segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Lagoa dos Monteiros - Mapeamento Cultural

Manifestação Culturais e Eventos da EEF Joaquim José Monteiro (ficha 01)

Reisado
As pessoas dizem que desde muito tempo já existia reisado aqui, pois era uma das brincadeiras que o povo mais gosta. Começa com os repentes, e depois vem a apresentação dos bichos. Na nossa comunidade tem um homem que se identifica muito com o reisado. Ele é chamado de José Marques da Rocha, conhecido como Zé Vermelho, e gosta de participar dos reisados fazendo o papel da velha. Ele conta que para fazer um reisado é preciso muito esforço porque acontece durante a noite toda. Começa com os repentes que e acompanhado com pandeiro e violão. Os homens ficam numa roda cantando com um chapéus de papelão na cabeça. Depois vem a apresentação dos bichos, que são o caburé, bode, jumentos, cavalo marinhos, burros e por ultimo vem o boi que e morto e repartido.
O reisado e muito importante por que traz alegria, harmonia para todos as pessoas que assistem.

Identificação do entrevistado(a)
Nome: José Marques Rocha
Ocupação: Agricultor
Idade: 42 anos

Manifestações Culturais e Eventos da EEF Joaquim José Monteiro (ficha 01)

Festa de Nossa Senhora das Graças
A festa de nossa senhora das graças acontece na capela de Lagoa dos Monteiros, Paróquia de Cruz e é realizada no mês de novembro após o ano de 1971. As pessoas queriam que o padroeiro da capela fosse São Manuel mas não encontrarão a imagem do santo e então decidiram colocar Nossa Senhora das Graças. Depois da decisão, um homem chamado Vicente José de Vasconcelos Encomendou a imagem. Esculpida de gesso e mais ou menos 1 metro de tamanho existe ate hoje e é adorada por muitos devotos.
A festa é considerada a maior manifestação cultural da comunidade e é também um momento de oração e alegria para as famílias que se reúnem para homenagear e agradecer a Maria nossa mãe.
Durante os dez dias a festa a festa é bem participada pelos comunidades de Aroeira, Paraguai, Cajueirinho 1 e 2, Prata,Caiçara, Baixio, Belém, seminaristas e padre que vem deixa uma mensagem de fé aos fiéis e devotos de nossa senhora.
Atualmente, na abertura dos festejo é realizada uma carreata e a cada ano aumenta o numero de motorista e motoqueiros que se esforçam para deixa a festa cada vez mais bonita. E o mais importante é que as crianças, jovens e adultas matem vivo a cultura da nossa comunidade.

Identificação do entrevistado(a)
Nome: Maria Socorro Freitas
Ocupação: Professora
Idade: 27 anos


Manifestações Culturais e Eventos da EEF Joaquim José Monteiro (ficha 01)

Cantoria
Sr Miguel Liõ nasceu na localidade de Córrego dos Anãs e já mora em Monteiro há 14 ano. Desde os 12 anos de idade que é divertimento e gosta de cantar e ensinar as pessoas. Em sua casa sempre teve um violão e um pandeiro que usa nas horas vagas para se divertir também as pessoas que passam por lá. A cantoria acontece sempre que uma pessoa convida os cantadores para fazer uns versos. O cantador pensa, faz a rima e canta enquanto um outro responde. Pode participar da cantoria crianças, jovens, adulto e idosas pois alegra quem ouve.
Sua relação com as crianças e os adolescentes é que a canção alegra e serve de consolo para quem ouve, alem de resgatar a cultura de nossa comunidade.

Identificação do entrevistado(a)
Nome: Miguel Manoel Martins
Ocupação: Agricultura
Idade: 72 anos

Oficio e Modo de Fazer da EEF Joaquim José Monteiro (ficha 02)

Artesanatos Diversos
Em lagoa dos Monteiros você pode encontra muitos produtos de artesanato. Ao chegar no pequeno vilarejo você pode encontra uma mulher que com as mãos delicadas constrói peças lindíssimas. Ela é chamada Maria Aparecida Vasconcelos, 52 anos, filha de Jose Arteiro Vasconcelos e Maria Renata de Vasconcelos. Tinha uns 10 anos de idade quando aprendeu a fazer varanda. Depois disso passou a fazer toalhinhas e depois aumentava a vontade de fazer então foi fazendo outras coisas e até hoje faz qualquer peça de crochê e já trabalha com outra tipos de produtos artesanais. Ela explica que para cada produto a ser confeccionado deve-se escolher um tipo de material. Para fazer bonecas de fita precisa-se de fita, gripim, enfeites, cartolina, isopor, boneca, cabelo. Após a escolha do material faz-se a peça como quer, de acordo com a criatividade .As ferramentas são tesoura, agulha, linha e cola.
Assim, a vida segue na casa de Dna Aparecida e graças a Deus sempre recebi encomendas, de produtos, pois ajuda na sua sobrevivência e o mais importante é que manter viva a cultura e torna a cada vez mais feliz pois gosta do que faz.

