terça-feira, 23 de setembro de 2008
Escrevendo o Futuro 2010 - Categoria - Poesias
OLIMPIADAS DE LINGUA PORTUGUESA
CATEGORIA: POEMA
EEF Valdemar Paulo Ribeiro
Aluno: Aldo Junior de Lima
4º série / 5º ano do Ensino Fundamental
PARAISO ONDE VIVO
O lugar onde vivo,
É bom de se viver,
Quem trabalha Deus ajuda,
Temos que nos compreende.
Não posso fala de todos,
Fara não me complicar,
Uns são trabalhadores,
E outros gostam de brincar.
Quem espera sempre alcança,
Isso e duro de acreditar,
Mas para sermos igual,
Temos que no esforça.
Não vou falar de todos,
Porque não posso falar,
Uns respeitam a todos,
Outros só sabem criticar.
Mas faço de tudo,
Para não me subestimar,
E assim vou tentando,
Melhor esse lugar.
Não nasci aqui
Mas vi pra morar,
Pretendo aqui ficar,
Não sei até quando sera.
EEF São Paulo
Aluno: Ronaldo Ferreira Sousa
4º série / 5º ano do Ensino Fundamental
A PAISAGEM DO MEU LUGAR
A paisagem do meu lugar
É realmente espetacular
Lá podemos encontrar
Riachos, lagoas e mar.
Os pássaros são belos
Belos como o sol
Sanhaços e sabias
Também o rouxinol.
Existem também
Dunas, mangues e coqueirais
Para isso ser melhor
Só nos faltam os cardeais.
As árvores verdinhas
E mais um detalhe
Que muito tem contribuído
Para um ar puro de verdade.
Tudo isso que mencionei
Aqui podemos encontrar
Caso não acredite
É só ver para confirmar.
EEF Santa Cecilia
Aluno: Maria Thais Rodrigues
4º série / 5º ano do Ensino Fundamental
O LUGAR ONDE VIVO
Meu lugar é Aroeira
Um lugar de muita luz
Fica num interiorzinho
Do município de Cruz.
Esta boa comunidade
Me dá uma tranquilidade
Que me acalenta a alma
E me aumenta a vaidade.
A começar no amanhecer
Lindos pássaros a cantar
Os jardins a florescer
E um lindo sol a brilhar.
Agricultores a passar
Prá uma lavoura cuidar
Com uma enxada na mão
Prá garantia do pão.
Os moradores de Aroeira
São prestativos de verdade
É um povo lutador
E que tem dignidade.
A escola dá orgulho
É lugar de educação
Profissionais competentes
Mostram sua dedicação.
O lugar onde vivo
É um lugar de muita sorte
Além da igreja e da escola
Tem uma quadra de esporte!
O mês de maio é de alegria
Nos juntamos noite e dia
E preparamos com amor
Os festejos de Maria.
Em junho tem muita animação
Tem fogueira tem balão
Além de uma linda quadrilha
Pois já virou tradição.
Em novembro e dezembro
É uma carreira medonha
Todos fazem multidão
Pra colheita da castanha!
E pra terminar a colheita
Ainda tem uma façanha
Todo mundo se ajeita
Pois é festa da castanha!
EEF Raimundo Luiz da Silveira
Aluno: Antônia Aurineide Silveira
4º série / 5º ano do Ensino Fundamental
COISAS DO MEU LUGAR
Moro em Lagoa dos Caboclo
Um pequeno povoado
Com algumas belezas
Que em Cruz fica situado.
Temos novenas no mês de maio
Para louvar a Maria,
Muitas pessoas participam
Com fé e alegria.
Uma pequena escola
Para as crianças educar
Lá também se tem o catecismo
Onde as crianças aprende a rezar.
Uma pequena lagoa
Que está sendo poluída,
Serve apenas para pescaria
É uma beleza que está sendo destruída.
Temos a casa de farinhada comunitária
Onde se transforma a mandioca,
Em goma e farinha
Também se faz a tapioca.
Como a religião e católica
Temos uma igreja em construção,
Um campinho onde se joga bola
Com bastante animação.
Temos água encanada do chafariz
Para a comunidade abastecer,
No mês de julho tem a quadrilha
Que vai até o amanhecer.
As pessoas aqui vivem
Dá plantação, do milho e do feijão,
As mulheres fazem varanda
E com isso vão ganhando o pão.
Cria-se aves, porcos e gados
Tem também rezadeira
E para construir nossas coisas
Temos também pedreiros.
Aqui ate algumas coisas
Que tem no meu lugar,
Talvez não tão significantes,
Mas é aqui que gosto de morar.
EEF Raimunda Elvira Brandão
Aluno: José Rafael Cardoso
4º série / 5º ano do Ensino Fundamental
LUGAR ONDE VIVO
Lagoa Salgada, minha terra
Lugar bom de viver!
Tem gente capacitada
Que vale apena ver
Tem muitos poetas e vaqueiros.
Vou fala das riquezas
Que nesse lugar tem
Uma linda raça de lazer
Serve pra você também
Pra se divertir aos domingos
Vai eu, você e mais alguém.
Falando da alimentação
O inverno vem chegando
A alegria estampada no rostos
Daqueles que estão plantando
Aguardamos a fartura
Que vem carrinhando.
Temos uma linda lagoa
Que de perto se inspiram
Tem peixes e água limpa
Todos se admiram
Fora os viveiros de peixes
Que os fazendeiros criam.
Agora vou agradecer
Pela a quadra esportiva
Que é um grande ambiente
Parte comemorativa
Pra adultos, jovens e crianças
Ter uma saúde grandiosa.
Vou terminando
Pedindo minhas desculpas
Pelas faltas nos meus versos
Pois a memoria e curta
Para fazer rima legal
Tem que ter bastante as técnicas.
EEF Pedro Marques da Cunha
Aluno: Antônio Lairton Costa do Nascimento
4º série / 5º ano do Ensino Fundamental
SOLIDÃO, DE ALEGRIA!
Ao amanhecer
O sol a raiara,
Com a foice
Na mão,
O povo a trabalhar,
De mãos calejadas,
Essa é a rotina
De solidão
Que cultiva no peito
Essa tradição.
E no roçado
Planta-se o feijão,
O milho, a melancia,
Mandioca e jerimum,
É tudo cultivado
E até o algodão,
É esse o objetivo
De todo agricultor
De não perder sequer
Um grão plantado.
E ai tem
A safra do caju
O povo se anima
Nos cajueiros,
Colhendo a castanha
E colocando no urú,
A renda aumenta,
Mas é bom lembrar
Que o que ganham é pouco
Um pouco que sempre dá.
Logo á farinhada
Termina a luta
Enquanto a galinha
Ferve no fogão
A janta cheira no papeiro
Ou no cadeirão,
Peneira a farinha,
Cozinha o arroz
Todas as Marias mexem o pirão
E nas noitinha
Também tem festa
Queremos ou quadrilha
Missa ou seresta,
Convido você, a vir passear
Conhecer as belezas
Desse meu lugar
Que admiro com muita paixão
E que sempre vai estar
Em meu coração
EEF Manoel Antônio da Silveira
Aluno: Mateus Pinto Araujo
4º série / 5º ano do Ensino Fundamental
VERDE E NATIVO
O serrote do meu lugar
Tem nível com o mar
Pois foi escolhido
Para a internet ficar
Eu gosto do meu luga
Porque é natural
Os pássaros quando cantam
Alegria a noite cultural.
O serrote têm mata escura
Pois de longe se ver cultura
De um lugar vizinho
Que se chama Cajueirinho
Este lugar é valioso
Pois é coberto de pedras
Elas brilham de longe
Quando o sol se escave
Esta mata fechada
Pois tem todo tipo de animal
De anfíbio, insetos e reptes
Atê cobras de coral
Entre lugar tem uma história
de uma princesa encantada
É uma história do paravo
Que era admirava.
EEF Luis Albano da Silveira
Aluno: Maria Leidiane da Silveira
4º série / 5º ano do Ensino Fundamental
O MEU LUGAR É ASSIM
O cantar do galo bem cedinho
Vivo com muita alegria
Costumo levantar de manhã
Pra ver o raios do dia
Eu acho bonito o canto
Dos pássaros bem cedinho
Pulo da rede e corro
Pra tomar meu cafezinho.
Gosto da minha vida
Adoro as plantas e os animais
Viver nessa tranquilidade
Do lado de meus pais.
Eu gosto da minha família
Da minha escola também
São elas que me encaminha
Pra ser uma pessoa do bem.
Aqui tem plantas e animais
De todos as qualidade
Cabe a nós preservar
Toda essa biodiversidade.
A chuva chegou
Deixando a terra molhada
Alegrando a natureza
E a nação animada.
Perto da minha casa tem um córrego
Onde aqui e acolá eu tomo banho
A água é corrente e limpa
Para mim isso é um sonho.
Gosto de andar de bicicleta
E jogar bola com meus amigos
Vou pra casa dos meus avós
Almoça com estes aos domingos.
Por falar do meu lugar
Muito me emocionou
Por isso não tenho mais palavras
Pra descrever o que faltou.
EEF Leopoldo Manoel de Medeiros
Aluno: Sinara Souza Araújo
4º série / 5º ano do Ensino Fundamental
VIAJANDO PELO MEU LUGAR
Todas as manhãs
Ao amanhecer do dia
O sol já vem saindo
Trazendo energia
Os pais vão logo comprar
Pão na padaria.
Que lugar maravilhoso
De grande população
Os turistas sempre vem
Visitar a região
Fazer até filmagens
Para passar no telão.
No lugar onde moro
Tem coisas que não conheço
Aos pouco vou descobrindo
Porque é meu desejo
Olhando e observando
As paisagens de longe vejo.
Quando o turista chega aqui
Trás muita satisfação
Gera emprego e renda
Para a população
E assim vai crescendo
A nossa região.
Aqui nesta região
Muita coisa se transformou
Hoje temos escola
Com bastante professores
Tem praça e até igreja
E posto com doutor
Os pescadores vão pró mar
Em busca de alimentação
Aqui na localidade
Quase não tem opção
Pois o pescado é o melhor
Alimento da região.
A praia do Preá
É divertida pra valer
Por isso oh! Turista
Venha logo conhecer
O clima é agradável
Aqui só falta você.
EEF Joaquim José Monteiro
Aluno: Jéssica Kelly Lopes Romão
4º série / 5º ano do Ensino Fundamental
COISAS BOAS DO MEU LUGAR
O meu lugar é divertido
E também é animado
Apesar de ter pouca gente
Ele é muito respeitado.
Este lugar é muito bonito
E nele existe uma lagoa
Se todos zelassem por ela
Terramos um local de lazer
Numa boa.
A praça é bonita,
A praça é frandosa,
A praça é um local de encontros
De gente maravilhosa.
Temos do lado da praça
Uma biblioteca maravilhosa
Para quem bons livros quiser ler
E para quem quiser aprender
Para uma bela leitura fazer.
No colégio aprendemos a ler,
A cantar e escrever
Sempre com muita atenção
Para no final do bimestre
Um bom resultado obter.
Um posto de saúde
Estão a construir no meu lugar
Para atender a quem ficar doente
E a saúde melhorar.
Meu lugar
É bastante festeiro
Pois quando ouve-se falar que tem festa
Só se ver chegar forrozeiro.
A vida aqui é bastante animada
E essa alegria toda
Vem da garotada
Que procura se divertir
Nas noites enluaradas
Quem ainda não veio aqui
Convite a vir visitar
para conhecer as belezas
Que há nesse lugar
EEF João Ladislau de Paulo Magalhães
Aluno: Anderson Willian Andrade
4º série / 5º ano do Ensino Fundamental
O LUGAR ONDE EU MORO
O lugar onde eu moro
É muito interessante
Tem pessoas e animais
Que são lindos e elegantes
Eu gosto da Caiçara
Porque tem animação
Tem missa e tem festa
Que esquenta o povão.
Caiçara é um distrito
Que hoje está contente
Fica no município de Cruz
Onde mora muita gente.
É uma localidade bem pequena
Onde o povo é trabalhador
Tem vaqueiro e pedreiro
Comerciante e agricultor.
Tem uma lagoa pequena
Que é uma diversão
De pesca e de banho
Que atende a população
No município de Cruz nasci
E hoje estou feliz
Na caiçara hoje eu moro
Um lugar que eu sempre quis.
EEF João Evangelista da Cruz
Aluno: Mailo Silva Moura
4º série / 5º ano do Ensino Fundamental
NA LUTA PELA SOBREVIVÊNCIA
Ao iniciar esse poema
Já me sinto preparado
Para falar do meu lugar
Que é bastante avançado.
Quero que todos conheçam
A dura lida do povo de cá
Que vive de mãos calosas
De tanto da terra cuidar.
Seus braços são um guindaste
Sua foça é de um trator,
Sua vida uma estrada
Seguindo co fé e dor.
