quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Redações Vencedoras do V Concurso de Produção Textual da Semana de Emancipação 2011


TEMA: “Diversidade étnico racial em minha comuniade”.

Um pouco diferente

Vivemos em uma comunidade onde somos compartilhadores de váriasculturas e origens, pois a diversidade sempre está preesente, seja na raça, cor ou costumes. Cada um com sua característica própria faz parte dessa comunidade, pois é essa diversidade que faz dela tão agradável e boa de se viver.
A diversidade cultural está presente em vários aspectos da comunidade, tornando-a um lugar atraente, pelas raças e descendência de cada pessoa, pelos costumes e tradições preservados até hoje, como: a tapiopca, a farinhada, o trabalho artesanal de chapéis e urus, sem falar na sua hospitalidade que faz com que os visitantes e os próprios moradores valorizem-na,deixando todas as culturas e com cada uma delas construindo a cara e montando as características da nossa comunidade.
Além disso, toda a comunidade tem uma grande interação por meio de uma entidade, a escola, que busca ajudar os em meio do seu processo educacional, a socialização dessa diversidade e a valorização dela. Também através da escola é possível debatermos e valorizarmos a cultura de todos.
Por tudo isso, concluímos que a diversidade é uma peça fundamental para a formação de um povo e com ela vive-se bem melhor, basta valorizar a cultura de cada um. Minha comunidade é um pouco diferente.

EEF. Macário José de Farias
Aluno: Alesson Arantes Silveira
Ano: 8º. Ano A – Turno – Tarde Nº. Do aluno: 01 Idade: 13
Professor: Maria Rosimeire Vasconcelos Costa

Minha cor é meu orgulho

Na minha comunidade a formação do povo é bastante relevante na história do lugar, pois se tem notícias e relatos de moradores que somos descendentes de escravos.
O Senhor Manoel Messias Marques concedeu- me alguns trechos para esta narrativa. Segundo ele, em meados de 1870, chegou aqui o Senhor Frutuoso José de Freitas, proprietário de escravos que trazia consigo três casais; um deles foi Pedro Marques da Cunha e Jacinta Maria da Conceição. Calcula-se que grande parte da população do Cajueirinho descende desse casal.
“Era um grupo de trinta e três pessoas que vieram com Frutuoso. Conheci todos muito bem, exceto cinco que já eram falecidos quando nasci. Todos os outros faleceram numa faixa etária de oitenta a noventa anos; somente Jovelina Maria da Conceição(ex-escrava) ultrapassou 100 anos e chegou a completar 101”. Foi uma Senhora distinta, de família numerosa que ainda hoje é lembrada por seus bisnetos, trinetos e tetranetos, moradores do povoado de “Moura”.
Frutuoso tratava seus servos com respeito e dignidade. Consta-se que esse Senhor cedeu um lote de terra, dentro do Cajueirinho à Pedro Marques e sua esposa. Formou-se um lugarejo que depois foi batizado como “Moura que significa Mulher Morena dos cabelos lisos, característica marcante de Jacinta. Hoje esse lugar é bastante conhecido por sua diversidade racial.
É importante que se conheça nossa origem para poder compreender quem realmente somos: brancos, pardos, negros, mulato ou indígena.

Escola – EEF Maria Filomena Sousa
Aluno: Maria Taynar de Sousa
Ano: 8º. Ano Turno: Tarde Nº do aluno: 16 Idade: 12 anos
Professor: Carla Virgínia da Silva Bezerra Marques


Capoeira: Nossa ginga, nossa cultura

Desde o início da formação da identidade brasileira, vimos que há uma vasta diversidade de elementos que constitui tão única e especial.
Lembremos que nosso povo advém de uma mistura de culturas, assim podemos enfatizar a figura do negro que com seu símbolo de resistência também nos deixou uma enorme herança de valores fundamentais para o desenvolvimento de uma comunidade,seja na arte, na dança e na sua forma geral de expressar-se.
Fazendo paralelo neste contexto histórico as raízes de uma geração perdeiram, estendem-se passando de pai para filho como uma tradição. Assim, nossa gente manifesta através da dança um legado de um povo sofredor, porém guerreiro.
Nosso município também é fruto de uma cultura permanente, convivemos com grupos que a cada dia fortalecem os laços de nossos descendentes, a gente constrói e reconstrói ao longo do tempo, pois certas lembranças não podem ser tocadas, mas percebidas e sentidas com o coração, como é o caso da capoeira e de tantos outros ofícios tradicionais.
Em nossa comunidade é notável a abertura feita para a valorização dos enredos festivos e culturais.
Na prática da capoeira, crianças, adolescentes e jovens despertam a habilidade da arte, da luta, do jogo ao mesmo tempo que praticam movimentos que envolvem alma, corpo e mente. Tudo isso só tem contribuido para enriquecer os costumes de nossa gente, envolvendo-os numa vida sadia, longe da procura de drogas, do vício, da prostituição.
Por tanto, podemos afirmar da real importância desse bem para a nossa comunidade e é o espaço educacional onde tudo isso vem sendo disseminado e com grande rapidez se propagando, ganhando estruturas sólidas de uma cultura que não morre. Nosso espaço é assim, somos felizes com a arte de gengar.

EEF. Filomena Martins dos Santos
Aluno: Luana Brenda Albuquerque
Idade: 13 N. Do aluno: 14
Professor: Cláudia do Nascimento Lima
Ano: 9º. Turma – B Turno – Tarde