Identificação do entrevistado(a)
Nome: Maria Aparecida Vasconcelos Sousa
Ocupação: Dona de Casa
Idade: 52 anos

Oficio e Modo de Fazer da EEF Joaquim José Monteiro (ficha 02)

“ Arte com Palha “
Lagoa dos Monteiro cidade de Cruz. Quem passa por nossa humilde rua, logo ouve os comentários de conceição, uma mulher bem inteligente em realizar arte com palha. Ela é chamada de conceição, mais seu nome completo e Maria Conceição de Freitas tem 66 anos filha de Estevam Marques de Freitas e Maria Clotilde de Freitas. Tinha uns 16 anos quando aprendia a fazer arte com palha pois o que eu mais gosto de fazer é uru e o restante da palha costuma fazer vassoura. Minhas ferramentas são a faca, palha, barbante e agulha grossa. Comecei a fazer essa atividade com minhas amigas, pois prestei bastante atenção até que consegui. Após a escolha da palha, coloca ela no sol deixa-se secar um pouco e depois se começa a realizar a arte.
Assim, a vida segue pois Conceição faz essas artes não para vender mais pra sua família, amigos e principalmente para mostrar seus dons. Esta com os dedos cansados mais a vida se-quer e o amor pela arte a faz pensar: “ Quem nunca desistira, pois conquistou esse dom para ser usado e não para ser guardar”.

Identificação do entrevistado(a)
Nome: Maria Conceição de Freitas
Ocupação: Dona de Casa
Idade: 66 anos

Lugares, Prédios e construções da EEF Joaquim José Monteiro (ficha 03)

“Escola”
lagoa dos Monteiros situada próximo á antiga teleceará ( posto telefônico ) encontra-se a escola de EEF Joaquim José Monteiro.
A escola começou a ser construída em meados de 1981 quando a comunidade precisava de um lugar certo para estudar, pois as pessoas estudavam nas casas das professoras. Então o prefeito Manuel Duca da Silveira iniciou a construção do prédio com duas salas, uma cantina, uma pequena secretaria com um banheiro. Ao longo dos anos a escola foi sendo ampliada, e hoje, conta com seis salas, uma cantina, um deposito de merenda e material de limpeza e objetos necessário para o funcionamento da escola, uma bateria de banheiros, uma secretaria e uma quadra de esporte.
A escola recebeu o nome em homenagem ao grande homem que muito fez pela nossa comunidade. Atualmente a escola funciona dois turnos e atende desde a educação infantil ao fundamental 2, realiza reuniões com os pais, APM, conselho escolar, grêmio estudantil, alem de eventos culturais. E bem freqüentado no contra turno, pelos estudantes e pessoas da comunidade que fazem do esporte uma grande arma contra o mundo das drogas e da violência.

Identificação do entrevistado(a)
Nome: Aline Cristina Vasconcelos
Ocupação: Diretora Escolar
Idade: 28 anos


Lugares, Prédios e construções da EEF Joaquim José Monteiro (ficha 03)

Sede da Associação
Lagoa dos Monteiros, terreno situado na rua da igreja de Nossa Senhora das Graças, s/n, encontra-se a sede da associação de lagoa dos monteiros.
P prédio foi construído no ano de 1996 para atender as necessidades da associação local, pois a mesma não tinha um espaço para fazer suas reuniões. Foi construída no terreno da igreja porque não recebeu nenhuma doação. Para a construção desse lugar a comunidade não contou com nenhuma ajuda do governo municipal. A própria comunidade se organizou e começaram a construção com um pouco de recurso arrecado pelo sistema de abastecimento de água (motivo pelo qual foi criada associação dos moradores ), taxa de contribuição dos sócios, serestas, leilões, reisado e mutirões. A partir de então as reuniões passaram-se a acontecer no local discreto como também o funcionamento da creche comunitária e reuniões da comunidade.

