Mapeamento das Expressões Culturais
Ficha de Identificação
Ofício e Modo de Fazer
Ficha 02
Identificação do Ofício: Artesanato de palha- Trançados
No dia 20 de maio, nós, Tatiane, Ariely, Heider, Wilton, Letícia e eu Raiane, alunos da turma do 7º ano A, do turno da manhã, do Centro de Educação Básica Paulo Freire, juntamente com a coordenadora do Selo UNICEF na escola fomos até a casa da Senhora Aldeniza Maria da Costa Lopes na Rua Mundoca Muniz para a realização de uma entrevista sobre o artesanato de palha. A Senhora Aldeniza nos recebeu muito bem e preparou o ambiente para sentarmos e ficarmos a vontade. Logo demos início à entrevista e de acordo com as perguntas, ela ia respondendo e explicando com muito entusiasmo sobre os trabalhos realizados como: chapéis, sacas, vassouras, esteiras e bolsas. Era como se ela estivesse voltando ao tempo e revivendo o passado já que hoje ela não trabalha mais com esse ofício. A entrevista parecia mais uma contação de história, foi muito proveitoso. Segundo ela, aprendeu esse trabalho com sua avó de origem indígena e que deixou de herança essa cultura que vem passando de geração a geração. Um dos pontos que mais lhe chamou atenção foi sobre a relação do objeto mapeado com o universo da criança, pois, para ela ensinar a cultura para a criança e o adolescente é muito importante para que eles aprendam e no futuro saibam valorizar as coisas simples da vida.
Mapeamento das Expressões Culturais
Figuras Populares
Ficha 06
Identificação do Ofício: Benzedeira
Na manhã do dia 27 de maio de 2008, realizamos uma entrevista com a benzedeira Lúcia Maria de Sousa, conhecida como Dona Lúcia, nascida em Lagoa Grande, distrito de Jijoca de Jeriquaquara e mora no município de Cruz desde 1995. Dona Lúcia nos falou que as crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos não sabem como é a reza que ela usa para curar algumas doenças, pois, se elas ficarem sabendo, a benzedeira perde o seu poder de cura e a pessoa que adquirir o conhecimento da reza, passará a ser benzedeira. Por esse motivo, as benzedeiras mantêm em segredo as orações que cura as pessoas e só ensina para alguém quando pretende deixar esse ofício. É muito comum na nossa região, as pessoas procurarem uma benzedeira para alguma cura, principalmente para crianças recém-nascidas. Há rezas para curar vários tipos de doenças, mas para que a cura realmente aconteça é preciso que a pessoa tenha fé, pois, como dizem, a fé é quem cura.
Entrevistadores: Grupo de alunos do 9º ano A do Centro de Educação Básica Paulo Freire
Luana Priscila Farias
Maria Vanessa Vasconcelos Muniz
Izamara Maria Cruz
Mapeamento das Expressões Culturais
Ficha de Identificação
Ofício e Modo de Fazer
Ofício 02
Identificação do Ofício: Crochê – Bolsas
Nós, alunos do 7º ano B do Centro de Educação Básica Paulo Freire, visitamos a casa da senhora Maria Eliete Araújo Rodrigues na localidade de Jenipapeiro, município de Cruz, para uma entrevista com a mesma sobre o crochê. Dona Eliete nos recebeu muito bem e antes de começarmos a entrevista, ela e seu filho já foram mostrando os trabalhos realizados por ela, tinha uma grande variedade de produtos e entre eles, bolsas de vários modelos. Começamos a entrevista e ela respondeu todas as perguntas mostrando-nos também como se faz o crochê. Esse trabalho é feito diariamente e em qualquer local, o material usado é a linha e uma agulha apropriada além de enfeites como: botões, misangra, zíper e tecidos. Para Dona Eliete esse trabalho além de uma terapia, é um meio de vida, pois, seu trabalho tem uma boa aceitação tanto na comunidade local como em outras localidades do município e fora dele. Segundo ela, desenvolve esse ofício desde os 12 anos de idade, já ensinou muitas crianças a fazerem o crochê, pois acha importante que elas aprendam para que a nossa cultura não seja esquecida.
Entrevistadores:
Roberlândia, Amanda, Luzia, Luana,Kauan
Mapeamento das expressões Culturais
Ficha de Identificação
Manifestações culturais e Eventos
Ficha 01
Identificação do Ofício: Bumba-meu-boi
Era uma manhã de quinta feira, dia 28 de maio de 2008, quando eu, Gabriel Lucas Lima de Sousa, aluno do 9º ano A, do turno da tarde, do Centro de Educação Básica Paulo Freire, fui entrevistar o Senhor Augusto Pereira de Vasconcelos, conhecido como Augusto, sobre o bumba-meu-boi. Ele é agricultor de 73 anos de idade, nasceu em Tabuleiro e mora aqui em Cruz há nove anos. Ele disse que esse evento acontece anualmente nos terreiros das casas, sendo mais comum no mês de janeiro. Essa manifestação surgiu há muito tempo e começaram a realizar para ganhar dinheiro e divertir a população. Participam desse ofício sete pessoas, todas do sexo masculino. O instrumento usado é a sanfona, eles cantam numa roda e os trajes principais são: o vestido e o palitó. Usam máscaras e lenços, tudo muito colorido. Segundo ele, algumas crianças ficam com medo e os adolescentes não gostam porque acham que isso é muito antigo e não tem graça, é necessário que a geração atual aprenda a valorizar esta cultura local para que a mesma não desapareça.
Mapeamento das Expressões Culturais
Ficha de Identificação
Manifestações Culturais e Eventos
Ficha 01
No dia 29 de maio de 2008, nós, alunos do 9º ano do Centro de Educação Básica Paulo Freire, fizemos o mapeamento da manifestação cultual cantoria com o Senhor João Bosco Peixoto, conhecido como João da Mota, agricultor e repentista, mora aqui em Cruz desde que nasceu e tem 65 anos de idade. Geralmente as cantorias acontecem nas comunidades, bairros, terreiros e centros culturais, o número de pessoas que assistem e contribuem é aproximadamente de 130 pessoas, entre elas tem negros, pardos e brancos. A cantoria acontece mensalmente com duração de poucas horas. Nesses últimos dez anos, ela sempre aconteceu. Para quem não sabe ela já existe há muito tempo e começou através da cultura de cordel, o primeiro cantador foi o Cego Aderaldo e Zé Pretinho, o principal instrumento usado é a viola. A cantoria é repente de sextilha, canções e poemas. Normalmente a cidade quase toda assiste a cantoria com exceção de uma pequena minoria que prefere fazer outro tipo de programa. A relação da cantoria com o universo da criança e do adolescente é pouca, pois eles preferem aparelhos eletrônicos, mas mesmo assim ainda existem alguns que se interessam e querem aprender esse ofício. O entrevistado falou que a cantoria é importante para resgatarmos a cultura local e repassá-la para outras gerações.
Entrevistadores:
Maria Vanessa Vasconcelos Muniz
Izamara Maria Cruz
Luana Priscila Farias
Mapeamento das Expressões Culturais
Ficha de Identificação
Ofício e Modo de Fazer
Ficha 2
Nome do Ofício: Cerâmica
No dia 28 de Maio de 2008, nós, um grupo de alunos do 7º ano A, do turno da manhã, do Centro de Educação Básica Paulo Freire, Visitamos a senhora Maria Erineide Nascimento, da localidade de Jenipapeiro, para conversar um pouco sobre o seu oficio. Ela muito simpática, nos atendeu bem e respondeu todas as nossas perguntas atenciosamente. Dona Erineide disse que aprendeu a fazer esse trabalho(objetos de cerâmica) sozinha e explicou passo a passo como se fazem panelinhas, bonequinhos, mesinhas, potes e vários outros objetos de barro. Esse trabalho pode ser feito em qualquer época do ano, mas no período das chuvas a produção diminui porque o barro fica muito molhado e o sol é escasso para secá-lo, o principal instrumento usado nesse ofício são as mãos. Ao entardecer fomos embora muito orgulhosos pois o trabalho já estava concluído e muito bem feito.
