quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Canema - Mapeamento Cultural

Escola de Ensino Fundamental Filomena Martins dos Santos
“Educando com Amor” 2008

Mapeamento das Expressões Culturais

Ficha 05
Ficha de Identificação
Brincadeiras e Brinquedos Infantis

As pesquisas realizadas através do mapeamento das expressões culturais com a ficha de identificação de brincadeiras e briquendos infantis, teve como entrevistada a senhora Maria Eronildes Farias Vasconcelos, ex-professora do Bairro de Canema. A mesma forneceu informações sobre brincadeiras de rodas e balançadores, que no passado eram praticadas pelas crianças da época. Sendo as brincadeiras de roda mais praticadas pelas meninas e os balançadores pelos meninos, onde eles mesmos fabricavam com pedaços de paus e cordas.
Com a ficha de identificação sobre lendas, foi entrevistado o também o senhor Valdivino Aquino de Albuquerque, segundo ele, um homem se transformava em um bicho estranho que dizia ser um Lobisomem. Ele sabe disso , porque outras pessoas que moravam no bairro, comentavam ter visto, segundo a entrevista realizada disse ele que isso aconteceu durante muito tempo.
Outra entrevistada foi Maria de Fátima dos Santos Nascimento que mora no Conjunto São Raimundo. Ela conta que aparecia uma visagem por lá, fazendo barulho como um cavaleiro. Isso era muito freqüente. E por curiosidade dela, uma noite, abriu sua porta e foi tentar descobrir o que era. E através do escuro da noite não pode ver realmente, pois a criatura também tentava escapar para não ser vista. Lutando para não ser visto a criatura misteriosa deu uma cambalhota no meio da rua e correu como se fosse um cavalo estradeiro. E dali em diante, nunca mais se ouviu falar de tão misterioso cavaleiro.
E por último foi entrevistada senhora Maria de Lourdes Araújo de Sousa que também mora no bairro de Canema, segundo ela conta que um parente dela, há muito anos, recebeu uma botija para arrancar. E por não querer aceitar passo três dias recebendo o convite. para conseguir a tal botija, passou por muitos perseguições misteriosas, demônios, coisas que tentavam impedir a botija ser arrancada. Tendo conseguido, pegou o dinheiro que encontrou mandou pagar missas para a alma que era dona da botija.

Pesquisadores:
Maria Aurilene Sousa-Professora
Alexandre Marcos dos Santos-aluno 7º Ano
Paulo Henrique Pereira Costa-aluno 7º Ano
Daniele Cristina carvalho Vasconcelos-aluna 7º Ano
Maria Amanda de Vasconcelos Costa-aluna 7º Ano



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“Educando com Amor”

Mapeamento das Expressões Culturais

Ficha 8
Histórias dos Locais

De acordo com as pesquisas, feitas pelos alunos, é possível comprovar que as expressões culturais se estende de geração a geração. Os educadores tiveram em mãos uma ficha contento informações, facilitando assim o registro das histórias locais.Segundo as informações que lhes foram dadas, é que existia dois curandeiros. O senhor Manoel e o senhor Carioca, os dois macumbeiros. Manuel Sabino Martins contou que o Manuel, era conhecido como Manézinho macumbeiro, havia nascido na Almofala praia pertencente ao município de Itarema em 1969.Anos depois, veio morar na cidade de Cruz, n bairro de Canema ,na Rua Francisco Sarafim. Onde hoje se encontra no local uma rua e na outra parte um prédio comercial. Manézinho como era conhecido, de cor negra, tinha como sua função curandeiro. Pois buscava sempre solucionar seus problemas e dos outros. Foi através da crença que Manézinho curou muitas pessoas, uma delas foi um homem com o apelido de Zé Bodim. Pois sentia fortes dores no estômago, resultado de uma bruxaria . O curandeiro com a crença que desenvolvia utilizava a boca para retirar ossos de galinha de dentro do homem, segundo o entrevistado, foi assim que aconteceu a cura.
Com o curandeiro Carioca não foi diferente o senhor José Osmar Paulo contou que o macumbeiro Carioca nasceu em Belém e só em 1988 foi que veio morar em Cruz, no bairro São João na Rua Vereador Mundico Martins. O local hoje não mudou nada, ainda continua como residência dor. Não sei qual a razão deste apelido, mas Carioca como era conhecida por todos. Também realizava muitas curas, cerca de 50 pessoas compareciam as seções. Ele retirava com a boca objetos de dentro das pessoas, desta maneira acontecia a cura. Na época estes dois curandeiros eram importantes por conta de as pessoas acreditarem neles e confiavam no trabalho que eles faziam.