Identificação do entrevistado (a)
Nome: José Arteiro Vasconcelos
Ocupação: Agricultor
Idade: 59 anos


Lendas, Causos, Supertições e Curiosidade da EEF Joaquim José Monteiro (ficha 04).

Bola de Fogo
Antigamente existiam muitas lendas. Aqui em Lagoa dos Monteiros as pessoas ouviram falar muito da lenda da bola de fogo, mais ninguém acreditava.
Seu Oscar, um homem já de 58 anos conta que ao andar na noite escura pelos becos e estradas sentiu um forte arrepio e quando olhou pra trás viu uma bola de fogo que ia crescendo ao chegar perto dele. Com tanto medo ele começou a correr e bola ( que parecia com um animal) correndo atrás. Então ele puxou uma faca e disse que começou a lutar com a bola, mas não conseguiu acertar nenhuma vez.”Era como uma coisa que não existia, tanto fazia bater como não.” Depois dessa luta, o entrevistado diz que o bicho desapareceu de repente sem deixar rastros e depois desse dia nunca mais viu e nem quer ver. Muitas pessoas até hoje não acreditam nessa lenda, mas ele conta com uma certeza de que realmente sentiu na pele esse acontecimento.

Identificação do entrevistado (a)
Nome: Oscar Ferreira da Silva
Ocupação: Agricultor
Idade: 59 anos


Lendas, Causos, Supertições e Curiosidade da EEF Joaquim José Monteiro (ficha 04).

A Tarrafa
Pescando á noite na lagoa dos monteiros é possível que você possa ver um clarão. Acontece de repente você ver um clarão e um barulho, quase de tarrafa, que fica laçado em você por alguns minutos. É tão rápido que você fica com bastante medo.Várias pessoas já viram, mais depois não tem mais coragem de pescar. Hoje em dia, muitas pessoas não acreditam, mais nisso pelo fato de o mundo estar tão mudado, e por ninguém ter visto.
Para o senhor que contou a lenda, ele só acreditou quando viu e sentiu-se preso. Então que nunca deixamos de acreditar em lendas.

Identificação do entrevistado (a)
Nome: Raimundo Martins de Sousa
Ocupação: Agricultor
Idade: 51 anos


Expressões e Vocábulos Locais e Regionais da EEF Joaquim José Monteiro (ficha 07).

“ Intidi “
Intidi era, segundos a entrevistada, uma palavra de quando passávamos a entender algo.
Esta expressão surgio há muito tempo, através de uma humilde família, pois é usada ate hoje, não com freqüência. Intidi sempre é usada em conversas, quando uma pessoa possa a entender o que a outra quis falar, ela responde: Intidi!. Significa que cada um tem seu jeito de falar. “E muito importante que cada um tenha seu modo de falar, pois a partir daí ele poderá ficar em nossa cultura.

Identificação do entrevistado (a)
Nome: Maria Conceição de Freitas
Ocupação: Domestica
Idade: 66 anos


História dos Locais da EEF Joaquim José Monteiro (ficha 08).

Lagoa dos Monteiros
Situada a oeste da sede do município de Cruz, com ária aproximadamente 5 km², população em media de 800 habitantes. Fica na zona litorânia do estado do Ceará e tem como limites ao norte Santo Estevão; ao sul Aroeira; ao leste Cajueirinho e a oeste Paraguai.
Conta-se que a origem da comunidade de Monteiros aconteceu quando Francisco Monteiro e seu irmão Manuel Monteiro andavam caçando no ano de 1871 quando viram alguns troncos de árvores e porcos sujos de lama. Então saíram procurando e encontraram um pequeno poço e a partir daí surgil o nome Lagoa dos Monteiro porque os homens em da família Monteiro. A verdade é que a partir desse ano a comunidade foi crescendo. Em 1959, Joaquim José Monteiro deu inicio a construção da capela que só foi batizada em 1971 e logo após começaram que os festejos da comunidade. Em 1982, o prefeito de Acarau Manuel Duca da Silveira iniciou a construção da escola.
Em 1988 já com o município de cruz emancipado, foi construída a praça Serafim Marques de Freitas na administração de Antônio Raimundo.
Ao longo dos anos a comunidade também construiu sua própria sede da associação (1996), a escola foi ampliada contando com mais salas de aulas, banheiros, quadra de esporte e existe também na comunidade uma fabrica de costura.
No termo de aspectos econômicos nossas maiores fontes de renda são a agricultura e o comercio. Já na parte social, vemos que a comunidade procura buscar junto aos governantes ações para melhorar a situação da população, principalmente das crianças e adolescentes para que possam ter um futuro melhor.
Lagoa dos Monteiros também é uma localidade com uma cultura riquíssima, como as festas juninas e a festa da padroeira consideradas as principais manifestações culturais que aqui ainda existe.