Entrevistadores: Alice, Jéssica, Patrícia e Lucélia
Mapeamento das expressões Culturais
Ficha de Identificação
Ofício e Modo de Fazer
Ficha 02
Identificação do Ofício: Cestaria- caçoar
No dia 22 de maio, quinta-feira, nós, um grupo de alunos do Centro de Educação Básica Paulo Freire fomos até a casa do Senhor Raimundo Filho da Costa, conhecido como Cirando, de 37 anos de idade, fazer uma entrevista sobre cestaria. Seu Raimundo nos recebeu muito bem, respondeu as nossas perguntas e mostrou cada etapa para se fazer o caçoar. Primeiro tira o cipó e coloca no sol por três dias para secar, depois, é só organizar o material e começar a fazer os trançados. Para cada caçoar, ele demora dois dias para confeccionar. Esse trabalho é realizado no quintal de sua casa, no período de agosto em diante e utiliza uma marreta e um facão para tirar os nós do cipó. Segundo Seu Raimundo, essa atividade é mais para os adultos, pois envolve material cortante e pode causar acidentes para as crianças, mas não impede que elas observem e aprendam para que no futuro possa dar continuidade esse ofício, que parece um trabalho sem muito valor, mas para ele é um meio de vida.
Entrevistadores: alunos do 7º ano A
Samara, Juliana, Francisco, William, Renata , Carlos
Mapeamento das Expressões Culturais
Ficha de Identificação
Ofício e Modo de Fazer
Ofício 02
Nome do Ofício: Sapatos do Crochê
Nós, alunos do 7º ano B, do turno da tarde, do Centro de Educação Básica Paulo Freire, entrevistamos a senhora Maria do Socorro Dutra, mas conhecida como Crizeuda, nascida em Sítio Alegre município de Morrinhos. Atualmente tem 30 anos, é agricultora e mora na Rua Francisco Muniz. Dona Crizeuda é muito simpática e nos atendeu com boa vontade, explicou como se faz o crochê. Segundo ela, veio morar em Cruz com seus pais quando tinha seis anos de idade e que ao chegar aqui, foram morar perto de uma casa onde moravam umas moças que faziam crochê e logo se prontificaram em ensiná-la a arte de fazer sapatos. É uma atividade que pode ser feita em casa, nas ruas, nas calçadas, nos quintais, debaixo de uma árvore ou em qualquer outro lugar. Não há data específica para a realização desse ofício. Ele é feito com agulhas próprias para crochê e também linha apropriada. Pode ser feito também como tricô com duas agulhas. Esse trabalho ajuda aumentar a renda familiar e é uma cultura que passa de mãe para filhas. Quem sabe ler compra revistas nas livrarias e aproveita para desenvolver outros ofícios. A criatividade é por conta de quem faz, transformando a linha com o auxílio da agulha em verdadeiras obras de arte. A maneira de fazer é a mesma para qualquer trabalho referente ao crochê.
Entrevistadores:
Antonio Rafael, wanderson e Leones
Mapeamento das Expressões Culturais
Ficha de Identificação
Ofícios e Modo de Fazer
Ficha 02
Identificação do Ofício; Mocororó
Eu, juliete Raiza de Freitas, aluna do 6º ano B, do turno da tarde, entrevistei a senhora Maria de Fátima Silva, conhecida como Maria, uma doméstica que nasceu em Caititu e mora em Jenipapeiro desde 1961, tem 47 anos, de etnia indígena, pois sua avó, de quem recebeu influência de fazer o mocororó, era índia. O mocororó é uma bebida feita de caju azedo e não tem nenhuma dificuldade para fazê-lo. É só retirar o suco e coar em um pano para separar os resíduos do caju, depois põe em um litro de vidro e coloca no sol para curtir, quanto mais tempo ficar no sol, mais forte ele ficará. As pessoas que gostam, se exagerar na quantidade ficarão embriagados igualmente como quem ingeri cachaça em dose maior. O produto é fabricado mesmo em casa na época da safra dos cajus. O material usado é: o caju, as mãos para retirar o suco e a vasilha de vidro para depositá-lo. Não tem efeito comercial, é feito apenas para o consumo, não pode ser utilizado por crianças e nem por adolescentes devido o poder que tem de embriagar.
Mapeamento das Expressões Culturais
Ficha de Identificação
Ofício e Modo de Fazer
Ficha 02
Identificação do Ofício: Pamonha
Eu, Francisco Jailson, aluno do 6º ano B, do turno da tarde, do Centro de Educação Básica Paulo Freire, fiz uma entrevista com a senhora Maria José Dias, mais conhecida como Izinha , doméstica e de cor parda,tem 44 anos de idade, nasceu em Curral Velho município de Acaraú e que mora no município de Cruz desde 1987.Dona Izinha só estudou até a 1ª série, saiu da escola para trabalhar e sustentar a família. Ela falou como se faz a pamonha que é um prato típico da nossa região feito no período do inverno já que tem milho verde. Para fazer a pamonha, a pessoa retira as espigas de milho separa as melhores palhas, corta o milho para moer ou ralar as espigas, depois passa na peneira para coar a massa, acrescenta leite, queijo, sal ,coco e manteiga. Depois da massa preparada, coloca dentro das palhas e leva ao fogo para cozinhar. Depois de cozida é só saborear. Esse alimento é feito mesmo em casa e a receita veio dos indígenas e vai passando de pai para filho. Ela não faz a pamonha na intenção de adquirir fins lucrativos, é feito só para o alimento da família que abrange todas as idades.
Mapeamento das Expressões Culturais
Ficha de Identificação
Figuras Populares
Ficha 06
No dia 27 de maio, eu, Maria Vanessa de Vasconcelos Muniz, fiz uma entrevista sobre figuras populares com o Senhor José de Sousa Albuquerque, mas conhecido como Zeca Muniz, um poeta muito conhecido. Ele escreve poesias, poemas e crônicas, já publicou um livro com suas obras e é sempre chamado para falar do seu trabalho nas comunidades e escolas. O prazer pela leitura e a vontade de escrever fez com que seu Zeca Muniz desenvolvesse essa arte, sendo incentivado pela escola e pelos repentistas os quais foram sua inspiração. Na opinião dele, das poesias que fez não se pode escolher a mais bonita, pois todas têm sua beleza e um exemplo de vida, é a coletânea de um aprendiz aos 80 anos de idade. Já foram feitas várias poesias dirigidas às crianças e aos adolescentes, incentivando-os a terem mais interesse pela leitura. Para escrever poesias precisa ter sensibilidade, e ser poeta é importante para desenvolver o hábito da leitura e da escrita.
Mapeamento das Expressões Culturais
Ficha de Identificação
Ofício e Modo de Fazer
Nome do Ofício: Artesanato- Confecção de rede
Somos alunos do 7º ano B, do turno da tarde, do Centro de Educação Básica Paulo Freire e fomos convidados para fazer o mapeamento da expressão cultural confecção de redes. Para realizar essa atividade contamos com a ajuda da senhora Maria Rita Rodrigues Nascimento, mais conhecida como Rita, que tem 33 anos, é de cor branca, nasceu em Medeiros, município de Acaraú e há 15 anos mora no município de Cruz. A senhora Rita nos mostrou como se faz o mão no cabo das redes nos mínimos detalhes. Primeiro pega a linha e passa para uma cadeira, em seguida passa a linha para o pente e vai desenvolvendo esse processo até terminar. Depois é só movimentar o pente para cima e para baixo passando uma linha por dentro para fazer o trançado. Segundo D. Rita esse trabalho é muito importante para o universo da criança e do adolescente uma vez que estes podem aprender e mais tarde ajudar os pais, se necessário. Ela aprendeu esse ofício porque recebeu a influência de sua filha. Esse trabalho pode ser realizado na sala da casa, como também na vizinha e não há data específica para a realização desse ofício. O material utilizado é: pente, palheta e linha. O produto resultante da atividade é a rede e que serve como meio de aumentar a renda da família.
Pesquisadores:
Valéria, Bruna, Priscila, José Carlos, Renato e Cícero
Mapeamento das Expressões Culturais
Figuras Populares
Ficha 06
Identificação do Ofício: Liderança Religiosa
No dia 27 de maio de 2008, fomos até a casa da dona Maria Socorro de Vasconcelos, líder religiosa da comunidade de Aningas, conhecida como Dona Mariinha, de 66 anos de idade, fazer uma entrevista sobre liderança religiosa. Ela nos recebeu bem, respondeu as perguntas com sinceridade e falou sobre a catequese a qual realiza um trabalho voluntário há 50 anos; 40 anos, preparando crianças para a primeira eucaristia e 10 anos com os iniciantes. Para ela, esse trabalho é muito importante, pois está ajudando as crianças e adolescentes a ingressarem na vida religiosa, ressaltou ainda que esse papel é de responsabilidade dos pais e que muitos deles hoje em dia estão deixando de lado, acredita que um dos motivos pelos quais as famílias estejam desestruturadas seja a falta de respeito e temor a Deus.