No roçado mato não falta
Para ele capinar,
Passa o inverno cuidando
Para a colheita tirar.
A farinhada tem bastante
Aqui nesse belo lugar,
Em agosto, setembro e outubro
Mas em dezembro roça não há.
Na casa de farinha
As raspadeira vão limpar
Depois leva a mandioca ao motor
Para ele assim serrar.
A goma de tapioca
Como a neve, ela é branquinha
É um produto muito raro
Igual ouro e platina.
Essa é a vida do homem
Desse pequeno lugar
Que já é habitando
A cedo se levantar.
CEB Francisco das Chagas e Silveira
Aluno: Erica Maiara Silveira
4º série / 5º ano do Ensino Fundamental
TUDO QUE TEM NO CEDRO A GENTE MOSTRA
A farinhada onde moro
Tem tapioca com feijão
Peixe assado no fogão
E um pouquinho de paixão.
No meu lugar
Tem mato molhado
Gado no pasto
E goto no telhado.
Os carregas
Fazem parte do nosso lugar
Lá tem peixes coloridos
As vezes vou lá nadar.
Perto de minha casa
Tem trabalhadores de montão
Eles trabalham o dia inteiro
Até capina todo o chão.
Na farinhada
Tem café, tapioca e feijão
As crianças brincam de pega-pega
E as vezes batem um bolão.
EEF Filomeno Freitas Vasconcelos
Aluno: Rafael Ferreira de Vasconcelos
4º série / 5º ano do Ensino Fundamental
O MUNDO DENTRO DA ESCOLA
Minha pequena cidade
No interior do Ceará
Sinônimo de educação
Aqui é o meu lugar.
Na pequena cidade
Onde eu me localizo
Tem uma linda escola
Dela muito preciso.
Na quadra da escola
O esporte se abre
Para crianças com talento
No projeto esportividade.
Na escola tem tele centro
No auditório é realizado a disciplina
Atendendo a toda a comunidade
Aqui se educa e ensina.
A alfabetização das crianças
Na escola é prioridade
Crianças leituras na idade certa
Sendo referencia na cidade.
Tem professores de primeira
Ensinando e aprendendo com a gente
Nas aulas nos ajudam a pensar
Mostrando um universo diferente.
É fácil na minha escola chegar
Fica em frente ao clube da região
Localizada no bairro de Tucuns
A escola do meu coração.
Faz tempo que estudo aqui
Este é meu mundo escola
Na escola sou muito feliz
Ela é meu segundo lar.
EEF Filomena Martins dos Santos
Aluno: Guilherme Barbosa dos Santos
4º série / 5º ano do Ensino Fundamental
SIMBOLO DE FÉ
A igreja matriz
Acolhe muitas pessoas
Para rezar, cantar
E depois se confessar.
Ela é muito importante
Para nossa comunidade
Nossa família
E a nossa vida.
Jesus ta lá em cima
Para nos abençoar
Para a igreja alegrar
E nos certificar.
A praça da igreja
E muito sensacional
E bastante legal
Quase todo mundo anda lá.
O padroeiro da igreja
É São Francisco de Assis
São muitos os dividas
Dessa igreja matriz.
EEF Bernardino José Vasconcelos
Aluno: Mayara Sousa Cruz
4º série / 5º ano do Ensino Fundamental
MEU CANTINHO ESPECIAL
O lugar onde vivo é assim
As pessoas vivem á trabalhar
Seja no artesanato ou na agricultura
Vivem sempre a lutar.
O lugar onde vivo possui
Uma imensa vegetação
Que proporciona o ar puro
E nos ajuda na alimentação.
O lugar onde vivo é assim
É simples com seu povo feliz
Adultos, jovens e crianças
Sendo o futuro do pais.
No território onde vivo
É pequeno, mas especial
A sua bela paisagem
Forma um cartão postal.
O lugar onde vivo é assim
Cheio de muitas riquezas
Possui uma imensa floresta
Que nos enche de beleza.
O lugar onde vivo é assim
Tem coqueiros e cajueiros
Além de coco e cajus
Há bananas o ano inteiro.
Aqui neste cantinho
Onde vivo a morar
Sou feliz com minha família
Pois lugar, melhor não há.
EEF Macário José de Farias
Aluno: Gleiciane Klêiman Sousa
4º série / 5º ano do Ensino Fundamental
MINHA TERRA
Falo de minha terra
Bem carinhosamente
Por ela ate aço guerra
Se a ferirem moralmente.
Minha terra é Imbé
Lugar que dou valor
Visitada ela é
Por todos desse setor.
Relativo á natureza
Tem um rio bem pertinho
Esse lugar é uma beleza!
Você nunca está sozinho.
Tem colégio, tem igreja,
Tem comercio de primeira,
Tem tudo que se deseija
Neta vida passageira.
Tem casa para se morar
humilde e sofisticada.
Tem carro para se andar
E mato bem conservada.
Tem oficina de moto
E de bicicleta também
Músicas e um povo devoto
Que a Deus do céu dia amém!
Tem festa religiosa
13 de junho é o dia
De santo Antônio de Pádoa
Padroeiro da freguesia.
CEB Paulo Freire
Aluno: Thayna Lopes de Oliveira
4º série / 5º ano do Ensino Fundamental
AS RIQUEZAS AO MEU REDOR
Moro no meio do cajueiral
Tem muitas fruteiras bonitas, simples
Dentro de meu quintal
Siriguela, carambola, coqueiro, temos também cajueiro.
Minha casa tão gostosa
Prefiro não sair dela
Quando velho da escola
Vejo logo a janela.
Tem um fogão a lenha
Pra cozinha nosso feijão
Na hora do nosso almoço
Agradecemos a Deus fazendo a oração.
Minha casa tem jardim
Há também uma horta,
Borboletas brincam entre rosas
Verduras e cheiro-verde fazem parte dessa obra.
No quintal de minha casa
Brinco de balançador,
Ando de bicicleta
E me segue o beija-flor
CEB Maria Pereira Brandão
Aluno: Mayele Chirley de Souza
4º série / 5º ano do Ensino Fundamental
MINHA CIDADE, MEU LUGAR
Eu amo minha cidade
Que agora vou te mostrar
Se você não a conhece
Vamos ver o que tem lá
Perto da minha rua
Tem uma linda pracinha
Quando tem brincadeiras
Levo lá minha amiguinha.
Minha cidade é bonita
Nunca vou sair de lá
Ela é tão pequenininha
Como a casa da aninha.
Eu adoro minha amiga
Ela é muito legal
Nós só vivemos juntas
Isso é muito especial.
CEB Maria Pereira Brandão
Aluno: Gabriel Gesso Araujo
5º série / 6º ano do Ensino Fundamental
CRUZ, UM BOM LUGAR DE SE VIVER.
Vou falar sobre a cidade de Cruz
Ela é maravilhosa cheia de luz
Uma cidade bonita
Que é iluminada por Jesus.
A Cruz tem muitas belezas
É referência no Ceará
Tem nossa praia bonita
Que fica lá no Preá
Tem muitas outras coisas
Que não vai dar para falar
Por exemplo, nossa escola bonita
Que fica aqui no Ceará
Sobre os professores de Cruz
Agora vamos falar
São grandes educadores
Que temos que parabenizar.
Na cidade de Cruz
Tem tudo que precisar
Se você tiver dúvidas
Venha aqui pra comprovar.
Programa Escrevendo o Futuro - 2008 - Selecionadas - Nível Municipal
As inscrições aconteceram no período de fevereiro a abril de 2008 e os trabalhos de produções textuais nas salas com alunos, encerrando no período de agosto de 2008.
A participação aconteceu de acordo com as seguintes categorias: Categoria I – Gênero Poesia para alunos do 5º e 6º anos; Categoria II – Gênero Memórias para alunos do 8º e 9º anos; Categoria III – Gênero Artigo de opinião para alunos do 2º e 3º anos do Ensino Médio.
Já realizou-se as duas primeiras etapas de seleção: Escolar e Municipal. Os textos selecionados foram encaminhados para Etapas: Estadual, Regional e Final onde serão escolhidos as 15 grandes vencedoras, cinco por categoria.
CATEGORIA I – POESIAS
Titular 1ª Colocada
Formosa
Escola de Ensino Fundamental São Paulo
Aluno: Antônio Marcos Brandão Louzada
Serie: 6° anos
Professor: Claudenia Araújo Avelino
Em meio a mata cerrada
Canto alegre o sabiá
Formoso como a Formosa
Encanta a plebe com seu cantar.
Povo alegre e de esperança
De simplicidade e glória
Gente humilde que canta
Sua vida, sua história.
Vaquejada e festa junina
Cultura que faz ecoar
Desde a calma lagoa
Até o bravio mar.
Na vastidão do oceano
Vão os bravos marinheiros
Em busca do seu sustento
Nossos heróis e guerreiros.
A lagoa que a todos encanta
Por sua riqueza e esplendor
É fonte de sustento pra uns
Pra outros é puro sabor.
É isso faz da Formosa
O melhor lugar do mundo
E um pequeno paraíso
Que esconde um encanto profundo.
Titular – 2ª Colocada
Recanto meu. Ventura a contar!
Escola de Ensino Fundamental Pedro Marques da Cunha
Aluno: Maria Wilcimara cunha
Serie:5° ano
Professor: Socorro Aila S. Silveira
Meu recanto por ventura
Merece tal descrição
Aqui a vida é simples
Embrulho de sonhos, tem de montão
No monto azul do céu
Não vejo poluição
E o sussurro do vento
Me faz sentir emoção.
Meu pequeno espaço
Dentro desse mundo tão grande,
É como uma estrela no céu
Só vejo um ponto brilhante.
Suavemente as manhãs
Tem gosto de caju
Os homens que passam sorrindo
Levam consigo a enxada e o uru.
Quando a aurora desperta
Vejo na janela do tempo
Um sol ardente a brilhar
E a dança das árvores ao vento.
E no escuro da noite
Olho vaga-lumes a brinca
E o povo reúne-se no terreiro,
Para lendas e prosas contar.
Esse é lugar que admiro
De homem trabalhador
Com tantas dificuldades sabem se do valor.
Resgatam sempre a cultura
Isso aqui, não adormece.
E na festa do padroeiro
É São Pedro que agradece.
Sobre os nossos festejos,
Não vou esquecer de falar,
Vem gente de todo canto
Querendo participar
Oba! Que lugar animado
Faz parte da tradição
Faço-lhes um convite agora
Venham morar em Solidão!
Titular – 3ª Colocada
Meu bairro, meu lugar.
Centro de Educação Básica Paulo Freire
Aluno: João Vagner Sousa Neto
Serie: 5° ano
Professor: Marli Maria Muniz
Moro aqui,
Num pedacinho do Ceará
Chama-se Maçaranduba
Essa, beleza de lugar
Onde tem o canto do bem-te-vi
Do corrupião e do sabiá
Aqui tem de tudo pra se olhar
Tem crianças brincando
Pessoas passando
O sol iluminando
E o vento a soprar!
Daqui da minha janela,
Olho vejo cajueiros;
Que estão floridos
Nessa época e no ano inteiro!
Aqui, faço minha diversão:
Passeios, brinco, assistem televisão.
Também estudo
Para ter boa educação
Aqui é só alegria
Ouço sempre cantos e melodias
E som de carros passando
Divulgando festas e outras folias
Por aqui também tem
Muita religiosidade
Tem o povo meditando
Rezando, acreditando.
Na salvação da humanidade
Aqui onde moro
Tenho tudo que preciso
Pra que mudar de lugar
Se aqui é um paraíso?
Suplente
Seu lugar também é assim?
Escola de Ensino Fundamental Macário José de Farias
Aluno: Alesson Arantes Silveira
Serie: 6° anos
Professor: Maria Rosimeire V. Costa
Terra do sol,
Lugar da alegria.
Muitas pessoas,
Diversas manias.
Seu lugar é assim?
Um lugar de gente pobre,
Mas, de coração nobre,
E a todos querem ajudar?
Tem espaço para plantar,
Tempo para colher.
Os frutos que aqui dar,
É pra consumir e vender.
O lugar onde vivemos
Temos que admirar,
Porque trabalhamos muito,
Para no fim do dia descansar.
Temos um rio para pescar,
Peixes para comer.
Nele podemos nadar
Brincar, pular e corre.
Todo domingo tem brincadeira,
Lá na danceteria.
Dançar forró a noite inteira,
Até o raia do dia.
Do meu lugar já falei,
Obrigado pela atenção!
Não é lá essas grandes coisas,
Mas não fale mal dele não!
Suplente
Lugar Ideal
Escola de Ensino Fundamental Santa Cecília
Aluno: Kaique Matias Nascimento
Serie: 6° ano
Professor: Maria Evéunia A. Cavalho
Inspirei-me em Aroeira
Para poder argumentar
As belas maravilhas
Que existem em nosso lugar.
