segunda-feira, 28 de agosto de 2006

Solidão - Mapeamento Cultural 2006

Texto da Ficha 1
MANIFESTAÇÕES CULTURAIS E EVENTOS

“MÊS MARIANO”

A entrevistada, Maria das Graças Rodrigues, agricultora, nascida na localidade de Solidão e residente em Santa Rosa, no município de Bela Cruz há seis anos, cona como é promovido o Mês Mariano em sua localidade.
Segundo ela, a manifestação, que acontece no Mês de Maio, em frente à Igreja local envolve aproximadamente duzentas pessoas e busca o envolvimento religioso da comunidade através das novenas em homenagem à Maria.
A entrevistada, que é uma das dirigentes, diz que tudo começou com o diálogo entre as pessoas e de muito incentivo de grupos como a pastoral da criança sempre presente na comunidade.
Autor – Maria Regina Freire de Freitas
Data - 16/05/2006
Idade - 16 anos


Texto da Ficha 1
MANIFESTAÇÕES CULTURAIS E EVENTOS

“DIA DAS MÃES”

A entrevistada, Maria Vera de Souza da Silva, conhecida como Vera, de etnia negra, nascido em Marco e residente em Córrego do Mourão há 10 anos, fala sobre o Dia das Mães em sua localidade.
Segundo ela, essa manifestação ocorre na escola, no mês de maio e envolve muitas mães da comunidade, que são homenageadas por seus filhos através do canto e da dança. A entrevistada diz que gosta, pois o evento é uma chance das mães se divertirem e que ela, Dona Vera, sente uma grade alegria quando o evento acontece, muitas vezes tem comes e bebes, brincadeiras e premiações para todas as mães.
Autor – Francisca Priscila Rodrigues
Data - 06/06/2006
Idade - 12 anos

Texto da Ficha 1
MANIFESTAÇÕES CULTURAIS E EVENTOS

“QUADRILHA”

A entrevistada, Nagilane Cunha Freitas, conhecida por Nagilane, estudante, de etnia parda, nascido e residente em Solidão há 15 anos, fala sobre a quadrilha.
Segundo ela, o evento começou por incentivo da escola e hoje já é quase uma tradição. Acontece geralmente no pátio ou quadra escolar e envolve ritmos e trajes variados que lembram a simplicidade do povo nordestino, durante a quadrilha também pode-se realizar o “casamento matuto”.
Este evento tem como público a comunidade toda e também pessoas de outros lugares. A entrevistada também diz que o universo infanto-juvenil é envolvido, pois eles dançam e se divertem e ao mesmo tempo valorizam sua cultura, que é resgatada e preservada para que não seja esquecida.
Autor – Rosimeire Teixeira de Albuquerque
Data - 16/06/2006
Idade - 13 anos


Texto da Ficha 1
MANIFESTAÇÕES CULTURAIS E EVENTOS

“ESPÍRITO DE NATAL”

As novenas natalinas acontecem na igreja da comunidade de Alagoinha, durante 08 dias.
Este evento se repete há cinco anos. Começou quando um grupo de pessoas se reuniram e perceberam que a melhor maneira era celebrar de casa em casa. Isso foi iniciativa de um jovem da comunidade com o intuito de reunir e conscientizar as pessoas a participarem mais da Palavra de Deus. É realizado com a participação da comunidade, um pessoa celebra e as outras ajudam rezando e cantando.
A novena é um momento de oração e alegria das famílias que reúnem a comunidade em geral (crianças, adolescentes, trabalhadores) e comunidades vizinhas.
Durante as noites participam do novenário aproximadamente 105 pessoas. Que as novenas natalinas continuem incentivando crianças a participarem mais e que melhorem mais no entrosamento das famílias.
Autor – Maria Rosângela de Freitas
Data - 23/06/2006
Idade - 12 anos


Texto da Ficha 1
MANIFESTAÇÕES CULTURAIS E EVENTOS

“FESTA DE SÃO JOÃO BATISTA, É MUITA ANIMAÇÃO!”

Paróquia de São João Batista. A comunidade se enche de visitantes e todos festejam a festa do padroeiro.
Esta festa se repete há 03 anos, quando foi inaugurada a capela, em 2001. começou através de um diálogo entre Ricardo Araújo de Freitas e Eflaina Araújo, pois era um sonho do avô de Ricardo e com ajuda da comunidade, que são pessoas católicas e unidas concluíram a construção. E tem como líder Maria das Graças Rodrigues. Esculpida em madeira, a imagem de São João Batista existe até hoje no altar da Igreja. Desde então, todos os anos, vem acontecendo a homenagem ao Santo Padroeiro que começa no dia 23/06 e termina no dia 25/06.
A festa do padroeiro é u momento de oração e diversão das famílias, pois reúne parentes e amigos, para homenagear ao padroeiro “São João Batista”. As festividades reúnem as capelas das comunidades vizinhas.
Todas as noites participam do novenário aproximadamente 200 pessoas entre crianças, adolescentes e adultos. Que a festa de São João Batista continue assim com a presença de pessoas unidas e religiosas.
Autor – Maria Eva do Nascimento
Data - 23/06/2006
Idade - 14 anos

Texto da Ficha 1
MANIFESTAÇÕES CULTURAIS E EVENTOS

“ESPORTE E LAZER”

O entrevistado Domingos Araújo de Freitas, conhecido por Domingão, agricultor de etnia indígena, 48 anos, nascido e residente em Solidão há 38 anos conta como acontece o esporte e o lazer em sua comunidade.
Segundo ele, a juventude dos nos 1970, percebendo a necessidade de esporte e lazer, reuniu-se para escolher um representante esportivo, que no caso foi ele próprio. Ele também diz que na comunidade sempre acontecem jogos (amistosos, torneios, treinos, rachas, etc) que são realizados em campos de futebol e envolvem crianças, jovens e adultos e toda a comunidade em geral.
A manifestação tem como objetivo engajar crianças e adolescentes tentando retirá-los das ruas, afastando-os das drogas e violência através da prática de esportes.
Autor – Gerôncio Cunha Freitas
Data - 14/06/2006
Idade - 11 anos