Entrevistadores:
Izamara Maria Cruz
Maria Vanessa de Vasconcelos Muniz
Luana Priscila Farias
Mapeamento das Expressões Culturais
Ficha de Identificação
Ofício e Modo de Fazer
Ficha 02
Identificação do ofício: Cerâmica – Tijolo
No dia 21 de Maio de 2008, quarta feira, fomos para a casa do senhor Geraldo Alves de Araújo, fazer uma entrevista sobre cerâmica. Ao chegarmos lá, fomos bem recebidos, explicamos o nosso objetivo e ele respondeu todas as perguntas que fizemos. Seu Geraldo tem 46 anos de idade, é um trabalhador eficiente e gosta muito do que faz. Para ele, é prazeroso trabalhar com o material tirado da terra e além do mais, é uma fonte de renda que auxilia no orçamento familiar. Seu Geraldo nos explicou detalhadamente como se faz o tijolo que é usado nas contrações de casas, primeiro ele corta o barro e bota de molho, depois, amassa e coloca na grade e assim vai fazendo muitos tijolos e deixando secar exposto ao sol. Quando os tijolos estiverem secos e em grande quantidade ele faz uma caera e queima e assim o trabalho está realizado. Todo esse trabalho só pode ser feito no período do verão, de julho a dezembro, e de preferência próximo as margens de rios. Material usado: enxadeco, enxada, grade, balde, argila e água.
Entrevistadores: Grupo de alunos do 7º ano A, do turno da manhã, do Centro de Educação Básica Paulo Freire
Ana Clara, Bruno Fagner, Carlos Rafael, Francisca Adriana, Iara Maria.
Mapeamento das Expressões Culturais
Expressões e Vocábulos Locais e Regionais
Ficha 07
Identificação da Expressão: Ajumentou
Eu, Daniela Márcia da Costa, aluno do 8º ano B, do turno da tarde, do Centro de Educação Básica Paulo Freire, entrevistei o senhor João Batista da Silva, conhecido como seu João, de 63 anos de idade, de cor negra, aposentado, mora na localidade de Aningas, município de Cruz, desde que nasceu. O vocábulo dito por ele foi “ajumentou” que tem o significado de rapidez. Segundo o entrevistado essa expressão começou quando dois irmãos de nome Messias Morais e Ismael Morais vinham de uma festa com suas namoradas, quando de repente um bicho que eles não souberam dizer qual a espécie, foi na direção deles e as vítimas se ajumentaram para cima do bicho. Seu João falou que desde esse dia, as pessoas passaram a usar esse vocábulo em algumas situações como: “Aquele menino se ajumentou em direção à escola” e “o menino ajumentou para pegar o ônibus escolar”. É importante que as crianças e adolescentes tenham conhecimentos das expressões e vocábulos, pois, fazem parte da cultura em que estão inseridos.
Mapeamento das Expressões Culturais
Expressões e Vocábulos Locais e Regionais
Ficha 07
Identificação do objeto: “Arre Égua”
Nós, um grupo de alunos do 8º ano B, do turno da tarde, do Centro de Educação básica Paulo Freire, entrevistamos a Senhora Geralda Adélia Pinto Vasconcelos, conhecida como Geraldinha, dona de casa, com 69 anos de idade, de cor parda, nascida no município de Bela Cruz e mora na localidade de Jenipapeiro, município de Cruz, desde 1959. A entrevista foi sobre expressões culturais e entre muitas que Dona Geraldinha conhece, a escolhida foi a “Arre Égua”. Segundo a entrevistada, essa expressão é muito utilizada quando nos deparamos com coisas que causam admiração. A origem dessa expressão ela não soube dizer, sabe apenas que as pessoas costumam usar esse vocábulo naturalmente e citou alguns exemplos como: arre égua, como aquele homem consegue comer tanta banana em poucos minutos? Arre égua, como conseguiu levantar esse ferro tão pesado? Por ser um vocábulo tão usado pelos adultos, as crianças estão ouvindo e quando menos se espera eles estão repetindo a linguagem dos pais, e assim, a cultura vai passando de geração a geração.
Entrevistadores:
Felipe Jerferson, Natan, André, Gisele, Shelton e Rafaela.
Mapeamento das Expressões Culturais
Expressões e Vocábulos Locais e Regionais
Ficha 07
Identificação do objeto mapeado: “Bichim”
Meus colegas Matheus, Carlos, Gean e eu Robson, alunos do 8º ano A, do Centro de Educação Básica Paulo Freire, nos reunimos no bairro de Aningas, para fazer uma pesquisa sobre expressões e vocábulos locais e regionais. Entrevistamos o Senhor Raimundo Sousa Freitas, agricultor, de 45 anos de idade, alegre e brincalhão, que mora no bairro de Aningas desde que nasceu. Seu Raimundo, assim conhecido, respondeu todas as nossas perguntas, às vezes, ele não entendia o significado, mas bastava uma orientação e ele logo compreendia. Entre algumas expressões citadas, destacamos uma para relatar que foi “bichim” cujo significado é benzinho, de origem não identificada. Segundo seu Raimundo, essa expressão é usada quando uma pessoa vai falar com alguém e em vês de usar o nome da pessoa com quem está falando, usa a expressão bichim como, por exemplo: “Ei bichim, vem cá” ou “bichim, vai ali’. Depois de muitas perguntas, agradecemos o Senhor Raimundo e fomos para casa com o nosso trabalho realizado e um conhecimento a mais para aplicarmos no nosso dia-a-dia.
Mapeamento das Expressões Culturais
Expressões e Vocábulos Locais e Regionais
Ficha 07
Identificação do Ofício: Cabra da peste
No dia 21 de maio, quarta-feira, entrevistamos Dona Maria Lúcia, conhecida como Marlúcia que é costureira e mora na localidade de Aningas, município de Cruz. A expressão que ela nos falou foi “Cabra da Peste” cujo significado se refere a um homem cangaceiro. A história ela não sabe ao certo, mas acha que se originou nas fazendas de antigamente, é usado quando se refere a um homem corajoso, trabalhador e destemido. A relação do objeto mapeado com o universo da criança e do adolescente é que essa expressão é muito usada pelos adultos, principalmente quando se refere a crianças danadas.
Entrevistadores: Grupo de alunos do 8º ano A, do turno da manhã, do Centro de Educação Básica Paulo Freire.
Maiara, Alessandra, Joycyane, Regina e Karinne
Mapeamento das Expressões Culturais
Expressões e Vocábulos Locais e Regionais
Ficha 07
Identificação do Ofício: “Curdiacho”
Eu, Maria Aniérdina de Sousa Filomeno, aluna do 8º ano B, do Centro de Educação Básica Paulo Freire, entrevistei a Senhora Maria Anita Marques, conhecida como Dona Anita, ela tem 71 anos de idade,é de cor branca,sobrevive da sua aposentadoria, nasceu em um lugarejo chamado Sítio Alegre e atualmente reside na localidade de Maçaranduba. O vocábulo pesquisado foi “Curdiacho’, palavra muito usada pelas pessoas quando alguma coisa está ruim. A entrevistada, não soube informar a origem do vocábulo, sabe apenas que é usado muito na nossa região, principalmente em determinadas citações como: “ou curdiacho de sol quente’. Segundo Dona Anita, é importante que as crianças e adolescentes conheçam essas expressões, pois assim, estará conhecendo um pouco da nossa cultura e preservando-a, para que as novas gerações cheguem a conhecer também.
Mapeamento das Expressões Culturais
Expressões e Vocábulos Locais e Regionais
Ficha 07
Identificação do Ofício: Diacho e veia
No dia 21 de maio de 2008, nós, alunos do centro de Educação Básica Paulo Freire, fomos fazer uma entrevista sobre expressões e vocábulos com a Senhora Maria Socorro Aila de Vasconcelos, conhecida como Aila, de 40 anos de idade. As expressões que Dona Aila nos disse foram: diacho e veia. Segundo ela, o significado da palavra diacho é capeta ou diabo e menina veia se refere à criança danada. Essa expressão é usada geralmente quando alguém está com raiva e, principalmente pelas mães, quando repreendem os filhos. A entrevistada citou alguns exemplos de situações do dia-a-dia em que essas expressões são usadas como: “diacho de menina danada”, “vai logo diacho” e “menina veia”. Com essa entrevista conhecemos um pouco sobre as maneiras de como as mães tratam seus filhos, usando palavras e expressões não muito adequadas para a sua formação. Desse modo, nossas expressões culturais, não estão sendo valorizadas, é preciso resgatar o seu valor para que as futuras gerações tenham acesso a esse conhecimento.
