Texto da Ficha 1
MANIFESTAÇÕES CULTURAIS E EVENTOS
Nome da manifestação cultural ou evento: “Festa de São Francisco”
Distrito na igreja de Caiçara, acontece uma das maiores festas do município de Cruz, a festa de São Francisco, o padroeiro da igreja de Caiçara. Participa em média 3.000 pessoas, entre homens e mulheres, crianças e adultos.
A festa começa em setembro, por ano não tem data fixa e dura 10 dias, antes eram 3 dias em data fixa. José João foi responsável por muito tempo pela organização da festa juntamente com o padre Monsenhor Sabino. Durante a festa havia leilão, ranchos, hoje as chamadas atuais barracas ou mercearias. Atualmente não existe na festa os leilões, só as barracas de vendas e a cada noite tem um tema a ser homenageado e um especial para as crianças e adolescentes.
Esse evento religioso reúne muitas pessoas na localidade e além do momento espiritual que os participantes vivenciam, existem também os momentos de diversão.
Autor: Antônio Gedison da Silva Cosmo
Idade: 14 anos
Data: 14/06/06
Texto da Ficha 1
MANIFESTAÇÕES CULTURAIS E EVENTOS
Nome da manifestação cultural ou evento: “Festa do Distrito”
A festa do distrito no inicio era realizada na praça, hoje abrange, praça, ruas e estradas. Todas as comunidades vizinhas se envolve nos momentos dedicados a quem quiser participar, cerca de 2.000 pessoas vem participar do evento, pessoas de todas as idades. A festa acontece anualmente no mês de maio no dia 22 e tem duração de um dia.
O evento começou através de apresentações e exposições simples na praça da cultura local realizada pela escola. Hoje a escola juntamente com o representante da comunidade, o Sr. Raimundão, promove uma festa mais ampla com competições, Banda de Música Municipal, Ação social e Educação com o apoio de todas as secretarias do município e do Prefeito Municipal.
A criança e o adolescente tem a oportunidade de conhecer a cultura local, aprender algo novo e se divertir muito.
A festa é importante para lembrar o aniversário da localidade como Distrito, desenvolver a Cidadania e divulgar a cultura da nossa comunidade.
Autora: Juliana Ruth Brandão de Souza
Idade: 10 anos
Data: 10/05/06
Texto da Ficha 1
MANIFESTAÇÕES CULTURAIS E EVENTOS
Nome da manifestação cultural ou evento: “Quadrilha”
A quadrilha acontece sempre nas ruas da comunidade e algumas comunidades vizinhas vem assistir o evento. Participa umas 300 pessoas, de crianças aos adultos. Acontece de ano em ano, nos meses de junho e julho, há muitos anos existe essa manifestação na comunidade.
Não sei como tudo começou, mas por volta dos anos 60 a quadrilha por aqui ficou mais animada e criativa com o apoio de D. Vera Osterno que passou a conduzir o evento. A quadrilha é feita para a comunidade para animar o povo e lembrar como a comunidade vive suas origens.
A manifestação é feita com vários pares de pessoas que se juntam para dançar e mostrar sua cultura. É escolhido um tema e a partir desse tema é escolhido os passos, é usado roupas bem coloridas e muita maquiagem.
É realizada para todos que gostam de quadrilha e qualquer pessoa, criança, adolescente ou adulto pode dançar. É uma festa que nos alegra muito retratando a nossa história e toda a comunidade se diverti.
Autora: Andreza Almeida Martins
Idade: 10 anos
Data: 16/06/06
Texto da Ficha 2
OFÍCIOS E MODOS DE FAZER
Nome Do Ofício/Modo de Fazer: “Bulinho”
Dona Idalina começou a fazer bulinho aos 20 anos de idade, quem lhe ensinou foi sua mãe, ela tentou ensinar várias pessoas, mas não conseguiram aprender.
Para preparar o bulinho é preciso: goma, açúcar, coco e água, misturando-se tudo e indo ao forno em uma forma adequada.
O bulinho é muito gostoso e as crianças adoram comer tanto quanto os adultos.
Dona Idalina começou fazendo bulinho para a família, depois pro comercio e daí surgiu a idéia de fazer para os leilões.
Autor: Bruna Cristina Queiroz
Idade: 11 anos
Data: 12/05/06
Texto da Ficha 2
OFÍCIOS E MODOS DE FAZER
Nome Do Ofício/Modo de Fazer: “Corda de Tucum”
Maria Inêz de Souza nasceu em Caiçara, começou a fazer corda por que na época era uma maneira para sobreviver, mas com o passar do tempo, fazia por diversão. Ela costuma fazer corda em frente a sua casa, quando tem tempo, utiliza agulhas de madeira, paus, nalho, corda entre outros, depois troce a corda, pinta e inicia o trabalho. Faz redes simples, cadeiras e tucuns.
Dona Inêz faz o trabalho por meio de vida e ela diz que as crianças e adolescentes se divertem com as cadeiras de tucuns que balança e serve para eles aprenderem o oficio.
É um tipo de sobrevivência, mas gostamos de fazer como um passa tempo e divertimento.
Autora: Aline Chaves da Silva
Idade: 12 anos
Data: 20/04/06
Texto da Ficha 2
OFÍCIOS E MODOS DE FAZER
Nome Do Ofício/Modo de Fazer: “Crochê”
Verônica começou a fazer crochê com apenas 9 anos de idade e quem lhe ensinou foi sua mãe. Hoje ela mora em Caiçara e com 38 anos, ela ainda faz crochê e diz que aprendeu muitas coisas interessante e bonitas.
Com relação a criança e o adolescente, ela diz que ao aprender a fazer o crochê, ela desenvolveu sua mente e sua criatividade. Também ela fala que é importante para realizar coisas bonitas, criativas e se divertir.
Autor: Carla Mayara Mota Rocha
Idade: 10 anos
Data: 6/04/06
Texto da Ficha 2
OFÍCIOS E MODOS DE FAZER
Nome Do Ofício/Modo de Fazer: “Munguzar”
Claudia Martins Vasconcelos nasceu na localidade de Córrego dos Anas e quando menina aprendeu a fazer munguzar com sua avó. Por volta de 1985 veio morar em Caiçara e estudou até a 4ª série.
Ela faz em casa, sem data certa, põe o milho de molho de um dia para o outro para pilar no pilão, isso na época de sua avó, que colocava palha junto com o milho para pilar, colocava para cozinhar demorando assim um dia todo para ficar pronto e no outro dia colocava coco e o açúcar. Era necessário para fazer o munguzar uma panela grande e uma colher de pau e se fazia por que é muito gostoso para tomar com café.
Praticamente toda criança e adolescente gosta de comer munguzar, por que é uma fonte de alimento muito rica e é importante para nossa saúde contendo muita vitamina.
Autor: Andreza Almeida Martins
Idade: 10 anos
Data: 08/06/06
Texto da Ficha 2
OFÍCIOS E MODOS DE FAZER
Nome Do Ofício/Modo de Fazer: “Pamonha”
Ivete Araújo de Souza nasceu em Caiçara, sempre morou aqui e é considerada a melhor costureira da comunidade, aprendeu a fazer pamonha com sua mãe e hoje procura ensinar para seus filhos como fazer, para eles não esquecerem as comidas típicas do lugar. Ela faz em casa, no período do inverno.
A pamonha é uma comida típica da região que é feita com milho verde ralado, coco, sal, açúcar e manteiga, mistura-se tudo e coloca na palha do milho cozinhando em uma panela com água quente. Ela usa palha de milho, rapa-coco e panela.
A pamonha tem muita vitamina e deixa a criançada e os adolescentes muito animados por que é um prato delicioso e só existe no tempo do inverno.
É importante para a saúde, pois é um alimento muito saudável e forte.
Autor: Dimas Kelver Araujo Souza
Idade: 10 anos
Data: 12/04/06
Texto da Ficha 2
OFÍCIOS E MODOS DE FAZER
Nome Do Ofício/Modo de Fazer: “Pão”
Começou no distrito de Caiçara, já faz muito tempo, que os moradores começaram a fazer pão em um quarto muito pequeno tornando-se a padaria da localidade, que vem passando de geração para geração e um costume de toda a localidade. O pão é feito na padaria e vai para o comércio e do comércio chegam até nossas casas através de um vendedor que bate de porta em porta. Esse ofício gera o beneficio do emprego para as pessoas. A maioria das pessoas fazem o pão por meio de vida e esse é o caso da Zilmar Balbino.
Autora: Lara Karine Ferreira
Idade: 11 anos
Data: 11/04/06
Texto da Ficha 2
OFÍCIOS E MODOS DE FAZER
Nome Do Ofício/Modo de Fazer: “Pescaria”
Francisco das Chagas nasceu em Caiçara e aos 10 anos foi morar na Lagoa dos Monteiros, chegando aos 18 anos voltou para Caiçara e fez o 2° Grau. Desde pequeno já pescava com seus irmãos mais velhos nas lagoas e sempre na Lagoa de Caiçara e na Praia do Preá. Ele pega os peixes utilizando o anzol com pequenos camarões e peixes estragados.
Ele pega o anzol amarrando no nylon e coloca a isca e vai para a água e espera o peixe morder a isca e então puxa-se o anzol e trás o peixe fisgado. Na pescaria usa-se anzol, nylon, camarões pequenos e muitas vezes rede de nyalon.
Algumas vezes, ele pesca pra se divertir, mas na maioria é como meio de sobrevivência.
Francisco diz que é importante que as crianças aprendam a história da pescaria, as só podem pescar depois que atingirem a maior idade, pois pode ser perigoso e a criança ou adolescente poderá estar arriscando sua vida.
Pescaria é um trabalho digno, mas precisa de cuidados e é também um serviço que na maioria das vezes é divertido.
Autor: Antônio Gledison da Silva Cosmo
Idade: 14 anos
Data: 04/06/06
Texto da Ficha 2
OFÍCIOS E MODOS DE FAZER
Nome Do Ofício/Modo de Fazer: “Tapioca”
Iolina Pereira de Souza, nasceu em Caiçara, desde os 10 anos faz tapioca, não aprendeu com ninguém, seus pais faziam farinhada e então aconteceu o gosto pela tapioca.
Para fazer tapioca, é necessário coco, goma, sal e água. Junta todos os ingredientes, mexe e põe na frigideira para assar.
É importante por que as pessoas gostam e acham saudável para as famílias. As crianças e adolescentes gostam muito e esse alimento lhes deixam mais fortes.
Autora: Sabrina Silveira Cruz
Idade: 10 anos
Data: 18/04/06
Texto da Ficha 3
LUGARES, PRÉDIOS E CONSTRUÇÕES
“Associação”
A associação foi fundada em 06 de julho de 1989, em Caiçara, distrito de Cruz. Nela tem um salão, banheiro e um almoxarifado. A associação surgiu porque na Caiçara não havia nenhum lugar reservado para realização das reuniões, como tinha uma casa de farinha abandonada, então o Sr. Cride teve a idéia de construir uma associação e lá acontecem as reuniões mensais e aulas. A associação é muito importante para a comunidade porque esse prédio é público e assim ele serve para várias atividades. Além de acontecer aulas e cursos, quando acontece alguma coisa com a criança e o adolescente, o Conselho tutelar junto com a associação tentam ajudar.
Autor: Eduardo Luiz de Souza
Idade: 13 anos
Data: 10/05/06
Texto da Ficha 3
LUGARES, PRÉDIOS E CONSTRUÇÕES
“Cemitério São Francisco”
O Cemitério São Francisco localizado em Caiçara já existe há mais de cem anos, antes era feito de cerca e bem pequeno. Quando alguém morria era levado ao cemitério em redes grandes ou grades. Hoje, o cemitério está maior, foi ampliado duas vezes, tem uma capela velório e é zelado pela comunidade.
No Cemitério de Caiçara é enterrado muitas pessoas das localidades vizinhas, por ele ser muito antigo, muita gente dos arredores têm parentes enterrados no cemitério, então sempre estão vindo mortos para o cemitério. Nele acontece algumas vezes missas e celebrações na capela velório. É um lugar histórico para a comunidade, bem conhecido e estão sempre fazendo mutirão de limpeza.
O Cemitério São Francisco é um lugar em que quase toda criança e adolescente tem um parente enterrado nele e isso faz com que eles visitem e zelem pela preservação do mesmo. É importante ter na comunidade um local para velar e rezar pelos mortos.
Autora: Carla Mayara Mota Rocha
Idade: 10 anos
Data: 04/08/06
Texto da Ficha 3
LUGARES, PRÉDIOS E CONSTRUÇÕES
“Centro Comunitário”
O centro comunitário foi construído em julho de 1994, pela igreja de Caiçara, apoiado pela comunidade. Perto da casa paroquial tinha um terreno que dava para construir um centro de encontro de reuniões feita pela pastoral, deram o nome da catequista que mais se dedicou a igreja de Caiçara e então o centro recebeu o nome de Leopoldina Magalhães de Souza.