Identificação do entrevistado (a)
Nome: Maria dos Santos de Menezes Chaves
Ocupação: Domestica
Idade: 55 anos


Instituições e Entidade Locais da EEF Joaquim José Monteiro (ficha 10).

“Igreja Católica”
A igreja de Nossa Senhora das Graças é uma entidade religiosa que começou a ser construída em 1959. Na época, só existia igreja na caiçara e em Cruz e ficava muito longe para as pessoas daqui irem. A primeira iniciativa foi de Joaquim José Monteiro que junto com outras pessoas faziam mutirões, carregavam pedras nos ombros e as vezes em jumentos. Essas pedras eram trazidas da beirada da lagoa. O alicerce é na base de 1 metro e meio e todos com essas pedras. Os pedreiros eram do Acarau, um era João Felício, Dedé Gonçalves e outros.
O trabalho foi demorado, pois só batizaram a igreja em 1971. A parti daí começou a acontecer os festejos da padroeira Nossa Senhora das Graças e a participação do povo era boa, mas infelizmente hoje os jovens não valorizam muita a religião, se preocupam mais é com as coisas do mundo lá fora.

Identificação do entrevistado (a)
Nome: Antônio Neomézio Perreira
Ocupação: Agricultor
Idade: 73 anos

Lagoa Velha - Mapeamento Cultural

Manifestações Culturais e Eventos da EEF Bernardino José de Vasconcelos (ficha 01)

Leilão, Novenas e Reisados.
Fizemos uma pesquisa e descobrimos que na comunidade já teve muitas manifestações, hoje os mais comemorados são o leilão, as novenas e os reisados. Com o avanço da comunidade, aparecimento de energia, escola e até a televisão o povo deixou de lado os eventos culturais. Ainda por organização da escola e da associação se juntam para as novenas os leilões e os reisados. A população acompanha principalmente as novenas e leiloes pois a comunidade é totalmente católicos, embora muitos não freqüentarem a igreja e assentirem muita novela.

Identificação do Entrevistado(a)
Nome:Maria Fatima Brandão
Ocupação: Professora
Idade:42 anos

Pesquisadora: Samara Marcia de Araújo

12 anos, 7° ano


Oficio e Modo de Fazer da EEF Bernardino José de Vasconcelos (ficha 02)

Farinhada e Trabalho com Cipós.
Em lagoa velha a totalidade da população sobrevive da agricultura, realizei uma pesquisa na casa de farinhada da dona Lucivanda observando o processo da farinhada lá encontramos cestos e caçuás feito de cipó pelo senhor Otacelio Jose de Sousa. As farinhadas são comuns na comunidade principalmente nos meses de julho e agosto. As mandiocas são, transportadas por carroças e medidas em caçuás. Os cestos de cipós são usados para colocar a mandioca no cerrador.

Identificação do Entrevistado(a)
Nome: Otacelio Jose de Sousa
Ocupação: Agricultor
Idade:72 anos
Pesquisadora: Jaiane Aline Silveira Araújo
13 anos, 9° ano


Oficio e Modo de Fazer da EEF Bernardino José de Vasconcelos (ficha 02)

A Tapioca
A tapioca é um alimento de origem indígena muito usada pelos agricultores é apreciado com o café, com peixe asado, carne e até mesmo sozinha.
Algumas pessoas fazem tapioca para vende e sustentar a família.
Em lagoa velha as maiorias das pessoas fazem, e comum tapioca diariamente no café da manhã ou janta.

Identificação do Entrevistado(a)
Nome: Maria Socorro Cunha Ferreira
Ocupação: Agricultor
Idade: 42 anos
Pesquisadora: Valdira Yara Ferreira
13 anos, 8° ano


Oficio e Modo de Fazer da EEF Bernardino José de Vasconcelos (ficha 02)

Varanda
A varanda é uma das atividades mais desenvolvidas pelas as mulheres da comunidade de lagoa velha.
As meninas ainda com cinco anos de idade já aprendem a fazer varandas. O ganho é pouco mais o serviço também é maneiro e fácil. As mulheres da comunidade ganham em media 30,00 reais fazendo varandas durante um mês. A varanda é usada para colocar em redes e até em roupas.