Entrevistadores: Daiane, Samila e Tatiele
Mapeamento das Expressões Culturais
Expressões e Vocábulos Locais e Regionais
Ficha 07
Identificação do Ofício: formiga quando quer se perder cria asas
No dia 22 de março de 2008, fomos à casa da Senhora Maria Neide do Nascimento Sousa, conhecida como Neide, dona de casa, de 38 anos de idade, fazer uma entrevista sobre expressões e vocábulos. Ao chegarmos lá, fomos bem recebidos. O tempo era pouco, mas tornou-se muito pelo resultado obtido. Dona Neide falou várias expressões como: te alui, curdiacho, formiga quando quer voar cria asas e quem boa Ave-Maria faz em sua casa está em paz. Segundo a entrevistada, essas expressões são usadas no dia-a-dia e estão presentes no modo como os pais chamam a atenção dos filhos, orientando para que tenham cuidado com a vida. Ela mesma usa sempre essas expressões com sua filha adolescente, que certamente passará a conhecer essa cultura e preservar para gerações sucessivas.
Entrevistadores: Grupo de alunos do 8º ano B, do turno da tarde, do Centro de Educação Básica Paulo Freire.
Daniele, Andreza, Tais, Kelly e Bruna
Mapeamento das Expressões Culturais
Ficha de Identificação
Ofício e Modo de Fazer
Ficha 02
Identificação do Ofício: Artesanato de palha
No dia 21 de Maio de 2008, nós, alunos do 6º ano A, do Centro de Educação Básica Paulo Freire, fizemos uma pesquisa sobre o artesanato de palha, na localidade de Jenipapeiro. A entrevistada foi a Senhora Geralda Adélia Pinto, conhecida como Geraldinha, de 70 anos de idade, avó de uma das entrevistadoras. Dona Geraldinha respondeu todas as nossas perguntas relacionadas ao trabalho com a palha e nos deu algumas dicas de como se faz a saca, a vassoura, o uru e as tranças, produtos esses resultantes do seu oficio. Para ela, esse trabalho não tinha fins lucrativos, era feito apenas para o consumo da família e o período de realização era na época da colheita dos produtos agrícolas. No final da entrevista, agradecemos por sua gentileza com o grupo e por suas orientações para a realização do nosso objetivo. Essa pesquisa trouxe muitos conhecimentos para nós alunos e vamos tentar passar esse conhecimento para a geração atual e para as futuras.
Entrevistadores: Deise, Viviane, Mateus, Leandro e Leonardo
Mapeamento das Expressões Culturais
Ficha de Identificação
Ofícios e Modos de Fazer
Ficha 02
Identificação do Ofício: Artesanato de Palha
Nós, um grupo de alunos do 6º ano A, do Centro de Educação Básica Paulo Freire, em Maio de 2008, entrevistamos a Senhora Maria de Fátima Nascimento, de 35 anos de idade. Ela nos falou que quando ainda era criança, não tinha o que fazer, então, passou a aprender a trabalhar com a palha, ofício esse que já era desenvolvido pelos seus pais, dos quais ela recebeu a influência. Era um trabalho simples e prático podendo ser feito até mesmo por crianças e adolescentes. Ela fazia esse trabalho em casa, na localidade de Guarda, município de Bela Cruz onde morava e os produtos resultantes desse ofício, eram vendidos para comprar roupas e calçados. Atualmente, mora na localidade de Poços e ainda desenvolve esse trabalho. Uma das dificuldades que ela encontra é em relação à falta da palha, matéria prima usada para a fabricação dos produtos como: bolsa, saca, uru, chapéu e esteiras. Como nem sempre tem esse material para trabalhar, ela pega a palha de outra pessoa e trabalha de metade, ou seja, todo o produto é dividido entre os dois. A parte que cabe a ela, é vendida para ajudar no orçamento familiar.
Entrevistadores: Daniela, Francisco, Júnior e Cíntia.
Mapeamento das Expressões Culturais
Ficha de Identificação
Ofícios e Modos de Fazer
No dia 27 de Maio de 2008, nós, um grupo de alunos do 6º ano A, do Centro de Educação Básica Paulo Freire, fizemos uma pesquisa sobre o artesanato de palha. Conversamos com a Senhora Maria de Lourdes Menezes, de 68 anos de idade, da localidade de Aningas, município de Cruz. Ela nos recebeu com muito carinho e respondeu todas as nossas perguntas além de explicar passo a passo como se trabalha com a palha. Mostrou como se corta a palha para fazer bolsas, sacas, urus, esteiras, tranças e vassouras. Para confeccionar os objetos, usa uma faca para cortar as palhas, faz as tranças, coloca numa grade e costura com uma agulha e palha. Dona Lourdes disse que aprendeu esse ofício com pessoas amigas e que é feito no período de agosto em diante. Segundo ela, as crianças e adolescentes podem aprender a arte do trançado que é bem simples e interessante. Com esse trabalho, ela ajuda no orçamento da família e também serve de terapia.
Entrevistadores: Luana Vasconcelos e Jéssica Aparecida
Mapeamento das Expressões Culturais
Ficha de Identificação
Ofícios e Modo de Fazer
Ficha 02
Identificação do Ofício: Artesanato de Palha
No dia 21 de maio de 2008, nós, Vinícius, Maurício, Felipe e Edson, alunos do 6º ano, do Centro de Educação Básica Paulo Freire, realizamos uma entrevista sobre o artesanato de palha na localidade de Jenipapeiro, município de Cruz, com a Senhora Maria Marlene Silveira, conhecida como Loura, de 43 anos de idade e que mora na comunidade desde 2000. Ela nos mostrou passo a passo como se fazem o abano, a trança, o uru, a saca, a esteira e o chapéu, todos confeccionados com a palha de carnaubeira. Para tirar as palhas da carnaubeira, ela utiliza uma vara de bambu com uma foice pequena na ponta, após retirar as palhas ela as coloca para seca, depois de seca, risca com uma faca e faz o entrançado dando-lhe a forma desejada. Esse trabalho é feito no quintal de sua casa, mas pode ser feito em qualquer lugar e por qualquer pessoa, até mesmo por crianças e adolescentes. Para dona Marlene, esse trabalho é um meio de sobrevivência tanto para ela como para sua família.
Mapeamento das Expressões Culturais
Expressões e Vocábulos Locais e Regionais
Ficha 07
Identificação do Ofício: Te alui
Eu, Maria Michele Ferreira, aluna do 8º ano B, do Centro de Educação Básica Paulo Freire, entrevistei a Senhora Maria da Conceição Ferreira, conhecida como Maria de Paula, agricultora, de 33 anos de idade, sobre a expressão cultural “Te alui”, muito usada quando alguém quer que outra pessoa faça alguma coisa e ela, demonstrando falta de coragem, demora para fazer o que lhe foi pedido. A origem do vocábulo, Dona Maria de Paula não soube dizer como e nem quando surgiu, só sabe que é muito usado em determinados momentos como, por exemplo: “mulher, te alui, vai botar meu almoço que estou com muita fome”. Essa expressão geralmente é usada por adolescentes, jovens e adultos, sendo mais comum no vocabulário das pessoas da terceira idade. As crianças têm pouco conhecimento, mas às vezes de tanto ouvir os adultos falarem acabam repetindo e assim, aos poucos vão aprendendo esses vocábulos que faz parte da cultura de um povo.
Mapeamento das Expressões Culturais
Expressões e Vocábulos Regionais
Ficha 07
Identificação da Expressão: Vou aculá e diacho velho
No dia 23 de maio de 208, Rodrigo, Natanael e eu Jaiane, alunos do 8º ano A, do Centro de Educação Básica Paulo Freire, fizemos uma entrevista com a Senhora Maria Rosângela Pessoa Aurélio, de 30 anos de idade, residente na Rua Luís João de Farias, no bairro de Aningas, município de Cruz. Perguntamos a ela algumas expressões ou vocábulos da região. De início, ela não sabia o que eram essas expressões, mas, depois que explicamos, ela entendeu o assunto e falou algumas, entre elas, destacamos duas muito conhecida na comunidade e usada no dia-a-dia. As expressões foram: “vou aculá”, cujo significado é ir a um lugar próximo ou distante e “diacho velho”, que significa algo que não presta. Sua origem ela não conhece, mas sabe que são dizeres que vem passando de geração em geração e que, atualmente é muito usado também por crianças e adolescentes, os quais se espera que der continuidade a essa cultura.