Texto da Ficha 1
MANIFESTAÇÕES CULTURAIS E EVENTOS

“14 DE DEZEMBRO É DIA DE FESTA”

É na data acima que se comemora o aniversário da escola todos os anos, desde 2001. esse dia é de grande festa, envolvendo a participação de crianças, adolescentes, pais da comunidade, funcionários e professores. A escola é ornamentada e organizada para o evento que se realiza com missa em ação de graças e apresentações alusivas.
Tem a participação de pessoas do Município, incluindo apresentação cívica da banda de música, que faz uma grande diversão para todos os presentes.
Costuma-se ter no final da festa comes e bebes onde as famílias ficam até tarde se divertindo.
Autor – Luciélia Carla da Cunha
Data - 26/06/2006
Idade - 11 anos


Texto da Ficha 1
MANIFESTAÇÕES CULTURAIS E EVENTOS

“HOMENAGEM AOS PAIS”

O dia dos Pais é comemorado em todo o Brasil no segundo domingo de agosto. A escola, por ser uma instituição onde se encontra a maioria da comunidade estudantil, é o lugar mais apropriado para festejar esta data tão importante.
Não podemos deixar de homenagear este ser maravilhoso que nos deu a vida e que luta incansavelmente buscando nossa sobrevivência, além de nos dar apoio, carinho, atenção e amor. Por isso o Dia dos Pais é uma manifestação muito especial, que nunca foi e jamais será esquecida por todos nós.
Aqui na escola acontece todos os anos com apresentações especiais, brincadeiras, prêmios, músicas e muita animação para todos os pais da comunidade escolar.
Autor – Valdiene Alves de Albuquerque
Data - 09/06/2006
Idade - 10 anos


Texto da Ficha 1
MANIFESTAÇÕES CULTURAIS E EVENTOS

“MARIA NOSSA MÃE, MÊS MARIANO”

Durante o Mês Mariano a comunidade de Solidão fica em festa. A Igreja é enfeitada com flores, cartazes com o nome das famílias homenageadas. As pessoas freqüentam a Igreja como podem: algumas vão a pé, de bicicleta, etc. As pessoas da comunidade pedem esmolas para fazerem leilão e arrecadar dinheiro para a Igreja.
Os cânticos são cantados sem acompanhamento de instrumentos e no derradeiro de maio, tem a coroação de Nossa Senhora.
As festividades reúnem pessoas de várias comunidades vizinhas. Participam aproximadamente 40 pessoas durante o Mês Mariano e no último dia, umas 150 pessoas.
Autor – Maria Geirla Cordeiro Brandão
Data - 09/06/2006
Idade - 14 anos

Texto da Ficha 1
MANIFESTAÇÕES CULTURAIS E EVENTOS

“FESTA DO PADROEIRO: FÉ E DEVOÇÃO”

Capela de São Pedro em Solidão, município de Cruz. O lugarejo se prepara para a festa, tudo é alegria, chegou a Festa do Padroeiro.
Esta imagem se repete há dois anos. Tudo começou com a construção da capela, que teve como líderes o grupo jovem e o Sr. Geraldo Marques da Cunha, que com a ajuda da comunidade concluíram esta bela obra. A imagem de São Pedro foi doada pelo santo do qual era devoto.
Desde então, todos os anos vem acontecendo a homenagem ao Santo Padroeiro, que acontece próximo ao dia em que São Pedro é homenageado, portanto, entre 27 e 30 de junho.
A Festa do Padroeiro é um momento de oração e alegria das famílias de Solidão, pois reúne parentes e amigos para homenagear “São Pedro”.
As festividades reúnem outra capelas, trazendo assim um número gratificante de pessoas, entre crianças, adolescentes e adultos que se comprometem a serivri o Reino de Deus.
Autor – Antônio Vicente de Sousa
Data - 28/06/2006
Idade - 08 anos


Texto da Ficha 1
MANIFESTAÇÕES CULTURAIS E EVENTOS

“SEMANA SANTA”


A Semana Santa é uma das datas mais importantes da história do cristianismo. Todos os anos no período que antecede a Semana Santa as pessoas se preparam de uma forma ou de outra para participar da Paixão de Cristo, através de celebrações, doações, momentos de oração, outras arrumam a casa para receber familiares, amigos e outras pessoas que passam pedindo esmolas.
Além disso, a Semana Santa é um período sagrado onde devemos fazer boas ações, ajudar pessoas necessitadas mostrando assim que somos pessoas realmente humanos e portanto mensageiros de Cristo.
Ao final desta jornada durante toda a semana vem o Domingo de Páscoa onde acontece na maioria dos lares brasileiros o almoço em família comemorando assim a ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Autor – Joélio Carlos da Cunha
Data - 16/06/2006
Idade - 08 anos

Texto da Ficha 1
MANIFESTAÇÕES CULTURAIS E EVENTOS

“INDEPENDÊNCIA”

A independência foi um termo criado pelos brasileiros e lideranças da época que significa liberdade. E a escola, por conservar este título, vem desenvolvendo este evento anualmente, tentando engajar nossas crianças e adolescentes nesse manifesto que faz parte de nossa cultura.
Realiza-se jogos, corridas de pedestre, ciclismo,corridas de jumentos e brincadeiras de povo. Sempre há premiação e a festa é realizada durante todo o dia Sete de Setembro.
Autor – Francisco Higor de Sousa Rodrigues
Data - 23/06/2006
Idade - 06 anos


Texto da Ficha 1
MANIFESTAÇÕES CULTURAIS E EVENTOS

“DIA DE FESTA”