Identificação do Entrevistado(a)
Nome: Maria Rosilene Ferreira
Ocupação: Agricultor
Idade: 47 anos
Pesquisadora: Maria Francilene Ferreira da Cunha
15 anos, 9° ano


Oficio e Modo de Fazer da EEF Bernardino José de Vasconcelos (ficha 02)

Trabalho com Palha
Sai para entrevista a senhora Maria Nice Cruz sobre o oficio e modo de trabalhar com palha.
A palha e uma matéria primam de muita utilidade da comunidade de lagoa velha. Aqui se utiliza urus, sacas, esteiras, chapéus e vassoura, todos feitos com palha pelas mãos de dona Nice. Ela trabalha durante todo o ano principalmente no mês de novembro quando a palha esta madura. Os objetos feitos por dona Nice são usados na casas de farinha.

Identificação do Entrevistado(a)
Nome: Maria Nice Cruz
Ocupação: Agricultor
Idade: 56 anos

Pesquisadora: Maria Luana Cruz

13 anos, 7° ano


Lugares, Prédios e Construções da EEF Bernardino José de Vasconcelos (ficha 03)

O Trevo de Lagoa Velha
Foi formado quando contruiram o asfalto de Cruz a Gijoca e Aranaú e daí formou o trevo.
O trevo serve para os alunos do ensino médio e fundamental espera transporte para ir a escola serva também para o ponto de transporte, principalmente os idosos e jovens que querem ir para Cruz, Acarau e outros lugares quem tem seu transporte vai nele. Os jovens vão pra lá para se divertir e conversar e outros querem namorar. É um ponto muito freqüentado por todos da comunidade e de outros lugares. O trevo ainda esta escuro não tem energia elétrica, tem um banco de carnaúba para as pessoas se sentarem.
A comunidade de lagoa velha deseja que os poderes públicos construam um jardim e que coloque energia elétrica.


Identificação do Entrevistado(a)
Nome: Vera Lucia Vasconcelos
Ocupação: Dona de Casa
Idade: 37 anos
Pesquisadora: Daiane Vasconcelos Nascimento
13 anos, 8° ano

Lugares, Prédios e Construções da EEF Bernardino José de Vasconcelos (ficha 03)

A comunidade de lagoa velha é uma comunidade pequena com poucas casas construídas, achamos importantes mapear o prédio escolar e sede da associação e o trevo no centro da comunidade. Estes três locais são mais importantes da comunidade é lá que as pessoas se encontram para estudar conversar, discutir os assuntos de interesse da comunidade. Na escola acontece a educação das crianças e jovens. Na sede da associação acontece reuniões comunitárias, catecismo, eventos da comunidade e consultas pelo P.S.F; E no trevo acontece o encontro dos jovens para bater um papo e serve também de ponto de ônibus.

Identificação do Entrevistado(a)
Nome: Maria Djesus Marais
Ocupação: Professora
Idade: 46 anos
Pesquisadora: Maria Franciline Ferreira da Cunha
12 anos, 8° ano


Lugares, Prédios e Construções da EEF Bernardino José de Vasconcelos (ficha 03)

Esta pesquisa foi muito interessante para mim, pois pude perceber a importância da união de uma comunidade. Senti vontade de ser adulto para poder fazer parte dessa sociedade. Queria poder decidir juntamente com as pessoas publica o que e melhor para minha comunidade e lutar para que os direitos e deveres sejam respeitados.
O mapeamento e muito importante com ele tive a chance de observar e conhecer coisas que eu jurava que não existiam e agora compreendo sua importância.
A associação comunitária de lagoa velha tem grande valor social na comunidade conhecendo-a passei a valorizá-la como uma manifestação cultural de uma sociedade organizada.

Identificação do Entrevistado(a)
Nome: Maria Naisa de Freitas
Ocupação: Professora
Idade: 31 anos
Pesquisador: Rafael Nádson de Sousa
12 anos, 8° ano


Expressões e Vocábulos Locais e Regionais da EEF Bernardino José de Vasconcelos
(ficha 05)

Encontramos várias expressões usadas por pessoas mais velhas fizemos entrevistas e pesquisas dos significados. Entre as expressões encontramos algumas até engraçadas como: Promonde, no carece, vaila me Deus, criatura, se apei e encabulado. Essas expressões são usadas por algumas pessoas da comunidade de lagoa velha. O engraçado é que as crianças e os adolescentes não sabiam os significados. Com as pesquisas apresentamos muito da cultura dos nossos antepassados.
Foi um trabalho bem divertido e gostamos de fazer.