Ficha de Identificação
Ofício e Modo de Fazer
Ficha 02
Identificação do Ofício: Artesanato de palha- Trançados
No dia 20 de maio, nós, Tatiane, Ariely, Heider, Wilton, Letícia e eu Raiane, alunos da turma do 7º ano A, do turno da manhã, do Centro de Educação Básica Paulo Freire, juntamente com a coordenadora do Selo UNICEF na escola fomos até a casa da Senhora Aldeniza Maria da Costa Lopes na Rua Mundoca Muniz para a realização de uma entrevista sobre o artesanato de palha. A Senhora Aldeniza nos recebeu muito bem e preparou o ambiente para sentarmos e ficarmos a vontade. Logo demos início à entrevista e de acordo com as perguntas, ela ia respondendo e explicando com muito entusiasmo sobre os trabalhos realizados como: chapéis, sacas, vassouras, esteiras e bolsas. Era como se ela estivesse voltando ao tempo e revivendo o passado já que hoje ela não trabalha mais com esse ofício. A entrevista parecia mais uma contação de história, foi muito proveitoso. Segundo ela, aprendeu esse trabalho com sua avó de origem indígena e que deixou de herança essa cultura que vem passando de geração a geração. Um dos pontos que mais lhe chamou atenção foi sobre a relação do objeto mapeado com o universo da criança, pois, para ela ensinar a cultura para a criança e o adolescente é muito importante para que eles aprendam e no futuro saibam valorizar as coisas simples da vida.
Mapeamento das Expressões Culturais
Figuras Populares
Ficha 06
Identificação do Ofício: Benzedeira
Na manhã do dia 27 de maio de 2008, realizamos uma entrevista com a benzedeira Lúcia Maria de Sousa, conhecida como Dona Lúcia, nascida em Lagoa Grande, distrito de Jijoca de Jeriquaquara e mora no município de Cruz desde 1995. Dona Lúcia nos falou que as crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos não sabem como é a reza que ela usa para curar algumas doenças, pois, se elas ficarem sabendo, a benzedeira perde o seu poder de cura e a pessoa que adquirir o conhecimento da reza, passará a ser benzedeira. Por esse motivo, as benzedeiras mantêm em segredo as orações que cura as pessoas e só ensina para alguém quando pretende deixar esse ofício. É muito comum na nossa região, as pessoas procurarem uma benzedeira para alguma cura, principalmente para crianças recém-nascidas. Há rezas para curar vários tipos de doenças, mas para que a cura realmente aconteça é preciso que a pessoa tenha fé, pois, como dizem, a fé é quem cura.
Entrevistadores: Grupo de alunos do 9º ano A do Centro de Educação Básica Paulo Freire
Luana Priscila Farias
Maria Vanessa Vasconcelos Muniz
Izamara Maria Cruz
Mapeamento das Expressões Culturais
Ficha de Identificação
Ofício e Modo de Fazer
Ofício 02
Identificação do Ofício: Crochê – Bolsas
Nós, alunos do 7º ano B do Centro de Educação Básica Paulo Freire, visitamos a casa da senhora Maria Eliete Araújo Rodrigues na localidade de Jenipapeiro, município de Cruz, para uma entrevista com a mesma sobre o crochê. Dona Eliete nos recebeu muito bem e antes de começarmos a entrevista, ela e seu filho já foram mostrando os trabalhos realizados por ela, tinha uma grande variedade de produtos e entre eles, bolsas de vários modelos. Começamos a entrevista e ela respondeu todas as perguntas mostrando-nos também como se faz o crochê. Esse trabalho é feito diariamente e em qualquer local, o material usado é a linha e uma agulha apropriada além de enfeites como: botões, misangra, zíper e tecidos. Para Dona Eliete esse trabalho além de uma terapia, é um meio de vida, pois, seu trabalho tem uma boa aceitação tanto na comunidade local como em outras localidades do município e fora dele. Segundo ela, desenvolve esse ofício desde os 12 anos de idade, já ensinou muitas crianças a fazerem o crochê, pois acha importante que elas aprendam para que a nossa cultura não seja esquecida.
Entrevistadores:
Roberlândia, Amanda, Luzia, Luana,Kauan
Mapeamento das expressões Culturais
Ficha de Identificação
Manifestações culturais e Eventos
Ficha 01
Identificação do Ofício: Bumba-meu-boi
Era uma manhã de quinta feira, dia 28 de maio de 2008, quando eu, Gabriel Lucas Lima de Sousa, aluno do 9º ano A, do turno da tarde, do Centro de Educação Básica Paulo Freire, fui entrevistar o Senhor Augusto Pereira de Vasconcelos, conhecido como Augusto, sobre o bumba-meu-boi. Ele é agricultor de 73 anos de idade, nasceu em Tabuleiro e mora aqui em Cruz há nove anos. Ele disse que esse evento acontece anualmente nos terreiros das casas, sendo mais comum no mês de janeiro. Essa manifestação surgiu há muito tempo e começaram a realizar para ganhar dinheiro e divertir a população. Participam desse ofício sete pessoas, todas do sexo masculino. O instrumento usado é a sanfona, eles cantam numa roda e os trajes principais são: o vestido e o palitó. Usam máscaras e lenços, tudo muito colorido. Segundo ele, algumas crianças ficam com medo e os adolescentes não gostam porque acham que isso é muito antigo e não tem graça, é necessário que a geração atual aprenda a valorizar esta cultura local para que a mesma não desapareça.
Mapeamento das Expressões Culturais
Ficha de Identificação
Manifestações Culturais e Eventos
Ficha 01
No dia 29 de maio de 2008, nós, alunos do 9º ano do Centro de Educação Básica Paulo Freire, fizemos o mapeamento da manifestação cultual cantoria com o Senhor João Bosco Peixoto, conhecido como João da Mota, agricultor e repentista, mora aqui em Cruz desde que nasceu e tem 65 anos de idade. Geralmente as cantorias acontecem nas comunidades, bairros, terreiros e centros culturais, o número de pessoas que assistem e contribuem é aproximadamente de 130 pessoas, entre elas tem negros, pardos e brancos. A cantoria acontece mensalmente com duração de poucas horas. Nesses últimos dez anos, ela sempre aconteceu. Para quem não sabe ela já existe há muito tempo e começou através da cultura de cordel, o primeiro cantador foi o Cego Aderaldo e Zé Pretinho, o principal instrumento usado é a viola. A cantoria é repente de sextilha, canções e poemas. Normalmente a cidade quase toda assiste a cantoria com exceção de uma pequena minoria que prefere fazer outro tipo de programa. A relação da cantoria com o universo da criança e do adolescente é pouca, pois eles preferem aparelhos eletrônicos, mas mesmo assim ainda existem alguns que se interessam e querem aprender esse ofício. O entrevistado falou que a cantoria é importante para resgatarmos a cultura local e repassá-la para outras gerações.
Entrevistadores:
Maria Vanessa Vasconcelos Muniz
Izamara Maria Cruz
Luana Priscila Farias
Mapeamento das Expressões Culturais
Ficha de Identificação
Ofício e Modo de Fazer
Ficha 2
Nome do Ofício: Cerâmica
No dia 28 de Maio de 2008, nós, um grupo de alunos do 7º ano A, do turno da manhã, do Centro de Educação Básica Paulo Freire, Visitamos a senhora Maria Erineide Nascimento, da localidade de Jenipapeiro, para conversar um pouco sobre o seu oficio. Ela muito simpática, nos atendeu bem e respondeu todas as nossas perguntas atenciosamente. Dona Erineide disse que aprendeu a fazer esse trabalho(objetos de cerâmica) sozinha e explicou passo a passo como se fazem panelinhas, bonequinhos, mesinhas, potes e vários outros objetos de barro. Esse trabalho pode ser feito em qualquer época do ano, mas no período das chuvas a produção diminui porque o barro fica muito molhado e o sol é escasso para secá-lo, o principal instrumento usado nesse ofício são as mãos. Ao entardecer fomos embora muito orgulhosos pois o trabalho já estava concluído e muito bem feito.