Não sou poeta
Também não sei rimar
Mas pra falar de Aroeira
Tenho que me inspirar.
Do lugar onde vivo
Tenho orgulho no coração
Das lindas paisagens
Que nos chamam atenção
Os moradores quando aqui chegaram
Tiveram opiniões
Esse lugar vai se chamar Aroeira
Devido as plantações
No lugar onde vivo
Tem muita diversão
Temos os festeijos de Nossa Senhora
Que já é tradição
Temos uma comunidade
Que adora trabalhar
Para um dia desenvolver
O nosso bonito lugar
Aqui vou terminando
Deixando o meu recado
Por ser Aroeirense
Meu muito obrigado.
Suplente
O lugar onde vivo
Escola de Ensino Fundamental Maria Filomena Sousa
Aluno: Francisco Lucas de Sousa
Serie: 6° anos
Professor: José Valdenor Freitas
O lugar onde vivo
É cheio de liberdade
Todo mundo é alegre
Todos têm felicidade
Moro num lugar tranqüilo
Que tem muita diversão
Não tem fazendas nem apontamento
Mas temos nosso pedaço de chão
Vivo numa comunidade onde vivo
É cheio de lindas crianças
Não somos ricos nada disso
Mas temos a esperança
A casinha onde moro
Não é essas coisas não
Temos a safra da castanha
Que é a nossa salvação
A minha família vive
Trabalhando no roçado
É uma vida muito difícil
Pra quem trabalha no pesado
O nosso belo artesanato
Aqui não tem valorização
Mas é uma fonte de renda
Da nossa humilde região.
Esse é meu cajueirinho
Onde nasci e estou vivendo
São muitas as dificuldades
Mas com fé eu vou vencendo
Cajueirinho tem esse nome
Devido a uma nativa plantinha
Achada por um retirante
Na beira da varedinha,
Programa Escrevendo o Futuro - 2008 - Memórias - Selecionadas - Nível Municipal
Escola: Centro de Educação Básica Maria Pereira Brandão
Professora: Rejane Cláudia Vasconcelos Rocha
Aluna: Bruna Marília Costa
Ano: 8º. Ano
Lembrando as raízes
Naquela época não havia energia elétrica, a luz que clareava a noite era apenas a luz das lamparinas ou a claridade das estrelas e do luar.
Na minha infância não tive nenhum fato marcante, brincava com bonecas feita de pano ou de espigas de milho, além de ter que ir todos os dias trabalhar na roça com meus pais.
As condições de vida eram muito poucas, não tinha opções de trabalhos e o que ganhávamos só dava para comer.
Estudo, não tive muito, pois era muito difícil e as poucas escolas se encontravam no centro da cidade e eu morava na zona rural e ficava muito longe para ir.
Os únicos meios de transportes eram as mulas, cavalos ou carroças ainda assim tinha quem optasse pelas bicicletas.
Eletrodomésticos, só em sonho mesmo, naquele tempo não tinham dinheiro para essas mordomias.
Os comércios eram poucos e eram conhecidos como “retalho’’, as coisas eram vendidas apenas pela metade”.
As diversões eram mínimas, tinham aquelas cantorias ao redor de uma fogueira e ainda tinha as serenatas feitas às enamoradas eternas.
Ah! Tinha também os rezos que davam o que falar, e as novenas da Igreja que arrastavam enormes multidões.
A minha casa como as da maioria do povoado eram feitas de taipo, palha e barro, mais conhecida como casa de “pau-a-pique”, havia apenas dois quartos, uma sala, e uma cozinha, onde ficava o fogão a lenha com suas enormes chamas que se via ao longe.
Na minha adolescência fui acertada pelo cupido do amor e senti meu coração bater acelerado e lento ao mesmo tempo. E logo já estava casada e construí junto ao meu marido uma linda família.
Apesar de ter tido uma vida sofrida hoje tenho o que meus pais não tiveram e dou tudo o que não tive aos meus filhos.
E quando me pergunto o que penso sobre o meu passado, respondo que nunca deixarei de me lembrar das minhas raízes, pois são elas que me tornaram a grande pessoa que sou hoje.
Texto baseado na vida de Francisca Leite de Sousa Silveira.
2ª COLOCADA
Escola: EEF. Macário José de Farias
Professora: Maria Rosemeire de Vasconcelos Costa
Aluna: Nathália Farias Vasconcelos
Ano: 7º. Ano
A vida nos tempos do queima
Certo dia estava pensando nesses casamentos, na juventude e no namoro da molecada e, de repente percebi quantas mudanças ocorreram, principalmente na intimidade das pessoas. Então, lembrei dos meus tempos de romance em que havia dois seguranças, papai e mamãe; e, um tipo de iluminação bem rara, a lamparina, isso jamais poderia esquecer. Aperto de mão e abraço, nem sempre eram aceitos pelos pais, portanto, só restava dialogar, coisa que nesses tempos modernos não acontece.
Passado alguns minutos, e eu ainda pensando, lembrei-me de um termo bem engraçado, “o queima’’, casamento executado sem a permissão dos pais. A coisa mais louca que existiu naqueles tempos. Porém, era legal. Se um filho saísse para passear e na ocasião conhecesse uma moça, poderia fazer ”o queima’’, e rapidamente, sem que os pais soubessem estavam casados, embora que sem idade para assumir a família.
Tenho marcas profundas em minha memória. A vida naquela época não era fácil. As famílias tinham filhos, e por isso, passavam muita necessidade, pois não eram famílias pequenas como as de hoje. Conheço algumas de quinze filhos ou mais. Lembro-me que muitas vezes, passaram fome e esta era tão grande que comia batata de xipé vermelho com carapiau: um peixe pequeno da região, farinha também não tinha, então, usávamos cinza. A situação era muito difícil.
É, nosso lugarzinho sofreu muitas transformações. Viveu seca, enchente e por algumas delas também passei. Nesses dias estou aqui, nesse pequeno cantinho do Ceará, mostrando as marcas de um povo brasileiro que mesmo sofrido, enquanto tem imaginação, não deixa de pensar.
Suplente
Escola de Ensino Fundamental Bernardino Jose Vasconcelos
Aluno: Luana Aparecida Vasconcelos
Serie: 9° anos
Professor: Meire Flávia Sousa
Maria de Fátima Brandão ( Substituta )
Tempo de minha infância
Lembro quando eu era criança que brincava com as bonecas de panos feita por minha mãe. Meus irmãos brincavam de bolas de pano e pião de madeira. A noite a gente brincava de ciranda e passar o anel, no terreiro de nossa casa. Nossos pais contavam histórias de trancoso e nós gastávamos de ouvi-las. Durante o dia, íamos para a escola. Lembro que o professor era carrasco e colocava os alunos em cima de caroços de milhos ou pedras. Não fardamento, nem merenda escolar e muito menos transporte para conduzir os alunos. O assento era um banco para toda a turma.
Para o trabalho, nossos pais levantavam de madrugada e iam trabalhar na agricultura. Os tinham terras trabalhavam nelas; os que não tinham terra trabalhavam de alugado. Comiam do que produziam e às vezes vendiam alguns produtos para comprar outros que faltavam em casa.
Na minha casa ainda guardo uma cuia que eu usava como bacia, hoje ninguém usa mais esses objetos. Tenho uma foto de quando eu era criança quando olho para ela tenho saudade da minha infância.
Hoje, tudo mudou, as pessoas, o trabalho, alimentação e a educação.
Essa comunidade era muito diferente. Não tinha estrada, nem transporte e o caminho era vereda e com muita areia. Hoje tem asfalto, transporte e energia elétrica, que atende a população. A lagoa era sempre cheia e com muitos peixes para alimentar as pessoas que aqui viviam. Atualmente ela vive quase seca e com poucos peixes.
Recordo também o local onde foi construída a escola. Era um cercado com plantas nativas e cajueiros. Outros acontecimentos que nunca vou esquecer foram: Instalação da energia elétrica, a construção da estrada e da igreja que tem como padroeiro São Raimundo.
Quando eu era adolescente eu, meus pais e meus irmãos as novenas de maio, os leilões a festa do padroeiro, piquenique e tertúlia, onde as pessoas dançavam ao som da radiola.
Hoje eu vejo que minha comunidade cresceu muita e tenho orgulho disso.
Escola: EEF. João Evangelista Vasconcelos
Professor: Maria Edileuza da Silveira
Aluno: Antônio Sérgio Marques
Ano: 8º. Ano
Remexendo o Baú
Certo dia, sem nada para fazer, resolvi remexer em um velho baú e reviver minha infância. Ao abrir o baú, dei logo de cara com um pequeno livrinho . Era a carta do ABC, um livrinho bastante útil nos dois primeiros anos de estudo. Encontrei também a cartilha, um livro um pouco maior e que foi muitíssimo utilizado no meu terceiro ano de estudos. Naquela época, poucos estudavam, pois não tínhamos a oportunidade que as crianças de hoje possuem. Além disso, não existiam escolas como as de hoje e tínhamos que estudar nas casas de famílias.
Virei a página e vi a fotografia onde eu e meus amigos jogavam futebol com uma bola de pano, nosso brinquedo favorito. Encontrei também, uma foto de minha irmã e suas amigas brincando com uma pequena boneca, também confeccionada com pano.
Foi aí que lembrei de uma velha brincadeira que eu e todos os garotos de minha idade costumávamos fazer. Nós todos adorávamos matar pássaros com uma baladeira.
Hoje, arrependo-me de tê-los matados e, se pudesse, traria todos esses inocentes de volta ao mundo.
Logo em seguida, voltei a ótimos tempos, o dia do meu casamento. Naquela época, o casamento era totalmente diferente dos de hoje e, como de costume, meu pai e meu futuro sogro marcaram a data do casamento e ao chegar o dia, mataram um porco e um peru para festejar a cerimônias.
Após minutos compenetrados nas antigas lembranças, chegou um de meus netos perguntando se eu poderia ajudá-lo em uma tarefa da escola sobre a origem da comunidade. Guardei o baú e atendendo ao seu pedido, lembrei logo das antigas histórias sobre a origem do lugar contado por meus pais e avós então falei que em 1870, Frutuoso José de Freitas, primeiro morador do lugar, adquiriu uma área de 3.600 hectares de terra e, tendo-a comprado, o mesmo mandou registrá-la com o nome de Cajueirinho, devido ao fato de ter encontrado um cajueiro solitário no centro do seu terreno.
Esse cajueiro viveu vários anos e, em 1.964, devido ao brejo da primeira cheia do açude da Prata, o mesmo veio a desabar. Porém, em compensação, no mesmo local ficou outro cajueiro que nasceu de um fruto seu e permanece vivo até os dias de hoje. Passando a falar das moradias antigas, falei que antigamente havia quatro tipos de casas: de taipa, de cipó, de palha e de tijolos de areia; falei também que antes as casas eram bem baixas e costumavam ter alpendres ao seu redor.
Ele observou e escreveu tudo que eu disse; em seguida, agradeceu e foi embora, mim deixando novamente sozinho e relembrando tudo de bom que vivi no meu velho tempo de infância.
Texto escrito com base na entrevista com José Simão de Souza, 55 anos.
Categoria III Artigo de Opinião - Olimpiadas de Lingua Portuguesa - Programa Escrevendo o Futuro - Banco Itaú - 2008
Escola: E.F.M. São Francisco da Cruz.
Professora: Leiliane Regiane Farias
Aluna: Nathália Mendes de Sousa
Ano: 2º. Ano médio
A prática do aborto em Cruz
Atualmente presenciamos diversas mudanças no comportamento da mulher, que beneficiou e prejudicou sua vida em sociedade. Hoje são inúmeros os casos de mulheres que interrompem de forma brutal uma gravidez e vêem nisso uma forma de não cumprir com sua responsabilidade.
Em minha região a questão do aborto tornou-se um tema polêmico, pois todos possuem uma opinião acerca desse assunto. Um grupo de mulheres que lutam pelo aborto afirmam que:“ temos o direito de exercer nossa sexualidade, temos o direito de ter filhos se e quando quisermos, temos o direito de interromper uma gravidez de maneira pública, legal, sem risco, quando assim quisermos {...}. Autodeterminação é o direito que todas as pessoas têm de decidir sobre sua vida”. Mas eu concordo com o considerado pai da embriologia Karl Ernest Von Baer quando afirma que “A vida humana começa na concepção, isto é, no momento em que o espermatozóide entra em contato com o óvulo, que ocorre já nas primeiras horas após a relação sexual e nessa fase do zigoto que, toda a identidade genética do novo ser é definida, a partir daí, inicia a vida biológica do ser humano”.