Pesquisadores:
Maria Lucilene Silveira -professora
Maria Edvanda Rocha- aluna 9º Ano
Janiara Silveira Morais - aluna 9º Ano
Géssica Vanielle de Sousa - aluna 9º Ano



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Mapeamento das Expressões Culturais

Ficha 07
Expressões e Vocábulos
Locais e Regionais

O Selo UNICEF proporcionou aos alunos e professores a oportunidade de está conhecendo um pouco mais sobre as expressões e vocábulos locais e regionais conversando com as pessoas mais idosas do bairro escolar.
As pessoas entrevistadas tem um modo de falar rico e cultural, mas com o passar do tempo foram dando lugar a outras palavras.
As expressões e vocábulos escolhidos foram:
· “Vala mia Nossa Senhora”, muito utilizado nas horas de aflição, sustos;
· “Isso é arrumação de gente”, falada na hora de repreensão;
· “Ai meu Deus”, usada nas dificuldades, as vezes até nos momentos alegres e bons;
· “”Cunhã ” vocábulo muito utilizado para chamar alguém do sexo feminino ou apelidar;
· “Era”, quer dizer ano presente ou passado ainda uma data;
· “Dicumê”, fala-se quando vai colocar a comida de alguém.
· “Sopusó”, é uma refeição sem mistura, por exemplo um almoço ou jantar sem a carne ou peixe;
Segundo os entrevistados estas expressões e vocábulos são utilizados diariamente e aprendido de geração em geração.Acham extremamente importante pois fazem do acervo cultural do povo de uma localidade e região, onde nunca se deve esquecer a origem do modo de falar e viver das pessoas.
Pesquisadores:
Marcela de Freitas Sousa - professora
Luana Brenda Albuquerque - aluna 7º Ano B
Maria Vanessa da Cruz Albuquerque - aluna 7º Ano B
Raimundo Nonato Araújo Filho- aluno 7º Ano B
Marcio Bruno de Freitas - aluno 7º Ano B
Maria Helena do Nascimento - aluna 7º Ano B
Lária Maria do Nascimento - aluna 7º Ano B




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Mapeamento das Expressões Culturais

Ficha 02

Ficha de Identificação
Ofícios e Modos de Fazer

A pesquisa realizada através dos alunos do 6º Ano B, acompanhada pela professora Maria Deusina Vasconcelos teve bom aproveitamento.
Os discentes Jaise Nascimento, Igor Alessandro Silveira, Douglas Silveira Araújo, Francisca Janaína Sousa, Daiana Cristina Leitão do Nascimento e Francisco Lucas de Sousa, entrevistaram pessoas da comunidade, na qual todos nos receberam muito bem. Uns até nos incentivaram no sentido de ganharmos o SELO UNICEF.
Todos disponibilizaram o tempo para a entrevista, ficando a vontade mostrando a simplicidade e que todos os afazeres têm importância porque é a fonte de vida, é a sobrevivência da família. Uns de iniciativa da família, ns de iniciativa própria e outros incentivados por alguém da família. Mas todos gostam do que fazem até como dizem elas para entender o tempo, o caso de duas pessoas já aposentadas.
A maioria deles mostraram interesses em dar sua colaboração, em partilhar do Selo UNICEF, pois o que falaram é que todos saem ganhando e por isso querem ver nosso município crescendo. A dona Expedita até se emocionou em contar as dificuldades que passou na sua infância no sentido de não ter estudado e até comparou com a facilidade que os jovens tem hoje. E assim todos os entrevistados sentiram-se felizes e satisfeitos em dar sua parcela de contribuição no que lhe foi pedido.
Concluirmos que foi um trabalho realizado com sucesso tanto pelos alunos quanto para o orientador.