Entrevistadores: Alice, Jéssica, Patrícia e Lucélia
Mapeamento das expressões Culturais
Ficha de Identificação
Ofício e Modo de Fazer
Ficha 02
Identificação do Ofício: Cestaria- caçoar
No dia 22 de maio, quinta-feira, nós, um grupo de alunos do Centro de Educação Básica Paulo Freire fomos até a casa do Senhor Raimundo Filho da Costa, conhecido como Cirando, de 37 anos de idade, fazer uma entrevista sobre cestaria. Seu Raimundo nos recebeu muito bem, respondeu as nossas perguntas e mostrou cada etapa para se fazer o caçoar. Primeiro tira o cipó e coloca no sol por três dias para secar, depois, é só organizar o material e começar a fazer os trançados. Para cada caçoar, ele demora dois dias para confeccionar. Esse trabalho é realizado no quintal de sua casa, no período de agosto em diante e utiliza uma marreta e um facão para tirar os nós do cipó. Segundo Seu Raimundo, essa atividade é mais para os adultos, pois envolve material cortante e pode causar acidentes para as crianças, mas não impede que elas observem e aprendam para que no futuro possa dar continuidade esse ofício, que parece um trabalho sem muito valor, mas para ele é um meio de vida.
Entrevistadores: alunos do 7º ano A
Samara, Juliana, Francisco, William, Renata , Carlos
Mapeamento das Expressões Culturais
Ficha de Identificação
Ofício e Modo de Fazer
Ofício 02
Nome do Ofício: Sapatos do Crochê
Nós, alunos do 7º ano B, do turno da tarde, do Centro de Educação Básica Paulo Freire, entrevistamos a senhora Maria do Socorro Dutra, mas conhecida como Crizeuda, nascida em Sítio Alegre município de Morrinhos. Atualmente tem 30 anos, é agricultora e mora na Rua Francisco Muniz. Dona Crizeuda é muito simpática e nos atendeu com boa vontade, explicou como se faz o crochê. Segundo ela, veio morar em Cruz com seus pais quando tinha seis anos de idade e que ao chegar aqui, foram morar perto de uma casa onde moravam umas moças que faziam crochê e logo se prontificaram em ensiná-la a arte de fazer sapatos. É uma atividade que pode ser feita em casa, nas ruas, nas calçadas, nos quintais, debaixo de uma árvore ou em qualquer outro lugar. Não há data específica para a realização desse ofício. Ele é feito com agulhas próprias para crochê e também linha apropriada. Pode ser feito também como tricô com duas agulhas. Esse trabalho ajuda aumentar a renda familiar e é uma cultura que passa de mãe para filhas. Quem sabe ler compra revistas nas livrarias e aproveita para desenvolver outros ofícios. A criatividade é por conta de quem faz, transformando a linha com o auxílio da agulha em verdadeiras obras de arte. A maneira de fazer é a mesma para qualquer trabalho referente ao crochê.
Entrevistadores:
Antonio Rafael, wanderson e Leones
Mapeamento das Expressões Culturais
Ficha de Identificação
Ofícios e Modo de Fazer
Ficha 02
Identificação do Ofício; Mocororó
Eu, juliete Raiza de Freitas, aluna do 6º ano B, do turno da tarde, entrevistei a senhora Maria de Fátima Silva, conhecida como Maria, uma doméstica que nasceu em Caititu e mora em Jenipapeiro desde 1961, tem 47 anos, de etnia indígena, pois sua avó, de quem recebeu influência de fazer o mocororó, era índia. O mocororó é uma bebida feita de caju azedo e não tem nenhuma dificuldade para fazê-lo. É só retirar o suco e coar em um pano para separar os resíduos do caju, depois põe em um litro de vidro e coloca no sol para curtir, quanto mais tempo ficar no sol, mais forte ele ficará. As pessoas que gostam, se exagerar na quantidade ficarão embriagados igualmente como quem ingeri cachaça em dose maior. O produto é fabricado mesmo em casa na época da safra dos cajus. O material usado é: o caju, as mãos para retirar o suco e a vasilha de vidro para depositá-lo. Não tem efeito comercial, é feito apenas para o consumo, não pode ser utilizado por crianças e nem por adolescentes devido o poder que tem de embriagar.
Mapeamento das Expressões Culturais
Ficha de Identificação
Ofício e Modo de Fazer
Ficha 02
Identificação do Ofício: Pamonha
Eu, Francisco Jailson, aluno do 6º ano B, do turno da tarde, do Centro de Educação Básica Paulo Freire, fiz uma entrevista com a senhora Maria José Dias, mais conhecida como Izinha , doméstica e de cor parda,tem 44 anos de idade, nasceu em Curral Velho município de Acaraú e que mora no município de Cruz desde 1987.Dona Izinha só estudou até a 1ª série, saiu da escola para trabalhar e sustentar a família. Ela falou como se faz a pamonha que é um prato típico da nossa região feito no período do inverno já que tem milho verde. Para fazer a pamonha, a pessoa retira as espigas de milho separa as melhores palhas, corta o milho para moer ou ralar as espigas, depois passa na peneira para coar a massa, acrescenta leite, queijo, sal ,coco e manteiga. Depois da massa preparada, coloca dentro das palhas e leva ao fogo para cozinhar. Depois de cozida é só saborear. Esse alimento é feito mesmo em casa e a receita veio dos indígenas e vai passando de pai para filho. Ela não faz a pamonha na intenção de adquirir fins lucrativos, é feito só para o alimento da família que abrange todas as idades.
Mapeamento das Expressões Culturais
Ficha de Identificação
Figuras Populares
Ficha 06
No dia 27 de maio, eu, Maria Vanessa de Vasconcelos Muniz, fiz uma entrevista sobre figuras populares com o Senhor José de Sousa Albuquerque, mas conhecido como Zeca Muniz, um poeta muito conhecido. Ele escreve poesias, poemas e crônicas, já publicou um livro com suas obras e é sempre chamado para falar do seu trabalho nas comunidades e escolas. O prazer pela leitura e a vontade de escrever fez com que seu Zeca Muniz desenvolvesse essa arte, sendo incentivado pela escola e pelos repentistas os quais foram sua inspiração. Na opinião dele, das poesias que fez não se pode escolher a mais bonita, pois todas têm sua beleza e um exemplo de vida, é a coletânea de um aprendiz aos 80 anos de idade. Já foram feitas várias poesias dirigidas às crianças e aos adolescentes, incentivando-os a terem mais interesse pela leitura. Para escrever poesias precisa ter sensibilidade, e ser poeta é importante para desenvolver o hábito da leitura e da escrita.
Mapeamento das Expressões Culturais
Ficha de Identificação
Ofício e Modo de Fazer
Nome do Ofício: Artesanato- Confecção de rede
Somos alunos do 7º ano B, do turno da tarde, do Centro de Educação Básica Paulo Freire e fomos convidados para fazer o mapeamento da expressão cultural confecção de redes. Para realizar essa atividade contamos com a ajuda da senhora Maria Rita Rodrigues Nascimento, mais conhecida como Rita, que tem 33 anos, é de cor branca, nasceu em Medeiros, município de Acaraú e há 15 anos mora no município de Cruz. A senhora Rita nos mostrou como se faz o mão no cabo das redes nos mínimos detalhes. Primeiro pega a linha e passa para uma cadeira, em seguida passa a linha para o pente e vai desenvolvendo esse processo até terminar. Depois é só movimentar o pente para cima e para baixo passando uma linha por dentro para fazer o trançado. Segundo D. Rita esse trabalho é muito importante para o universo da criança e do adolescente uma vez que estes podem aprender e mais tarde ajudar os pais, se necessário. Ela aprendeu esse ofício porque recebeu a influência de sua filha. Esse trabalho pode ser realizado na sala da casa, como também na vizinha e não há data específica para a realização desse ofício. O material utilizado é: pente, palheta e linha. O produto resultante da atividade é a rede e que serve como meio de aumentar a renda da família.
Pesquisadores:
Valéria, Bruna, Priscila, José Carlos, Renato e Cícero
Mapeamento das Expressões Culturais
Figuras Populares
Ficha 06
Identificação do Ofício: Liderança Religiosa
No dia 27 de maio de 2008, fomos até a casa da dona Maria Socorro de Vasconcelos, líder religiosa da comunidade de Aningas, conhecida como Dona Mariinha, de 66 anos de idade, fazer uma entrevista sobre liderança religiosa. Ela nos recebeu bem, respondeu as perguntas com sinceridade e falou sobre a catequese a qual realiza um trabalho voluntário há 50 anos; 40 anos, preparando crianças para a primeira eucaristia e 10 anos com os iniciantes. Para ela, esse trabalho é muito importante, pois está ajudando as crianças e adolescentes a ingressarem na vida religiosa, ressaltou ainda que esse papel é de responsabilidade dos pais e que muitos deles hoje em dia estão deixando de lado, acredita que um dos motivos pelos quais as famílias estejam desestruturadas seja a falta de respeito e temor a Deus.