Na EEF Pedro Marques da Cunha, durante a Semana da Criança, é muita diversão para as crianças, além de estudarem, tem os momentos das brincadeiras, apresentações e no dia – 12 de outubro – muita festa finalizando com lanche. Todas as crianças se reúnem no auditório da escola para assistirem as apresentações, desfile e se alegrar muito. Costuma-se ver uma equipe da Secretaria com personagens de histórias infantis para divertir as crianças.
Autor – Antônio Milton Albuquerque
Data - 14/06/2006
Idade - 12 anos

Texto da Ficha 2
OFÍCIOS E MODOS DE FAZER

“BOLO DE JERIMUM: DOÇURA”

O bolo de jerimum até hoje é admirado por muitas pessoas por ser muito gostoso. Na época do jerimum, principalmente durante as Festas Juninas, ele é apreciado e saboreado por milhares de pessoas nas noites de festas. É fácil de fazer, de vender, pois o mesmo é uma delícia, por isso se tornou uma ótima fonte de renda para os organizadores destas festas e também para outras pessoas que trabalham com vendas. Para fazer bolo de jerimum basta cozinhar o mesmo, tirar a casca, amassar.
Pra cada quilo de jerimum amassado, acrescentar 250 gramas de farinha de trigo especial, 300 gramas de açúcar, 04 ovos, 01 colher de manteiga, um coco ralado, dois copos de leite e, em seguida bater tudo na batedeira por 05 minutos, levar ao forno pré-aquecido em forma untada, esperar assar e bom apetite, ou boas vendas!
Autor – Maria Luciana Costa
Data - 28/06/2006
Idade - 09 anos

Texto da Ficha 2
OFÍCIOS E MODOS DE FAZER

“GOIABADA”

A entrevistada Maria Monteiro da Silva, conhecida como D. Maria, de etnia branca, dona-de-casa, nascida e residente em Solidão há 60 anos, conta como faz doce de goiaba.
O processo, que tem como ingredientes a goiaba e o açúcar, além de celebrar ocasiões especiais, ajuda também na renda da família de D. Maria, que vende o doce produzido. Desse processo é retirado ainda a calda e a geléia de goiaba.
Segunda D. Maria, essa atividade faz com que as crianças e adolescentes aprendam a trabalhar com os frutos da nossa terra e que quando crescerem ao invés de estarem nas ruas, possam praticar esta atividade.
Autor – João Carlerno da Silva
Data - 05/07/2006
Idade - 14 anos

Texto da Ficha 2
OFÍCIOS E MODOS DE FAZER
“CAJUÍNA”

O entrevistado Geraldo Marques Sobrinho, conhecido por Geraldo Martins, agricultor, de etnia branca, nascido em Acaraú e residente em Solidão há 42 anos conta como se faz a cajuína.
Ele, juntamente com outras pessoas, se reúnem na fábrica comunitária para realizar o trabalho, que ocorre no período de agosto a dezembro, época da colheita do caju.
Este processo foi aperfeiçoado na comunidade a partir de cursos ministrados pelo SENAR. Utiliza-se como matérias-prima o caju e a gelatina natural e como ferramentas, filtros de pano, garrafas de vidro, tampinhas de metal, funis, de vidro. Tambores de plástico e zinco e máquinas para espremer caju e fechar garrafas.
Além da cajuína, também se faz suco integral, suco clorificado e mocororó. O entrevistado diz que a atividade proporciona um incentivo profissional às crianças além de manter a prática cultural da região.
Autor – Maria Luciana Costa
Data - 28/06/2006
Idade - 09 anos

Texto da Ficha 2
OFÍCIOS E MODOS DE FAZER

“O ARTESANATO COMO FONTE DE RENDA”

A entrevistada Rosa Araújo, conhecida como Rosa, de etnia branca, nascida em Cruz e residente em Solidão há 21 anos, conta como se fabrica o chapéu de palha, artesanato típico da nossa região.
É um processo manual onde se utiliza palha e tinta, pois de pois de fabricado, o chapéu tem de ser pintado. Segundo Rosa, é um meio de vida, além de manter a prática do artesanato em nossa comunidade.
Autor – Francisco Wellington Albuquerque
Data - 09/06/2006
Idade - 11 anos

Texto da Ficha 2
OFÍCIOS E MODOS DE FAZER

“CANJICA”

A entrevistada Raimunda Nonata Freire Freitas, nascida e residente na localidade de Santa Rosa, Bela Cruz, Ceará há 50 anos, cona como é feita a cajuína.
Ela, juntamente com outras pessoas, se reúnem na cozinha da casa para realizar o trabalho ,isso na época do milho verde.
Descasca o milho, rala, põe água, coco, sal ou açúcar (dependendo do gosto de cada um) e leva ao fogo, mexendo até ficar no ponto certo, em seguida, é só servir. Pode ser fria ou quente.
D. Raimunda diz que isso acontece porque é um meio de vida. Enquanto os mais velhos trabalham, as crianças se divertem no terreiro da casa. É um trabalho que acaba em diversão para todos.
Autor – Maria Regina Freire Freitas
Data - 23/05/2006
Idade - 11 anos

Texto da Ficha 2
OFÍCIOS E MODOS DE FAZER

“BOLO DE BATATA”

A entrevistada Raimunda Nonata Freire Freitas, conhecida por Raimunda, de etnia indígena, residente na localidade de Santa Rosa, município de Bela Cruz, conta como se faz o bolo de batata.
D. Raimunda aprendeu a receita com os mais velhos e descreve o processo da seguinte maneira: primeiro cozinha, a batata, retira a casca acrescentando farinha de trigo, ovo e queijo. Em seguida, passa no liquidificador,coloca na fôrma e leva ao forno para assar. D. Raimunda utiliza essa prática em aniversários, mas também encara como um meio de vida.
Autor – Maria Daniele de Freitas
Data - 08/06/2006
Idade - 11 anos