Identificação do Entrevistado(a)
Nome: Francisca das Chagas Nascimentos Alves
Ocupação: Agricultora Aposentada
Idade: 76 anos
Pesquisadora: Francisca Janiele Freitas Vasconcelos
13 anos, 8° ano


História dos Locais da EEF Bernardino José de Vasconcelos (ficha 08)

Novenas
As pessoas de lagoa velha buscando o crescimento da fé realizam todos os anos novenas da quaresma, de maio, e de natal. As novenas acontecem na escola, nas casas de pessoas doentes e na sede da associação comunitária.
Esse evento já acontece a mais de 30 anos. As famílias se juntam, trazem fotos, flores e até café para confraternização. Todos os participantes se comprometem dos símbolos para o próximo encontro. Percebemos a alegria das pessoas em participarem e o respeito que tem pelo grupo organizador.
Pesquisador: Rafael Nádson de Sousa
12 anos, 8° ano


Lagoa Velha em transformação
Lagoa velha situada a 7km da cidade de cruz com população aproximada de 360 habitantes, formada por nativos e migrantes de outros municípios. Recebeu esse nome devido ter sido descoberto em condições de abandono por um senho chamado Manoel Paixão da comunidade de Pitombeiras que procurava animais nesta comunidade. Faz limites com as comunidades de lagoa de baixo, córrego do leite e correguinho. O acesso e feito por asfalto que liga a cidade de Cruz, Gijoca e Aranaú. Tem energia elétrica e água encanada para a maioria da população. E tem servido com, transporte, meio de comunicação, educação, saúde e moradia.

Identificação do Entrevistado(a)
Nome: Otacelio Jose de Sousa
Ocupação: Agricultor
Idade:72 anos
Pesquisador: Francisco Fabricio da Silveira
13 anos, 7° ano

Lagoa Salgada - Mapeamento Cultural

MAPEAMENTO DAS EXPRESSÕES CULTURAIS
FICHA 2
OFÍCIOS E MODOS DE FAZER
Lagoa Salgada

Pesquisador (a): Francisco Bruno de Vasconcelos; Francisca Janielle Rodrigues; Maria Janiele Silveira; Érica Marques de Sousa; Maria das Dores Cardoso; João Pedro dos Santos; Vanessa Jéssica Vasconcelos.Nome do ofício / modo de fazer: Artesanato de palha.

Nome / identificação do (a) responsável pelo ofício / modo de fazer:
Terezinha Maria de Jesus. Conhecida popularmente como Dona Tereza. Filha de Maria Marques de Sousa e João José Medeiros. Reside em Lagoa Salgada, município Cruz.

Descreva a origem e a história do (a) responsável pelo ofício / modo de fazer:
Nasceu na comunidade de guarda município de Bela Cruz, desde seus oito anos de idade que desenvolve esse ofício, teve influencia de sua mãe e até os dias atuais que realiza essa atividade, produzir produtos da palha da carnaubeira.

Onde acontece? (comunidade, distrito, bairro,município, estado)
Na comunidade, em sua própria casa.

Especifique detalhadamente os locais onde se desenvolve esse ofício / modo de fazer: (descreva onde o ofício/modo de fazer acontece. Ex. terrenos, quintais, ruas, centros culturais etc.)
Em sua própria casa.

Quando acontece?Há uma data específica para a realização da atividade?
Sim (X) Não ( )
Qual?
No período de janeiro a julho.

Descreva o ofício / modo de fazer. (indicar as etapas, as matérias-primas, ferramentas de trabalho, os cantos, as danças, instrumentos etc.)
É retirada as palhas das carnaubeiras, em seguida após a secagem das palhas ela seleciona as palhas melhores para a confecção da trança que é o principal instrumento para a produção dos produtos como a saca, o uru, o chapéu,o abano, a esteira,etc. As ferramentas utilizadas para esse trabalho são suas próprias mãos.

Quais os produtos resultantes da atividade?
Como já citados acima os produtos resultantes da atividade são: sacas, urus, vassouras, esteiras, abanos, chapéus, etc.

Porque acontece? (meio de vida, celebração, prática religiosa etc.)
É um meio de vida e porque as pessoas da comunidade precisa para utilizar no seu dia-a- dia, na agricultura e pecuária.

Qual a relação do objeto mapeado com o universo da criança e do adolescente?
Através desse ofício as crianças podem aprender mais sobre a grande função da palha no passado de nosso lugar.