Sabemos que antigamente nossas famílias eram constituídas por mais filhos, o papel da mulher era apenas cuidar da casa e da família. Hoje a presença feminina destaca-se cada vez mais, porém isso não justifica o ato de impedir a vida recém-concebida. Mas será que quando falamos em uma gravidez que é causada por estupro, quando a vitima sofre violência cruel e desumana e principalmente sofrimento psicológico nos autoriza o direito de interromper essa gravidez? Argumenta-se que nesses casos devemos levar em consideração o grande valor da saúde mental da mulher, pois o feto continuaria a recordá-la durante nove meses a violência cometida, e apenas aumentaria a sua angústia mental. Porém devemos lembrar que o feto não é o agressor, o agressor é o estuprador, o feto apenas é uma vitima inocente, como a mãe. Por isso, não pode ser morto, com base na consideração não ser ele o agressor.
Certamente para solucionar esse problema, nossos Prefeitos e demais autoridades justificariam que, com a matéria Educação Sexual que já é implantada em todos as escolas, as adolescentes teriam mais informações sobre anticoncepcional e serviços, prevenindo então a gravidez e o aborto, mas está acontecendo exatamente o contrário, a gravidez em mulheres duplicou segundo o Centro Nacional de Saúde.
Entre muitos grupos sociais que dizem sim ao aborto somente Igreja mantém-se firme em defender que o feto é ser vivo, que já tem capacidades humanas: raciocínio, vontade e outras atividades e que a morte significa o fim do crescimento natural.
Portanto, defendo que devem ser utilizadas soluções como: ajuda psicológica, religiosa e social para as vitimas de estupro ou adolescentes que enfrentam uma gravidez indesejada. Devemos enfatizar os valores da família, o respeito ás pessoas, o sentido do verdadeiro amor, que não é apenas atração sexual, mas principalmente a responsabilidade diante dos atos.
Escrevendo o Futuro - 2008 - Memórias - Selecionadas Nivel Escolar
Lembranças do meu lugar
Emociona-me quando falo de meu passado. Foram muitos os momentos de felicidade. A tranqüilidade e a beleza reinavam na simples localidade de Paraguai, onde passei toda minha infância usufruindo o sossego que irradiava o pequeno e humilde povoado.
A luz do iluminando as brincadeiras que brincávamos, eu e meus irmãos em volta da nossa humilde casa feita de taipa, enquanto nossos pais no terreiro conversavam.
Ao amanhecer o sol surgia iluminado à bela e grande mata que enfeitava minha tão pacata localidade. Eu acordava com o cantor dos pássaros que me faziam levantar com disposição para mais um dia.
As varedas eram o único caminho que davam acesso às outras casas, eram estreitas, mas as árvores em cada lado das varedas fazia de cada posso uma alegria cada vez maior. Esta por elas que chegávamos à estrada carroçais que nos levava até a cidade mais próxima para irmos ao médico ao fazer as compras, irmos a cavalo ou a pé.
Com o passar dos anos tudo mudou. Hoje as casas são de tijolos e muitas pessoas tentam fazer de suas casas um ambiente cada vez mais aconchegante e luxuosa. O luar parece até que foi embora, pois as pessoas não vão mais para seus terreiros, hoje todos preferem a televisão. As varedas enlanguesceram e se chamam estradas carroçal. Ela nos dá acesso ao asfalto ligando as cidades. Com transportes mais modernos, nossa vida facilitou, chegamos lá mais rápido evitando aquele cansaço. Hoje nossa localidade já usufrui comércios e posto de saúde.
As lembranças do meu lugar jamais vão fugir de minha memória, pois apesar de hoje está bem desenvolvido nunca vou conseguir esquecer da tranqüilidade que antigamente existia.
Escola de Ensino Fundamental João Evangelista da Cruz
Aluno: Andreza Rodrigues Brandão
Professor: Maria da Silva Albuquerque
Serie:9° ano
Categoria II- Memórias
Minha Querida Lagoa Salgada
Sou João Geraldo e tenho 95 anos de vida, passados na minha querida Lagoa Salgada, comunidade localizada no município de Cruz situada no interior do estado do Ceará.
Minha comunidade é pequena, motivo esse que a fez muito aconchegante. O nome foi dado a ela por que quando a maré estava cheia colocava água do mar para dentro da lagoa e a mesma ficava com sua água salgada.
Lembro-me das poucas ruas por onde passavam carroça e cavalos, únicos meios de transportes existentes. Hoje circular por elas que estão maiores carros e bicicletas.
Naquele tempo a maioria das casas era de taipa casinha deita de barro e cipó, e as poucas casas de tijolos pertenciam as famílias mais ricas. Uma das coisas que eu mais gostava era de sentir o cheiro da comida feita no fogão a lenha de minha mãe. Tudo parecia muito bom as lembranças se misturam com a saudade dos meus velhos tempos de criança.
Mas antigamente existiam dificuldades também, pois não existiam escolas e por isso não sei ler e nem escrever.
Se depois de um tempo construíram uma escola, pena que eu não tinha mais tempo pra me dedicar aos estudos. Eu sabia que os alunos morriam de medo das professoras, por que elas sempre davam um corretivo naqueles que não cumprissem as regras, palmatória e poros joelho no milho eram os piores.
Minha infância aqui também foi difícil, pois tinha que trabalhar com meu pai e quase não brincava, mas sempre tratava de dar um jeitinho e fugia pra jogar bola de saco ou meia com meus amigos.
Antigamente não se tinha aqui em Lagoa Salgada uma igreja, nem capela por isso eu e minha família percorríamos cerca de 3 Km para assistir a missa na igreja matriz da cidade de Cruz.
Hoje estou velho, mas mesmo com as falhas de memória causadas pelo tempo ainda lembro-me de um tempo bom vivido na minha querida Lagoa Salgada.
Escola de Ensino Fundamental Raimunda Elvira Brandão
Aluno: Francisco Breno de Sousa Neves
Professora: Gleiciane Maria Silveira e Freitas
Serie: 9° ano
Categoria II- Memórias
Simples, mais Gostoso
Bom. Para começa de conversa; meu nome é José Chagas, tenho 82 anos de idade. Na minha época de criança era todo ótimo, tranqüilo; tinha muito morro e mangue aqui no Preá e gente não tinha quase ninguém, pois, só o Sr Chico Anão morava aqui.
Escola naquela época era difícil, e eram muito rígidos os estudos, os alunos morriam de medo da palmatória e de ficar de joelho no milho. Eu tinha dificuldades, mas tive oportunidade de estudar e não me interesse como me arrependo!
Naquela época brincávamos muito, e era mais divertido que hoje, era as mesmas que brincam hoje em dia, mas na hora de brincar, era muita gente.
Naquele tempo era simples, a casa era simples. Eram de taipa, as portas de palha com um pedacinho de madeira que servia de fechadura. As coisas que usavam em asa eram ainda mais simples, as panelas eram de barro, o fogão era a lenha, mas esse detalhe não impedia que a comida ficasse muito gostosa, parecia que a fumacinha dava um gostinho especial à comida.
O tempo passou muito rápido, infelizmente. Comecei a trabalhar, fazia de quase tudo o que papai fazia. As coisas que nós produzíamos na roça, trocávamos com os vizinhos, o que tinha o outro não tinha, e assim ia a vida: boa e bela.
As pessoas se davam mais valor, as roupas eram bem vestidas, e muito diferente de hoje, sendo assim, todos se respeitavam. Os filhos então, tratavam os pais com o maior respeito, se respondesse o pai ou mãe levava uma sova daquelas.
Antigamente não existia namoro, pois não podiam nem pegar na mão, durante pouco o namoro e casavam-se logo, qualquer besteira a família ficava falada.
As festas eram lindas, as pessoas iam com suas melhores roupas, casamento, era festa grande, era uma no casamento, mas muito antes tinha uma pro noivado.
E eram assim as coisas no meu tempo. Tempo bons aqueles. Eu sinto saudades, pois época igual aquela não volta mais, e nem existe mais. Essas são lembranças boas do meu passado. Hoje me arrependo de não ter aproveitado melhor aquela época. Por isso, aproveitem bastante, pois quando sentirem saudades, saberão que aproveitaram o melhor que puderam.
Escola de Ensino Fundamental Leopoldo Manoel de Medeiros
Aluno: Francisca Silvanir Pessoa
professora: Eva Freitas de Menezes
Serie: 8° ano
Categoria II- Memórias
Relembrar e Viver Novamente
Sou filho de agricultor, meu pai tinha o roçado como seu ganha pão e seus filhos como ajudantes. Todos os anos brocávamos e cultivávamos a roça para fazermos a farinha, que era o sustento e o pão de cada dia. Junto com a roça, plantávamos também o milho, o feijão além da melancia, melão, pepino e cabaça.
Sempre que terminava o roçado passava no ano seguinte a ser capoeira, eu e meus irmãos plantávamos cajueiros para que no futuro teríamos outras fonte de renda, a castanha.
Recordo de quando pequeno, morávamos numa localidade chamada Cajueirinho II, município de Cruz, era uma época calma e tranqüila. Nossa casa, era espaçosa e dava para hospedar trabalhadores em tempo de farinhada. Havia várias salas, alguns quartos, um alpendre que rodeava toda a casa, tornando-a arejada e aconchegante. Na sala de fora, ficavam as cadeiras para as visitas, feitas com madeira e couro. O fogão era a lenha e espalhava o cheiro do feijão pela a casa toda. Meu pai tinha vários animais, todos as tarde eu ia deixá-los na capoeira. Houve até uma vez que caído cavalo e desmaiei. Acordei minutos depois num tucum (que é um tipo de rede feita da fibra da palmeira) de minha casa um pouco atordoado.
Naquela época as diversões eram poucas, somente aos domingos é que brincávamos de cavalinho retirados do talo de carnaúba e o jogo de futebol com bolos de maias ou de chinelos.
Nas noites de lua clara é amos passear na velha estrada coberta de areia bem alva que abri caminho no horizonte, o cheiro das matas das flores misturadas com o vento, dava aquela vontade de caminhar, caminhar sem rumo.
Agora, tudo mudou, as grandes matas deram lugar ao plantio de mais roçados e capoeiras. O terreno próximo a velha estrada de terra, cedeu espaço a uma nova BR-085, trazendo com ela carros novos e modernos que passam em alta velocidade pela pista, admirando os moradores.
O fogão a lenha foi substituído pelo fogão a gás, a energia chegou trazendo com ela os objetos eletrônicos como tv, que tomou o espaço dos bate papos, onde crianças e adultos se encontravam nas noites de lua clara para contar anedotas e histórias.
Hoje, com 56 anos, sempre relembro com meus quatro filhos, o meu passado, minhas boas recordações que jamais serão esquecidas.
Escola de Ensino Fundamental Joaquim José Monteiro
Aluno: Márcio Aires Araújo
Professor: Amélia Maria Vasconcelos
Serie: 8° ano
Categoria II – Memórias
O lugar onde vivo
O lugar onde vivo é situado no município de Cruz, Estado do Ceará e se encontra a 250 km da capital.
O nome Cedro originou-se duma planta que tinha esse nome e era conhecida por todos que por aqui passavam. A sua utilidade era grande, pois abrigava os viajantes ao meio dia, para fazerem suas refeições.
Depois de alguns anos construíram-se casas e assim as famílias foram se acostumando. Vivendo da agricultura e colhendo os frutos da terra.
Atualmente tudo está mudando temos, energia elétrica, telefone público, igreja onde as pessoas se reúnem e uma escola na qual eu estudo. Em suas extremidades passa a estrada que liga Fortaleza a Jericoacoara, um dos pontos turísticos conhecidos no mundo inteiro.
Portanto sinto muito orgulho em morar aqui e dizer para todos os brasileiros que aqui é o lugar onde eu me sinto feliz com minha família.
Escola Ensino Fundamental Artidouro Mendes Sousa
Professor: Maria Angelúcia Vasconcelos
Aluno: Isabel Farias Vasconcelos Neta
Série: 9° Ano
Categoria II – Memórias
Um tempo que passou
A minha infância foi um tempo que não tive como aproveitá-la do modo que devia ser, por falta de recursos. Eu desde sete anos de idade trabalho na agricultura.
Minha família é humilde, típica de nossas localidades. Todos de minha comunidade são assim, trabalhadores e honestos que mal ganham o pão de cada dia, nós somos povos da roça.
Todas as famílias de nossa localidade foram sempre batalhadoras para sustentar os filhos, e hoje seus filhos estão seguindo os mesmos passos dos pais.
Os moradores de minha região, sempre no período chuvoso, plantam uma certa quantia de roça, milho e feijão.
Nós somos agricultores e cultivamos a terra. Mas sonho um dia ser alguém com felicidade e paz. Eu estou estudando, quando terminar meus estudos vou ser um grande trabalhador como muitos outros.
Escola Ensino Fundamental Luís Albano da Silveira
Professora: Maria Rita Silveira
Aluno: Fernando Edson Farias
Série: 8° Ano
Categoria II – Memórias
Saudades da casa em que nasci
Não muito distante daqui, encontra-se o lugar onde nasci, um lugar muito gostoso de se viver, pois nele não tinha aparecido ainda a TV e então as brincadeiras à noite ficavam mais divertidas e os acontecimentos bem mais fáceis de serem compreendidos.