Entrevistadores:
Izamara Maria Cruz
Maria Vanessa de Vasconcelos Muniz
Luana Priscila Farias
Mapeamento das Expressões Culturais
Ficha de Identificação
Ofício e Modo de Fazer
Ficha 02
Identificação do ofício: Cerâmica – Tijolo
No dia 21 de Maio de 2008, quarta feira, fomos para a casa do senhor Geraldo Alves de Araújo, fazer uma entrevista sobre cerâmica. Ao chegarmos lá, fomos bem recebidos, explicamos o nosso objetivo e ele respondeu todas as perguntas que fizemos. Seu Geraldo tem 46 anos de idade, é um trabalhador eficiente e gosta muito do que faz. Para ele, é prazeroso trabalhar com o material tirado da terra e além do mais, é uma fonte de renda que auxilia no orçamento familiar. Seu Geraldo nos explicou detalhadamente como se faz o tijolo que é usado nas contrações de casas, primeiro ele corta o barro e bota de molho, depois, amassa e coloca na grade e assim vai fazendo muitos tijolos e deixando secar exposto ao sol. Quando os tijolos estiverem secos e em grande quantidade ele faz uma caera e queima e assim o trabalho está realizado. Todo esse trabalho só pode ser feito no período do verão, de julho a dezembro, e de preferência próximo as margens de rios. Material usado: enxadeco, enxada, grade, balde, argila e água.
Entrevistadores: Grupo de alunos do 7º ano A, do turno da manhã, do Centro de Educação Básica Paulo Freire
Ana Clara, Bruno Fagner, Carlos Rafael, Francisca Adriana, Iara Maria.
Mapeamento das Expressões Culturais
Expressões e Vocábulos Locais e Regionais
Ficha 07
Identificação da Expressão: Ajumentou
Eu, Daniela Márcia da Costa, aluno do 8º ano B, do turno da tarde, do Centro de Educação Básica Paulo Freire, entrevistei o senhor João Batista da Silva, conhecido como seu João, de 63 anos de idade, de cor negra, aposentado, mora na localidade de Aningas, município de Cruz, desde que nasceu. O vocábulo dito por ele foi “ajumentou” que tem o significado de rapidez. Segundo o entrevistado essa expressão começou quando dois irmãos de nome Messias Morais e Ismael Morais vinham de uma festa com suas namoradas, quando de repente um bicho que eles não souberam dizer qual a espécie, foi na direção deles e as vítimas se ajumentaram para cima do bicho. Seu João falou que desde esse dia, as pessoas passaram a usar esse vocábulo em algumas situações como: “Aquele menino se ajumentou em direção à escola” e “o menino ajumentou para pegar o ônibus escolar”. É importante que as crianças e adolescentes tenham conhecimentos das expressões e vocábulos, pois, fazem parte da cultura em que estão inseridos.
Mapeamento das Expressões Culturais
Expressões e Vocábulos Locais e Regionais
Ficha 07
Identificação do objeto: “Arre Égua”
Nós, um grupo de alunos do 8º ano B, do turno da tarde, do Centro de Educação básica Paulo Freire, entrevistamos a Senhora Geralda Adélia Pinto Vasconcelos, conhecida como Geraldinha, dona de casa, com 69 anos de idade, de cor parda, nascida no município de Bela Cruz e mora na localidade de Jenipapeiro, município de Cruz, desde 1959. A entrevista foi sobre expressões culturais e entre muitas que Dona Geraldinha conhece, a escolhida foi a “Arre Égua”. Segundo a entrevistada, essa expressão é muito utilizada quando nos deparamos com coisas que causam admiração. A origem dessa expressão ela não soube dizer, sabe apenas que as pessoas costumam usar esse vocábulo naturalmente e citou alguns exemplos como: arre égua, como aquele homem consegue comer tanta banana em poucos minutos? Arre égua, como conseguiu levantar esse ferro tão pesado? Por ser um vocábulo tão usado pelos adultos, as crianças estão ouvindo e quando menos se espera eles estão repetindo a linguagem dos pais, e assim, a cultura vai passando de geração a geração.
Entrevistadores:
Felipe Jerferson, Natan, André, Gisele, Shelton e Rafaela.
Mapeamento das Expressões Culturais
Expressões e Vocábulos Locais e Regionais
Ficha 07
Identificação do objeto mapeado: “Bichim”
Meus colegas Matheus, Carlos, Gean e eu Robson, alunos do 8º ano A, do Centro de Educação Básica Paulo Freire, nos reunimos no bairro de Aningas, para fazer uma pesquisa sobre expressões e vocábulos locais e regionais. Entrevistamos o Senhor Raimundo Sousa Freitas, agricultor, de 45 anos de idade, alegre e brincalhão, que mora no bairro de Aningas desde que nasceu. Seu Raimundo, assim conhecido, respondeu todas as nossas perguntas, às vezes, ele não entendia o significado, mas bastava uma orientação e ele logo compreendia. Entre algumas expressões citadas, destacamos uma para relatar que foi “bichim” cujo significado é benzinho, de origem não identificada. Segundo seu Raimundo, essa expressão é usada quando uma pessoa vai falar com alguém e em vês de usar o nome da pessoa com quem está falando, usa a expressão bichim como, por exemplo: “Ei bichim, vem cá” ou “bichim, vai ali’. Depois de muitas perguntas, agradecemos o Senhor Raimundo e fomos para casa com o nosso trabalho realizado e um conhecimento a mais para aplicarmos no nosso dia-a-dia.
Mapeamento das Expressões Culturais
Expressões e Vocábulos Locais e Regionais
Ficha 07
Identificação do Ofício: Cabra da peste
No dia 21 de maio, quarta-feira, entrevistamos Dona Maria Lúcia, conhecida como Marlúcia que é costureira e mora na localidade de Aningas, município de Cruz. A expressão que ela nos falou foi “Cabra da Peste” cujo significado se refere a um homem cangaceiro. A história ela não sabe ao certo, mas acha que se originou nas fazendas de antigamente, é usado quando se refere a um homem corajoso, trabalhador e destemido. A relação do objeto mapeado com o universo da criança e do adolescente é que essa expressão é muito usada pelos adultos, principalmente quando se refere a crianças danadas.
Entrevistadores: Grupo de alunos do 8º ano A, do turno da manhã, do Centro de Educação Básica Paulo Freire.
Maiara, Alessandra, Joycyane, Regina e Karinne
Mapeamento das Expressões Culturais
Expressões e Vocábulos Locais e Regionais
Ficha 07
Identificação do Ofício: “Curdiacho”
Eu, Maria Aniérdina de Sousa Filomeno, aluna do 8º ano B, do Centro de Educação Básica Paulo Freire, entrevistei a Senhora Maria Anita Marques, conhecida como Dona Anita, ela tem 71 anos de idade,é de cor branca,sobrevive da sua aposentadoria, nasceu em um lugarejo chamado Sítio Alegre e atualmente reside na localidade de Maçaranduba. O vocábulo pesquisado foi “Curdiacho’, palavra muito usada pelas pessoas quando alguma coisa está ruim. A entrevistada, não soube informar a origem do vocábulo, sabe apenas que é usado muito na nossa região, principalmente em determinadas citações como: “ou curdiacho de sol quente’. Segundo Dona Anita, é importante que as crianças e adolescentes conheçam essas expressões, pois assim, estará conhecendo um pouco da nossa cultura e preservando-a, para que as novas gerações cheguem a conhecer também.
Mapeamento das Expressões Culturais
Expressões e Vocábulos Locais e Regionais
Ficha 07
Identificação do Ofício: Diacho e veia
No dia 21 de maio de 2008, nós, alunos do centro de Educação Básica Paulo Freire, fomos fazer uma entrevista sobre expressões e vocábulos com a Senhora Maria Socorro Aila de Vasconcelos, conhecida como Aila, de 40 anos de idade. As expressões que Dona Aila nos disse foram: diacho e veia. Segundo ela, o significado da palavra diacho é capeta ou diabo e menina veia se refere à criança danada. Essa expressão é usada geralmente quando alguém está com raiva e, principalmente pelas mães, quando repreendem os filhos. A entrevistada citou alguns exemplos de situações do dia-a-dia em que essas expressões são usadas como: “diacho de menina danada”, “vai logo diacho” e “menina veia”. Com essa entrevista conhecemos um pouco sobre as maneiras de como as mães tratam seus filhos, usando palavras e expressões não muito adequadas para a sua formação. Desse modo, nossas expressões culturais, não estão sendo valorizadas, é preciso resgatar o seu valor para que as futuras gerações tenham acesso a esse conhecimento.