Pesquisadores:
Maria Deusina Vasconcelos-professora
Jaise Nascimento-aluna 6º Ano B
Igor Alessandro Silveira - aluno 6º Ano B
Douglas Silveira Araújo-aluno 6º Ano B
Francisca Janaína Sousa-aluna 6º Ano B
Daiana Cristina Leitão do Nascimento-aluna 6º Ano B
Francisco Lucas de Sousa-aluno 6º Ano B



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Mapeamento das Expressões Culturais

Ficha 06
Figuras Populares

Durante o período das visitas relacionada ao SELO UNICEF foram feitos mapeamentos envolvendo algumas lideranças comunitárias, pessoas que tem ou tiveram uma participação importante dentro da comunidade de Canema, os levantamentos foram realizados pelos alunos, sob a orientação do professor os questionários tinham como tema central as figuras populares, e entre as que destacamos para responder nossas perguntas estavam o senhor Manoel Bernardo de Sousa ( Manoel Casemiro), a professora Maria Nilsa Silveira Rocha , a senhora Maria Edite Araújo Sousa( dona Edite) e a senhora Filomena Maria Freitas ( Dona Filó) já falecida, mas obtivemos algumas informações.
Podemos perceber o quanto é importante ouvir essas pessoas, conhecer suas histórias e como eles viveram, suas dificuldades, afinal somos agraciados com a experiência de vida e com um grau de cultura elevadíssimo, ouriudos dos entrevistados.
Não posso esquecer de citar os exemplos que estas lideranças fixaram nos nossos educandos e vale lembrar também o nível de conhecimento adquirido por Maria Caroline Cíntia Pontes, Maria Jaqueline Nascimento, Janaélia Ferreira Vasconcelos, Ana Paula do Nascimento e Renata Kelly de Freitas, foram nossos discentes envolvidos nas entrevistas de campo, colhendo informações e fazendo os registros necessários. Quero citar ainda que todos os alunos estiveram envolvidos nas atividades realizadas em sala e fora dela pois o resultado das pesquisas foram apresentados pelos entrevistadores e o professor acompanhante.
Em fim grandes nomes por vezes são esquecidos, este trabalho nos ajudou a conhecer nossa comunidade e as pessoas que a representam dando a elas o seu real valor.

Pesquisadores:
Afonso Henrique Muniz Nascimento - professor
Maria Caroline Cíntia Pontes-aluna 8º ano
Maria Jaqueline Nascimento-aluna 8º ano
Janaélia Ferreira Vasconcelos-aluna 8º ano
Ana Paula do Nascimento - aluna 8º ano
Renata Kelly de Freitas- aluna 8º ano



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Mapeamento das Expressões Culturais