Lá as coisas aconteciam tranqüilamente, foi lá que ensaiei tremulamente os primeiros passos que no mundo dei e sei que é uma terra que me eleva, é por isso, que a minha vida a ela devo.
Com a tranqüilidade natural do lugar pude acompanhar de perto a rotina do dia-a-dia de meus pais que acordavam cedo para irem trabalhar na roça para o sustento de minha família.
Éramos uma família bem numerosa, porém, isso não favoreceu para a desestruturação da mesma.
Ainda com pouca idade, lembro que minha casa ficava perto de uma cidade, próximo a uma vivenda singela.
No meu pensamento tudo era muito belo, por ter sido o meu agasalho. Sei que a casa era pequenina e ficava perto de uma cascata, em volta de uma copada mata. A casa, hoje não mais existe, porém as fortes lembranças dos momentos felizes que lá vive, ainda persiste na minha imaginação.
Escola Ensino Fundamental Filomena Martins dos Santos
Professor: Maria Lucilene Silveira
Aluno: Brena Betriz Nascimento
Série: 9° Ano
Categoria II – Memórias
Relembrar o passado é revivê-lo
Fui visitar Dona Delha, em Córrego dos Anãs, município de Cruz. Ela é uma senhora muito simpática. Começamos a comparar algumas situações de seu tempo com as de hoje. E foi assim que Dona Delha começou a relatar sua história.
Eu morava em Caiçara, um lugar próximo de onde moro. Lá eu vivia com minha família, era um lugar sossegado, com poucas casas e moradores. Morávamos em uma casinha simples de pau-a-pique, com torno de paus e telhado de palha. Quando chovia meus irmãos e eu, íamos pro quarto de mamãe. Um dia, um dos meus irmãos vestiu a roupa de mamãe, e por eu ser a mais velha, levei a culpa. Ela me colocou de castigo em cima de feijões, pelo menos uma meia hora. Quando saí meus joelhos estavam vermelhos e latejando.
Praticamente não tive infância, cuidava dos meus irmãos e da casa, pois, papai ia ensinar e mamãe passava o dia costurando. Ela costurava para os moradores da região.
Não existia escola, então, papai na luz da lamparina ensinava-me e as outras crianças. A aula não era durante o dia, porque geralmente as crianças maiores trabalhavam para ajudar os pais com as despesas de casa. Na aula de papai ele ensinava o alfabeto e a fazer contas, mas se alguém teimasse, tomava palmatória. Era um instrumento usado para castigar com pancadas na palma da mão. Um dia meu pai mandou-me soletrar o alfabeto e como eu não sabia, ele pegou a “horrível palmatória e começou a me bater”, porém não era só nas mãos, era no meu corpo todo e pior com todos me olhando.
Entretanto na adolescência, comecei a ter mais tempo para brincar, meus irmãos já estavam mais crescidos e mamãe não deixava eu brincar com outras mocinhas, ela dizia que elas eram espevitadas, moças muito animadas no modo de falar e nos gestos - “eu sempre chorava”. As vezes quando maínha saia eu ia com as outras meninas, as bonecas eram nossa diversão preferida, quando avistava maínha, corria para casa e pedia que meus irmãos não lhe contassem.
Com os meus 15 anos comecei a namoricar, - namorar por pouco tempo sem compromisso – eu namorava escondido porque meu pai não deixava eu namorar. Eu fui uma moça muito namoradeira, lembro que os namoros do meu tempo era assim: papai pegava a lamparina e sentava no meu dos dois, se meu namorado pegasse na minha mão. Logo chamava nossa atenção. Quando completei 16 anos, conheci um rapaz pelo nome de Antônio, era um moço vistoso, logo que me viu começou a paquerar, e semanas depois começamos a namorar. Com esse moço papai não foi diferente, ele era muito rígido. Lembro-me bem de um dia que, enquanto papai foi buscar fósforo para acender a lamparina, Antônio tentou me roubar um beijo, mais papai chegou bem na hora e colocou ele pra correr.
Aos 17 anos me casei com o Antônio, e fui morar numa casinha de taipa no lugar onde vivo até hoje, tive meu primeiro filho, e depois vieram mais oito, sendo no total cinco homens e quatro mulheres. Criamos todos ele com muitas dificuldades. Em 1997 fiquei viúva, meu marido tinha uma hérnia e no trabalho de capina acabou não resistindo. Senti muito esse momento. Hoje cada vez que fecho os olhos, sinto que essas lembranças ainda batem muito forte no meu peito.
Escola Ensino Fundamental Ladislau de Paulo Magalhães
Professor: Maria Jeane Silveira Nascimento
Aluno: Lana Karina Ferreira
Série: 8° Ano
Categoria II – Memórias
Solidão, nós temos da solidão.
Já faz muito tempo...Se bem me lembro, eu era um rapazote (adolescente) quando avistei, pela primeira vez, as “Terras da Solidão...”.
O lugar fazia jus a seu nome: Mato e pedra dividiam espaço com apenas dois moradores – O Raimundo e o Manoel Rosa Velho – na época, separados por grandes porções de terras.
Recordo-me, com clareza, do dia de nossa chegada: Nosso comboio havia partido de madrugada chegamos ao escurecer.
Minha família instalou-se em uma singela casa de taipa, cuja camarinha (quarto de dormir), não foi suficiente para acomodar todas as nossas redes – onze, se não me falha a memória...
Naquela noite, fiquei a cantarolar baixinho, arremedando o pio agourento da mãe-da-lua (espécie de corujalque, de um mameleiro próximo, cantava triste, anunciando a filha altiva).
Despertei, no dia seguinte, com cheiro forte do café silado.
O sol, que atravessara as frestas da parede de barro socado, batia de leve em meu rosto brônzeo.
Era um dia quente de verão.
Do terreiro de nosso humilde casebre, constatei absorto: Tudo era verde, intocado...Quilômetros e mais quilômetros de flora primitiva, de fauna abundante...
Haviam Onças, Caititus, Cotias, Preás...Havia catingueiras, jurubebas, aroeiras...
O cheiro que vinha da mata era inebriante...Cheiro de mata virgem...
Por vezes, teimo ainda em sentir a pureza daquele odor. Todavia, percebo que os cheiros, assim como os tempos mudaram...
Hoje, o aroma exalado pelas matas já não é tão puro. Misturou-se à poeira dos escapamentos, à fumaça produzida pelas constantes queimadas...
Na verdade, nem a mata é a mesma: as aroeiras, catingueiras e jurubebas, deram lugar aos roçados de subsistência e às imensas florestas de cajueiro, cujo fruto, tornou-se a principal fonte de renda do povo solidense.
A magia, que antes era irradiada pela inóspita Solidão, já não é tão forte, mas, em outros tempos, estabeleceu vínculos inabaláveis entre mim e esta terra.
Em 1958, quando já casado, fui afugentado daqui pelo fantasma da seca, parei nove longos anos de intensa saudade...
As primeiras chuvas me trouxeram de volta a esperança de um recomeço ardia em meu peito...
No regresso, porém, as mudanças eram gritantes: moradias aqui e ali, famílias cada vez mais numerosas.
As “terras da Solidão” formam atualmente “O Solidão”, uma comunidade agrícola situada na Zona Rural do município de Cruz.
O progresso foi chegando devagar, engolindo e transformando o verde...A fantástica diversidade de antes sobrevive apenas em minha já gasta memória...
Vez ou outra, quando me interrogam sobre o Solidão de outrora, me perco no vão das palavras, fico a cismar...Nessas horas o jovem rapazote desperta. Vira onça, vira mameleiro...Sente o cheiro puro da mata virgem... Regressa a um tempo em que as terras da Solidão eram, de fato, solidárias...
Texto escrito a partir da
entrevista com o Senhor
Raimundo Monteiro de Freitas,
de 86 anos.
Escola Ensino Fundamental Pedro Marques da Cunha
Professor: Nélia Cunha Freitas Araújo
Aluno: Luciélia Carla da Cunha
Série: 9° Ano
Categoria II – Memórias
Saudosa Lembranças
No pequeno sítio do papai tinha de tudo, muitas árvores, onde as crianças subiam e comiam muitas frutas! Hoje já não há mais crianças aqui, só os pássaros...enquanto as meninas brincavam de casinha, eu e os outros meninos preparávamos os cavalos-de-pau*. Na corrida dava até briga!
Além da boa vista do sítio, a vista do mato era ainda mais bonita! Adorava cavalgar no campo, demorava horas! A natureza era muito boa, dava muitas goiabas, melhor para mamãe e para o papai, ela fazia muito goiabada. Lembro daquela tina* enorme preta, mamãe mexia tanto que suava com a quentura* do fogo. Enquanto isso papai prensava o queijo, há, eu roubava muito, e depois riscava com o grafo e mamãe achava que era rato!
Eu gostava de festas, e na época das fogueiras, ficava com meus pais conversando. Bem, eu também ia pro samba e dançava com muitas morenas formosas, mais era só dança, pois se bolisse* tinha que casar, mais história de casamento era só com os pais, muito diferente de hoje, que os jovens só fazem bobagens!
De manhazinha, dava preguiça de ir lá no Poço Doce buscar sacos de farinha. Bem, pai e mãe sérios, só pode ser casamento, casei cedo graças a meu jeitão e a meu olhar quarenta e três, a mulher faleceu me deixando quatro filhos os três rapazes e a moça já feitos, ainda bem!
Logo casei, agora a mulher é mais nova! Tive de trabalhar para sustentar a esposa, comecei na pesca, oh Deus! Me apressei e a família aumentou e junto com a família a despesa, a pesca não bastava e fui para a agricultura, agora tenho duas bocas para alimentar, é melhor comprar mais goma e rede...
Enquanto a mulher fazia o feijão maduro, eu ouvia a radiola, é, tinha que comprar um radiozinho que era mais original e eu queria ouvir a música do fuscão preto! Bom, começou a apertar, ainda bem que chegou a época do caju, eu vou juntar muita castanha!
Esse lugar mudou muito! Hoje percebo a diferença! Já fui menino, rapaz homem hoje sou velho, e que sirvo apenas para contar minha saudosa lembrança...
Cavalo-de-pau: brinquedo esculpido no talo da carnaubeira.
Tina: panela grande própria de fazer doces
Bolisse: Ato de engravidar as moças solteiras.
Quentura: Alta temperatura, causando calor.
Escola de Ensino Fundamental São Paulo
Professor: Francisco Henrique da Conceição
Aluno: Andreza Maria Silveira Louzada
Série: 8° Ano
Categoria II – Memórias
Minha vida, minha história
Nos anos de 1945, eu ainda era criança, morava em Caboclos naquela época ainda município de Acaraú, mesmo com essa idade, eu acumulava muito sofrer, errei muito mas aprendi com meus próprios erros, dando o meu máximo.
Eu era uma menina pobre, o meu grande sonho era ver meus pais felizes, pois de onze filhos, apenas eu sobrevivi, fiz muitos sacrifícios, eu trabalhava como uma escrava, debaixo de sol e chuva o trabalho era intenso, e não media esforços para obter a minha e a sobrevivência dos meus pais, o trabalho era com a roça, o algodão e o bordado.
Minha mãe sempre dizia:
- Filha espero que você seja uma pessoa de bons modos, mesmo não podendo ir a escola. Quando alguém interrompia uma conversa, pegávamos uma leruada “uma grande surra”. A comida no tempo da seca era farofa de semente de melancia e farofa de caroço de jucunã. Nos vestíamos com as seguintes fazendas, tecido, chita, volta ao mundo, tergal, almesca, estopa, estampa, tropical ou outros eram pique, seda e cambraia eram tecidos muitos caros.
No dia em que completei 16 anos meu pai morreu. O tempo passou minha mãe pegou uma anemia muito forte e acabou morrendo, fui morar com meus padrinhos, lá eu trabalhei muito, com vinte e quatro anos casei-me, considero-me uma mulher de sorte, mais de treze filhos apenas sete sobreviveram, mesmo assim fiquei contente com os que ficaram vivos.
Consegui construir um alicerce, mais forte que concreto era meu objetivo e o concluiu, pois montei um quebra-cabeça incrível a família, não perfeita porque ninguém é.
Escola Ensino Fundamental Manoel Antônio da Silveira
Professor: Maria Eliane de Sousa Brandão
Aluno: Francisca Janaína do Nascimento
Série: 8° Ano
Que infância!
Naqueles tempos de menina, ajudava no sustento da família fazendo bordado à mão. Desde criança aprendi a arte de bordar e passava hora entretida com essa atividade. Minha mãe, ao meu lado, trabalhava fiando algodão para fazer nossas roupas. De segunda a sexta-feira era sempre a mesma rotina.