Acontece encontros da pastoral, catequese e eventos da comunidade, sociais e religiosos. Antes não havia um espaço para as pessoas se encontrarem e fazer reuniões, mas hoje temos um local disponível para a realização de eventos. No centro acontece encontros de jovens, crianças, catecismos, reuniões da comunidade entre outros acontecimento sociais e religiosos.
O centro é um local muito bom porque antes tínhamos carência de um ambiente próprio para nossos encontros e hoje temos esse local tão útil.
Autora: Andreza Almeida Martins
Idade: 10 anos
Data: 06/06/06
Texto da Ficha 3
LUGARES, PRÉDIOS E CONSTRUÇÕES
“Conjunto habitacional”
O conjunto habitacional foi uma construção que muito ajudou a comunidade, as pessoas carentes que não tinha onde morar. O conjunto veio através de um projeto governamental em 2001, com o recurso de R$ 105.000,00 para fazer 18 casas.
Foi um projeto que atendeu as famílias mais carentes, essas famílias passaram ter uma cultura melhor porque passaram a ter uma vida mais digna. A comunidade cresceu mais com essa construção. A criança e o adolescente que não tinha onde morar ao ganhar um lar se sentiu muito feliz e isso fez eles acreditarem que na vida acontece algo muito bom e passaram a acreditar nela e a crescerem com mais coragem para enfrentá-la.
Uma obra dessa na comunidade é de essencial importância para o crescimento do lugar e para a alegria das famílias que ganharam um lugar para morar.
Autora: Andreza Almeida Martins
Idade: 10 anos
Data: 06/06/06
Texto da Ficha 3
LUGARES, PRÉDIOS E CONSTRUÇÕES
“Creche”
A creche no inicio era só um terreno desocupado, então os moradores com a necessidade de uma escola pediram ajuda as autoridades e eles mandaram a verba e então começaram a construção da escola de alfabetização que por falta de espaço comemorava a festa do padroeiro.
Com o passar do tempo construíram outra escola a EEF João Ladislau de Paulo Magalhães e a escola de alfabetização.
Autor: Emoniza Herculano Muniz
Idade: 13 anos
Data: 05/04/06
Texto da Ficha 3
LUGARES, PRÉDIOS E CONSTRUÇÕES
“Santo Cruzeiro”
O cruzeiro foi construído em 19 de outubro de 1939, com as santas missões que o Monsenhor Sabino conseguiu realizar juntamente com outros padres. A cruz foi esculpida por João Martins Chaves e José Medeiros trazida nos ombros lá de Bom Sucesso – Bela Cruz para Caiçara. No cruzeiro acontecem celebrações às vezes, terços e orações.
Ele é um símbolo de fé para a comunidade e é também uma construção muito antiga da localidade no passado. A criança e o adolescente, essa geração mais nova ao saber da história do cruzeiro aprende um pouco da cultura antiga.
É interessante por que é um ponto turístico e histórico para a comunidade.
Autora: Andreza Almeida Martins
Idade: 10 anos
Data: 06/06/06
Texto da Ficha 3
LUGARES, PRÉDIOS E CONSTRUÇÕES
“A Igreja”
A igreja era pequena e virada para o lado de baixo. Foi construída em 1880, era de taipo e coberta de telhas, acontecia as missas, celebrações, algumas vezes palestras, reuniões, novenas e orações.
A igreja é o local de encontro da comunidade para vivenciar a espiritualidade e crescer dentro da fé. O aprendizado que se tem através dela é muito importante na vida das crianças e adolescentes.
A importância é que os mais novos aprendem a vivenciar a fé com os mais velhos.
Autor: Antônio Gleidson da Silva Cosmo
Idade: 14 anos
Data: 05/06/06
Texto da Ficha 3
LUGARES, PRÉDIOS E CONSTRUÇÕES
“Lagoa de Caiçara”
A Lagoa de Caiçara que é emendada com a Lagoa de Jijoca, ou seja, a famosa Lagoa Azul, há muitos anos atrás era um local muito visitado por ser muito cheia. Quando aconteciam as enchentes no inverno, a Lagoa derrubava as casas próximas a ela. Caiçara era praticamente arrodeada de água da Lagoa, com o arrombamento da mesma em 74, a Lagoa começou a secar e nunca mais foi a mesma.
As pessoas tomam banho e pescam peixes. No passado a lagoa era mais freqüentada por banhistas, pessoas que lavavam roupas e procuravam nela o alimento de cada dia. Hoje com a Lagoa quase seca por causa da ação do homem, as pessoas passaram a freqüentar bem menos a lagoa. A lagoa é um lugar histórico e turístico para a comunidade. Nelas as pessoas se divertem, tira alimentos e aprendem a valorizar a natureza. É um ponto de lazer e de estudos para as crianças e adolescentes. Com a realidade da lagoa estando quase seca, crianças e adolescentes aprendem a preservar um patrimônio ambiental.
A importância da lagoa é tanta que deixa muita tristeza ter que imaginar que um dia ela possa secar por conseqüência de uma ação não penada do homem.
Autora: Bruna Cristina Queiroz
Idade: 11 anos
Data: 04/08/06
Texto da Ficha 3
LUGARES, PRÉDIOS E CONSTRUÇÕES
“Posto do Correio”
O correio é um órgão que recebe e posta correspondência da comunidade, é um trabalho feito para toda e qualquer pessoa que queira mandar ou receber correspondência. O correio veio para Caiçara através da Associação de Moradores para facilitar a vida da comunidade, as pessoas não precisaria ir para Cruz para receber ou postar suas encomendas.
O crescimento do posto correio só aumenta, pois hoje temos almoxarifado, balança entre outros. O posto tem servidor que também faz entregas aos destinatários. O correio atualmente só faz entregas de correspondência de baixo peso e recebe também de baixo peso. A associação tem planos para que o posto correio passe a ser uma agência.
É de grande utilidade para todos pois agiliza a vida das pessoas da comunidade.
Autora: Andreza Almeida Martins
Idade: 10 anos
Data: 23/06/06
Texto da Ficha 3
LUGARES, PRÉDIOS E CONSTRUÇÕES
“Praça”
A praça foi feita por volta dos anos 80 por intermédio do líder político Jonas Muniz, foi um fato muito importante para a época, pois modificaria a vida da comunidade para melhor. No início só tinha bancos de cimento, mas depois foi ampliada com uma televisão, arborização e vigias.
As pessoas se juntam na praça para assistirem algumas celebrações, apresentações, eventos religiosos e comunitários. Os moradores costumam conversar juntos na praça, praticamente todos os eventos são feitos no meio da praça e isso motiva os moradores a valorizá-la.
As criança e adolescentes brincam e se divertem sem medo porque a mesma é vigiada e bem cuidada. É importante poder ter um lugar para conversar e se divertir.
Autor: Antônio Gledison da silva Cosmo
Idade: 14 anos
Data: 29/05/06
Texto da Ficha 3
LUGARES, PRÉDIOS E CONSTRUÇÕES
“Prédio Escolar de Caiçara”
O Prédio de Caiçara foi feito pelo motivo de incentivar as crianças e adolescentes a participar de eventos culturais, quadrilhas e portanto ter um grau mais avançado. E por tanto tendo um desenvolvimento e um andamento melhor em nossas vidas.
Muitas pessoas tem o objetivo de ser amigo ou voluntário, por que nos prédios escolares é o local onde os filhos aprendem coisas muito importantes e se não estiverem estudando não tem uma educação de qualidade.
Os professores estão todas as horas dando informações à aprendizagem para que nós tenhamos qualidade de vida em nosso dia-a-dia.
Autor: Raimundo Ferreira da Silva Filho
Idade: 14 anos
Data: 03/04/06
Texto da Ficha 3
LUGARES, PRÉDIOS E CONSTRUÇÕES
“Escola Valdionor Martins”
A escola Valdionor Martins fica na localidade de Córrego dos Anãs e é nucleada à escola de Caiçara, tem duas salas de aula, dois banheiros, uma secretaria e uma cantina.
Toda comunidade se juntou e reivindicaram uma escola para a localidade, Valdionor Martins, líder político da época foi quem apoiou e trouxe para a comunidade o prédio tão desejado pela comunidade.
Na escola acontece aula, catecismo e celebração aos domingos. O prédio é importante porque educa no sentido espiritual e material. A criança e o adolescente tem a oportunidade de crescer com dignidade e responsabilidade.
É interessante para a localidade porque eles participam do que acontecem lá.
Autor: Mara Maria Martins
Idade: 13 anos
Data: 30/05/06
Texto da Ficha 4
LENDAS, SUPERTIÇÕES E CURIOSIDADES
“Andar de Costa”
A supertição andar de costas acontece em qualquer lugar e em qual momento. Contam que se andar de costa a mãe da pessoa que está de costa morre mais rápido e atrasa a pessoa que anda assim.
A criança e o adolescente se sentem impressionado com a supertição e acaba por aprender que existem coisas que não são muito bons fazer.
A supertição é importante para chamar a atenção das pessoas que estão fazendo algo não muito educado.
Autora: Dayane Vasconcelos de Araújo
Idade: 12 anos
Data: 26/06/06
Texto da Ficha 4
LENDAS, SUPERTIÇÕES E CURIOSIDADES
“Arrombamento da Lagoa”
Em 1958, a lagoa secou e encheu em 1964 e foi arrombada em 1972. Ela encheu até a praça da Caiçara, então arrombaram a lagoa pois estava derrubando casas e essa era a solução.
O deputado pagou 100 homens para arrombar a lagoa e isso ocorreu durante 8 dias, depois que a lagoa secou eles viram a situação que ficou, não tinha nem peixe, a água é a beleza de antes. Hoje todos os homens estão arrependidos pelo que fizeram.
Faz muita falta a lagoa que tinha antes pois ajudava as pessoas na alimentação e na diversão dos moradores com sua família.
Autora: Andreza Almeida Martins
Idade: 10 anos
Data: 26/05/06
Texto da Ficha 4
LENDAS, SUPERTIÇÕES E CURIOSIDADES
“O Assoviador”
A lenda fala que o assoviador começa a assoviar e se você responder não ficará mais em paz.
Quando você ouvir o assoviador e responder com outro assovio, ficará todo tempo ouvindo o assovio, e ele vai chegando mais perto até a pessoa não agüentar mais. Os personagens desta lenda são dois: o assoviador e a vítima.
Portanto quando você ouvir um assovio, você não deve fazer nada, fique agindo normalmente e lembre-se de não assoviar.
Autora: Camila Kely Araújo de Souza
Idade: 14 anos
Data: 16/05/06
Texto da Ficha 4
LENDAS, SUPERTIÇÕES E CURIOSIDADES
“O casamento no queima”
Um homem sai para uma festa e se apaixona por uma mulher e pede ela em casamento, se ela aceitar eles se casam no queima.
Antigamente crianças e adolescentes casavam-se no queima, hoje se isso acontecer as pessoas acham estranho ou um dos pais não aceita que eles se casem.
O casamento hoje em dia tem que durar os 3 anos de namoro para depois casar, antes quando havia uma oportunidade de se casar eram uns 10 noivos se casando e hoje é difícil ver um, por que agora nem todo homem da valor a sua mulher.
Autora: Aline Chaves da Silva
Idade: 10 anos
Data: 02/05/06
Texto da Ficha 4
LENDAS, SUPERTIÇÕES E CURIOSIDADES
“Lobisomem”
dizem que todas as noites de quinta para sexta-feira, durante a lua cheia, um homem nascido depois de sete filhas, vai há uma encruzilhada e roda no chão até transforma-se em um bicho preto e cabeludo com os olhos vermelhos, um pouco maior do que de um cachorro que percorre sete cemitérios amedrontando pessoas por onde passa. Esse bicho é muito conhecido como lobisomem.
Criança ou adolescente que ouve lendas, quando fica com mais idade, conta para seus filhos ajudando a preservar a nossa cultura. É importante conhecer e aprender as origens passadas para não cair no esquecimento à cultura local.
Autora: Cleuton dos Santos Lima
Idade: 14 anos
Data: 23/05/06
Texto da Ficha 4
LENDAS, SUPERTIÇÕES E CURIOSIDADES
“Santa Missões”
Santa Missões acontecias há muitos anos atrás na counidade de Caiçara quando o Monsenhor Sabino celebrava na comunidade. As Missões eram feitas no período da quaresma organizada por José João e durava quarenta dias. Saia uma prossição da igreja pela tarde, passava pelo cruzeiro e voltava a noite para assistirem a missa.
As pessoas levavam muitas imagens de santos para a caminhada e durante o evento vendiam muitos objetos religiosos como medalhas, fitas , livros entre outros. Vinham muitos padres e eles se juntavam para realizar as Santas Missões. Era muito animado e todos participavam.
Por volta dos anos 60, as Santas Missões deixaram de existir, mas ficou a história para as crianças e adolescentes principalmente conhecerem e aprenderem com ela.
Era muito bom participar das missões no Santo Cruzeiro.
