terça-feira, 23 de setembro de 2008

Categoria III Artigo de Opinião - Olimpiadas de Lingua Portuguesa - Programa Escrevendo o Futuro - Banco Itaú - 2008

CATEGORIA III – ARTIGO DE OPINIÃO

Escola: E.F.M. São Francisco da Cruz.
Professora: Leiliane Regiane Farias
Aluna: Nathália Mendes de Sousa
Ano: 2º. Ano médio


A prática do aborto em Cruz

Atualmente presenciamos diversas mudanças no comportamento da mulher, que beneficiou e prejudicou sua vida em sociedade. Hoje são inúmeros os casos de mulheres que interrompem de forma brutal uma gravidez e vêem nisso uma forma de não cumprir com sua responsabilidade.
Em minha região a questão do aborto tornou-se um tema polêmico, pois todos possuem uma opinião acerca desse assunto. Um grupo de mulheres que lutam pelo aborto afirmam que:“ temos o direito de exercer nossa sexualidade, temos o direito de ter filhos se e quando quisermos, temos o direito de interromper uma gravidez de maneira pública, legal, sem risco, quando assim quisermos {...}. Autodeterminação é o direito que todas as pessoas têm de decidir sobre sua vida”. Mas eu concordo com o considerado pai da embriologia Karl Ernest Von Baer quando afirma que “A vida humana começa na concepção, isto é, no momento em que o espermatozóide entra em contato com o óvulo, que ocorre já nas primeiras horas após a relação sexual e nessa fase do zigoto que, toda a identidade genética do novo ser é definida, a partir daí, inicia a vida biológica do ser humano”.
Sabemos que antigamente nossas famílias eram constituídas por mais filhos, o papel da mulher era apenas cuidar da casa e da família. Hoje a presença feminina destaca-se cada vez mais, porém isso não justifica o ato de impedir a vida recém-concebida. Mas será que quando falamos em uma gravidez que é causada por estupro, quando a vitima sofre violência cruel e desumana e principalmente sofrimento psicológico nos autoriza o direito de interromper essa gravidez? Argumenta-se que nesses casos devemos levar em consideração o grande valor da saúde mental da mulher, pois o feto continuaria a recordá-la durante nove meses a violência cometida, e apenas aumentaria a sua angústia mental. Porém devemos lembrar que o feto não é o agressor, o agressor é o estuprador, o feto apenas é uma vitima inocente, como a mãe. Por isso, não pode ser morto, com base na consideração não ser ele o agressor.
Certamente para solucionar esse problema, nossos Prefeitos e demais autoridades justificariam que, com a matéria Educação Sexual que já é implantada em todos as escolas, as adolescentes teriam mais informações sobre anticoncepcional e serviços, prevenindo então a gravidez e o aborto, mas está acontecendo exatamente o contrário, a gravidez em mulheres duplicou segundo o Centro Nacional de Saúde.
Entre muitos grupos sociais que dizem sim ao aborto somente Igreja mantém-se firme em defender que o feto é ser vivo, que já tem capacidades humanas: raciocínio, vontade e outras atividades e que a morte significa o fim do crescimento natural.
Portanto, defendo que devem ser utilizadas soluções como: ajuda psicológica, religiosa e social para as vitimas de estupro ou adolescentes que enfrentam uma gravidez indesejada. Devemos enfatizar os valores da família, o respeito ás pessoas, o sentido do verdadeiro amor, que não é apenas atração sexual, mas principalmente a responsabilidade diante dos atos.

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