Quando chegava sábado e domingo todo o tempo, era dedicada a brincadeira: subíamos nos cajueiros e brincamos de pega-pega, com meus irmãos, primos e amigos. Se for noite de lua clara, a brincadeira continuava. Brincávamos de casinha, fazíamos comida para as bonecas e também brincávamos de cantigas de roda.
Na mocidade continuei ajudando minha família. Quando minha mãe saia, eu inventava de costurar, mesmo com as ordens dela dizendo para não mexer na maquina. Meus estudos foram poucos, pois comecei com 11 anos e fiz somente a 4° serie. Tinha que estudar á noite e meus pais não gostavam. Toda vez que ia me arruma para ir á escola, tinha sempre que ouvir suas advertências. Quando acontecia alguma festa, nem pensar em saia, só em companhia da mamãe. Mas se saiamos para as festas juninas, dava um jeito de escapole e cair na dança.
Hoje recordando as dificuldades tive uma infância feliz.
Centro de Educação Básica Paulo Freire
Aluno: Alessandra
Categoria II - Memórias
Minha Longa Jornada.
Aroeira o inicio de uma longa historia, uma história bem bacana.
Seu Odilon tem 73 anos. Nasceu em cambota, mas logo cedo se mudou para Aroeira. Ele me contou que desde meninote lutou por uma vida melhor.
Tudo começou quando cheguei aqui em Aroeira, com meus cinco anos de idades, em minha volta vi somente quando casas e muitos matos, me adaptei fácil, pois não tinha tanta diferença do lugar onde nasci, ao contrario, foi aqui que fiz muitas amizades, amigas esses que fizeram de minha dura infância um pouquinho melhor. Como todo moleque daquela época, minha brincadeira preferida era cavalo de pau, e quando enjoávamos brincávamos de esconde-esconde, pega-pega e outros que o tempo me fizeram esquecer.
Minha juventude foi totalmente diferente, tive que trocar as brincadeiras pelos trabalhos duro na roça, e com tantas responsabilidades também tive que desistir de um grande sonho, sempre sonhei em estudar; poder conhecer as maravilhas do mundo, mas infelizmente minhas obrigações eram maiores que qualquer coisa, mas nem por isso desiste de aprender, lembro que levei muito tempo para aprender o alfabeto, e não tenho vergonha de dizer que consegui com treze anos e escrevendo no chão. Eu recordo que naquele tempo as paqueras eram jogando pedra e milhos nas garotas, e quando elas devolveram era porque também estavam interessadas. Muitas famílias faziam questão de colocar um banco em frente de suas casas, para que os homens soubessem que ali tinham moças solteiras. Em noite resolvi tentar a sorte em uma casa, lá fui recebido bem e levei a moça para o banquinho e conversamos um pouco de nós. Eu não resisti e dei um beijo na testa dela, ela baixou a cabeça e começou chorar, e eu com medo do pai dela, fui embora e nunca mais voltei. Até hoje eu penso que foi emoção do primeiro beijo.Depois de tantos amores fracassados, consegui encontrar aquela que comigo veio a se casar, com ela dividir todos os meus momentos, construímos uma família onde nasceram quatorzes filhos. Só que o destino também foi muito cruel comigo tirando de mim dez filhos, onde morreram por falta de alimentação por causa de terríveis doenças da época.
O mais importante de tudo isso, foi que consegui chegar no dia de hoje, com meus quatro filhos que são a maior orgulho da minha vida.
Talvez eu não tenha realizado tantas coisas naquela época, mas sou um homem realizado hoje, só me entreteço ao ver hoje em dia tanta violência, tanta miséria, tanta desigualdade. Espero que todos façam com eu, lutem para consegui resultados melhores.
Escola de Ensino Fundamental Santa Cecília
Aluno: Regina Célia de Lima
Professora: Maria Evéunia Araújo carvalho
Serie: 9° ano
Categoria II- Memórias
As verdadeiras diferenças
Vovó Creuza nasceu e criou-se em cajueirinho onde vive até hoje, um lugarzinho pequeno, mais adorado por todos que o conhece. Sempre gostei de conversar com ela, só ficava chateada quando eu não entendia, o significado de algumas palavras mencionado por ela, eu acho esquisito.
Um dia nós duas conversando sobre assuntos do passado, ela resolveu então me contar um pouco das muitas dificuldades enfretandas por ela e sua família, e começou assim:
Morávamos numa casinha de taipo bem pobrezinha, o piso era de terra batida e a fumaça que vinha do fogão a lenha inundava a casa, minha família passava por muitas dificuldades, mas vivíamos felizes, pois nunca prendi a esperança de ter uma vida melhor. Nossa casinha querida, tinha a penas panelas de barro, um pote d’água no pé da parede com um copeiro onde pendurava os canecos e as colherinhas de pau com suas quenguinhas, cozinhávamos a lenha. A iluminação vinha de uma lamparina que ficava em cima do caritó existia também um banquinho de pau do qual eu tinha muitos ciúmes. Lembro-me de minha infância humilde onde eu brincava com minhas bonecas de sabugo e de pano confeccionas pela minha mãe. Naquele tempo quando eu estudava a escola era difícil qualquer deslize lá vinha a palmatória como castigo, outro castigo comum era o aluno de joelhos em cima de caroços de milho e quando a professora se aproximava de mim, logo minhas mãos tremiam e eu me transformava numa verdadeira estatua de gelo.
Mamãe sempre foi uma mulher trabalhadeira e ensinou a mim e as minhas irmãs a fiar algodão no fuso para tecer rede,passávamos o dia quase todo nesse oficio, mas quando chegava a noite eu era a primeira a me arrumar para sair, a minha diversão preferida era ir para as cantorias. O tempo foi passando e os meus pais sempre nos proibiam de namorar ou de falar com menino, mas quando eu já estava bem maduro da vida conheci um viúvo com cinco filhos, nos casamos e tivemos nove filhos e as dificuldades só aumentaram, só quando nos aposentamos é que foi melhorando a nossa vida.
O tempo passou depressa e hoje vivo com as minhas lembranças do passado que eu jamais poderia esquecer as recordações que ficaram na minha mente até hoje.
Nossa vovó, que história surpreendente! Tudo isso aconteceu com a senhora?
Sim minha neta, tudo isso, mas hoje tudo mudou hoje é tão grande a minha felicidade que não consigo descrevê-la.
Escola de Ensino Fundamental Maria Filomeno Sousa
Aluno: Maria Aline de Freitas
Professora: Leida Maria Sousa
Serie: 8° ano
Olimpíadas de Língua Portuguesa
Escrevendo o Futuro
Categoria II – Memórias
Escola: EEF. João Evangelista Vasconcelos
Professor: Maria Edileuza da Silveira
Aluno: Antônio Sérgio Marques
Ano: 8º. Ano
Remexendo o Baú
Certo dia, sem nada para fazer, resolvi remexer em um velho baú e reviver minha infância. Ao abrir o baú, dei logo de cara com um pequeno livrinho . Era a carta do ABC, um livrinho bastante útil nos dois primeiros anos de estudo. Encontrei também a cartilha, um livro um pouco maior e que foi muitíssimo utilizado no meu terceiro ano de estudos. Naquela época, poucos estudavam, pois não tínhamos a oportunidade que as crianças de hoje possuem. Além disso, não existiam escolas como as de hoje e tínhamos que estudar nas casas de famílias. Ao guardar a cartilha, encontrei um antigo álbum de fotografias e, ao abri-lo, a primeira coisa que vi foi uma fotografia minha com meus pais. Nesse momento, comparei o passado com o presente e percebi uma grande diferença. Antes, os filhos tinham um grande respeito e obediência por seus pais, já hoje, os filhos não os obedecem mais e não respeitam quem os trouxe ao mundo.
Virei a página e vi a fotografia onde eu e meus amigos jogavam futebol com uma bola de pano, nosso brinquedo favorito. Encontrei também, uma foto de minha irmã e suas amigas brincando com uma pequena boneca, também confeccionada com pano.
Foi aí que lembrei de uma velha brincadeira que eu e todos os garotos de minha idade costumávamos fazer. Nós todos adorávamos matar pássaros com uma baladeira.
Hoje, arrependo-me de tê-los matados e, se pudesse, traria todos esses inocentes de volta ao mundo.
Logo em seguida, voltei a ótimos tempos, o dia do meu casamento. Naquela época, o casamento era totalmente diferente dos de hoje e, como de costume, meu pai e meu futuro sogro marcaram a data do casamento e ao chegar o dia, mataram um porco e um peru para festejar a cerimônias.
Após minutos compenetrados nas antigas lembranças, chegou um de meus netos perguntando se eu poderia ajudá-lo em uma tarefa da escola sobre a origem da comunidade. Guardei o baú e atendendo ao seu pedido, lembrei logo das antigas histórias sobre a origem do lugar contado por meus pais e avós então falei que em 1870, Frutuoso José de Freitas, primeiro morador do lugar, adquiriu uma área de 3.600 hectares de terra e, tendo-a comprado, o mesmo mandou registrá-la com o nome de Cajueirinho, devido ao fato de ter encontrado um cajueiro solitário no centro do seu terreno.
Esse cajueiro viveu vários anos e, em 1.964, devido ao brejo da primeira cheia do açude da Prata, o mesmo veio a desabar. Porém, em compensação, no mesmo local ficou outro cajueiro que nasceu de um fruto seu e permanece vivo até os dias de hoje. Passando a falar das moradias antigas, falei que antigamente havia quatro tipos de casas: de taipa, de cipó, de palha e de tijolos de areia; falei também que antes as casas eram bem baixas e costumavam ter alpendres ao seu redor.
Ele observou e escreveu tudo que eu disse; em seguida, agradeceu e foi embora, mim deixando novamente sozinho e relembrando tudo de bom que vivi no meu velho tempo de infância.
Texto escrito com base na entrevista com José Simão de Souza, 55 anos.
Olimpíadas de Língua Portuguesa
Escrevendo o Futuro
Categoria II – Memórias
Escola: EEF. Macário José de Farias
Professora: Maria Rosemeire de Vasconcelos Costa
Aluna: Nathália Farias Vasconcelos
Ano: 7º. Ano
A vida nos tempos do queima
Certo dia estava pensando nesses casamentos, na juventude e no namoro da molecada e, de repente percebi quantas mudanças ocorreram, principalmente na intimidade das pessoas. Então, lembrei dos meus tempos de romance em que havia dois seguranças, papai e mamãe; e, um tipo de iluminação bem rara, a lamparina, isso jamais poderia esquecer. Aperto de mão e abraço, nem sempre eram aceitos pelos pais, portanto, só restava dialogar, coisa que nesses tempos modernos não acontece.
Passado alguns minutos, e eu ainda pensando, lembrei-me de um termo bem engraçado, “o queima’’, casamento executado sem a permissão dos pais. A coisa mais louca que existiu naqueles tempos. Porém, era legal. Se um filho saísse para passear e na ocasião conhecesse uma moça, poderia fazer “o queima’’, e rapidamente, sem que os pais soubessem estavam casados, embora que sem idade para assumir a família.
Tenho marcas profundas em minha memória. A vida naquela época não era fácil. As famílias tinham filhos, e por isso, passavam muita necessidade, pois não eram famílias pequenas como as de hoje. Conheço algumas de quinze filhos ou mais. Lembro-me que muitas vezes, passaram fome e esta era tão grande que comia batata de xipé vermelho com carapiau: um peixe pequeno da região, farinha também não tinha, então, usávamos cinza. A situação era muito difícil.
É, nosso lugarzinho sofreu muitas transformações. Viveu seca, enchente e por algumas delas também passei. Nesses dias estou aqui, nesse pequeno cantinho do Ceará, mostrando as marcas de um povo brasileiro que mesmo sofrido, enquanto tem imaginação, não deixa de pensar.
Olimpíadas de Língua Portuguesa
Escrevendo o Futuro
Categoria II – Memórias
Escola: Centro de Educação Básica Maria Pereira Brandão
Professora: Rejane Cláudia Vasconcelos Rocha
Aluna: Bruna Marília Costa
Ano: 8º. Ano
Lembrando as raízes
Naquela época não havia energia elétrica, a luz que clareava a noite era apenas a luz das lamparinas ou a claridade das estrelas e do luar.
Na minha infância não tive nenhum fato marcante, brincava com bonecas feita de pano ou de espigas de milho, além de ter que ir todos os dias trabalhar na roça com meus pais.
As condições de vida eram muito poucas, não tinha opções de trabalhos e o que ganhávamos só dava para comer.
Estudo, não tive muito, pois era muito difícil e as poucas escolas se encontravam no centro da cidade e eu morava na zona rural e ficava muito longe para ir.
Os únicos meios de transportes eram as mulas, cavalos ou carroças ainda assim tinha quem optasse pelas bicicletas.
Eletros domésticos, só em sonho mesmo, naquele tempo não tinham dinheiro para essas mordomias.
Os comércios eram poucos e eram conhecidos como “retalho’’, as coisas eram vendidas apenas pela metade”.