Texto da Ficha 2
OFÍCIOS E MODOS DE FAZER

“LICOR”

A entrevistada Lúcia Maria de Freitas Martins, conhecida por D. Lúcia, agricultora, de etnia branca, nascida e residente em Santa Rosa há 48 anos, conta como se faz o licor de caju.
D. Lúcia aprendeu com os mais velhos e descreve o processo da seguinte maneira: descasca e espreme o caju, coloca o açúcar e leva ao fogo para ferver, em seguida, coloca a cachaça e finaliza com o suco.
Essa prática só é desenvolvida na época do caju. D. Lúcia diz que é um meio de vida, mas que não tem muito lucro, pois, segundo ela, o produto é repartido com a comunidade.
Autor – Maria Daniela de Freitas
Data - 08/06/2006
Idade - 11 anos


Texto da Ficha 2
OFÍCIOS E MODOS DE FAZER

“O CAJUEIRO, QUE SOMBRA BOA!”

A plantação de cajueiros é uma das principais atividades agrícolas da nossa região. As pessoas preparam os terrenos e em seguida plantam o cajueiro. Antes, só existia o cajueiro gigante ou tardão, como as pessoas falam. Depois apareceu o ligeiro e o anão precoce, que, se plantados corretamente, seguindo os cuidados necessários, em mais ou menos dois anos começam a dar frutos e assim uma boa fonte de renda.
Hoje as pessoas já não plantam mais cajueiro tardão, mas sim cajueiro ligeiro, pois além de ter um retorno das despesas mais depressa, as castanhas também tem melhor qualidade, portanto uma melhor comercialização e muito mais lucros.
Costuma-se aradar as terras com tratores, evitando assim as queimadas, e fazer poda uma vez por ano, no início do inverno para se ter uma melhor produção e assim facilitar a colheita da castanha.
Autor – Francisco Wellington Albuquerque
Data - 28/06/2006
Idade - 11 anos

Texto da Ficha 2
OFÍCIOS E MODOS DE FAZER
“COLHEITA DA CASTANHA TAMBÉM É LAZER”

A colheita da castanha se dá de duas maneiras: os donos de quintais de cajueiros contratam pessoas para colher as castanhas e os que vão e os que não tem quintal vão trabalhar colhendo as mesmas por lata ou por dia.
Quando a castanha tem um preço melhor, tanto para os proprietários quanto para os trabalhadores tudo se torna mais fácil em relação ao pagamento e também a adquirir pessoas para trabalhar.
É um serviço árduo que muitas pessoas só fazem por não ter opção, ou seja, precisam trabalhar para sobreviver e seja qual for o trabalho, enfrentam. Mais ou menos no início de setembro começa a colheita, na qual as pessoas passam rodada de baldes, sacos, carros de mão, etc. passam o dia todo nos cajueiros e os que trabalham por lata muitas vezes se tornam até bóias-frias, pois quanto mais tempo passarem trabalhando, mais latas vão juntar e mais dinheiro vão ganhar. E sua luta incessante vai até quando chega o inverno, pois é quando realmente termina a safra.
Apesar de toda atarefa realizada ser muito cansativa, muitos gostam e se divertem a ação. As crianças costumam brincar correndo debaixo dos cajueiros, outros levam lanche, etc.
Autor – Antônio Talisvânio de Sousa
Data - 26/06/2006
Idade - 12 anos

Texto da Ficha 2
OFÍCIOS E MODOS DE FAZER

“BOLO DE MACAXEIRA, CULTURA NOSSA”

O bolo de macaxeira faz parte das comidas típicas da nossa região e por isso não pode faltar nas principais festas da nossa comunidade como: festas juninas, manifestações folclóricas e outras, além de ser saboreado freqüentemente pelas famílias por ser um bolo maravilhoso.
Diz a entrevistada ter aprendido a fazer com sua mãe e vem repassando até hoje para seus filhos e netos. Para fazer um bolo de macaxeira é necessário meio quilo de macaxeira ralada, meio quilo de açúcar, meio quilo de massa de trigo especial, leite, manteiga a gosto, cinco ovos e um coco ralado. Juntar todos os ingredientes, bater na batedeira por 05 minutos, levar ao forno pré-aquecido em fôrma untada e em seguida, servi-lo.
Além de ser gostoso, é uma ótima fonte de arrecadar, pois ninguém resiste ao seu sabor, passando a consumi-lo e a deixar bastante lucro.
Autor – Maria Firmina da Silva
Data - 26/06/2006
Idade - 21 anos

Texto da Ficha 2
OFÍCIOS E MODOS DE FAZER

“O PIRÃO FAZ ARTE DE NOSSA CULTURA”

O pirão de galinha é um delicioso prato à moda caipira e bem fácil de fazer. Após já ter depenado, limpado e cortado a galinha, tempera-se a gosto. Estando a galinha cozida é hora de preparar o famoso pirão de galinha. O primeiro passo é peneirar a farinha de mandioca numa panela, depois molhe-a e espere um pouco para que inche. Em seguida leve para o fogo e aos poucos vá acrescentando o caldo da carne de galinha, que acabou de ser cozido, mexendo sem parar. Depois de alguns minutos, estando o pirão ganhando uma consistência, está pronto e só então todos podem saborear com a carne de galinha o tradicional pirão muito prestigiado pelos nordestinos.
Autor – Airton Frank de Souza
Data - 26/06/2006
Idade - 12 anos

Texto da Ficha 2
OFÍCIOS E MODOS DE FAZER

“DAR COR AOS ALIMENTOSTAMBÉM É SABOR”