Ficha 1
Manifestações Culturais e Eventos

Durante os trabalhos de pesquisa de campo tive a oportunidade de, ao lado de duas alunas do 6º ao Ano A- Juliana Lara, de 10anos e Samara Vasconcelos, de 11 anos- conhecer um pouco da história do Arraia da Filó enquanto manifestação ou evento cultural marcante em nossa cidade.
Ao entrevistar o Dr. Raul Roger Vander- Meulen, um dos idealizadores e organizadores do arraiá, pudemos perceber claramente que o objetivo desta manifestação era dar uma “repaginada” ou nova roupagem às tradicionais quadrilhas juninas do município , dando prioridade à transmissão de conhecimentos sobre a diversidade cultural abordada em sua temática- A história do Forró, o mundo Country- Caipira e o mundo Cigano – buscando resgatar e valorizar nossas raízes culturais.
As roupas eram confeccionadas e ornamentadas de acordo com o tema de cada quadrilha, observando a riqueza de adereços e acessórios, tudo para melhor retratar o elemento cultural escolhido.
Um aspecto interessante lembrado pelo entrevistado foi o fato de, na noite da quadrilha, diante daquela festa os organizadores já tinham em mente qual seria o tema da festa do ano seguinte.
O evento pesquisado chama atenção também pelo fato de reunir grande numero de pessoas empenhadas desde as atividades de planejamento, preparativos, execução, estrutura para apresentação, ensaios, decoração, personagens principais- alunos- e o público-alvo dessa manifestação cultural.
Foi sem dúvida um trabalho de grande valia no sentido de construir uma fonte de pesquisa e um apelo para a valorização de nossa cultura como fator determinante da sociedade que temos e queremos.

Responsáveis:
Professora: Maria Vanderlandia Menezes- 6º Ano A
Juliana Lara- aluna 6º ano A
Samara Vasconcelos- aluna 6º ano



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Mapeamento das Expressões Culturais

Ficha 6
Figuras Populares

As pesquisas realizadas através de entrevistas sobe as figuras populares do Bairro do Canema, teve como entrevistador Manuel Viricio do Nascimento, organizador de um grupo de Carimbo onde nesse grupo existe vários participantes da terceira idade dançando e tocando seus instrumentos musicais.
Outro entrevistado foi Raimundo Wilson da Silva apelidado de ‘ Raimundo Pelado” pescador de 56 anos que quando pequeno pegou uma doença grave da época, perdendo toda sua estrutura capilar.
Entrevistamos também José Osmar Paulo conhecido como “Carioca” macumbeiro de grande importância na época, era motivo de solução, pois seus clientes acreditavam em sua macumba como trabalho.
Logo após entrevistamos Emidia Pereira da Silva conhecida como Dona Emidia, nos falou da dificuldade de ser parteira, profissão exercida por ela durante 62 anos de sua vida, relatando que sua profissão era muito importante, pois trabalhava com vida exigindo grande responsabilidade.
Por último entrevistamos Maria do Livramento Araújo conhecida como “Dona Muda”, rezadeira e curandeira de mãos cheia, a mesma aprendeu a rezar com seus pais na infância e ate hoje é motivo de procura, pois suas rezas realmente resolve o problema ou seja as pessoas são curados.

Pesquisadores:
Arimar Aparecido Ferreira Rocha - professor
Natália Márce Albuquerque-aluna 8º Ano A
Maria das Graças Albuquerque - aluna 8º Ano A



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Mapeamento das Expressões Culturais

Ficha 03
Lugares, Prédios e Construções


Ao realizar este trabalho percebi o quanto é importante conhercemos os locais que existe em nosso comunidade, melhor ainda é termos tido a oportunidade de conversar com as pessoas de fazer perguntas e ver cada um respondendo com atenção . Nossa recepção foi agradável, pertecemos a uma comunidade carente mais de um povo gentil , que sabe receber bem aqueles que os procura.
Cada um falou das conquistas, das dificuldades que já passaram na construção de prédios, no trabalho duro da agricultura.
O trabalho de mobilização da coordenadora na escola também fez a diferença, a mesma preparou as famílias para nos acolher e não ter medo de responder aos questionamentos.
Em fiz gostamos muito, pena que no nosso bairro não haja tantas expressões referente a ficha 03 , pois se tivéssemos certamente teríamos realizado um trabalho melhor.