Autora: Andreza Almeida Martins
Idade: 10 anos
Data: 23/05/06
Texto da Ficha 5
BRINCADEIRAS E BRINQUEDOS INFANTIS
“Cai no Poço”
Cai no poço acontece em frente as casas, terreiros ou ruas. Se juntam jovens e cada um recebe um número e uma pessoa sai do grupo e fica de pé dizendo: Cai no poço?; o grupo responde: Água onde?; a pessoa responde: no pescoço; o grupo: Qual é o número que tira? Com o quê?; A pessoa com um abraço, um beijo entre outros.
Não havia muita opção para fazer à noite, então os jovens se juntavam para paquerar através da brincadeira do cai no poço. É uma brincadeira saudável e todos brincam e se divertem.
É importante lembrar e viver a brincadeira para vivermos bem.
Autor: Antônio Gledison da Silva Cosmo
Idade: 14 anos
Data: 22/05/06
Texto da Ficha 6
FIGURAS POPULARES
“Raimundo Brandão de Souza”
Raimundo Brandão de Souza, conhecido como Raimundão nasceu em Correguinho, município de Cruz, morou 11 anos em São Paulo, quando voltou casou-se e algum tempo depois foi escolhido pela comunidade para ser o representante do lugar. No primeiro ano que se candidatou não ganhou a eleição, na segunda tentativa deu certo ser vereador e então começou a lidar ativamente com a comunidade.
Na localidade de Caiçara não havia nenhum líder político, então a população ao ver que Raimundo se identificava com a comunidade resolveu elegê-lo para melhorar a vida local. Desde do seu primeiro mandato, vem desenvolvendo ações como : reforma da praça, posto de saúde, quadra esportiva, calçamento, correios, creche, limpeza das ruas, reforma do colégio, conjunto habitacional entre outros.
Procura sempre se envolver em projetos sociais que atendem crianças e adolescentes. A localidade tem crescido culturalmente e socialmente para melhor, para que a qualidade de vida de todos seja maior.
Autora: Antônio Gledison da Silva Cosmo
Idade: 14 anos
Data: 06/07/06
“João Ladislau de Paulo Magalhães”
João Paulo foi um agricultor e por volta dos anos 40 veio morar em Caiçara, sendo aqui delegado, depois tabelião, vereador e logo depois vice-prefeito e também dirigente da Igreja. Ele é o patrono da escola local por ter sido uma pessoa que muito fez pela comunidade.
Em meados dos anos 50, ao voltar de Sobral com os aposentados, o carro que ele andava virou ocorrendo a morte do mesmo. Ele era um muito desenvolvido, gostava de lidar bem com o povo, trabalhava para a melhoria da comunidade, ajudou a montar a escola sendo a primeira de Caiçara, hoje com o nome de creche, lidava com os idosos para suas aposentadorias. Foi um exemplo, um lutador pelos seus ideais, deixou atitudes de caráter honesto e digno para aqueles que conheceram sua história.
A cultura tem que ser trabalhada, lembrada para a geração mais nova conhecer e aprender com ela.
Autora: Andreza Almeida Martins
Idade: 10 anos
Data: 18/05/06
“José João”
José João foi um membro da comunidade que muito se envolveu na vida religiosa da localidade, cuidava muito da igreja e tinha um carinho e cuidado muito grande com os padres, descascava até o feijão que os padres comiam e também celebrava na Igreja.
Sempre morou em Caiçara com sua família, era o organizador da festa de São Francisco, o padroeiro da localidade. Era responsável pelos eventos religiosos e tudo que acontecia na igreja local. Tornou-se o morador mais antigo da comunidade e passava para todos que o conheciam um exemplo de dignidade e responsabilidade.
Ele morreu cumprindo seu papel aqui na terra, por que era bom e útil, por isso é sempre bom lembrar as coisas que os outros fizeram para o crescimento da comunidade.
Autora: Andreza Almeida Martins
Idade: 10 anos
Data: 17/05/06
“Antônio Barros”
O Antônio Marques da Silva é conhecido como Antônio Barros, ele sempre morou em Caiçara, os seus pais também.
Ele mora na rua Monsenhor Sabino, na casa de número 188, ele não tem profissão e não tem 1° e 2° Grau. O Senhor Antonio Barros é conhecido por suas maluquices, é baixo e gordo e rouba coisas como brinquedos, livros, entre outros.
Ele não tem relação nenhuma com o Universo da criança e do adolescente por que as crianças tem medo dele.
Autora: Eduardo Luiz de Souza
Idade: 13 anos
Data: 11/04/06
“Cintia”
José Cleude Pires, mas conhecido como Cíntia, ele viu sua vida mudar quando optou por ser do sexo feminino, só então aos 18 anos não mais podendo esconder seu desejo resolveu assumir sua identidade de vez. Sofreu preconceitos por parte de todos, principalmente da família. Mas como era uma pessoa humilde e dedicada conquistou a amizade de todos.
Aos 18 anos criou coragem para assumir publicamente seu modo de vida, agindo e vestindo como uma pessoa do sexo feminino. É uma pessoa conhecida por praticamente toda nossa região. É um ser reverente, corajoso e muito simpático. Não tem medo de ser o que é e vive muito bem com sua maneira de ser.
Autora: Andreza Almeida Martins
Idade: 10 anos
Data: 15/05/06
“João Ana”
João Martins dos Santos nasceu em Jericoacoara e foi morar com três dias em Córrego dos Anãs, aos 23 anos casou-se e foi morar em Caiçara. Depois de casado apareceu uns amigos na qual se juntaram e começaram a tocar versos e canções. João Ana como é conhecido já sonhava com isso desde de pequeno, ingressou nesse ramo e vive viajando mundo à fora até hoje, cantando a cultura do seu povo.
Ele ficou muito famoso na sua comunidade e por onde passava, por cantar emboladas da cultura de sua comunidade e de quem pedisse para ouvir. É um dos moradores mais antigos da localidade, ajudou em muitas obras da comunidade como o santo cruzeiro, igreja, entre outros. Tornou-se uma grande fonte de pesquisa da cultura local.
João Ana é repentista e isso tona a cultura popular mais rica.
Autora: Andreza Almeida Martins
Idade: 10 anos
Data: 12/05/06
“Chico Antônio”
Nasceu em Sobral e veio morar em Caiçara com 6 anos, aos 10 anos se dedicou ao esporte jogando como atacante e jogava muito bem.
Quando atingiu os 16 anos, foi para Itapipoca fazer uma preparação para entrar em um bom clube esportivo. Tudo começou quando o Chico Antônio mostrou que tinha muita habilidade com a bola, então ele começou jogar num clube de Itapipoca e depois em Fortaleza, sempre que o time de Caiçara jogava fora, a comunidade mandava buscá-lo porque ele tinha grande chance de trazer o título.
Chico Antônio é uma espécie de ídolo para os jovens de Caiçara pois lhes deu muita alegria. Ele é um exemplo de coragem e incentivo ao esporte Caiçarense. Morreu aos 29 anos, deixando uma profunda saudade, mas a consciência de que fez seu papel na terra e muito bem feito.
As pessoas lembram com carinho dele que deixou muito para a comunidade.
Autora: Andreza Almeida Martins
Idade: 10 anos
Data: 10/05/06
“Dr. Emílio”
Dr. Emílio Carlos Furlane se tornou uma pessoa popular por realizar trabalhos na comunidade, como mutirão entre outros. Ele tem um bom relacionamento com a comunidade, ajuda as famílias e é muito comunicativo. Ele é de uma família de Itapipoca e veio morar em Sambaíba, lá fez muito pela comunidade como construção de uma capela, um pequeno consultório, dava aulas de computação, aulas de reciclagem, cursos de quirapatia e atualmente trabalha três dias como médico em Caiçara.
Ele estar sempre ensinando algo aos adolescentes e crianças para o bem estar físico e social dos mesmos.
Dr. Emílio é uma pessoa importante para a comunidade pois está com projetos para ajudar a comunidade e falar de uma pessoa assim só engrandece a comunidade.
Autora: Antônio Gledison da Silva Cosmo
Idade: 14 anos
Data: 09/05/06
Texto da Ficha 6
FIGURAS POPULARES
“Edson Pinto”
Benedito Edson Pinto é um líder comunitário formado pela Universidade Vale do Acaraú – UVA, professor na escola de Caiçara, morou por muito anos em Fortaleza – Ce, por volta de 1987 entrou no grupo carismático e em 1991 voltou a Caiçara para assumir a liderança religiosa na comunidade. Em 2000, foi vereador e 2004 candidato a vice-prefeito.
Com grande vontade de ajudar a comunidade, se tornou dirigente da igreja sendo ministro da palavra e muito desempenhou seu papel como líder religioso ajudando assim na construção do Centro comunitário, Capela Velório entre outros.
Trabalha com um grupo de jovens e um grupo de adolescentes e crianças educando para a vida religiosa. É um resgate da cultura que é sempre bom lembrar algo que poucas pessoas conhecem.
Autora: Andreza Almeida Martins
Idade: 10 anos
Data: 22/05/06
Texto da Ficha 7
EXPRESSÕES E VOCABULOS LOCAIS E REGIONAIS
“Arri égua”
“Arri égua” é um vocábulo que significa algo nojento. Não sei da história dessa expressão, mas é usada quando uma pessoa ver ou ouve uma coisa nojenta. Essa linguagem está bem presente no vocabulário das crianças e adolescentes.
É interessante por que as pessoas não perderam o costume do passado e usam até hoje.
Autora: Andreza Almeida Martins
Idade: 10 anos
Data: 08/05/06
Texto da Ficha 8
HISTÓRIAS LOCAIS
“Sambaíba”
Na localidade de Sambaíba existe muitas pessoas e todas moram em casas de tijolos, lá tem uma capela para ir todos os domingos e fazer ótimas relações, portanto vem tendo uma formação positiva e legal.
E nessa pequena área que hoje é chamada de Sambaíba, existem grandes quantidades de árvores que eram chamadas de sambaibeiras, por isso as pessoas mais antigas que moraram nesse local deram o nome à localidade.
Esse interior é muito simples para quem mora nele, onde vem tendo uma cultura bem centrada nos eventos religiosos e praticamente tem uma safra de caju que aparece todos os anos.
Hoje o desenvolvimento da criança e do adolescente está um pouco melhor pelo motivo de freqüentarem a capela de nossa Senhora das Graças e as escolas próximas à localidade.
Autora: Raimundo Ferreira da Silva Filho
Idade: 14 anos
Data: 17/04/06
“Caiçara”
Caiçara está localizada a 36km de distancia de Cruz com a população aproximada de 600 pessoas. As construções são diversificadas, algumas bem antigas e outras bem modernas. Ainda existem casas de taipas. Temos acesso via Jericoacoara, Preá, Jijoca em estradas carroçais e para Cruz via asfalto. Caiçara é um lugar calmo e com um sentido bem histórico. O primeiro nome da localidade era boa esperança, mas por aqui havia vestígios dos indígenas que viveram as margens da lagoa e na tribo deles havia uma cerca de pau-a-pique (etimologicamente esse nome pau-a-pique significa Caiçara). Os habitantes da localidade na época achavam mais adequado que o lugar se chamasse Caiçara. Dois fatos muitos importantes marcaram a comunidade em 1987, quando Caiçara passou a ser Distrito de Cruz e quando um senhor chamado Abdon disse que queria viver só o tanto que uma das mangubeiras que resistisse ao tempo e numa terça-feira, às 8h da noite, ele foi assassinado e a mangubeira foi ao chão no momento de sua morte.
Em caiçara há muitas árvores antigas e a mangubeira é a marca registrada da localidade. Os habitantes vivem da pesca, da agricultura e arte, é realizado muitos eventos esportivos, sociais e religiosos. Temos líder político que procura melhorar a vida da comunidade. Caiçara é uma localidade boa para se viver, onde as crianças tem liberdade para brincar, os adolescentes algumas opções de lazer e jovens e velhos empenham-se em eventos sociais e religiosos.
É importante conhecermos a origem de nossa localidade e preservarmos tudo que faz parte dela.
Autora: Andreza Almeida Martins
Idade: 10 anos
Data: 20/04/06
“Caiçara de Baixo”
Caiçara de Baixo tem 52 famílias com aproximadamente 250 habitantes. Com construções antigas, muitas delas de taipos, palhas, tijolos brancos e algumas de alvenaria. Fica a 36 km do distrito da sede (cidade de Cruz).
Sítio Mangabeira, hoje atual Caiçara de Baixo tinha esse nome antes porque tinha uma enorme mangabeira, mas com o passar dos tempos perceberam que essa localidade ficava muito próxima da Caiçara e do lado de baixo da lagoa, então quando veio energia para a Caiçara, disseram que era para ir também para o outro lado da Caiçara, então começaram a chamar de Caiçara de Baixo. A economia atuante é a agricultura. Existe também uma pequena quadra para festas dançantes e uma casa doada pelo turista para ser um prédio escolar.
A criança e o adolescente vivem em um lugar em que não se ver muita violência e que tem oportunidade de brincar livremente.
A história lembra como a gente vivia antes, não podemos esquecer isso e hoje vivemos melhor mas não podemos deixar para trás nossas origens.