Toda dona-de-casa sabe de suas necessidades. Quem não quer fazer uma comida super gostosa? Todo mundo quer e são os temperos que vão incrementar e deixar a comida saborosa. O urucum é um exemplo, pois fazer uma comida e não pô-lo, ela pode ter todos os temperos do mundo, mas não vais ficar tão saborosa.
D. Eunice é agricultora e conta como ocorre a história do urucum. Tudo acontece com muito trabalho, primeiro colhe o urucum da planta e em seguida coloca o mesmo para secar no sol. Depois de seco descasca o mesmo de um por um e em seguida peneira para sair o restante da sujeira. Para isso, precisa-se do vento, para ajudar a cessar esses pedaços de sujeira.
Para transformá-lo em corante acontece o seguinte procedimento: coloca-se a semente do urucum em uma panela com óleo e leva ao fogo para torrar, depois de torrado, coloca-se farinha e faz-se a farofa de urucum. Logo depois coloca-se a farofa no moinho e mói-se até ficar no ponto adequado. Depois peneira-se separando a semente da farofa, que no caso já é o corante. Todo esse trabalho é feito no quintal de casa. Muitas pessoas fazem para seu próprio consumo e outras, além do seu consumo, fazem para vender.
Obs.: Algumas pessoas ao invés do moinho utilizam o pilão.
Autor – Rogério Carlos de Sousa
Data - 28/06/2006
Idade - 13 anos

Texto da Ficha 2
OFÍCIOS E MODOS DE FAZER

“DOCE DE CAJU: QUE DOÇURA”

Solidão, localidade de Cruz. Nesta localidade mora uma senhora respeitadora, religiosa e que entende muito de culinária. Ela é chamada Maria Livramento, 72 anos, filha de José Raimundo de Souza e Raimunda Filíssima da Rocha, nascida em Aranaú e veio para a comunidade de Solidão e 1943.
Na comunidade, parte das pessoas que sabem fazer doce, fazem em suas casas, na safra do caju. Corta-se três vezes a medida do prato, tira uma parte do vinho, coloca na panela com um copo de água e quilo e meio de açúcar e leva ao fogo. Depois de um bom tempo de fervura, deixa apurar.
O doce de caju já é costume na comunidade desde muitos anos, pois crianças, adolescentes e adultos adoram esse doce, que é uma cultura da comunidade.
Autor – Maria Kelce de Vasconcelos
Data - 26/06/2006
Idade - 13 anos


Texto da Ficha 2
OFÍCIOS E MODOS DE FAZER

“QUE BOM, QUE GOSTOSO!”

O bolo de milho verde é uma cultura que acontece em nossa localidade, e é um dos preferidos entre todos, pois é uma gostosura. É o resultado de produtos que são cultivados em nossa terra, como diz a entrevistada. É de grande consumo quando está no período de plantio do milho que é plantado pelos pais dos adolescentes e das crianças e até por eles mesmos.
Esse bolo é feito da seguinte forma: rala-se 04 espigas de milho, que depois é misturado com uma lata de leite condensado e passado no liquidificador e depois é peneirado e juntado à farinha de trigo e ao fermento. Depois mistura-se com outros ingredientes e leva-se ao forno em uma fôrma untada com manteiga.
Autor – Débora Nascimento de Oliveira
Data - 07/07/2006
Idade - 13 anos


Texto da Ficha 2
OFÍCIOS E MODOS DE FAZER

“A SABOROSA, QUE É CULTURAL”

A tapioca é um dos alimentos principais para o café da manhã em nossa comunidade e tem de vários sabores e modos de preparo. A mais apreciada em nossa comunidade é a famosa e saborosa tapioca com coco, que é realizada do seguinte modo: é ralado o coco e misturado-o com goma, após isso, é umedecido e acrescentado o sal e amassado com as mãos, em seguida, é levada à frigideira.
É consumida com café, carne de gado, peixe e outros alimentos. Ela também é lanche de muitos agricultores que levam apara seu serviço nos roçados, capoeiras e outras áreas de serviço da agricultura.
Autor – Débora Nascimento de Oliveira
Data - 07/06/2006
Idade - 13 anos

Texto da Ficha 2
OFÍCIOS E MODOS DE FAZER

“BOLO DE POINHO: ESTRANHO, MAS SABOROSO”

Esse bolo raramente as pessoas fazem. Mas de vez em quando é feito para aniversário, confraternização, lanches de casa.
Também é saboroso e usado na culinária das domésticas. O preparo é feito assim como o bolo fofo. Algumas pessoas gostam com sal, e outras com doce.
Autor – Maria Ana Célia da Costa
Data - 28/06/2006
Idade - 11 anos


Texto da Ficha 2
OFÍCIOS E MODOS DE FAZER

“CAJU AZEDO EM AÇÃO: MOCORORÓ”

O mocororó é feito na época da safra da castanha, onde todas as pessoas costumam saborear essa bebida. Muitas pessoas também fazem para vender, ganhar seu dinheiro para sobreviver.
Ele pode ser guardado de uma no para o outro, isto é, se for bem feito.
É preciso espremer o caju e depois colocar a cachaça, ou até mesmo a cola para cortar o vinho. É feito do caju azedo.
Autor – João Lindomar de Sousa
Data - 26/06/2006
Idade - 10 anos


Texto da Ficha 2
OFÍCIOS E MODOS DE FAZER

“SEQUINHAS E SABOROSAS”

Os agricultores quando plantam, suas donas-de-casa já pensam na época da farinhada, pois elas gostam mesmo é de colocar a mão na massa, para ver o resultado do produto.
É feito da goma fina, peneirada ou da massa grossa, coloca-se também bastante coco. Ele pode ser guardado de safra para safra.
Quem ainda não provou devia provar, pois é ótimo!
Autor – Débora Nascimento de Oliveira
Data - 07/07/2006
Idade - 13 anos



Texto da Ficha 2
OFÍCIOS E MODOS DE FAZER

“UNIÃO PERFEITA”

