade. Passou por muitas dificuldades, pois “quem trabalha em comunidade está sujeito à diversas situações inesperadas”. Ainda hoje ajuda na catequese e mantém seu desempenho perante a comunidade fazendo novenas e celebrações. “Me sinto útil pois sei que estou fazendo o bem.”


Angélica Martinele Farias Melo, 12 anos, 9º ano.
Porteiras, Porteiras/Ce.


FIGURA POPULAR: JOSÉ GERÔNIMO DA SILVA ( Conhecido como “Seu Pitá”)

Nasceu no dia 20 de junho de 1935 num terreno baldio chamado Aguiar. Descendente de índios e de escravos, bisneto de uma escrava fugitiva que foi pega a dente de cachorro. Sempre se orgulhou da sua origem. Com 50 anos dedicou-se a vida de rezador, pois as pessoas daquela época tinham muita confiança nas rezas.
Durante toda sua infância e adolescência dedicou-se a agricultura, pois sua família era muito humilde. Ele e seus irmãos saíam cedinho para pescar e caçar. Tornou-se uma pessoa popular no lugar por sus disposição de ajudar.
Começou a freqüentar casas e os outros indo a sua casa elas com a intenção de ser curadas e ele de ajudar elas se recuperarem. Depois de muito tempo começou a morar na comunidade de Imbé com sua família e ainda reza nas pessoas. Tentando curá-las com a fé que tem em sua reza.


Andresa Patrícia Vaz Souza, 14 anos, 9º ano.
Imbé, Acaraú/Ce.


FIGURA POPULAR: MACÁRIO JOSÉ DE FARIAS

Macário José de Farias, nasceu em 1º de abril de 1879, filho de João Evangelista de Farias e Geralda Maria da Conceição. Quando Jovem começou a estudar em Acaraú, onde conheceu Rufina Magalhães de Oliveira com quem se casou. Ele sempre foi um homem que desde cedo mostrou sua inteligência, sendo portanto, professor de várias localidades. Iniciou sua missão dando aulas aos pescadores e a outros alunos na localidade de “Pai José”. No ano de 1928, passou a ensinar, também em Barrinha de Cima, Aranaú, Patos, Coroa Grande, Porteiras e Pitombeiras. Macário era admirado e respeitado por todos, sendo mais conhecido por “Mestre Macário”. Sua maior contribuição a todos, foi a preservação da cultura local e a conscientização de que a educação é a melhor escolha para um futuro melhor. Segundo Dona Marluce, Macário tinha uma frase fundamental para tudo o que lhe mais almejava, ema educação de qualidade: “Criança não foi feita para trabalhar, educação primeiro e um bom futuro está garantido.”

Alesson Arantes Silveira, 13 anos, 9º ano.
Pitombeiras, Cruz/Ce.
FIGURA POPULAR: MARIA DE FÁTIMA SOUSA FARIAS


Maria de Fátima Sousa Farias, filha de seu Albino de Freitas e Dona Maria Socorro Araújo Freitas, nasceu em Mexeira Doce (Acaraú) no dia 4 de julho de 1959. Veio ao mundo com a missão de ser dirigente religiosa. Com sua escolaridade baixa veio morar em Porteiras tendo somente a 3ª série (incompleta). Com isso e a influência de seus avós que a levava para as missas e ensinaram-na a ajudar as famílias em ações espirituais e materiais.
Atualmente ela celebra a palavra de Deus, visita os doentes, família, idosos, e trabalha na parte da eucaristia. Ela sempre diz que deveriam valorizar mais a vida religiosa, as crianças e os adolescentes sempre aconselha, através das pregações tanto na localidade como fora, as famílias e coordenando a catequese para a eucaristia e a crisma. Suas características é se respeitar acima de tudo, respeitar o próximo, não dar atenção a fofocas, saber perdoar, dar atenção a crianças e idosos. Adultos e resumindo cumprimentar as pessoas, principalmente as que necessitam de carinho e atenção.
Com relação a educação ela sempre diz que deve haver um esforço da escola estando em contato com a igreja para que as crianças conheçam ela como uma pessoa respeitada e para isso é dado normalmente o apoio da Secretaria da Educação.

João Élison Vasconcelos Sousa, 13 anos, 9º ano.
Caititu, Acaraú/Ce.