Autora: Andreza Almeida Martins
Idade: 10 anos
Data: 19/04/06
“Caiçara”
Caiçara está localizada a 36km de distancia de Cruz com a população aproximada de 600 pessoas. As construções são diversificadas, algumas bem antigas e outras bem modernas. Ainda existem casas de taipas. Temos acesso via Jericoacoara, Preá, Jijoca em estradas carroçais e para Cruz via asfalto. Caiçara é um lugar calmo e com um sentido bem histórico. O primeiro nome da localidade era boa esperança, mas por aqui havia vestígios dos indígenas que viveram as margens da lagoa e na tribo deles havia uma cerca de pau-a-pique (etimologicamente esse nome pau-a-pique significa Caiçara). Os habitantes da localidade na época achavam mais adequado que o lugar se chamasse Caiçara. Dois fatos muitos importantes marcaram a comunidade em 1987, quando Caiçara passou a ser Distrito de Cruz e quando um senhor chamado Abdon disse que queria viver só o tanto que uma das mangubeiras que resistisse ao tempo e numa terça-feira, às 8h da noite, ele foi assassinado e a mangubeira foi ao chão no momento de sua morte.
Em caiçara há muitas árvores antigas e a mangubeira é a marca registrada da localidade. Os habitantes vivem da pesca, da agricultura e arte, é realizado muitos eventos esportivos, sociais e religiosos. Temos líder político que procura melhorar a vida da comunidade. Caiçara é uma localidade boa para se viver, onde as crianças tem liberdade para brincar, os adolescentes algumas opções de lazer e jovens e velhos empenham-se em eventos sociais e religiosos.
É importante conhecermos a origem de nossa localidade e preservarmos tudo que faz parte dela.
Autora: Andreza Almeida Martins
Idade: 10 anos
Data: 20/04/06
“Lagoa do Meio”
Lagoa do meio está localizada na zona rural do município de Cruz, à 38 km de distância de sua sede, com população praticamente extinta, contando apenas com 3 moradores, com muito verde e areia branca e poucas casas de tijolos branco e uma de tábua. O acesso é meio difícil pois a estrada é de areia.
Lagoa do meio tem esse nome por ficar na croa da lagoa azul, ou seja, no meio da lagoa. A localidade tem energia elétrica, outras necessidades que os moradores precisem é necessário se deslocar para serem atendidos. Lagoa do Meio tem como lazer o ponto turístico muito privilegiado por todos que passam por lá, a Croa da Lagoa Azul, dunas de areia branca e muita mata nativa. Os nativos vivem da agricultura e quando necessitam de algo mais urgente contam com o vereador Raimundão. As poucas crianças que lá moram são muita compensadas com o clima e o ambiente que a localidade dispõe em total natureza, ar puro e beleza de flora e fauna.
É importante para estimular as pessoas a virem aqui na Lagoa do Meio, pois os moradores estão quase extintos, mas para se manter esse povo, é necessário que se aplique mais recursos que facilitem a vida financeira local.
Autora: Andreza Almeida Martins
Idade: 10 anos
Data: 18/04/06
“Córrego dos Anas”
Córrego dos Anãs é uma localidade de aproximadamente 300 pessoas, com construções antigas e modernas, fica a 35 km de distancia da sede Cruz. O acesso para outras localidades é pela estrada carroçal.
O nome da localidade se deu das primeiras famílias que moravam lá, uma moradora muito antiga chamada Ana Mota do Ó, foi quem deu origem ao nome da localidade.
Toda comunidade ficou feliz com a chegada de energia e da escola pública que veio para melhorar a vida da população. Na comunidade sempre acontece eventos esportivos, dançantes e culturais. No prédio escolar é realizado reuniões com grupos de jovens, catecismo e celebrações dominicais. O povo vive da agricultura e tem apoio político do vereador Raimundão.
A localidade está crescendo em conhecimentos culturais, sociais e religiosos, e isso faz muito bem para o crescimento intelectual da criança e do adolescente como também de todos que moram em Córrego dos Anas.
Autora: Aline Maria Moreira Muniz
Idade: 14 anos
Data: 18/04/06
FICHA 09
GRUPOS ETNICOS ESPECIFICOS
“Caiçara de Baixo”
No ano de 2004, chegou na localidade de Caiçara de Baixo, um casal Hippie, Marcelo e Cristina, fizeram duas casas na comunidade, uma para eles e outras para os amigos, se instalaram por lá com o apoio da comunidade e desde então fazem suas viagens, mas sempre voltam para sua casa. Eles tem um nível social bem estável e vivem na comunidade por acharem um lugar calmo e com uma natureza muito rica e bela. Os hippies são artesões que tem a natureza como centro de tudo, trabalham com arte de fazer objetos, usam cores extravagantes, dormem em camas de juncos, praticam a agricultura e geralmente são vegetarianos. Eles matem uma grande horta, andam bem enfeitados e sobrevivem do artesanato usando produtos da natureza como ossos, sementes entre outros para fazer suas artes.
O casal de hippie, hoje com uma filha chamada flor, quando chegaram na comunidade faziam reuniões com os habitantes para tentar mudá-los. Conseguiram mudar o nome da localidade, porém alguns moradores não apoiaram suas idéias e criticavam os nativos que se envolviam com eles. O casal queria apenas melhorar o crescimento do lugar, garante uma moradora, esse grupo de hippie tem uma maneira bem diferente de viver, vivem viajando pelo mundo de bicicleta ou carro e tudo isso faz com que ganhem admiração de outras pessoas por sua maneira simples de levar a vida.
Autora: Andreza Almeida Martins
Idade: 10 anos
Data: 17/04/06
Texto da Ficha 10
INSTITUIÇÕES E ENTIDADES LOCAIS
“Associação de Pais e Mestres”
A Associação de Pais e Mestres é um conjunto de membros representados por pais dos alunos, professores e núcleo gestor. Trabalha com o recurso do PDDE, que vem para ajudar na aprendizagem do aluno.
Por volta de 1997, um grupo de professores e o diretor José Moézio Silveira deram entrada na papelada que aprovaria a associação para a escola de Caiçara para que pudesse fazer um trabalho com mais recursos e preparação.
Nos dois primeiros anos da associação, não havia dinheiro para comprar o recurso necessário da escola, então em 1999, entrou o dinheiro do PDDE. Os projetos e planos foram aumentando e com o apoio da Secretaria de Educação, muitos recursos entraram na escola. A associação faz reuniões, planeja as compras da escola e busca melhorar a estrutura da mesma.
Com relação a criança e o adolescente, a associação ajuda bastante na educação dos mesmos pois é através dela que entra o recurso para sua aprendizagem.
A entrevistada diz que é importante para o município por que a escola depende muito de sua atuação e recurso.
Autora: Andreza Almeida Martins
Idade: 10 anos
Data: 12/04/06
“Igreja de São Francisco”
A igreja da Caiçara é uma antiga entidade que desenvolve trabalhos religiosos e sociais dentro da comunidade e seu principal objetivo é anunciar o reino de Deus para todo povo. A primeira igreja foi construída em 1880, por Antônio Pereira Brandão e a primeira reforma foi em 1914, por Manoel Ferreira da Silva.
Antes a entidade pertencia a paróquia de Cru e só existia missas duas vezes por ano com o padre Valderi. Depois passou a ser da paróquia de Jijoca e então começaram a aparecer as pastorais e a ter missas uma vez por mês. Desde de 1987, que a Igreja passou a ser de outra paróquia, as atividades só tem crescido, como celebrações dominicais, uma vez por mês missa, pastorais, catequese, grupo de jovens, grupo de casais, movimento Mãe Rainha, ajuda às famílias carentes.
A igreja é um encontro pessoal com Jesus causando uma experiência única e transformadora na nossa vida.
Autora: Andreza Almeida Martins
Idade: 10 anos
Data: 10/04/06
“EEF João Ladislau de Paulo Magalhães”
A escola é uma instituição que visa a promoção educacional e busca o desenvolvimento social, cultural e intelectual de sua clientela.
A escola veio para a comunidade através de uma verba federal apoiada pelo município e incentivada pela comunidade local. A escola começou a funcionar manhã e tarde, depois ocupou também o horário da noite, e em 1999 entrou o recurso do PDDE pela Associação de Pais e Mestres, daí então temos recursos para manter a educação dos alunos com o apoio da prefeitura, secretaria de educação e comunidade.
A escola desenvolve a aprendizagem educacional, projetos esportivos, palestras educativa, assentos culturais entre outros, representando algo muito forte e histórico na vida das pessoas e de fundamental importância para todos que fazem a comunidade escolar.
Autora: Andreza Almeida Martins
Idade: 10 anos
Data: 06/04/06
“Associação Comunitária dos Moradores de Caiçara”
A associação comunitária dos moradores de Caiçara desenvolveu reuniões para trazer melhorias e crescimento para a comunidade administrar o sistema de água local. Todas as pessoas de Caiçara são sócios, mas apenas algumas pessoas participam diretamente de seus eventos, restritos quase à Diretoria. A associação foi fundada em 06 de julho de 1989. Muitas pessoas se reuniram com o Carlito Martins para fundar a associação de Caiçara e que através desta entidade fossem conseguidos muitos projetos em beneficio da nossa comunidade. Antes, a associação contava com o apoio de poucas pessoas da comunidade, porém foi desenvolvendo bons projetos e todos começaram a participar direto ou indiretamente como sócios ou membros da Diretoria. Atualmente a função maior da associação é administrar o sistema de água. Muitos benefícios foram adquiridos através da associação como: linha telefônica, correio, ampliação de energia, micro-crédito e para o futuro tem planos de trazer uma biblioteca e ampliar os nomes das ruas.
A associação é um órgão que tem segurança em suas realizações e por ser uma entidade composta por muitos torna-se mais fácil fazer ela crescer ainda mais.
Autora: Antônio Gledson da Silva Cosmo
Idade: 14 anos
Data: 05/04/06
“Rádio Mar Azul”
A rádio é uma associação que visa a promoção dos acontecimentos locais e regional. Desenvolve um trabalho de utilidades públicas, programas e comerciais.
Erlandson Muniz e Ney Casseb foram os fundadores da Associação trazendo a rádio para Caiçara em maio e sua inauguração foi no dia 25 de novembro de 2005. A rádio começou com poucos equipamentos e depois veio todos os equipamentos necessários para as programações. Na rádio tem programa comunitário, religioso e apoia eventos culturais e sociais.
Adolescentes e Crianças tem oportunidade de participar de programas educativos e a rádio interagem com os membros, essa interação é muito importante para a comunidade.
Autora: Antônio Gledison da Silva Cosmo
Idade: 14 anos
Data: 03/04/06
“Posto de Saúde”
O posto de saúde é uma entidade que trabalha na promoção e prevenção da saúde com todos os tipos de pessoas, desde crianças até adultos como gestantes, hipertensos, diabéticos, idosos entre outros. O programa de Saúde da Família se reuniu com os lideres políticos para trazer para a localidade um posto de saúde e em 1996 a verba saiu. Ele veio para dá uma atenção maior as famílias locais e circunvizinhas.
Antes, o posto de saúde tinha poucos remédios e um atendimento menor, hoje temos consultório odontológico, computador, grupo de idosos, sessões educativas com o apoio da comunidade. A entidade desenvolve visitas domiciliares, consultas médicas, enfermagem, atendimentos odontológicos, imunizações, atendimento ambulatorial e programas de rádio.
A criança e o adolescente tem apoio educacional na parte da prevenção da saúde como prevenção de cáries e palestras. O posto é uma referência para a comunidade, melhora a vida das pessoas no bem estar físico, mental e social.
Autora: Antônio Gledison da Silva Cosmo
Idade: 14 anos
Data: 20/06/06
“EFAVA – Escola Família Agrícola Vale do Acaraú”
A Escola Agrícola era uma instituição que tinha uma proposta diferenciada, além das disciplinas estabelecidas pela SEDUC. Tinha uma formação técnica agrícola. A EFAVA desenvolvia aulas do ensino médio, cursos técnicos, tinha uma horta, criação de galinhas e abelhas. As ações e atividades realizadas na escola eram feitas com os pais de alunos, pais e professores.
Dr. Emílio teve a idéia de trazer para Caiçara uma escola agrícola e em 2004, ela passou a existir na comunidade com o objetivo maior de evitar o êxito rural. Pois os alunos com uma formação profissional poderiam viver bem na sua localidade.
A EFAVA teve inicio com bons planos e projetos, ótimos cursos, contou com o apoio da diocese Paróquia de Santa Luzia de Jijoca, Prefeitura de Cruz, de Bela Cruz e Jijoca, EMATECE, IBAMA, Rotary do Clube que doou um poço para a escola, no terreno também tem um galpão e uma mandala. Padre Eudes, Dom Aldo e o presidente da associação também deram um grande apoio.
A escola agrícola ou seja, a EFAVA não existe mais, os planos e projetos fracassaram, as pessoas envolvidas se desestimularam e a escola fechou. A escola era muito importante para manter os nossos jovens na comunidade, eles teriam uma profissão qualificada por uma formação técnica.