Pesquisadores:
Rogelma Cristina S.A. Vasconcelos - professora
Adriele Rodrigues do Nasciment-aluna 3º ano A
Alessandra de Sousa Rocha aluna -3º ano A
Ana Carolina do Nascimento aluna - 3º ano A
Erlin José do Nascimento aluno -3º ano A

Cavalo Bravo - Mapeamento Cultural

TEXTO DA FICHA 1
MANIFESTAÇÕES E EVENTOS – EEF SÃO PAULO – CAVALO BRAVO
DRAMA

Essa manifestação cultural proveniente da cultura negra, é realizada na comunidade de Cavalo Bravo há muitos anos. É uma cultura que vem sendo passada de geração em geração. Hoje é liderada pela moradora Silva Ferreira Brandão de Sousa que mora na comunidade desde que nasceu.
O drama é realizado para todos os tipos de público. Para realizar o drama é preciso de no mínimo 15 pessoas com idades e etnias variadas. Cada pessoa representa um personagem e tem sua própria função dentro do drama. Para a apresentação de um drama são necessários de no mínimo três horas. Para a organizadora Silvia Ferreira esta manifestação é muito importante para se preservar a cultura local . “infelizmente hoje não se dá mais o mesmo valor que se dava antes a este tipo de evento e isto é muito ruim pois a cultura vai morrendo. Queria que alguém se interessasse em dar continuidade quando eu não mais puder!” Diz.


Identificação do entrevistado ou entrevistada
Nome – Silva Ferreira Brandão de Sousa
Como é conhecido (a) - Silva
Ocupação – Artesã
Desde quando mora na localidade
Há 37 anos

Rosiane Vasconcelos de Sousa – 9° ano – Idade – 13 anos


TEXTO DA FICHA 2
VASSOURA DE PALHA

Em Cavalo Bravo localizado no município de Cruz, há 23 anos, reside a sra. Francisca Pereira do Nascimento de 67 anos, filha de Maria da Cruz da Conceição e Manoel Pereira Marques. Mais conhecida como D. Francisca realiza uma importante atividade proveniente da cultura indígena com olho de palha da carnaubeira e corda do linho também da carnaubeira ela produz a vassoura de palha muito utilizada para limpeza dos tetos das casas e também em fornos de casa de farinha.
Para ser feita, são necessários alguns dias. Primeiro tira-se o olho da carnaubeira, espalha-se no chão e espera-se por 6 dias ate que sequem. Depois risca-se a palha com uma faca, toma-se 6 olhos e vai trançando um ao outro e amarrando com a corda por um palmo e meio de tamanho depois amarra arrematando. Por fim apara-se as pontas das palhas com o auxílio de uma faca para que a vassoura fique pronta para uso.

Identificação do entrevistado ou entrevistada
Nome – Francisca Pereira do Nascimento
Como é conhecido (a) Dona Francisca
Ocupação aposentada
Desde quando mora na localidade 23 anos
Gênero: ( ) homem ( X ) mulher
Idade 67 anos

Milena Rodrigues da Silveira – 6° ano – 11 anos


TEXTO DA FICHA 2
ESTEIRA DE JUNCO

Júlia Maria de Sousa, filha de Maria Júlia do nascimento e de Raimundo Salgueiro Araújo, residente na comunidade há 5 anos realiza uma atividade artesanal de muita utilidade para a região. A esteira de junco.
Aprendeu o ofício quando era ainda pequena, hoje com 46 anos de idade D. Júlia ainda faz esta atividade com muita maestria porém afirma que não a faz mais como antigamente porque a matéria prima está sofrendo modificações e o costume da utilização da esteira de junco está sendo esquecida.
A esteira é utilizada em lombos de animais: cavalo, burros jumentos... quando os mesmos são montados. Segundo D. Júlia antigamente também se utilizava esteira de junco para se fazer cama. “fazia um girau de madeira e forrava com a esteira depois vestia a esteira com um lençol e a cama estava pronta.”