Identificação do entrevistado (a)
Nome: Terezinha Maria de Jesus
Como é conhecida (a): Dona Tereza
Ocupação: Produzir artesanato de palha
Desde quando mora na localidade? Desde seus 15 anos.
Gênero
( ) Homem ( X ) Mulher

Idade: 55 anos
Onde nasceu: Bela Cruz
Etnia
( ) Indígena
( ) Negro
( ) Pardo
(X) Branco

Função que desempenha no ofício e / modo de fazer?
Artesã

Para o entrevistado (a), qual a importância desse ofício e/ modo de fazer?
È muito importante para nosso sustento e da minha família.

Paraguai - Mapeamento Cultural

FICHA 01
Manifestações Culturais e Eventos

Forró Pé-de-Serra

No estado do Ceara, no município de Cruz na comunidade de Paraguai, no bairro de Alto Alegre. Mora o senhor Francisco Claude moura de 55 anos, nascido e criado em Paraguai.
Chico Claude diz que o forró pé-de-serra começou com a idéia de divertir as pessoas e quem lhe deu sua idéia foi um amigo seu.
Com o uso apenas da safona, triangulo, zabumba e o tambor o forró acontecer com animação só. Geralmente o forró acontece duas vezes no mês, nos finais de semana.
Não importa a idade, sexo, nível social e muito menos a raça, pois negros, pardos e brancos participam dessa manifestação e não só os trabalhadores rurais não, pessoas de outras comunidades também.
“Nunca tive condições de montar um clube, mais me contendo apenas com salão de minha residência, pois é lá que promovo minha festa” conta Chico Claude e que no final ainda diz emocionado “ Essa tradição veio passando de pai para filho e se depender de mim vaio continuar”.

Nome: Lindomar Valdemar Moura
13 anos
9° ano
EEF João Evangelista da Cruz



FICHA 01
Manifestações Culturais e Eventos


Leilão de Prendas

Raimundo Nonato Profiro, conhecido como Raimundo Santana, é um agricultor de 52 anos e mora co comunidade de Paraguai. Ele conta que há 6 anos realiza leilões na igreja de sua comunidade Paraguai.
Raimundo Santana, conta que faz assim: primeiramente, reúne um grupo de pessoas para pedir prendas na comunidade. Pode ser ovos, bolos, peru, farinha e outros. Segundo juntam as prendas para leiloar. No dia do evento chama o leiloado, que é ele mesmo e reúne as pessoas. Que dar o maior preço é o que leva a prenda. Quando maior o preço melhor.
Ele conta que aprendeu com seu pai Manuel Santana, via seu pai gritando o leilão, e se acostumou a gritar nos leilões da igreja da comunidade. Muitas pessoas participam dessa manifestação tanto crianças, adolescentes como adulto.
O objetivo do leilão é arrecadar fundos para a igreja e ao mesmo tempo serve para divertir as pessoas.

Nome: Ariana Renata Profiro
12 anos
8° anos
EEF João Evangelista da Cruz

FICHA 02
Oficio e Modo de Fazer


Bolo de Goma/Grude

Raimunda Nonata Carvalho, 48 anos nasceu em Paraguai, residente da comunidade do Córrego dos Texeira desde 1977 aprendeu fazer bolo diferente.
Raimunda aprendeu a fazer grude com sua mãe, quando era adolescente, “Achava interessante a maneira como ela fazia e comecei a praticar o hábito, e comecei a cozinhar na minha casa” Diz dona Raimunda.
Ela conta que faz assim:
Ingredientes: Goma, coco, sal e água
Modo de fazer: coloque em uma tigela a goma, o coco, sal e água. A parte, deixe um pouco do leite do coco para colocar na palha de bananeira, amasse com as mãos os ingredientes até dá o ponto de colocar na palha e leve para assar numa forma em fogareiro/fogo brando.
Dona Raimunda diz que hoje suas filhas já praticam a arte de fazer este bolo. O grude ele e feito na cozinha de sua casa. Ele é usado na alimentação da sua família.

Nome: Raimunda Tamila Freitas do Nascimento
12 anos
7° ano
EEF João Evangelista da Cruz





FICHA 02
Oficio e Modo de Fazer


Vassoura de Palha

Maria Madalena Pires de Paulo conhecida como dona Madalena é agricultora, nasceu em Itapipoca e mora em Paraguai desde 1951 e tem 66 anos. Ela fala que começou a fazer vassoura desde pequena e começou a praticar aos 13 anos de idade.
Para se fazer vassoura precisamos de corda, faca e palha. Primeiro corta-se as palhas, depois faz um molho das mesmas amarra-se, corta as pontas que ficam. Pronto esta feita a vassoura para o uso domestico ou para sua vendas
Doma Madalena conta que tudo isso é uma fonte de renda para sua família.