Autora: Bruna Cristina Queiroz
Idade: 11 anos
Data: 04/08/06
MANIFESTAÇÕES CULTURAIS E EVENTOS
Nome da manifestação cultural ou evento: “Festa de São Francisco”
Distrito na igreja de Caiçara, acontece uma das maiores festas do município de Cruz, a festa de São Francisco, o padroeiro da igreja de Caiçara. Participa em média 3.000 pessoas, entre homens e mulheres, crianças e adultos.
A festa começa em setembro, por ano não tem data fixa e dura 10 dias, antes eram 3 dias em data fixa. José João foi responsável por muito tempo pela organização da festa juntamente com o padre Monsenhor Sabino. Durante a festa havia leilão, ranchos, hoje as chamadas atuais barracas ou mercearias. Atualmente não existe na festa os leilões, só as barracas de vendas e a cada noite tem um tema a ser homenageado e um especial para as crianças e adolescentes.
Esse evento religioso reúne muitas pessoas na localidade e além do momento espiritual que os participantes vivenciam, existem também os momentos de diversão.
Autor: Antônio Gedison da Silva Cosmo
Idade: 14 anos
Data: 14/06/06
Texto da Ficha 1
MANIFESTAÇÕES CULTURAIS E EVENTOS
Nome da manifestação cultural ou evento: “Festa do Distrito”
A festa do distrito no inicio era realizada na praça, hoje abrange, praça, ruas e estradas. Todas as comunidades vizinhas se envolve nos momentos dedicados a quem quiser participar, cerca de 2.000 pessoas vem participar do evento, pessoas de todas as idades. A festa acontece anualmente no mês de maio no dia 22 e tem duração de um dia.
O evento começou através de apresentações e exposições simples na praça da cultura local realizada pela escola. Hoje a escola juntamente com o representante da comunidade, o Sr. Raimundão, promove uma festa mais ampla com competições, Banda de Música Municipal, Ação social e Educação com o apoio de todas as secretarias do município e do Prefeito Municipal.
A criança e o adolescente tem a oportunidade de conhecer a cultura local, aprender algo novo e se divertir muito.
A festa é importante para lembrar o aniversário da localidade como Distrito, desenvolver a Cidadania e divulgar a cultura da nossa comunidade.
Autora: Juliana Ruth Brandão de Souza
Idade: 10 anos
Data: 10/05/06
Texto da Ficha 1
MANIFESTAÇÕES CULTURAIS E EVENTOS
Nome da manifestação cultural ou evento: “Quadrilha”
A quadrilha acontece sempre nas ruas da comunidade e algumas comunidades vizinhas vem assistir o evento. Participa umas 300 pessoas, de crianças aos adultos. Acontece de ano em ano, nos meses de junho e julho, há muitos anos existe essa manifestação na comunidade.
Não sei como tudo começou, mas por volta dos anos 60 a quadrilha por aqui ficou mais animada e criativa com o apoio de D. Vera Osterno que passou a conduzir o evento. A quadrilha é feita para a comunidade para animar o povo e lembrar como a comunidade vive suas origens.
A manifestação é feita com vários pares de pessoas que se juntam para dançar e mostrar sua cultura. É escolhido um tema e a partir desse tema é escolhido os passos, é usado roupas bem coloridas e muita maquiagem.
É realizada para todos que gostam de quadrilha e qualquer pessoa, criança, adolescente ou adulto pode dançar. É uma festa que nos alegra muito retratando a nossa história e toda a comunidade se diverti.
Autora: Andreza Almeida Martins
Idade: 10 anos
Data: 16/06/06
Texto da Ficha 2
OFÍCIOS E MODOS DE FAZER
Nome Do Ofício/Modo de Fazer: “Bulinho”
Dona Idalina começou a fazer bulinho aos 20 anos de idade, quem lhe ensinou foi sua mãe, ela tentou ensinar várias pessoas, mas não conseguiram aprender.
Para preparar o bulinho é preciso: goma, açúcar, coco e água, misturando-se tudo e indo ao forno em uma forma adequada.
O bulinho é muito gostoso e as crianças adoram comer tanto quanto os adultos.
Dona Idalina começou fazendo bulinho para a família, depois pro comercio e daí surgiu a idéia de fazer para os leilões.
Autor: Bruna Cristina Queiroz
Idade: 11 anos
Data: 12/05/06
Texto da Ficha 2
OFÍCIOS E MODOS DE FAZER
Nome Do Ofício/Modo de Fazer: “Corda de Tucum”
Maria Inêz de Souza nasceu em Caiçara, começou a fazer corda por que na época era uma maneira para sobreviver, mas com o passar do tempo, fazia por diversão. Ela costuma fazer corda em frente a sua casa, quando tem tempo, utiliza agulhas de madeira, paus, nalho, corda entre outros, depois troce a corda, pinta e inicia o trabalho. Faz redes simples, cadeiras e tucuns.
Dona Inêz faz o trabalho por meio de vida e ela diz que as crianças e adolescentes se divertem com as cadeiras de tucuns que balança e serve para eles aprenderem o oficio.
É um tipo de sobrevivência, mas gostamos de fazer como um passa tempo e divertimento.
Autora: Aline Chaves da Silva
Idade: 12 anos
Data: 20/04/06
Texto da Ficha 2
OFÍCIOS E MODOS DE FAZER
Nome Do Ofício/Modo de Fazer: “Crochê”
Verônica começou a fazer crochê com apenas 9 anos de idade e quem lhe ensinou foi sua mãe. Hoje ela mora em Caiçara e com 38 anos, ela ainda faz crochê e diz que aprendeu muitas coisas interessante e bonitas.
Com relação a criança e o adolescente, ela diz que ao aprender a fazer o crochê, ela desenvolveu sua mente e sua criatividade. Também ela fala que é importante para realizar coisas bonitas, criativas e se divertir.
Autor: Carla Mayara Mota Rocha
Idade: 10 anos
Data: 6/04/06
Texto da Ficha 2
OFÍCIOS E MODOS DE FAZER
Nome Do Ofício/Modo de Fazer: “Munguzar”
Claudia Martins Vasconcelos nasceu na localidade de Córrego dos Anas e quando menina aprendeu a fazer munguzar com sua avó. Por volta de 1985 veio morar em Caiçara e estudou até a 4ª série.
Ela faz em casa, sem data certa, põe o milho de molho de um dia para o outro para pilar no pilão, isso na época de sua avó, que colocava palha junto com o milho para pilar, colocava para cozinhar demorando assim um dia todo para ficar pronto e no outro dia colocava coco e o açúcar. Era necessário para fazer o munguzar uma panela grande e uma colher de pau e se fazia por que é muito gostoso para tomar com café.
Praticamente toda criança e adolescente gosta de comer munguzar, por que é uma fonte de alimento muito rica e é importante para nossa saúde contendo muita vitamina.
Autor: Andreza Almeida Martins
Idade: 10 anos
Data: 08/06/06
Texto da Ficha 2
OFÍCIOS E MODOS DE FAZER
Nome Do Ofício/Modo de Fazer: “Pamonha”
Ivete Araújo de Souza nasceu em Caiçara, sempre morou aqui e é considerada a melhor costureira da comunidade, aprendeu a fazer pamonha com sua mãe e hoje procura ensinar para seus filhos como fazer, para eles não esquecerem as comidas típicas do lugar. Ela faz em casa, no período do inverno.
A pamonha é uma comida típica da região que é feita com milho verde ralado, coco, sal, açúcar e manteiga, mistura-se tudo e coloca na palha do milho cozinhando em uma panela com água quente. Ela usa palha de milho, rapa-coco e panela.
A pamonha tem muita vitamina e deixa a criançada e os adolescentes muito animados por que é um prato delicioso e só existe no tempo do inverno.
É importante para a saúde, pois é um alimento muito saudável e forte.
Autor: Dimas Kelver Araujo Souza
Idade: 10 anos
Data: 12/04/06
Texto da Ficha 2
OFÍCIOS E MODOS DE FAZER
Nome Do Ofício/Modo de Fazer: “Pão”
Começou no distrito de Caiçara, já faz muito tempo, que os moradores começaram a fazer pão em um quarto muito pequeno tornando-se a padaria da localidade, que vem passando de geração para geração e um costume de toda a localidade. O pão é feito na padaria e vai para o comércio e do comércio chegam até nossas casas através de um vendedor que bate de porta em porta. Esse ofício gera o beneficio do emprego para as pessoas. A maioria das pessoas fazem o pão por meio de vida e esse é o caso da Zilmar Balbino.
Autora: Lara Karine Ferreira
Idade: 11 anos
Data: 11/04/06
Texto da Ficha 2
OFÍCIOS E MODOS DE FAZER
Nome Do Ofício/Modo de Fazer: “Pescaria”
Francisco das Chagas nasceu em Caiçara e aos 10 anos foi morar na Lagoa dos Monteiros, chegando aos 18 anos voltou para Caiçara e fez o 2° Grau. Desde pequeno já pescava com seus irmãos mais velhos nas lagoas e sempre na Lagoa de Caiçara e na Praia do Preá. Ele pega os peixes utilizando o anzol com pequenos camarões e peixes estragados.
Ele pega o anzol amarrando no nylon e coloca a isca e vai para a água e espera o peixe morder a isca e então puxa-se o anzol e trás o peixe fisgado. Na pescaria usa-se anzol, nylon, camarões pequenos e muitas vezes rede de nyalon.
Algumas vezes, ele pesca pra se divertir, mas na maioria é como meio de sobrevivência.
Francisco diz que é importante que as crianças aprendam a história da pescaria, as só podem pescar depois que atingirem a maior idade, pois pode ser perigoso e a criança ou adolescente poderá estar arriscando sua vida.
Pescaria é um trabalho digno, mas precisa de cuidados e é também um serviço que na maioria das vezes é divertido.
Autor: Antônio Gledison da Silva Cosmo
Idade: 14 anos
Data: 04/06/06
Texto da Ficha 2
OFÍCIOS E MODOS DE FAZER
Nome Do Ofício/Modo de Fazer: “Tapioca”
Iolina Pereira de Souza, nasceu em Caiçara, desde os 10 anos faz tapioca, não aprendeu com ninguém, seus pais faziam farinhada e então aconteceu o gosto pela tapioca.
Para fazer tapioca, é necessário coco, goma, sal e água. Junta todos os ingredientes, mexe e põe na frigideira para assar.
É importante por que as pessoas gostam e acham saudável para as famílias. As crianças e adolescentes gostam muito e esse alimento lhes deixam mais fortes.
Autora: Sabrina Silveira Cruz
Idade: 10 anos
Data: 18/04/06
Texto da Ficha 3
LUGARES, PRÉDIOS E CONSTRUÇÕES
“Associação”
A associação foi fundada em 06 de julho de 1989, em Caiçara, distrito de Cruz. Nela tem um salão, banheiro e um almoxarifado. A associação surgiu porque na Caiçara não havia nenhum lugar reservado para realização das reuniões, como tinha uma casa de farinha abandonada, então o Sr. Cride teve a idéia de construir uma associação e lá acontecem as reuniões mensais e aulas. A associação é muito importante para a comunidade porque esse prédio é público e assim ele serve para várias atividades. Além de acontecer aulas e cursos, quando acontece alguma coisa com a criança e o adolescente, o Conselho tutelar junto com a associação tentam ajudar.
Autor: Eduardo Luiz de Souza
Idade: 13 anos
Data: 10/05/06
Texto da Ficha 3
LUGARES, PRÉDIOS E CONSTRUÇÕES
“Cemitério São Francisco”
O Cemitério São Francisco localizado em Caiçara já existe há mais de cem anos, antes era feito de cerca e bem pequeno. Quando alguém morria era levado ao cemitério em redes grandes ou grades. Hoje, o cemitério está maior, foi ampliado duas vezes, tem uma capela velório e é zelado pela comunidade.
No Cemitério de Caiçara é enterrado muitas pessoas das localidades vizinhas, por ele ser muito antigo, muita gente dos arredores têm parentes enterrados no cemitério, então sempre estão vindo mortos para o cemitério. Nele acontece algumas vezes missas e celebrações na capela velório. É um lugar histórico para a comunidade, bem conhecido e estão sempre fazendo mutirão de limpeza.
O Cemitério São Francisco é um lugar em que quase toda criança e adolescente tem um parente enterrado nele e isso faz com que eles visitem e zelem pela preservação do mesmo. É importante ter na comunidade um local para velar e rezar pelos mortos.
Autora: Carla Mayara Mota Rocha
Idade: 10 anos
Data: 04/08/06
Texto da Ficha 3
LUGARES, PRÉDIOS E CONSTRUÇÕES
“Centro Comunitário”
O centro comunitário foi construído em julho de 1994, pela igreja de Caiçara, apoiado pela comunidade. Perto da casa paroquial tinha um terreno que dava para construir um centro de encontro de reuniões feita pela pastoral, deram o nome da catequista que mais se dedicou a igreja de Caiçara e então o centro recebeu o nome de Leopoldina Magalhães de Souza.