Nome – Júlia Maria de Sousa
Como é conhecido (a) – Julinha do Arnoudo
Ocupação – doméstica
Desde quando mora na localidade – 5 anos
Gênero: ( ) homem (x) mulher
Idade – 45 anos


Antônia Isaíra Araújo – 9° ano – 14 anos


TEXTO DA FICHA 5
BRINCADEIRAS E BRINQUEDOS INFANTIS
TRÊS, TRÊS PASSARÁ

Na localidade de Cavalo Bravo uma das muitas brincadeiras que o povo de antigamente brincava e algumas crianças de hoje ainda brincam é o três, três passará.
Maria do Socorro de Sousa tem 53 anos, e vive na comunidade desde que nasceu. Quando era criança brincava muito e sua brincadeira preferida era o três, três passará. Dona Socorro acha que deveria ser feito um resgate das brincadeiras antigas para que as crianças de hoje conheçam e possam dar continuação á cultura que pouco a pouco vem cedendo lugar para as culturas de fora.
D. Socorro afirma: “tenho vontade de ensinar pra essas crianças de hoje como a gente brincava antigamente!”



Identificação do entrevistado(a)
Nome- Maria Socorro de Sousa
Como é conhecido(a) D. Neném
Ocupação auxiliar de serviço
Desde quando mora na localidade? Desde que nasci
Gênero ( ) homem ( X ) mulher
Idade 53 anos

Antônia Cleidiane de Sousa – 7° ano – 12 anos


TEXTO DA FICHA 5
BRINCADEIRAS E BRINQUEDOS INFANTIS
BOCA DE FORNO

Essa brincadeira é muito antiga desde o tempo da escravidão no Brasil. Era uma forma das crianças da época especialmente as negras se divertirem e é claro, elas só podiam fazer isso manifestando aquilo que viviam e conheciam.
“Eu brinquei muito de boca de forno!” lembra D. Alzira “ e eu gostava mesmo era de ser o comandante da brincadeira” . hoje poucas crianças a conhecem. Mas essa é uma brincadeira muito divertida e bem prazerosa.

Nome- Alzira Nunes Brandão de Sousa
Como é conhecido(a) Alzirinha
Ocupação diretora
Desde quando mora na localidade? Desde 1981
Gênero ( ) homem ( X ) mulher
Idade 49 anos

Antônia Cleidiane de Sousa – 7° ano – 12 anos


TEXTO DA FICHA 7
EXPRESSÕES E VOCÁBULOS LOCAIS E REGIONAIS
INHACA

Inhaca é uma expressão muito comum em nossa comunidade usada no nosso vocabulário com a intenção de expressar um cheiro desagradável. É uma palavra de origem indígena.
Essas e outras frases são usadas no nosso dia a dia e muitas vezes não conhecemos a sua origem por isso é muito importante que se faça estudos destas palavras e expressões para assim “aprimorar os conhecimentos e o vocabulário das crianças e adolescentes.” Palavras do entrevistados.




Nome- Osmundo de Sousa Albuquerque
Como é conhecido(a) Osmundo
Ocupação professor
Desde quando mora na localidade? Desde que nasci
Gênero ( X ) homem () mulher
Idade 26

Bruno Rafael Ferreira – 8° ano – 15 anos


TEXTO DA FICHA 7
EXPRESSÕES E VOCÁBULOS LOCAIS E REGIONAIS
CAFIFA


Cafifa é segundo a entrevistada uma gíria de origem africana usado por alguém que está desconfiado de algo...
Diz a mesma que essa gíria é muito usada nos dias de hoje e sita uma frase muito comum de se ouvir “ ouvi uma história que me deixou encafifado.
Para preservar a cultura dos nossos negros africanos é muito importante que crianças e adolescentes aprendam como utiliza-las e seus significados para que os mesmos não sejam usados de maneira errada.


Nome- Maria Vanda Marques
Como é conhecido(a) Vanda ou Mariazinha
Ocupação professor
Desde quando mora na localidade- Desde 1992
Gênero ( ) homem (X) mulher
Idade 36

Francisco de Paulo Silva – 8°ano – 13 anos