O baião-de-dois é feito diariamente nas nossas casas, restaurantes. É cozinhado o feijão, colocado ao arroz e acrescentado bastante verduras e cheiro verde, também coloca-se uma pitada de sal e um pouco de margarina, óleo e queijo.
Essa é uma das comidas que não podem faltar na mesa do cearense.
Autor – João Valcier de Freitas
Data - 23/06/2006
Idade - 13 anos


Texto da Ficha 2
OFÍCIOS E MODOS DE FAZER

“O SANGUE DO CAJU”

Todos os anos durante a safra do caju, a cajuína é uma fonte de renda para algumas pessoas da comunidade.
Logo que aparecem os primeiros cajus, as pessoas já começam a se preparar com os materiais necessários para desenvolver esta atividade: cola ou gelatina para cortar o vinho do caju, panos para filtrá-lo, litros para colocar as cajuínas, latas ou tambores para cozinhar, maquinas e tampas ou cortiças e breu para a vedar os litros levá-los ao fogo.
Com tudo isto preparado e bastante caju começa-se então o trabalho que vai desde o início de agosto, mais ou menos, até novembro, deixando assim um lucro para essas famílias, além de poderem saborear esse produto maravilhoso, que é produzido pela própria família.
Autor – Maria Firmina da Silva
Data - 14/06/2006
Idade - 21 anos


Texto da Ficha 2
OFÍCIOS E MODOS DE FAZER

“É SABOROSA E FAZ PARTE DO NOSSO DIA-A-DIA”

A pamonha é bastante usada nas nossas casa, na época da colheita do milho verde. Que bom seria se não faltasse milho, pois ela é gostosíssima, saboreosíssima. Todas as nossas mães, parentes, costumam reunir a família e fazer paneladas de pamonhas para os convidados, vizinhos e familiares.
Rala o milho, coloca coco ou queijo e deixa cozinhar até ficar amarelinha. O gosto deve ser salgado ou doce, dependendo do gosto da pessoa.
Autor – Maria Geirla Cordeiro Brandão
Data - 23/06/2006
Idade - 14 anos


Texto da Ficha 2
OFÍCIOS E MODOS DE FAZER

“CROCHÊ: A ARTE DE NOSSA CULTURA ARTESANAL”

O crochê é uma arte muito apreciada, pois faz parte do artesanato que é uma das atividades mais praticada em nosso país.
Na nossa comunidade o crochê é feito por feiteiras que comercializam o produto para interessados que compram para revender em praias e outros lugares. Os turistas que visitam o litoral do nordeste ou mesmo nossas cidades, se encantam com o profissionalismo que as feiteiras desempenham ao fazer crochê.
As feiteiras se reúnem em pequenos grupos para fazer o crochê, onde conversam e ao mesmo tempo trabalham. Através deste diálogo e das mãos em ação é realizado as lindas saídas de praia, centros de mesa, peças de roupas e outras obras que são feitas com criatividade.
Como podemos ver, o artesanato pode servir de renda, cultura, arte e turismo e é também de grande importância para nós, pois faz parte de nossa história, de nosso lugar e o crochê é a arte que nos retrata não só nossa cultura como também nossa dignidade como cidadão que luta incansavelmente pelo pão de cada dia.
Autor – Débora Nascimento de Oliveira
Data - 26/05/2006
Idade - 13 anos

Texto da Ficha 3
LUGARES, PRÉDIOS E CONSTRUÇÕES

“IGREJA DE SÃO JOÃO”

A entrevistada Maria das Graças Rodrigues, conhecida como Maria Lola, de etnia pardo, nascida em Solidão e residente em Santa Rosa há 06 anos, fala sobre a construção da Igreja de São João.
D. Maria diz que ela foi construída em 17 de novembro de 2003, na localidade de Santa Rosa, e que apresenta grande importância, sobretudo na época da festa (24 de junho), que é quando a vida cultural do lugar torna-se mais ativa. No de correr da festa temos comidas típicas, leilões, etc.
A entrevistada também afirma que a igreja contribui muito para o crescimento da criança e do adolescente e que através dela podemos conviver com as pessoas da comunidade.
Autor – Maria Regina Freire Freitas
Data - 10/07/2006
Idade - 16 anos


Texto da Ficha 3
LUGARES, PRÉDIOS E CONSTRUÇÕES

“HISTÓRIA DA EEF RAFAEL VENÂNCIO BRANDÃO,
ESCOLA DE CÓRREGO DO MOURÃO”

Terreno situado em Córrego do Mourão, município de Cruz.
Há muitos anos funcionava com duas salas e em 2004, último ano de funcionamento, funcionou com apenas uma turma de jovens e adultos. Atualmente está fechada e não acontece nada. Quando em funcionamento, a EEF Rafael Venâncio Brandão tinha como objetivo educar crianças, adolescentes e até mesmo adultos.
Autor – Maria Ana Célia da Costa
Data - 26/06/2006
Idade - 13 anos


Texto da Ficha 3
LUGARES, PRÉDIOS E CONSTRUÇÕES

“CRIAÇÃO DO ESTABELECIMENTO EDUCATIVO
PEDRO MARQUES DA CUNHA”

Em 1986 o sr. Pedro Marques da Cunha, sentindo a necessidade de uma melhoria da educação, doou o terreno para a construção da escola que foi inaugurada dia 14 de dezembro de 1986.
Sua estrutura física era de duas salas de aula, uma diretoria, uma cantina, um depósito e dois banheiros, funcionando em duas modalidades: educação infantil e ensino fundamental de 1ª a 4ª série. Foi ampliada em 1999 com uma passarela e uma cisterna, e criação da Associação de Pais e Mestres.
Em 2000 foi construída mais uma sala de aula e cobertor coberto do lado esquerdo. Em 2001 foi feita outra sala de aula e corredor coberto do lado direito e foi encaminhado o processo de reconhecimento e autorização da escola. Em 2002 iniciou-se a construção do auditório coberto, mais uma sala de aula, almoxarifado e bateria de banheiros, que foram finalizados em 2003.
No ano seguinte foi feita a ampliação de um banheiro para a secretaria e ampliação da rádio escola. Em 2005 foi a construção da quadra esportiva e muro da escola. Em 2006, construção da bateria de banheiros e dois vestuários: masculino e feminino.
A mesma foi reconhecida e autorizada em 2004 e hoje funciona com Educação Infantil e Ensino Fundamental completo. No decorrer do ano letivo a escola realiza vários projetos que envolvem alunos e comunidade local para um melhor desenvolvimento da sociedade.
Autor – Regina Maria da Costa
Data - 28/06/2006
Idade - 12 anos