Acontece encontros da pastoral, catequese e eventos da comunidade, sociais e religiosos. Antes não havia um espaço para as pessoas se encontrarem e fazer reuniões, mas hoje temos um local disponível para a realização de eventos. No centro acontece encontros de jovens, crianças, catecismos, reuniões da comunidade entre outros acontecimento sociais e religiosos.
O centro é um local muito bom porque antes tínhamos carência de um ambiente próprio para nossos encontros e hoje temos esse local tão útil.
Autora: Andreza Almeida Martins
Idade: 10 anos
Data: 06/06/06
Texto da Ficha 3
LUGARES, PRÉDIOS E CONSTRUÇÕES
“Conjunto habitacional”
O conjunto habitacional foi uma construção que muito ajudou a comunidade, as pessoas carentes que não tinha onde morar. O conjunto veio através de um projeto governamental em 2001, com o recurso de R$ 105.000,00 para fazer 18 casas.
Foi um projeto que atendeu as famílias mais carentes, essas famílias passaram ter uma cultura melhor porque passaram a ter uma vida mais digna. A comunidade cresceu mais com essa construção. A criança e o adolescente que não tinha onde morar ao ganhar um lar se sentiu muito feliz e isso fez eles acreditarem que na vida acontece algo muito bom e passaram a acreditar nela e a crescerem com mais coragem para enfrentá-la.
Uma obra dessa na comunidade é de essencial importância para o crescimento do lugar e para a alegria das famílias que ganharam um lugar para morar.
Autora: Andreza Almeida Martins
Idade: 10 anos
Data: 06/06/06
Texto da Ficha 3
LUGARES, PRÉDIOS E CONSTRUÇÕES
“Creche”
A creche no inicio era só um terreno desocupado, então os moradores com a necessidade de uma escola pediram ajuda as autoridades e eles mandaram a verba e então começaram a construção da escola de alfabetização que por falta de espaço comemorava a festa do padroeiro.
Com o passar do tempo construíram outra escola a EEF João Ladislau de Paulo Magalhães e a escola de alfabetização.
Autor: Emoniza Herculano Muniz
Idade: 13 anos
Data: 05/04/06
Texto da Ficha 3
LUGARES, PRÉDIOS E CONSTRUÇÕES
“Santo Cruzeiro”
O cruzeiro foi construído em 19 de outubro de 1939, com as santas missões que o Monsenhor Sabino conseguiu realizar juntamente com outros padres. A cruz foi esculpida por João Martins Chaves e José Medeiros trazida nos ombros lá de Bom Sucesso – Bela Cruz para Caiçara. No cruzeiro acontecem celebrações às vezes, terços e orações.
Ele é um símbolo de fé para a comunidade e é também uma construção muito antiga da localidade no passado. A criança e o adolescente, essa geração mais nova ao saber da história do cruzeiro aprende um pouco da cultura antiga.
É interessante por que é um ponto turístico e histórico para a comunidade.
Autora: Andreza Almeida Martins
Idade: 10 anos
Data: 06/06/06
Texto da Ficha 3
LUGARES, PRÉDIOS E CONSTRUÇÕES
“A Igreja”
A igreja era pequena e virada para o lado de baixo. Foi construída em 1880, era de taipo e coberta de telhas, acontecia as missas, celebrações, algumas vezes palestras, reuniões, novenas e orações.
A igreja é o local de encontro da comunidade para vivenciar a espiritualidade e crescer dentro da fé. O aprendizado que se tem através dela é muito importante na vida das crianças e adolescentes.
A importância é que os mais novos aprendem a vivenciar a fé com os mais velhos.
Autor: Antônio Gleidson da Silva Cosmo
Idade: 14 anos
Data: 05/06/06
Texto da Ficha 3
LUGARES, PRÉDIOS E CONSTRUÇÕES
“Lagoa de Caiçara”
A Lagoa de Caiçara que é emendada com a Lagoa de Jijoca, ou seja, a famosa Lagoa Azul, há muitos anos atrás era um local muito visitado por ser muito cheia. Quando aconteciam as enchentes no inverno, a Lagoa derrubava as casas próximas a ela. Caiçara era praticamente arrodeada de água da Lagoa, com o arrombamento da mesma em 74, a Lagoa começou a secar e nunca mais foi a mesma.
As pessoas tomam banho e pescam peixes. No passado a lagoa era mais freqüentada por banhistas, pessoas que lavavam roupas e procuravam nela o alimento de cada dia. Hoje com a Lagoa quase seca por causa da ação do homem, as pessoas passaram a freqüentar bem menos a lagoa. A lagoa é um lugar histórico e turístico para a comunidade. Nelas as pessoas se divertem, tira alimentos e aprendem a valorizar a natureza. É um ponto de lazer e de estudos para as crianças e adolescentes. Com a realidade da lagoa estando quase seca, crianças e adolescentes aprendem a preservar um patrimônio ambiental.
A importância da lagoa é tanta que deixa muita tristeza ter que imaginar que um dia ela possa secar por conseqüência de uma ação não penada do homem.
Autora: Bruna Cristina Queiroz
Idade: 11 anos
Data: 04/08/06
Texto da Ficha 3
LUGARES, PRÉDIOS E CONSTRUÇÕES
“Posto do Correio”
O correio é um órgão que recebe e posta correspondência da comunidade, é um trabalho feito para toda e qualquer pessoa que queira mandar ou receber correspondência. O correio veio para Caiçara através da Associação de Moradores para facilitar a vida da comunidade, as pessoas não precisaria ir para Cruz para receber ou postar suas encomendas.
O crescimento do posto correio só aumenta, pois hoje temos almoxarifado, balança entre outros. O posto tem servidor que também faz entregas aos destinatários. O correio atualmente só faz entregas de correspondência de baixo peso e recebe também de baixo peso. A associação tem planos para que o posto correio passe a ser uma agência.
É de grande utilidade para todos pois agiliza a vida das pessoas da comunidade.
Autora: Andreza Almeida Martins
Idade: 10 anos
Data: 23/06/06
Texto da Ficha 3
LUGARES, PRÉDIOS E CONSTRUÇÕES
“Praça”
A praça foi feita por volta dos anos 80 por intermédio do líder político Jonas Muniz, foi um fato muito importante para a época, pois modificaria a vida da comunidade para melhor. No início só tinha bancos de cimento, mas depois foi ampliada com uma televisão, arborização e vigias.
As pessoas se juntam na praça para assistirem algumas celebrações, apresentações, eventos religiosos e comunitários. Os moradores costumam conversar juntos na praça, praticamente todos os eventos são feitos no meio da praça e isso motiva os moradores a valorizá-la.
As criança e adolescentes brincam e se divertem sem medo porque a mesma é vigiada e bem cuidada. É importante poder ter um lugar para conversar e se divertir.
Autor: Antônio Gledison da silva Cosmo
Idade: 14 anos
Data: 29/05/06
Texto da Ficha 3
LUGARES, PRÉDIOS E CONSTRUÇÕES
“Prédio Escolar de Caiçara”
O Prédio de Caiçara foi feito pelo motivo de incentivar as crianças e adolescentes a participar de eventos culturais, quadrilhas e portanto ter um grau mais avançado. E por tanto tendo um desenvolvimento e um andamento melhor em nossas vidas.
Muitas pessoas tem o objetivo de ser amigo ou voluntário, por que nos prédios escolares é o local onde os filhos aprendem coisas muito importantes e se não estiverem estudando não tem uma educação de qualidade.
Os professores estão todas as horas dando informações à aprendizagem para que nós tenhamos qualidade de vida em nosso dia-a-dia.
Autor: Raimundo Ferreira da Silva Filho
Idade: 14 anos
Data: 03/04/06
Texto da Ficha 3
LUGARES, PRÉDIOS E CONSTRUÇÕES
“Escola Valdionor Martins”
A escola Valdionor Martins fica na localidade de Córrego dos Anãs e é nucleada à escola de Caiçara, tem duas salas de aula, dois banheiros, uma secretaria e uma cantina.
Toda comunidade se juntou e reivindicaram uma escola para a localidade, Valdionor Martins, líder político da época foi quem apoiou e trouxe para a comunidade o prédio tão desejado pela comunidade.
Na escola acontece aula, catecismo e celebração aos domingos. O prédio é importante porque educa no sentido espiritual e material. A criança e o adolescente tem a oportunidade de crescer com dignidade e responsabilidade.
É interessante para a localidade porque eles participam do que acontecem lá.
Autor: Mara Maria Martins
Idade: 13 anos
Data: 30/05/06
Texto da Ficha 4
LENDAS, SUPERTIÇÕES E CURIOSIDADES
“Andar de Costa”
A supertição andar de costas acontece em qualquer lugar e em qual momento. Contam que se andar de costa a mãe da pessoa que está de costa morre mais rápido e atrasa a pessoa que anda assim.
A criança e o adolescente se sentem impressionado com a supertição e acaba por aprender que existem coisas que não são muito bons fazer.
A supertição é importante para chamar a atenção das pessoas que estão fazendo algo não muito educado.
Autora: Dayane Vasconcelos de Araújo
Idade: 12 anos
Data: 26/06/06
Texto da Ficha 4
LENDAS, SUPERTIÇÕES E CURIOSIDADES
“Arrombamento da Lagoa”
Em 1958, a lagoa secou e encheu em 1964 e foi arrombada em 1972. Ela encheu até a praça da Caiçara, então arrombaram a lagoa pois estava derrubando casas e essa era a solução.
O deputado pagou 100 homens para arrombar a lagoa e isso ocorreu durante 8 dias, depois que a lagoa secou eles viram a situação que ficou, não tinha nem peixe, a água é a beleza de antes. Hoje todos os homens estão arrependidos pelo que fizeram.
Faz muita falta a lagoa que tinha antes pois ajudava as pessoas na alimentação e na diversão dos moradores com sua família.
Autora: Andreza Almeida Martins
Idade: 10 anos
Data: 26/05/06
Texto da Ficha 4
LENDAS, SUPERTIÇÕES E CURIOSIDADES
“O Assoviador”
A lenda fala que o assoviador começa a assoviar e se você responder não ficará mais em paz.
Quando você ouvir o assoviador e responder com outro assovio, ficará todo tempo ouvindo o assovio, e ele vai chegando mais perto até a pessoa não agüentar mais. Os personagens desta lenda são dois: o assoviador e a vítima.
Portanto quando você ouvir um assovio, você não deve fazer nada, fique agindo normalmente e lembre-se de não assoviar.
Autora: Camila Kely Araújo de Souza
Idade: 14 anos
Data: 16/05/06
Texto da Ficha 4
LENDAS, SUPERTIÇÕES E CURIOSIDADES
“O casamento no queima”
Um homem sai para uma festa e se apaixona por uma mulher e pede ela em casamento, se ela aceitar eles se casam no queima.
Antigamente crianças e adolescentes casavam-se no queima, hoje se isso acontecer as pessoas acham estranho ou um dos pais não aceita que eles se casem.
O casamento hoje em dia tem que durar os 3 anos de namoro para depois casar, antes quando havia uma oportunidade de se casar eram uns 10 noivos se casando e hoje é difícil ver um, por que agora nem todo homem da valor a sua mulher.
Autora: Aline Chaves da Silva
Idade: 10 anos
Data: 02/05/06
Texto da Ficha 4
LENDAS, SUPERTIÇÕES E CURIOSIDADES
“Lobisomem”
dizem que todas as noites de quinta para sexta-feira, durante a lua cheia, um homem nascido depois de sete filhas, vai há uma encruzilhada e roda no chão até transforma-se em um bicho preto e cabeludo com os olhos vermelhos, um pouco maior do que de um cachorro que percorre sete cemitérios amedrontando pessoas por onde passa. Esse bicho é muito conhecido como lobisomem.
Criança ou adolescente que ouve lendas, quando fica com mais idade, conta para seus filhos ajudando a preservar a nossa cultura. É importante conhecer e aprender as origens passadas para não cair no esquecimento à cultura local.
Autora: Cleuton dos Santos Lima
Idade: 14 anos
Data: 23/05/06
Texto da Ficha 4
LENDAS, SUPERTIÇÕES E CURIOSIDADES
“Santa Missões”
Santa Missões acontecias há muitos anos atrás na counidade de Caiçara quando o Monsenhor Sabino celebrava na comunidade. As Missões eram feitas no período da quaresma organizada por José João e durava quarenta dias. Saia uma prossição da igreja pela tarde, passava pelo cruzeiro e voltava a noite para assistirem a missa.
As pessoas levavam muitas imagens de santos para a caminhada e durante o evento vendiam muitos objetos religiosos como medalhas, fitas , livros entre outros. Vinham muitos padres e eles se juntavam para realizar as Santas Missões. Era muito animado e todos participavam.
Por volta dos anos 60, as Santas Missões deixaram de existir, mas ficou a história para as crianças e adolescentes principalmente conhecerem e aprenderem com ela.
Era muito bom participar das missões no Santo Cruzeiro.