Nome: Maria Rafaela Ribeiro
11 anos
7° ano
EEF João Evangelista da Cruz


FICHA 03
Lugares, Prédios e Construções.

Igreja de Nossa Senhora do Perpeto Socorro

Eulália Barbosa de Araújo conhecida como dona Eulália me contou tudo sobre a fundação da igreja católica. Ela mora em Paraguai faz 51 anos, é aposentada e trabalhos como dona de casa, 70 anos de idade.
A igreja esta localizada no Córrego dos Prefeitos. O terreno foi doado por o senhor Francisco das Chagas. Quem ficou a frente da construção da igreja foi o falecido Chico André juntamente com a comunidade. Ela foi fundada em meados do ano 1999 a 2000.
A principal manifestação realizada pela a igreja é a festa de nossa senhora do perpeto socorro, padroeira da mesma, que vem acontecendo desde o ano de 2001 geralmente entre o final do mês de junho e o inicio do mês de julho. Os projetos futuros são santas missas populares, sobre a fraternidade.

Nome: Gleyciane Ferreira de Santana
12 anos
8° ano
EEF João Evangelista da Cruz




FICHA 04
Lendas, Causos, Superstições e Curiosidades

A Vassoura atrás da porta

Maria Conceição Pires, conhecida como Maria Sé, é uma agricultora de 60 anos. Ela conta que a vassoura atrás da porta é uma superstição que existe na comunidade em casos de pessoas que acreditam que isso espantam más visita.
Dona Maria Sé conta que faz assim: coloca-se uma vassoura atrás da porta principal, segundo ela dentro de pouco tempo a pessoa vai embora.
O fato dessa historia acontecer nos dias atuais é que as crianças e adolescentes aprendem com os pais e outros, levando-as acreditar e muitas vezes praticar, continuando a preservação de uma cultura muito antiga que até hoje existe.
É bom conhecer a história de nossos povos, pois é com ela que preservamos a cultura cearense ou de qualquer outro tipo de cultura.

Nome: Raimunda Tamila Freitas do Nascimento
12 anso
7°ano
EEF João Evangelista da Cruz


FICHA 08
História Locais

História da Comunidade de Paraguai

Segundo o senhor Francisco das Chagas Brandão conhecido como Chaga Gil, que (hoje) é agricultor, nasceu em Cavalos Bravo e mora em Paraguai desde 1928 tendo 89 anos. A origem do nome de Paraguai começa assim: um índio que morava em Paraguai (pais) saiu de seu lugar para buscar um meio de vida melhor. Em sua jornada ele chegou até aqui, um lugar onde só havia animais, mato e pessoas iguais a ele.
Então ele construiu uma cabana onde morou durante muito tempo, até que um dia atacaram a sua tribo e ele lutou bravamente para defendê-los até sua morte. Após isso os outros índios colocaram em homenagem a esse guerreiro o nome de onde eles moravam o mesmo de onde ele nasceu, de Paraguai, como é até hoje.
Por isso que na nossa localidade existem muitos descendentes indígenas onde a cultura dos mesmos vem passando de geração em geração.

Nome: Maria Rafaela Ribeiro
11 anos
7° ano
EEF João Evangelista da Cruz




FICHA 08
História Locais


Historia de Alto Alegre

Dona Maria do Livramento Araújo conhecida como dona Maria, mora na localidade desde de 1969, tem 62 anos e conta um pouco do seu lugar.
Dona Maria falou que Alto Alegre é um (lugar) vilareijo pertencente a comunidade a comunidade de Paraguai, que tinha o nome de cansação que depois passou a ser chamado de Enferninho , apelido dado por moradores devido que existia bares e sempre tinha confusão.
Os moradores de família responsáveis, juntamente com o pastor José Nicodemos Brandão decidiram colocar o nome Alto Alegre, Alto porque a região é mais elevada geograficamente e Alegre por a localidade agora ia passar ser alegre e feliz.
Com a opinião de todos tudo mudou com um tempo. Hoje tem muitas construções como o chafariz para beneficiar com a água. Agora Alto Alegre é feliz, tem a igreja Evangélica e o povo de bem com a vida.

Nome: Francisca Edna da Costa
13 anos
8° ano
EEF João Evangelista da Cruz