Texto da Ficha 3
LUGARES, PRÉDIOS E CONSTRUÇÕES

“REUNIÃO COLETIVA, ACONTECE FREQUENTEMENTE NA SEDE DA ASSOCIAÇÃO DE SANTA ROSA”

Criada em 1999 com o intuito de melhorar a qualidade de vida dos moradores desta localidade, a sede da Associação foi obra construída pelo projeto solicitado pelos 29 membros que fazem parte dos associados.
Nesta Associação Comunitária que busca melhores condições de trabalho desenvolvendo ações coletivas que aprimoram a vida social de cada indivíduo. A Sede é um grande salão para a realização das reuniões mensais, onde planejam todos os projetos a serem executados.
Quando a Associação foi criada, os sócios receberam benefícios para a construção das casas e tendo em vista a falta de espaço para encontros que seriam realizados, resolveram implementar ao projeto a construção desse salão e assim foi feito.
Autor – Maria Regina Freire Freitas
Data - 12/05/2006
Idade - 16 anos


Texto da Ficha 3
LUGARES, PRÉDIOS E CONSTRUÇÕES

“CASA DE FARINHA”
O entrevistado, Raimundo Monteiro de Freitas, conhecido por Raimundo Zifirino, agricultor, de etnia indígena, 83 anos, nascido em Castelhano e residente em Solidão há 38 anos, é proprietário da casa-de-farinha. Segundo ele, a casa-de-farinha foi construída com tijolos de adobe, ripas, caibros e linhas do mato, no ano de 1970, com o objetivo de produzir farinha e goma.
Seu Raimundo diz que ela é de grande importância, pois o desenvolvimento da farinhada gera emprego e renda para as pessoas da comunidade e que enquanto os adultos trabalham na farinhada, as crianças e adolescentes se reúnem no terreiro para as brincadeiras de roda, pega-pega, esconde-esconde, caí no poço, liga-desliga, etc.
Autor – Gerôncio Cunha Freitas
Data - 05/06/2006
Idade - 11 anos

Texto da Ficha 3
LUGARES, PRÉDIOS E CONSTRUÇÕES

“AMBIENTE PRIORITÁRIO PAAR A COMUNIDADE: FÁBRICA DE CAJUÍNA”

É na comunidade de Solidão que sempre procuramos a deliciosa bebida ‘cajuína’ para saborearmos. Aqui temos o privilégio de termos um ambiente equipado com máquinas adequadas para construirmos a famosa bebida.
Toda a ação ocorre em uma fábrica construída para o desenvolvimento da atividade agrícola, situada no centro da comunidade. Lá se reúnem sócios comunitários e comunidade local para construir não só a cajuína como também produtos derivados do caju de uma forma simples e bem divertida acontece o processo.
Graças ao projeto elaborado pelos sócios comunitários em 1995 foram beneficiados com essa importante obra que é patrimônio muito bem utilizado, servindo como fonte de renda para a população.
Autor – Maria Geirla Cordeiro Brandão
Data - 09/06/2006
Idade - 14 anos


Texto da Ficha 3
LUGARES, PRÉDIOS E CONSTRUÇÕES

“CAMPO DE RASPA”
Localizado na comunidade de Solidão, o campo de raspa é uma alternativa para os moradores aproveitam os detritos agrícolas. Com uma área de 32m x 16m, tem equipamentos para a realização dos trabalhos como máquina de triturar mandioca, motor a diesel, armazém para guardar os produtos prontos.
Desde quando foi fundado ,em 1983, a comunidade local faz muito proveito do ambiente, pois o que é retirado dos produtos agrícolas não é desperdiçado. O mesmo é transformado em ração que serve como alimento para os animais.
Esta obra foi solicitada pelo vereador Geraldo Cunha, que sempre busca melhorias à comunidade e que acha de grande importância, pois valoriza cada vez mais a agricultura local.
Autor – Luciélia Carla da Cunha
Data - 06/07/2006
Idade - 11 anos


Texto da Ficha 3
LUGARES, PRÉDIOS E CONSTRUÇÕES

“A CONSTRUÇÃO DA IGREJA”

A construção da Igreja sempre foi um sonho da comunidade que durou anos e anos. Até que em 2004 o Grupo Jovem teve a iniciativa de ir à luta e começar a fazer movimentos, contando assim com o apoio do sr. Geraldo Marques da Cunha, tanto na doação do terreno para construção da mesma, quanto nos movimentos, doações, transportes, etc. depois de um certo tempo de batalha, conseguiram levantar a igreja e imediatamente houve assim um certo desmoronamento do grupo, onde passou um tempo parado. Vendo aquela situação, a comunidade se reuniu, criou um conselho, reanimaram o Grupo Jovem e continuaram a luta, fazendo leilões, pedindo doações, foi onde ganharam o forro da igreja do Sr. Jonas Muniz, prefeito atual.
A partir daí o ânimo aumentou mais ainda e surgiu logo a idéia de escolher o padroeiro. Em uma reunião na Escola de Ensino Fundamental Pedro marques da Cunha, foi apresentada uma lista com vários nomes de santos, para ser escolhido o padroeiro e a maioria das pessoas escolheu São Pedro.
A partir desse momento a luta tornou-se incessante e no dia 14 de dezembro de 2004 foi feita a escolha oficia do padroeiro, contando assim com a participação do pároco Antônio Eudes Cruz e da comunidade local. Em maio de 2005 foi celebrada a primeira missa e realizado o novenário em junho do mesmo ano aconteceu a primeira festa que foi para nós motivo de muita alegria.
Autor – Maria Amanda do Nascimento
Data - 10/07/2006
Idade - 06 anos