Autora: Andreza Almeida Martins
Idade: 10 anos
Data: 23/05/06
Texto da Ficha 5
BRINCADEIRAS E BRINQUEDOS INFANTIS
“Cai no Poço”
Cai no poço acontece em frente as casas, terreiros ou ruas. Se juntam jovens e cada um recebe um número e uma pessoa sai do grupo e fica de pé dizendo: Cai no poço?; o grupo responde: Água onde?; a pessoa responde: no pescoço; o grupo: Qual é o número que tira? Com o quê?; A pessoa com um abraço, um beijo entre outros.
Não havia muita opção para fazer à noite, então os jovens se juntavam para paquerar através da brincadeira do cai no poço. É uma brincadeira saudável e todos brincam e se divertem.
É importante lembrar e viver a brincadeira para vivermos bem.
Autor: Antônio Gledison da Silva Cosmo
Idade: 14 anos
Data: 22/05/06
Texto da Ficha 6
FIGURAS POPULARES
“Raimundo Brandão de Souza”
Raimundo Brandão de Souza, conhecido como Raimundão nasceu em Correguinho, município de Cruz, morou 11 anos em São Paulo, quando voltou casou-se e algum tempo depois foi escolhido pela comunidade para ser o representante do lugar. No primeiro ano que se candidatou não ganhou a eleição, na segunda tentativa deu certo ser vereador e então começou a lidar ativamente com a comunidade.
Na localidade de Caiçara não havia nenhum líder político, então a população ao ver que Raimundo se identificava com a comunidade resolveu elegê-lo para melhorar a vida local. Desde do seu primeiro mandato, vem desenvolvendo ações como : reforma da praça, posto de saúde, quadra esportiva, calçamento, correios, creche, limpeza das ruas, reforma do colégio, conjunto habitacional entre outros.
Procura sempre se envolver em projetos sociais que atendem crianças e adolescentes. A localidade tem crescido culturalmente e socialmente para melhor, para que a qualidade de vida de todos seja maior.
Autora: Antônio Gledison da Silva Cosmo
Idade: 14 anos
Data: 06/07/06
“João Ladislau de Paulo Magalhães”
João Paulo foi um agricultor e por volta dos anos 40 veio morar em Caiçara, sendo aqui delegado, depois tabelião, vereador e logo depois vice-prefeito e também dirigente da Igreja. Ele é o patrono da escola local por ter sido uma pessoa que muito fez pela comunidade.
Em meados dos anos 50, ao voltar de Sobral com os aposentados, o carro que ele andava virou ocorrendo a morte do mesmo. Ele era um muito desenvolvido, gostava de lidar bem com o povo, trabalhava para a melhoria da comunidade, ajudou a montar a escola sendo a primeira de Caiçara, hoje com o nome de creche, lidava com os idosos para suas aposentadorias. Foi um exemplo, um lutador pelos seus ideais, deixou atitudes de caráter honesto e digno para aqueles que conheceram sua história.
A cultura tem que ser trabalhada, lembrada para a geração mais nova conhecer e aprender com ela.
Autora: Andreza Almeida Martins
Idade: 10 anos
Data: 18/05/06
“José João”
José João foi um membro da comunidade que muito se envolveu na vida religiosa da localidade, cuidava muito da igreja e tinha um carinho e cuidado muito grande com os padres, descascava até o feijão que os padres comiam e também celebrava na Igreja.
Sempre morou em Caiçara com sua família, era o organizador da festa de São Francisco, o padroeiro da localidade. Era responsável pelos eventos religiosos e tudo que acontecia na igreja local. Tornou-se o morador mais antigo da comunidade e passava para todos que o conheciam um exemplo de dignidade e responsabilidade.
Ele morreu cumprindo seu papel aqui na terra, por que era bom e útil, por isso é sempre bom lembrar as coisas que os outros fizeram para o crescimento da comunidade.
Autora: Andreza Almeida Martins
Idade: 10 anos
Data: 17/05/06
“Antônio Barros”
O Antônio Marques da Silva é conhecido como Antônio Barros, ele sempre morou em Caiçara, os seus pais também.
Ele mora na rua Monsenhor Sabino, na casa de número 188, ele não tem profissão e não tem 1° e 2° Grau. O Senhor Antonio Barros é conhecido por suas maluquices, é baixo e gordo e rouba coisas como brinquedos, livros, entre outros.
Ele não tem relação nenhuma com o Universo da criança e do adolescente por que as crianças tem medo dele.
Autora: Eduardo Luiz de Souza
Idade: 13 anos
Data: 11/04/06
“Cintia”
José Cleude Pires, mas conhecido como Cíntia, ele viu sua vida mudar quando optou por ser do sexo feminino, só então aos 18 anos não mais podendo esconder seu desejo resolveu assumir sua identidade de vez. Sofreu preconceitos por parte de todos, principalmente da família. Mas como era uma pessoa humilde e dedicada conquistou a amizade de todos.
Aos 18 anos criou coragem para assumir publicamente seu modo de vida, agindo e vestindo como uma pessoa do sexo feminino. É uma pessoa conhecida por praticamente toda nossa região. É um ser reverente, corajoso e muito simpático. Não tem medo de ser o que é e vive muito bem com sua maneira de ser.
Autora: Andreza Almeida Martins
Idade: 10 anos
Data: 15/05/06
“João Ana”
João Martins dos Santos nasceu em Jericoacoara e foi morar com três dias em Córrego dos Anãs, aos 23 anos casou-se e foi morar em Caiçara. Depois de casado apareceu uns amigos na qual se juntaram e começaram a tocar versos e canções. João Ana como é conhecido já sonhava com isso desde de pequeno, ingressou nesse ramo e vive viajando mundo à fora até hoje, cantando a cultura do seu povo.
Ele ficou muito famoso na sua comunidade e por onde passava, por cantar emboladas da cultura de sua comunidade e de quem pedisse para ouvir. É um dos moradores mais antigos da localidade, ajudou em muitas obras da comunidade como o santo cruzeiro, igreja, entre outros. Tornou-se uma grande fonte de pesquisa da cultura local.
João Ana é repentista e isso tona a cultura popular mais rica.
Autora: Andreza Almeida Martins
Idade: 10 anos
Data: 12/05/06
“Chico Antônio”
Nasceu em Sobral e veio morar em Caiçara com 6 anos, aos 10 anos se dedicou ao esporte jogando como atacante e jogava muito bem.
Quando atingiu os 16 anos, foi para Itapipoca fazer uma preparação para entrar em um bom clube esportivo. Tudo começou quando o Chico Antônio mostrou que tinha muita habilidade com a bola, então ele começou jogar num clube de Itapipoca e depois em Fortaleza, sempre que o time de Caiçara jogava fora, a comunidade mandava buscá-lo porque ele tinha grande chance de trazer o título.
Chico Antônio é uma espécie de ídolo para os jovens de Caiçara pois lhes deu muita alegria. Ele é um exemplo de coragem e incentivo ao esporte Caiçarense. Morreu aos 29 anos, deixando uma profunda saudade, mas a consciência de que fez seu papel na terra e muito bem feito.
As pessoas lembram com carinho dele que deixou muito para a comunidade.
Autora: Andreza Almeida Martins
Idade: 10 anos
Data: 10/05/06
“Dr. Emílio”
Dr. Emílio Carlos Furlane se tornou uma pessoa popular por realizar trabalhos na comunidade, como mutirão entre outros. Ele tem um bom relacionamento com a comunidade, ajuda as famílias e é muito comunicativo. Ele é de uma família de Itapipoca e veio morar em Sambaíba, lá fez muito pela comunidade como construção de uma capela, um pequeno consultório, dava aulas de computação, aulas de reciclagem, cursos de quirapatia e atualmente trabalha três dias como médico em Caiçara.
Ele estar sempre ensinando algo aos adolescentes e crianças para o bem estar físico e social dos mesmos.
Dr. Emílio é uma pessoa importante para a comunidade pois está com projetos para ajudar a comunidade e falar de uma pessoa assim só engrandece a comunidade.
Autora: Antônio Gledison da Silva Cosmo
Idade: 14 anos
Data: 09/05/06
Texto da Ficha 6
FIGURAS POPULARES
“Edson Pinto”
Benedito Edson Pinto é um líder comunitário formado pela Universidade Vale do Acaraú – UVA, professor na escola de Caiçara, morou por muito anos em Fortaleza – Ce, por volta de 1987 entrou no grupo carismático e em 1991 voltou a Caiçara para assumir a liderança religiosa na comunidade. Em 2000, foi vereador e 2004 candidato a vice-prefeito.
Com grande vontade de ajudar a comunidade, se tornou dirigente da igreja sendo ministro da palavra e muito desempenhou seu papel como líder religioso ajudando assim na construção do Centro comunitário, Capela Velório entre outros.
Trabalha com um grupo de jovens e um grupo de adolescentes e crianças educando para a vida religiosa. É um resgate da cultura que é sempre bom lembrar algo que poucas pessoas conhecem.
Autora: Andreza Almeida Martins
Idade: 10 anos
Data: 22/05/06
Texto da Ficha 7
EXPRESSÕES E VOCABULOS LOCAIS E REGIONAIS
“Arri égua”
“Arri égua” é um vocábulo que significa algo nojento. Não sei da história dessa expressão, mas é usada quando uma pessoa ver ou ouve uma coisa nojenta. Essa linguagem está bem presente no vocabulário das crianças e adolescentes.
É interessante por que as pessoas não perderam o costume do passado e usam até hoje.
Autora: Andreza Almeida Martins
Idade: 10 anos
Data: 08/05/06
Texto da Ficha 8
HISTÓRIAS LOCAIS
“Sambaíba”
Na localidade de Sambaíba existe muitas pessoas e todas moram em casas de tijolos, lá tem uma capela para ir todos os domingos e fazer ótimas relações, portanto vem tendo uma formação positiva e legal.
E nessa pequena área que hoje é chamada de Sambaíba, existem grandes quantidades de árvores que eram chamadas de sambaibeiras, por isso as pessoas mais antigas que moraram nesse local deram o nome à localidade.
Esse interior é muito simples para quem mora nele, onde vem tendo uma cultura bem centrada nos eventos religiosos e praticamente tem uma safra de caju que aparece todos os anos.
Hoje o desenvolvimento da criança e do adolescente está um pouco melhor pelo motivo de freqüentarem a capela de nossa Senhora das Graças e as escolas próximas à localidade.
Autora: Raimundo Ferreira da Silva Filho
Idade: 14 anos
Data: 17/04/06
“Caiçara”
Caiçara está localizada a 36km de distancia de Cruz com a população aproximada de 600 pessoas. As construções são diversificadas, algumas bem antigas e outras bem modernas. Ainda existem casas de taipas. Temos acesso via Jericoacoara, Preá, Jijoca em estradas carroçais e para Cruz via asfalto. Caiçara é um lugar calmo e com um sentido bem histórico. O primeiro nome da localidade era boa esperança, mas por aqui havia vestígios dos indígenas que viveram as margens da lagoa e na tribo deles havia uma cerca de pau-a-pique (etimologicamente esse nome pau-a-pique significa Caiçara). Os habitantes da localidade na época achavam mais adequado que o lugar se chamasse Caiçara. Dois fatos muitos importantes marcaram a comunidade em 1987, quando Caiçara passou a ser Distrito de Cruz e quando um senhor chamado Abdon disse que queria viver só o tanto que uma das mangubeiras que resistisse ao tempo e numa terça-feira, às 8h da noite, ele foi assassinado e a mangubeira foi ao chão no momento de sua morte.
Em caiçara há muitas árvores antigas e a mangubeira é a marca registrada da localidade. Os habitantes vivem da pesca, da agricultura e arte, é realizado muitos eventos esportivos, sociais e religiosos. Temos líder político que procura melhorar a vida da comunidade. Caiçara é uma localidade boa para se viver, onde as crianças tem liberdade para brincar, os adolescentes algumas opções de lazer e jovens e velhos empenham-se em eventos sociais e religiosos.
É importante conhecermos a origem de nossa localidade e preservarmos tudo que faz parte dela.
Autora: Andreza Almeida Martins
Idade: 10 anos
Data: 20/04/06
“Caiçara de Baixo”
Caiçara de Baixo tem 52 famílias com aproximadamente 250 habitantes. Com construções antigas, muitas delas de taipos, palhas, tijolos brancos e algumas de alvenaria. Fica a 36 km do distrito da sede (cidade de Cruz).
Sítio Mangabeira, hoje atual Caiçara de Baixo tinha esse nome antes porque tinha uma enorme mangabeira, mas com o passar dos tempos perceberam que essa localidade ficava muito próxima da Caiçara e do lado de baixo da lagoa, então quando veio energia para a Caiçara, disseram que era para ir também para o outro lado da Caiçara, então começaram a chamar de Caiçara de Baixo. A economia atuante é a agricultura. Existe também uma pequena quadra para festas dançantes e uma casa doada pelo turista para ser um prédio escolar.
A criança e o adolescente vivem em um lugar em que não se ver muita violência e que tem oportunidade de brincar livremente.
A história lembra como a gente vivia antes, não podemos esquecer isso e hoje vivemos melhor mas não podemos deixar para trás nossas origens.