As diversões eram mínimas, tinham aquelas cantorias ao redor de uma fogueira e ainda tinha as serenatas feitas as enamoradas eternas.
Ah! Tinha também os resos que davam o que falar, e as novenas da Igreja que arrastavam enormes multidões.
A minha casa como as da maioria do povoado eram feitas de taipo, palha e barro, mais conhecida como casa de “Pau-a-pique”, havia apenas dois quartos, uma sala, e uma cozinha, onde ficava o fogão a lenha com suas enormes chamas que se via ao longe.
Na minha adolescência fui acertada pelo cupido do amor e senti meu coração bater acelerado e lento ao mesmo tempo.
E logo já estava casada e construí junto ao meu marido uma linda família.
Apesar de ter tido uma vida sofrida hoje tenho o que meus pais não tiveram e dou tudo o que não tive aos meus filhos.
E quando me pergunto o que penso sobre o meu passado, respondo que nunca deixarei de me lembrar das minhas raízes, pois são elas que me tornaram a grande pessoa que sou hoje.
Texto baseado na vida de Francisca Leite de Sousa Silveira.
Olimpíadas de Língua Portuguesa
Escrevendo o Futuro
Categoria II – Memórias
Escola: E.F.M. São Francisco da Cruz.
Professora: Leiliane Regiane Farias
Aluna: Nathália Mendes de Sousa
Ano: 2º. Ano médio
A pratica do aborto em Cruz
Atualmente presenciamos diversas mudanças no comportamento da mulher, que beneficiou e prejudicou sua vida em sociedade. Hoje são inúmeros os casos de mulheres que interrompem de forma brutal uma gravidez e vêem nisso uma forma de não cumprir com sua responsabilidade.
Em minha região a questão do aborto tornou-se um tema polêmico, pois todos possuem uma opinião acerca desse assunto. Um grupo de mulheres que lutam pelo aborto afirmam que: “ temos o direito de exercer nossa sexualidade, temos o direito de ter filhos se e quando quisermos, temos o direito de interromper uma gravidez de maneira pública, legal, sem risco, quando assim quisermos {...}. Autodeterminação é o direito que todas as pessoas têm de decidir sobre sua vida”. Mas eu concordo com o considerado pai da embriologia Karl Ernest Von Baer quando afirma que “A vida humana começa na concepção, isto é, no momento em que o espermatozóide entra em contato com o óvulo, que ocorre já nas primeiras horas após a relação sexual e nessa fase do zigoto que, toda a identidade genética do novo ser é definida, a partir daí, inicia a vida biológica do ser humano”.
Sabemos que antigamente nossas famílias eram constituídas por mais filhos, o papel da mulher era apenas cuidar da casa e da família. Hoje a presença feminina destaca-se cada vez mais, porém isso não justifica o ato de impedir a vida recém-concebida. Mas será que quando falamos em uma gravidez que é causada por estupro, quando a vitima sofre violência cruel e desumana e principalmente sofrimento psicológico nos autoriza o direito de interromper essa gravidez? Argumenta-se que nesses casos devemos levar em consideração o grande valor da saúde mental da mulher, pois o feto continuaria a recordá-la durante nove meses a violência cometida, e apenas aumentaria a sua angústia mental. Porém devemos lembrar que o feto não é o agressor, o agressor é o estuprador, o feto apenas é uma vitima inocente, como a mãe. Por isso, não pode ser morto, com base na consideração não ser ele o agressor.
Certamente para solucionar esse problema, nossos Prefeitos e demais autoridades justificariam que, com a matéria Educação Sexual que já é implantada em todos as escolas, as adolescentes teriam mais informações sobre anticoncepcional e serviços, prevenindo então a gravidez e o aborto, mas está acontecendo exatamente o contrário, a gravidez em mulheres duplicou segundo o Centro Nacional de Saúde.
Entre muitos grupos sociais que dizem sim ao aborto somente Igreja mantém-se firme em defender que o feto é ser vivo, que já tem capacidades humanas: raciocínio, vontade e outras atividades e que a morte significa o fim do crescimento natural.
Portanto, defendo que devem ser utilizadas soluções como: ajuda psicológica, religiosa e social para as vitimas de estupro ou adolescentes que enfrentam uma gravidez indesejada. Devemos enfatizar os valores da família, o respeito ás pessoas, o sentido do verdadeiro amor, que não é apenas atração sexual, mas principalmente a responsabilidade diante dos atos.
Categoria II- Memórias
O lugar onde vivo
Na comunidade em que eu moro, antes era chamado de sito caldeirão, o dono dessas terras deu esse nome. Alguns anos após as pessoas deram o nome de Canafistula por haver varias árvores, cujo nome é Canafistula.
A vegetação de antigamente era mata silvestre agora as pessoas estão desmatando e cultivando os cajueiros.
A cultura do povo era a cantoria, rezados e outros. Ditos populares como, vamos sapia, arriégua, orcuvanbu e outros. Hoje é dificio ter o rezado e a cantoria mais é as seresta e festas e esses ditados populares que ainda falam.
É ariégua.
Antes para cuidar da saúde tinha que se locomover a cidade de Acaraú. As mães têm os seus filhos em casa. E hoje as mães têm no hospital. As coisas mudaram, havendo facilidade para cuidar de nossa saúde. Há hospital, posto de saúde próximo de minha comunidade.
Com isso melhorou 100% a saúde da nossa comunidade, diminuindo a mortalidade e dos idosos.
Escola de Ensino Fundamental Valdemar Paulo Ribeiro
Aluno: José Gilvan Sousa
Professor: Maria Erineide Pinto
Serie: 9° ano
Escrevendo o Futuro – 2008 - Poesias Selecionadas Nivel Escolar
As belezas de Cruz
O município de Cruz
Preocupa-se com a educação
e com a saúde e lazer
Da sua população
As escolas do município
Tem educação e limpeza
Funcionários trabalhadores
Pra ficar uma beleza
a população daqui
Todo fica com alegria
de ver a saúde de seu povo
Melhorar a cada dia
Cruz, tem lazer para as crianças
Como, praças e biblioteca
Açudes, praias e parques
E até uma brinquedoteca.
A maioria da população
Tem água encanada
Que vem lá de uma CAGECE
Que é uma agua bem tratada
Todo mundo tem sua renda
Comércio, croché, pecuária e costura
Mais na sua maioria
Vivem da agricultura
A maioria das pessoas
Tem sua casa pra morar
Ninguém mora na rua
Mas aluguel, alguns tem que pagar
Coleta de lixo
Tem no centro da cidade
E graças a um projeto
Já abrangem várias localidades
O município de Cruz
Tenta evitar Doenças
Mas, também tenta evitar
Um pouco da violência
Aqui nesse lugar
Há muita Vegetação
Coqueiros, Cajueiro e Mangueira
Servindo de alimentação
Escola de Ensino Fundamental Bernardino José Vasconcelos
Aluno: Maria José Silveira Freitas
Professor: Maria Eliâne de Sousa
Serie:5° ano
Categoria I- Poesia
O lugar onde vivo
Neste dia especial
Venho aqui lhe contar,
o lugar onde vivo
É um bom tema pra se falar.
Eu vivo numa comunidade
Que tem paz e união
Porque lá eles não brigam
E vivem em comunhão
Lá existe muitas coisas
E também muito amigos
Por isso que eu gosto muito,
É o lugar onde vivo.
O lugar onde vivo
Á muito trabalhadores
Uns trabalham na agricultura,
E outros são professores.
Estudo numa escola
Que sempre gostei de estudar
Por que lá eu tenho amigos,
Que passam comigo brincando.
Alguns trabalham na varanda
Para o dinheiro ganhar
Ajudar a pagar as contas,
E principalmente se sustentar.
Outros pessoas por exemplo
A mandioca vão raspar
Uns ganham dinheiro
Outros só vão ajudar.
Alguns trabalham na colheita
Para a família ajudar
Eles colhem durante o dia,
E a noite vão descansar.
Aqui vou finalizando
E quero lhe alertar,
o lugar onde vivo,
Eu sempre gostei de mora.
Escola de Ensino Fundamental Valdemar Paulo Ribeiro
Aluno: Maria Mariane do Nascimento
Professor: Maria Erlandia Ribeiro
Serie: 5° ano
Categoria I- Poesia
As Maravilhas do Lugar
Moro em um lugar
Muito sensacional
Onde a gente brinca
Sendo bastante legal.
O lugar onde vivo
É tão maravilhoso
Tem clima muito bom
E é muito gostoso
Tem o prédio comunitário
Que está em construção
Para todas da comunidade
Viverem em ação
O som que ouvimos
É o som dos pássaros
Aqui todos brincam
Em um grande espaço
Também tem o chafariz
Que todos têm necessidades
Lá é público
Para toda a comunidade
Aqui tem uma escola
Que todos podem estudar
Tem até o 7° ano
Para todos se educar.
Escola de Ensino Fundamental Raimundo Luiz da Silveira
Aluno: Maria Juliana da Silveira
Professor: Maria Célia da Silveira
Serie: 6° ano
Categoria I- Poesia
As plantas do meu lugar
Me orgulho e vou falar
Das plantas do meu lugar
Dão frutas gostosas
Que todos devem provar.
Tem coqueiro, cajueiro,
Tem mangueira e muito mais
Quando é tempo das frutas
A gente come demais
Há época em que dá muitas frutas
Que chega até se estragar
Mesmo, vendendo e comendo,
Não dá pra tudo aproveitar
As frutas de mais saídas
São a manga e a castanha,
Cuidando bem o ano inteiro
Será uma boa apanha.
Além de comer o caju
Ainda podemos fazer
Doce, suco, cajuina
E licor para vender.
E a castanha que vendemos
Vira até exportação,
Vendemos por um precinho
E volta com um preção.
A manga também vendemos,
E dela podemos aproveitar,
Doce, geléia e suco
Contribuindo com a culinária do lugar.
Alem de serem gostosas
São fontes de renda
Para os Produtores que se dedicam,
No final são boas vendas.
Para finalizar
Quero lhe aconselhar
A conhecer as plantas
E frutas do meu lugar.
Escola de Ensino Fundamental João Evangelista da Cruz
Aluno: Marcos Augusto Freitas Medeiros
Professor: Maria da Silva Albuquerque
Serie: 6° ano
Categoria I- Poesia
O lugar onde vivo
O lugar onde vivo
É um lugar de tranqüilidade
Gosto da minha escola
Pois tenho Aprendizagem
Nos caminhos dessa vida
Precisamos de passar
No poema, porém
Precisamos se comunicar.
O lugar onde vivo
Tem que ser respeitado
Porque o espaço
Não pode ser abandonado.
O lugar onde vivo
É um castelo de fadas
A vida é um sonho
E tenho muita felicidade
Escola de Ensino Fundamental Artidouro Mendes Sousa
Aluno: Maria Erlândia Araújo Nascimento
Professor: Monica de Assis de Sousa
Serie: 6° ano
Categoria I- Poesia
Meu Cantinho
Querido amigo leitor
Preste muita atenção
Pois vou falar do meu cantinho
De todo meu coração
As águas do meu lugar
São puras e cristalinas
O brilho delas encantam
Como o canto das meninas
As noites por aqui
São muitas estreladas
E ouvimos o canto do galo
Nas belas Madrugadas.
No nosso lugar
Tem uma fruta procurada
E a bonita castanha
Que é muito apreciada
O nosso solo
Está em degradação
Por causa dos agricultores
Que não tem informação
Apesar de tudo
As pessoas têm solidariedades
Ajudando uns aos outros
Nas suas dificuldades
O meu lugar é pequeno
Porém é especial
É um lindo recanto
Que fica na zona rural.
Aqui os agricultores
Fazem muita plantação
Plantam muitas coisas
Principalmente Milho e feijão
O meu lugar
Não e assustador
Tem pouca violência
E é o refugio do morador
Apesar de tudo digo e afirmo
Com toda a certeza
Adoro meu lugar
Por que é uma eterna fortaleza
O meu lugar
Tem muita vegetação
Com flores e plantas
Mas já há devastação
As aves cantam no alvorecer
Anunciando um novo dia
Todo as pessoas vão
Trabalhar com enorme alegria
O meu lugar é lindo
Aqui eu quero morar
Perto de minha família
Desfrutando do meu lugar.
Escola de Ensino fundamental Luis Albano da Silveira
Aluno: Maria Natalia Silveira
Professor: Maria Rita Silveira
Serie: 6° ano
Categoria I- Poesia
Minha cidade
Minha cidade é legal
Tem muitas coisas especiais
Tem as escolas bonitas
E conhecemos pessoas legais
Os homens tão destruindo a natureza
Onde os animais vão morar?
Antes era uma beleza
Os animais tinham seu lugar.
A Lagoa dos Monteiros é bela
Trás muitas felicidades
Eu gosto muito dela
Traz alegria para a comunidades.