Entrevistadores: Daiane, Samila e Tatiele
Mapeamento das Expressões Culturais
Expressões e Vocábulos Locais e Regionais
Ficha 07
Identificação do Ofício: formiga quando quer se perder cria asas
No dia 22 de março de 2008, fomos à casa da Senhora Maria Neide do Nascimento Sousa, conhecida como Neide, dona de casa, de 38 anos de idade, fazer uma entrevista sobre expressões e vocábulos. Ao chegarmos lá, fomos bem recebidos. O tempo era pouco, mas tornou-se muito pelo resultado obtido. Dona Neide falou várias expressões como: te alui, curdiacho, formiga quando quer voar cria asas e quem boa Ave-Maria faz em sua casa está em paz. Segundo a entrevistada, essas expressões são usadas no dia-a-dia e estão presentes no modo como os pais chamam a atenção dos filhos, orientando para que tenham cuidado com a vida. Ela mesma usa sempre essas expressões com sua filha adolescente, que certamente passará a conhecer essa cultura e preservar para gerações sucessivas.
Entrevistadores: Grupo de alunos do 8º ano B, do turno da tarde, do Centro de Educação Básica Paulo Freire.
Daniele, Andreza, Tais, Kelly e Bruna
Mapeamento das Expressões Culturais
Ficha de Identificação
Ofício e Modo de Fazer
Ficha 02
Identificação do Ofício: Artesanato de palha
No dia 21 de Maio de 2008, nós, alunos do 6º ano A, do Centro de Educação Básica Paulo Freire, fizemos uma pesquisa sobre o artesanato de palha, na localidade de Jenipapeiro. A entrevistada foi a Senhora Geralda Adélia Pinto, conhecida como Geraldinha, de 70 anos de idade, avó de uma das entrevistadoras. Dona Geraldinha respondeu todas as nossas perguntas relacionadas ao trabalho com a palha e nos deu algumas dicas de como se faz a saca, a vassoura, o uru e as tranças, produtos esses resultantes do seu oficio. Para ela, esse trabalho não tinha fins lucrativos, era feito apenas para o consumo da família e o período de realização era na época da colheita dos produtos agrícolas. No final da entrevista, agradecemos por sua gentileza com o grupo e por suas orientações para a realização do nosso objetivo. Essa pesquisa trouxe muitos conhecimentos para nós alunos e vamos tentar passar esse conhecimento para a geração atual e para as futuras.
Entrevistadores: Deise, Viviane, Mateus, Leandro e Leonardo
Mapeamento das Expressões Culturais
Ficha de Identificação
Ofícios e Modos de Fazer
Ficha 02
Identificação do Ofício: Artesanato de Palha
Nós, um grupo de alunos do 6º ano A, do Centro de Educação Básica Paulo Freire, em Maio de 2008, entrevistamos a Senhora Maria de Fátima Nascimento, de 35 anos de idade. Ela nos falou que quando ainda era criança, não tinha o que fazer, então, passou a aprender a trabalhar com a palha, ofício esse que já era desenvolvido pelos seus pais, dos quais ela recebeu a influência. Era um trabalho simples e prático podendo ser feito até mesmo por crianças e adolescentes. Ela fazia esse trabalho em casa, na localidade de Guarda, município de Bela Cruz onde morava e os produtos resultantes desse ofício, eram vendidos para comprar roupas e calçados. Atualmente, mora na localidade de Poços e ainda desenvolve esse trabalho. Uma das dificuldades que ela encontra é em relação à falta da palha, matéria prima usada para a fabricação dos produtos como: bolsa, saca, uru, chapéu e esteiras. Como nem sempre tem esse material para trabalhar, ela pega a palha de outra pessoa e trabalha de metade, ou seja, todo o produto é dividido entre os dois. A parte que cabe a ela, é vendida para ajudar no orçamento familiar.
Entrevistadores: Daniela, Francisco, Júnior e Cíntia.
Mapeamento das Expressões Culturais
Ficha de Identificação
Ofícios e Modos de Fazer
No dia 27 de Maio de 2008, nós, um grupo de alunos do 6º ano A, do Centro de Educação Básica Paulo Freire, fizemos uma pesquisa sobre o artesanato de palha. Conversamos com a Senhora Maria de Lourdes Menezes, de 68 anos de idade, da localidade de Aningas, município de Cruz. Ela nos recebeu com muito carinho e respondeu todas as nossas perguntas além de explicar passo a passo como se trabalha com a palha. Mostrou como se corta a palha para fazer bolsas, sacas, urus, esteiras, tranças e vassouras. Para confeccionar os objetos, usa uma faca para cortar as palhas, faz as tranças, coloca numa grade e costura com uma agulha e palha. Dona Lourdes disse que aprendeu esse ofício com pessoas amigas e que é feito no período de agosto em diante. Segundo ela, as crianças e adolescentes podem aprender a arte do trançado que é bem simples e interessante. Com esse trabalho, ela ajuda no orçamento da família e também serve de terapia.
Entrevistadores: Luana Vasconcelos e Jéssica Aparecida
Mapeamento das Expressões Culturais
Ficha de Identificação
Ofícios e Modo de Fazer
Ficha 02
Identificação do Ofício: Artesanato de Palha
No dia 21 de maio de 2008, nós, Vinícius, Maurício, Felipe e Edson, alunos do 6º ano, do Centro de Educação Básica Paulo Freire, realizamos uma entrevista sobre o artesanato de palha na localidade de Jenipapeiro, município de Cruz, com a Senhora Maria Marlene Silveira, conhecida como Loura, de 43 anos de idade e que mora na comunidade desde 2000. Ela nos mostrou passo a passo como se fazem o abano, a trança, o uru, a saca, a esteira e o chapéu, todos confeccionados com a palha de carnaubeira. Para tirar as palhas da carnaubeira, ela utiliza uma vara de bambu com uma foice pequena na ponta, após retirar as palhas ela as coloca para seca, depois de seca, risca com uma faca e faz o entrançado dando-lhe a forma desejada. Esse trabalho é feito no quintal de sua casa, mas pode ser feito em qualquer lugar e por qualquer pessoa, até mesmo por crianças e adolescentes. Para dona Marlene, esse trabalho é um meio de sobrevivência tanto para ela como para sua família.
Mapeamento das Expressões Culturais
Expressões e Vocábulos Locais e Regionais
Ficha 07
Identificação do Ofício: Te alui
Eu, Maria Michele Ferreira, aluna do 8º ano B, do Centro de Educação Básica Paulo Freire, entrevistei a Senhora Maria da Conceição Ferreira, conhecida como Maria de Paula, agricultora, de 33 anos de idade, sobre a expressão cultural “Te alui”, muito usada quando alguém quer que outra pessoa faça alguma coisa e ela, demonstrando falta de coragem, demora para fazer o que lhe foi pedido. A origem do vocábulo, Dona Maria de Paula não soube dizer como e nem quando surgiu, só sabe que é muito usado em determinados momentos como, por exemplo: “mulher, te alui, vai botar meu almoço que estou com muita fome”. Essa expressão geralmente é usada por adolescentes, jovens e adultos, sendo mais comum no vocabulário das pessoas da terceira idade. As crianças têm pouco conhecimento, mas às vezes de tanto ouvir os adultos falarem acabam repetindo e assim, aos poucos vão aprendendo esses vocábulos que faz parte da cultura de um povo.
Mapeamento das Expressões Culturais
Expressões e Vocábulos Regionais
Ficha 07
Identificação da Expressão: Vou aculá e diacho velho
No dia 23 de maio de 208, Rodrigo, Natanael e eu Jaiane, alunos do 8º ano A, do Centro de Educação Básica Paulo Freire, fizemos uma entrevista com a Senhora Maria Rosângela Pessoa Aurélio, de 30 anos de idade, residente na Rua Luís João de Farias, no bairro de Aningas, município de Cruz. Perguntamos a ela algumas expressões ou vocábulos da região. De início, ela não sabia o que eram essas expressões, mas, depois que explicamos, ela entendeu o assunto e falou algumas, entre elas, destacamos duas muito conhecida na comunidade e usada no dia-a-dia. As expressões foram: “vou aculá”, cujo significado é ir a um lugar próximo ou distante e “diacho velho”, que significa algo que não presta. Sua origem ela não conhece, mas sabe que são dizeres que vem passando de geração em geração e que, atualmente é muito usado também por crianças e adolescentes, os quais se espera que der continuidade a essa cultura.