Autora: Andreza Almeida Martins
Idade: 10 anos
Data: 19/04/06
“Caiçara”
Caiçara está localizada a 36km de distancia de Cruz com a população aproximada de 600 pessoas. As construções são diversificadas, algumas bem antigas e outras bem modernas. Ainda existem casas de taipas. Temos acesso via Jericoacoara, Preá, Jijoca em estradas carroçais e para Cruz via asfalto. Caiçara é um lugar calmo e com um sentido bem histórico. O primeiro nome da localidade era boa esperança, mas por aqui havia vestígios dos indígenas que viveram as margens da lagoa e na tribo deles havia uma cerca de pau-a-pique (etimologicamente esse nome pau-a-pique significa Caiçara). Os habitantes da localidade na época achavam mais adequado que o lugar se chamasse Caiçara. Dois fatos muitos importantes marcaram a comunidade em 1987, quando Caiçara passou a ser Distrito de Cruz e quando um senhor chamado Abdon disse que queria viver só o tanto que uma das mangubeiras que resistisse ao tempo e numa terça-feira, às 8h da noite, ele foi assassinado e a mangubeira foi ao chão no momento de sua morte.
Em caiçara há muitas árvores antigas e a mangubeira é a marca registrada da localidade. Os habitantes vivem da pesca, da agricultura e arte, é realizado muitos eventos esportivos, sociais e religiosos. Temos líder político que procura melhorar a vida da comunidade. Caiçara é uma localidade boa para se viver, onde as crianças tem liberdade para brincar, os adolescentes algumas opções de lazer e jovens e velhos empenham-se em eventos sociais e religiosos.
É importante conhecermos a origem de nossa localidade e preservarmos tudo que faz parte dela.
Autora: Andreza Almeida Martins
Idade: 10 anos
Data: 20/04/06
“Lagoa do Meio”
Lagoa do meio está localizada na zona rural do município de Cruz, à 38 km de distância de sua sede, com população praticamente extinta, contando apenas com 3 moradores, com muito verde e areia branca e poucas casas de tijolos branco e uma de tábua. O acesso é meio difícil pois a estrada é de areia.
Lagoa do meio tem esse nome por ficar na croa da lagoa azul, ou seja, no meio da lagoa. A localidade tem energia elétrica, outras necessidades que os moradores precisem é necessário se deslocar para serem atendidos. Lagoa do Meio tem como lazer o ponto turístico muito privilegiado por todos que passam por lá, a Croa da Lagoa Azul, dunas de areia branca e muita mata nativa. Os nativos vivem da agricultura e quando necessitam de algo mais urgente contam com o vereador Raimundão. As poucas crianças que lá moram são muita compensadas com o clima e o ambiente que a localidade dispõe em total natureza, ar puro e beleza de flora e fauna.
É importante para estimular as pessoas a virem aqui na Lagoa do Meio, pois os moradores estão quase extintos, mas para se manter esse povo, é necessário que se aplique mais recursos que facilitem a vida financeira local.
Autora: Andreza Almeida Martins
Idade: 10 anos
Data: 18/04/06
“Córrego dos Anas”
Córrego dos Anãs é uma localidade de aproximadamente 300 pessoas, com construções antigas e modernas, fica a 35 km de distancia da sede Cruz. O acesso para outras localidades é pela estrada carroçal.
O nome da localidade se deu das primeiras famílias que moravam lá, uma moradora muito antiga chamada Ana Mota do Ó, foi quem deu origem ao nome da localidade.
Toda comunidade ficou feliz com a chegada de energia e da escola pública que veio para melhorar a vida da população. Na comunidade sempre acontece eventos esportivos, dançantes e culturais. No prédio escolar é realizado reuniões com grupos de jovens, catecismo e celebrações dominicais. O povo vive da agricultura e tem apoio político do vereador Raimundão.
A localidade está crescendo em conhecimentos culturais, sociais e religiosos, e isso faz muito bem para o crescimento intelectual da criança e do adolescente como também de todos que moram em Córrego dos Anas.
Autora: Aline Maria Moreira Muniz
Idade: 14 anos
Data: 18/04/06
FICHA 09
GRUPOS ETNICOS ESPECIFICOS
“Caiçara de Baixo”
No ano de 2004, chegou na localidade de Caiçara de Baixo, um casal Hippie, Marcelo e Cristina, fizeram duas casas na comunidade, uma para eles e outras para os amigos, se instalaram por lá com o apoio da comunidade e desde então fazem suas viagens, mas sempre voltam para sua casa. Eles tem um nível social bem estável e vivem na comunidade por acharem um lugar calmo e com uma natureza muito rica e bela. Os hippies são artesões que tem a natureza como centro de tudo, trabalham com arte de fazer objetos, usam cores extravagantes, dormem em camas de juncos, praticam a agricultura e geralmente são vegetarianos. Eles matem uma grande horta, andam bem enfeitados e sobrevivem do artesanato usando produtos da natureza como ossos, sementes entre outros para fazer suas artes.
O casal de hippie, hoje com uma filha chamada flor, quando chegaram na comunidade faziam reuniões com os habitantes para tentar mudá-los. Conseguiram mudar o nome da localidade, porém alguns moradores não apoiaram suas idéias e criticavam os nativos que se envolviam com eles. O casal queria apenas melhorar o crescimento do lugar, garante uma moradora, esse grupo de hippie tem uma maneira bem diferente de viver, vivem viajando pelo mundo de bicicleta ou carro e tudo isso faz com que ganhem admiração de outras pessoas por sua maneira simples de levar a vida.
Autora: Andreza Almeida Martins
Idade: 10 anos
Data: 17/04/06
Texto da Ficha 10
INSTITUIÇÕES E ENTIDADES LOCAIS
“Associação de Pais e Mestres”
A Associação de Pais e Mestres é um conjunto de membros representados por pais dos alunos, professores e núcleo gestor. Trabalha com o recurso do PDDE, que vem para ajudar na aprendizagem do aluno.
Por volta de 1997, um grupo de professores e o diretor José Moézio Silveira deram entrada na papelada que aprovaria a associação para a escola de Caiçara para que pudesse fazer um trabalho com mais recursos e preparação.
Nos dois primeiros anos da associação, não havia dinheiro para comprar o recurso necessário da escola, então em 1999, entrou o dinheiro do PDDE. Os projetos e planos foram aumentando e com o apoio da Secretaria de Educação, muitos recursos entraram na escola. A associação faz reuniões, planeja as compras da escola e busca melhorar a estrutura da mesma.
Com relação a criança e o adolescente, a associação ajuda bastante na educação dos mesmos pois é através dela que entra o recurso para sua aprendizagem.
A entrevistada diz que é importante para o município por que a escola depende muito de sua atuação e recurso.
Autora: Andreza Almeida Martins
Idade: 10 anos
Data: 12/04/06
“Igreja de São Francisco”
A igreja da Caiçara é uma antiga entidade que desenvolve trabalhos religiosos e sociais dentro da comunidade e seu principal objetivo é anunciar o reino de Deus para todo povo. A primeira igreja foi construída em 1880, por Antônio Pereira Brandão e a primeira reforma foi em 1914, por Manoel Ferreira da Silva.
Antes a entidade pertencia a paróquia de Cru e só existia missas duas vezes por ano com o padre Valderi. Depois passou a ser da paróquia de Jijoca e então começaram a aparecer as pastorais e a ter missas uma vez por mês. Desde de 1987, que a Igreja passou a ser de outra paróquia, as atividades só tem crescido, como celebrações dominicais, uma vez por mês missa, pastorais, catequese, grupo de jovens, grupo de casais, movimento Mãe Rainha, ajuda às famílias carentes.
A igreja é um encontro pessoal com Jesus causando uma experiência única e transformadora na nossa vida.
Autora: Andreza Almeida Martins
Idade: 10 anos
Data: 10/04/06
“EEF João Ladislau de Paulo Magalhães”
A escola é uma instituição que visa a promoção educacional e busca o desenvolvimento social, cultural e intelectual de sua clientela.
A escola veio para a comunidade através de uma verba federal apoiada pelo município e incentivada pela comunidade local. A escola começou a funcionar manhã e tarde, depois ocupou também o horário da noite, e em 1999 entrou o recurso do PDDE pela Associação de Pais e Mestres, daí então temos recursos para manter a educação dos alunos com o apoio da prefeitura, secretaria de educação e comunidade.
A escola desenvolve a aprendizagem educacional, projetos esportivos, palestras educativa, assentos culturais entre outros, representando algo muito forte e histórico na vida das pessoas e de fundamental importância para todos que fazem a comunidade escolar.
Autora: Andreza Almeida Martins
Idade: 10 anos
Data: 06/04/06
“Associação Comunitária dos Moradores de Caiçara”
A associação comunitária dos moradores de Caiçara desenvolveu reuniões para trazer melhorias e crescimento para a comunidade administrar o sistema de água local. Todas as pessoas de Caiçara são sócios, mas apenas algumas pessoas participam diretamente de seus eventos, restritos quase à Diretoria. A associação foi fundada em 06 de julho de 1989. Muitas pessoas se reuniram com o Carlito Martins para fundar a associação de Caiçara e que através desta entidade fossem conseguidos muitos projetos em beneficio da nossa comunidade. Antes, a associação contava com o apoio de poucas pessoas da comunidade, porém foi desenvolvendo bons projetos e todos começaram a participar direto ou indiretamente como sócios ou membros da Diretoria. Atualmente a função maior da associação é administrar o sistema de água. Muitos benefícios foram adquiridos através da associação como: linha telefônica, correio, ampliação de energia, micro-crédito e para o futuro tem planos de trazer uma biblioteca e ampliar os nomes das ruas.
A associação é um órgão que tem segurança em suas realizações e por ser uma entidade composta por muitos torna-se mais fácil fazer ela crescer ainda mais.
Autora: Antônio Gledson da Silva Cosmo
Idade: 14 anos
Data: 05/04/06
“Rádio Mar Azul”
A rádio é uma associação que visa a promoção dos acontecimentos locais e regional. Desenvolve um trabalho de utilidades públicas, programas e comerciais.
Erlandson Muniz e Ney Casseb foram os fundadores da Associação trazendo a rádio para Caiçara em maio e sua inauguração foi no dia 25 de novembro de 2005. A rádio começou com poucos equipamentos e depois veio todos os equipamentos necessários para as programações. Na rádio tem programa comunitário, religioso e apoia eventos culturais e sociais.
Adolescentes e Crianças tem oportunidade de participar de programas educativos e a rádio interagem com os membros, essa interação é muito importante para a comunidade.
Autora: Antônio Gledison da Silva Cosmo
Idade: 14 anos
Data: 03/04/06
“Posto de Saúde”
O posto de saúde é uma entidade que trabalha na promoção e prevenção da saúde com todos os tipos de pessoas, desde crianças até adultos como gestantes, hipertensos, diabéticos, idosos entre outros. O programa de Saúde da Família se reuniu com os lideres políticos para trazer para a localidade um posto de saúde e em 1996 a verba saiu. Ele veio para dá uma atenção maior as famílias locais e circunvizinhas.
Antes, o posto de saúde tinha poucos remédios e um atendimento menor, hoje temos consultório odontológico, computador, grupo de idosos, sessões educativas com o apoio da comunidade. A entidade desenvolve visitas domiciliares, consultas médicas, enfermagem, atendimentos odontológicos, imunizações, atendimento ambulatorial e programas de rádio.
A criança e o adolescente tem apoio educacional na parte da prevenção da saúde como prevenção de cáries e palestras. O posto é uma referência para a comunidade, melhora a vida das pessoas no bem estar físico, mental e social.
Autora: Antônio Gledison da Silva Cosmo
Idade: 14 anos
Data: 20/06/06
“EFAVA – Escola Família Agrícola Vale do Acaraú”
A Escola Agrícola era uma instituição que tinha uma proposta diferenciada, além das disciplinas estabelecidas pela SEDUC. Tinha uma formação técnica agrícola. A EFAVA desenvolvia aulas do ensino médio, cursos técnicos, tinha uma horta, criação de galinhas e abelhas. As ações e atividades realizadas na escola eram feitas com os pais de alunos, pais e professores.
Dr. Emílio teve a idéia de trazer para Caiçara uma escola agrícola e em 2004, ela passou a existir na comunidade com o objetivo maior de evitar o êxito rural. Pois os alunos com uma formação profissional poderiam viver bem na sua localidade.
A EFAVA teve inicio com bons planos e projetos, ótimos cursos, contou com o apoio da diocese Paróquia de Santa Luzia de Jijoca, Prefeitura de Cruz, de Bela Cruz e Jijoca, EMATECE, IBAMA, Rotary do Clube que doou um poço para a escola, no terreno também tem um galpão e uma mandala. Padre Eudes, Dom Aldo e o presidente da associação também deram um grande apoio.
A escola agrícola ou seja, a EFAVA não existe mais, os planos e projetos fracassaram, as pessoas envolvidas se desestimularam e a escola fechou. A escola era muito importante para manter os nossos jovens na comunidade, eles teriam uma profissão qualificada por uma formação técnica.
Autora: Bruna Cristina Queiroz
Idade: 11 anos
Data: 04/08/06
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