O lugar onde eu vivo
Tem muitos trabalhadores
Em Lagoa dos Monteiros
Quase todos são agricultores
A castanha nós vendemos
O caju aproveitamos
O dinheiro compra comida
Com a comida nos alimentamos
A igreja dos Monteiros
Tem muitas celebrações
Às vezes tem missas
E ate missões.
Na comunidade tem igreja para rezar
A natureza temos que cuidar
Temos uma escola bonita
E uma quadra para esporte praticar
Na nossa escola tem muitos professores
Pra ensinar
Temos que aprender a ler e escrever
E temos que estudar
Para se forma e um dia trabalhar
Enfim, na nossa comunidade
Temos muitas belezas
Quadra de esporte, praça, igreja
E uma bonita natureza
Que nos impressiona
Com seu ar de pureza
Escola de Ensino Fundamental Joaquim José Monteiros
Aluno: Carlos André da Silva Filho
Professor: Francisco das Chagas Vasconcelos
Serie: 5° ano
Categoria I- Poesia
Assim é meu lugar
Aqui na minha poesia
Acredite no que vou falar
Na cidade de Cruz
Temos o melhor lugar.
No lugar onde vivo
Tem um canto especial
O açude do Del
Onde o banho e legal.
Nada posso reclamar
Desse lugar maravilhoso
Só o banho do açude
É muito gostoso.
Neste lindo lugar
Pessoas vão pescar
Também se divertem
Pescando camarão e cará.
As festas juninas
Para a gente todos apreciar
Aqui na minha escola
Ganho o primeiro lugar.
Dos anos que vivi
Até hoje a reconheço
Que o Poço Doce II
É o lugar que mereço.
Escola de Ensino Fundamental Francisco das Chagas e Silveira
Aluno: Amanda Aucimara Dutra
Professor: Maria Josineuda Vasconcelos
Serie: 5° ano
Categoria I- Poesia
Minha cidade, minha rua...
No lugar onde vivo há paz e alegria
As crianças brincam muito
E estudam todos os dias
A festa de São Francisco é em setembro
E o Natal é em dezembro
São períodos de religiosidade
Que mobilizam nossa cidade
O lugar onde vivo
É um lugar animado
Além da linda natureza
É um lugar arejado.
O lugar onde vivo
Tem a escola do canema
Que tem muitos estudantes
Inteligentes e sorridentes.
O lugar onde vivo
Tem praias, lagoas, açudes e rios
Onde todos se divertem
Sejam avós, filhos e tios.
O lugar onde eu vivo
Tudo se trata com atenção
Seja esporte, moradia
Saúde e educação
Por fim vou falar
Do melhor do lugar
É a querida Igreja Matriz
Onde rezo e saio feliz.
Escola de Ensino Fundamental Filomena Martins dos Santos
Aluno: Maria Taynara do Nascimento
Professor: José Atalvane da Silva
Serie: 5° ano
Categoria I- Poesia
O lugar onde vivo
(Recanto Feliz)
O lugar onde vivo
É muito maravilhoso
Vivo com minha família
Um lar muito harmonioso
Sou uma criança feliz
Por ter pais tão carinhosos.
O lugar onde eu moro
É pequeno, mas é belo
Eu o adoro muito
Por ter amigos tão sinceros
Uma coisa eu lhe digo
Sair daqui eu não quero
Frei Jorge é um lugar
Que esta se destacando
Entre outras comunidades
Aonde o progresso vem chegando
O povo é trabalhador
E prospera a cada ano
Meu amigo eu lhe digo
Moro na zona rural
Mas um lugar como esse
Você não acha outro igual
Eu não troco minha terra
Nem por palácio real
Essa é a minha terra
Um lugar especial
Com pequeno probleminhas
Com a saúde local
Mas com a ajuda de todos
Teremos vitória triunfal.
Não temos telefone publico
Igreja nem hospital
Mas temos quadra de esporte
Para um lugar genial
Jovens envolvidos no esporte
Tem saúde especial
E para finaliza
Também quero lhe dizer
No meu lugar também tem
Muita alegria e lazer
Por isso agradeço a Cristo
Por aqui permanecer.
Escola de Ensino Fundamental Manoel Antonio da Silveira
Aluno: Aparecida Larissa de Sousa
Professor: José Marcos Nascimento
Serie: 6° ano
Categoria I- Poesia
Uma beleza de lugar!
Moro em um lugar lindo
Impulsionado pelo turismo
Bem perto temos Jericoacoara,
Uma das mais belas praias,
Do mundo, com suas dunas.
E formações rochosas.
A lagoa azul de águas
Cristalinas, é um encanto.
A praia do Preá, além do lazer
Nos fornece o alimento.
Brinco seguro em nossas praças,
Bem longe da confusão
Das cidades grandes.
Conheço todo mundo
Um povo humilde e trabalhador.
A tecnologia, quem diria, chegou.
Ate Internet já tem aqui.
Nessa época os cajueiros estão
Carregadinho de flor, uma beleza.
Sinal que a safra de
Castanha será boa, um dinheirinho.
A mais para as pessoas
Estudo, penso em meu futuro.
Moro em Cruz e adoro
O meu lugar.
Escola de Ensino Fundamental João Ladislau de Paulo Magalhães
Aluno: Caio Fernando Silveira
Professor: Maria Jeane Silveira Nascimento
Serie: 6° ano
Categoria I- Poesia
“ O lugar onde vivo”
“Lagoa Salgada”
A origem do meu lugar
É que o mar vinha e entrava
Em um rio desta terra
Que pra lagoa passava
Ficando a água salgada
Esta é a historia contada.
Eu moro em Lagoa Salgada
E desta terra vou falar
Nasci e me criei nela
Agora pretendo valorizar
E nas últimas hipóteses
É que vou me mudar
Aqui tem rio e lagoa
Para todas nadar
Tem gente que aproveita
Para os peixes pegar
Outros plantam vazantes
Para todos se alimentar.
Aqui a temperatura e boa
Não e como cidade grande
De quente muda para frio
Não assusta o visitante
Gosto de nosso clima
Pois não é escaldante.
Essa é a escola
Da nossa pequena população
E o nome dela
É Raimundo Elvira Brandão
Quem estuda nela
Aprende o que é educação
Tem uma praça bonita
E cheia de diversão
Todos os pais de família
É pra lá que vão
Ainda não achei defeito
Nessa pequena população
Tem uma igreja simples
Mas trás muita união
Nos finais de semana
Tem encontro e celebração
São Pedro é padroeiro
Que nos trás proteção
Gosto de fazer poema
Isso é minha alegria
Quando falo de minha terra
Só penso em harmonia
Os agricultores plantando
Para ter o pão de cada dia
Acho linda minha terra
Aqui tem campo para jogar
É como cidade grande
Tem a quadra escolar
Tem gente que vai treinar
E outros só para admirar.
Aqui vou finalizando
Esta minha poesia
Deixo muitas estrofes
Que fiz com melodia
Acho muito legal
Essa nossa cidadania.
Escola de Ensino Fundamental Raimunda Elvira Brandão
Aluno: Adriana Érica Silveira
Professor: Ciro José da Silveira e Freitas
Serie: 6° ano
Olimpíadas de Língua Portuguesa
Escrevendo o Futuro
Categoria I- Poesia
Meu bairro, meu viver
O lugar onde moro
É um lugar sem igual
Nossa mais bela maravilha
É o palácio municipal.
E por falar em maravilha
Tenho outras para citar
Minha cidade é Cruz
E meu estado é o ceará.
Minha cidade é tão boa
Que nem preciso me estender
Basta lembrar do lema
Um bom lugar de se viver.
A cidade é muito linda
O meu bairro abençoado
Aqui não temos barulho
Pois o bairro é sossegado.
Do povo de onde vivo
Nada tenho a reclamar
É gente forte e simples
Que gosta de trabalhar.
Aqui tem sanfoneiro
Animador do lugar
O povo fica a lhe ouvir
Em noites de luar.
Para brincar ciranda
As crianças fazem roda
Umas brincam de elástico
Outras se divertem pulando corda.
Do hotel e do calçadão
Não posso deixar de falar
São pontos importantes
Para o desenvolvimento do lugar.
Ainda tem a Vila Olímpica
Para esportes praticar
E também a brinquedoteca
Para a criançada brincar.
Aqui me sinto feliz
E não posso me queixar
Possuo casa e família
E uma escola para estudar.
Enfim vou terminando
Como uma feliz cidadã
Só de falar da minha terra
Já me sinto campeã.
Escola EEF. Filomeno Freitas Vasconcelos
Aluno: Tayná Sousa Cunha
Série: 5º. Ano
Professor: Adriana Maria Cialdine Nascimento
Olimpíadas de Língua Portuguesa
Escrevendo o Futuro
Catagoria I – Poesia
Beleza do Preá
As paisagens daqui
São boas de se olhar
Sendo bem atencioso
Todos vão admirar
E é por isso que eu falo:
__ Venha pro nosso lugar
Que neste mundo não há,
Melhor lugar de se morar.
Venha logo matricular
O seu filho na escola
Para aprender a ler
E a boa memória
E com lápis e papel
Ele começa a escrever
E então daqui a uns dias
O ABC já vai saber.
E as ruas são importantes
Por que nós, morando nela
E tem gente que nem se importa
Se cai porta ou janela
Mas eu me importo, sim.
Se elas caem ou não
Pois aquele que for colocá-las
Irá calejar as mãos.
Pois os pedreiros, coitados!
Todo dia a trabalhar
Construindo casas e muros.
Só para os outros se apoiar
E ele só na pobreza
Sem nenhum farelo,
Pra no dente mastigar.
E os turistas que vêm
Visitar nosso lugar
Sempre traz uma máquina
Para fotografia tirar
E apreciar a beleza
Deste nosso lindo mar.
E o pescador, meus amigos
Todo dia vai pro mar
Em busca de alguns peixes
Pra almoçar e jantar
E também vender alguns
Pra um dinheirinho arranjar.
As crianças no meio da rua
Gostam muito de brincar
De bolo, bila e pega-pega,
Mas também vão estudar
E nos finais de semana
Vão a praia banhar.
E assim o meu Preá
Um lugar bom de se viver
Tem mar, ruas tranqüilas, e dunas
Venha logo conhecer
As belezas desta terra
Que vão encontrar vocês.
Escola EEF. Leopoldo Manoel de Medeiros
Aluno: Aline Magna de Freitas
Série: 5º. Ano
Prof: Maria Claudenice Batista
Olimpíadas de Língua Portuguesa
Escrevendo o Futuro
Catagoria I – Poesia
A minha comunidade
De um pequeno cajueiro
Que surgiu este lugar
Aqui sou muito feliz
Com a família a me educar
Onde vivo tem história
Tem praça pra passear
Tem chafariz com água limpa
E a igreja pra rezar
É na quadra da escola
Que costumamos brincar
E quando toca a sineta
Voltamos pra classe estudar
E no posto de saúde
Onde vou me consultar
Tudo é bem organizado
Faz gosto estar lá.
Na minha comunidade
As pessoas são bondosas
Acolhem os que aqui chegam
Com uma comida gostosa.
Aqui tem artesanato
Varanda, crochê e bordado
Com o capricho do nosso povo
Tudo é bem preparado.
A agricultura
Aqui é muito praticada
Também se colhe muito caju
E se faz muita farinhada
Agora estou terminando
Muita coisa vai faltar
Talvez em outro poema
Eu termino de contar.
Escola EEF. João Evangelista Vasconcelos
Aluno: Tainara Maria de Sousa Carvalho
Série: 5º. Ano
Prof: Maria Maiza de Freitas
Olimpíadas de Língua Portuguesa
Escrevendo o Futuro
Catagoria I – Poesia
Minha terra, minha gente
Moro uma cidade
Em muita já morei
A única que deu felicidade
É a que hoje repousei.
Praças, amizades feitas por conversas
Pessoas de muitas idades
Comemoram as festas
E ajudam outras cidades
No rio Acaraú
Vejo peixes a brincar
Pássaros a ir para o Sul
As pessoas a pescar
Da minha janela
Posso ver lindas paisagens
Todas são tão bonitas e belas
Que pertence até miragens
Temos comidas de boa qualidade
Cuscuz com carne moída e baião de dois
Tapioca, beiju e nossa especialidade
E também carne de sol com arroz
O vento forte
Vem nos assustar
Com seu sopro de sorte
Quer nos derrubar
Minha cidade de alegria
Sol todo dia e mar
Cidade de fantasia
Meu lugar vou sempre amar
Aqui tem muitas flores
De várias formas
Representantes amores
Cada ciclo tem suas normas
Borboletas azuis, amarelas
De várias cores
São tão belas
Admiradas por senhores
Hoje lhe contei
De um secreto lugar
Da minha cidade falei
O nome cruz vou revelar.
Centro de educação Básica Maria Pereira Brandão
Aluna: Ana Paula Pessoa da Silva
Série: 5º. Ano
Prof: Vilamar Damaceno Sousa