sexta-feira, 27 de junho de 2008

Origem do Nome da Cidade de Cruz


O primeiro nome a comunidade de Cruz, foi “Lagoa do Escondido”. Teve esse nome devido aos viajantes que passavam pela Lagoa e não conseguiam avistá-la com facilidade, por ocasião da vegetação fechada que a escondia.
Outra versão para esse nome da lagoa seria a de que Coronel Teixeira Pinto, fugindo de Portugal, aproximadamente no ano de 1687, devido a guerras na Época, teria vindo de navio até o Ceará e instalado na cidade de Uruburetama. Nesta Cidade teria se envolvido em questões de conflitos com familiares de sua nova esposa e teria novamente fugido, e de lá teria vindo também fugitivo se esconder naquela lagoa, e assim teria ficado o nome como o local onde o Coronel fez esconderijo, a ‘Lagoa do Escondido’.
(Fonte: Valci Costa - historiador Popular de Cruz)
Duas Correntes disputam as origens do atual município de Cruz. A versão mais corrente a cerca da origem do nome do município de Cruz provém do ano de 1725. Nesse ano ocorreu uma grande seca, na qual faleceu um retirante, vitimado de fome, tendo sido fincado uma cruz sob sua sepultura, daí o nome do município. Outra versão, afirma que a cruz teria sido posta com o fim de indicar o lugar em que fora assassinado, por emboscada, o genro pelo próprio sogro, por questões de honra.
(Fonte: Município de Cruz: Nicodemos de Araújo, 1989)
Segundo versão do Sr. Valci Costa, (representante da própria comunidade, participante da comissão de Emancipação Municipal, um dos primeiros vereadores e Secretário da primeira Câmara Municipal de Cruz, hoje aposentado) sobre a origem do nome Cruz, ele afirma que teve posse durante muito tempo de um documento que o Sr. Coronel Teixeira Pinto teria próprio escrito e que conta o seguinte:
Um fugitivo de Pernambuco, dizendo ser paraibano de nome Renato, teria se hospedado na casa de um fazendeiro em Parnaíba. Nesta estada teria namorado a filha do Coronel de nome desconhecido, dono da fazenda. Ao completar dois anos de morada, a moça revela a Renato estar grávida dele. Com isso este foge temendo a reação do pai da moça. Dez dias depois da moça contar o segredo a sua mãe, o Coronel fica sabendo e imediatamente inicia a procura por Renato com seus dois filhos. Ao passar pelo Rio da Tutóia, divisa do Ceará com Piauí, ele tem as primeiras noticias do fugitivo. Seguindo viagem tem outras notícias em Jericoacoara. Chegando num local de nome Lagoa do Escondido (nome de nossa comunidade anterior a Cruz) soube que Renato se encontrava hospedado na casa de Coronel Teixeira Pinto (português fugitivo de sua terra natal devido a guerras na época).
Chegando na casa de Cor. Teixeira Pinto, Renato não se encontrava, pois estava na casa de seu Filho Capitão Teotônio (uma das primeiras casas construídas em Cruz e que ainda hoje existe) prestando-lhe serviços. O Coronel parnaibano vai a sua busca e ao chegar ao endereço citado, é informado que Renato teria acabado de sair rumo a Barra de Acaraú. Há uns quatrocentos metros dali alcançaram-no. O Coronel fica frente a frente com então e lhe pergunta: - Queres morrer ou voltar para casar com minha filha?
Ele responde: - Estou nas mãos do Senhor.
Neste momento os filhos do Coronel que o acompanhavam, sem esperar a resposta do pai, alvejaram Renato naquele local.
Voltaram a casa de Capitão Teotônio e contaram o fato ocorrido. Este pediu que mandassem enterrar o corpo e que fincassem uma Cruz no mesmo local do acontecido.
A partir de então, os comboeiros de jumentos que viajavam do sertão rumo a praia e vice-versa para venda de sal entre outros produtos começaram a utilizarem a Cruz como ponto de referência em suas andanças e desta forma passando o local a ser chamado de Lagoa da Cruz e posteriormente de Cruz.