Texto da Ficha 4
LENDAS, CAUSOS, SUPERSTIÇÕES E CURIOSIDADES

“SE BENZAM QUE OS MAUS ESPÍRITOS ANDAM SOLTOS”

Quem foi que nunca passou em uma encruzilhada? Na verdade, quase todo mundo já passou, ou pelo menos ouviu falar de acidentes desastrosos que tenham acontecido e encruzilhadas.
Acredita-se que esses desastres aconteçam por causa de espíritos que não ganharam a salvação de Cristo e ficam a atentar as pessoas que lá passam sem rezar nem se benzer. As encruzilhadas também são conhecidas como quatro-bocas e consideradas perigosíssimas por fatalidades e o aparecimento de assombrações que espantam as pessoas que por ela passam sem fazer preces ou s benzer. A oração tem que ser feita com muita fé para que nada de mal possa acontecer.
Segundo a entrevistada, se confiarmos e tivermos fé em Deus, nada de mal nos acontecerá, porque Ele é nosso Pai que nos protege e sempre nos protegerá contra os males e os perigos.
Autor – Débora Nascimento de Oliveira
Data - 10/07/2006
Idade - 13 anos


Texto da Ficha 4
LENDAS, CAUSOS, SUPERSTIÇÕES E CURIOSIDADES

“CUIDADO AO PASSAR O ARAME”

Passar o arame em nossa comunidade é sempre motivo de precisão de passar para um lugar onde é cercado. Mas nem todos conhecem a superstição que ao passar o arame é necessário benzer-se pois, segundo a entrevistada, o satanás fica em cima da pessoa e se ela não se benzer ele pode trazer atrasos e desastres na vida da pessoa.
Se você também não conhecia esta superstição e passava arames sem se benzer ou mesmo fazer qualquer oração, cuidado! E quando passar novamente se lembre do que poderá acontecer se você não se benzer.
Autor – Luciélia Carla da Cunha
Data - 10/06/2006
Idade - 11 anos

Texto da Ficha 4
LENDAS, CAUSOS, SUPERSTIÇÕES E CURIOSIDADES

“ASSOVIO TEMEROSO”

De acordo com a entrevistada, o assoviador se ouve durante a noite, principalmente nas noites quentes de inverno. Quando se escuta o assovio é sinal que ele está adivinhando chuva. Diziam as pessoas que se repetirmos o assovio ele vem a até a gente em forma de esqueleto, carregando um couro velho, representando assim um filho que matou o pai e até hoje carrega-o nas costas.
Sempre que diziam isto, e eu não acreditava, ficava duvidando, até que um dia comecei a repetir aquele assovio que vinha de longe, quando pensei que não, o assovio já estava bem perto de mim e começou a bater na parede do quarto onde eu estava e a assoviar cada vez mais alto. Quase morro de medo! Nunca mais eu quero repetir o som do assoviador, pois não vi nada mas ouvi as pancadas e agora posso dizer de uma forma ou de outra ele existe.
Autor – Francisca Angelita de Maria
Data - 17/05/2006
Idade - 08 anos


Texto da Ficha 4
LENDAS, CAUSOS, SUPERSTIÇÕES E CURIOSIDADES

“NOITES MISTERIOSAS”

Conta o entrevistado que o lobisomem é um bicho cabeludo, de olhos vermelhos, unhas grandes e dentes finos que ataca as pessoas durante a noite. Está sempre procurando atacar e ao mesmo tempo se defender, pois como diz a lenda, se o mesmo for ferido, volta à forma normal, e como não quer ser descoberto durante seus ataques, procura sempre se defender.
O sr. José Milton de Menezes, afirma ter visto o lobisomem com seus próprios olhos e que agora acredita, realmente que ele existe e que não é apenas fruto da imaginação de algumas pessoas.
Autor – Aparecida Milena Menezes
Data - 23/06/2006
Idade - 08 anos


Texto da Ficha 4
LENDAS, CAUSOS, SUPERSTIÇÕES E CURIOSIDADES

“CLARIDADE MÁGICA”

Este clarão é visto durante a noite. Não tem hora para aparecer, de repente aparece uma claridade como se fosse um carro, vindo de encontro a você. Quando você pára, esperando esse carro passar, tudo desaparece e só resta a escuridão e o medo. Até hoje muitas pessoas vêem e algumas dizem que isso é apenas fruto da imaginação. A entrevistada nunca duvidou da existência do clarão. Mas agora, depois que viu com seus próprio olhos, acredita mais ainda e afirma que realmente o clarão existe.
Autor – Gislane Carla do Nascimento
Data - 28/06/2006
Idade - 08 anos
Texto da Ficha 5
BRINCADEIRAS E BRINQUEDOS INFANTIS

“CAVALO SEM PATA”

O cavalo de talo é um brinquedo comum nas famílias mais pobres. Ele é feito do talo de carnaubeira, do qual as crianças tiram os espinhos, depois fazem as orelhas, colocam um cabresto na cabeça e daí está pronto o famoso brinquedo cavalo de talo. Ele é bastante usado na época do folclore da nossa cultura nordestina.
Autor – Francisco Carlos de Freitas
Data - 30/05/2006
Idade - 13 anos


Texto da Ficha 5
BRINCADEIRAS E BRINQUEDOS INFANTIS

“CARRO ENGRAÇADO”

O caro de lata é um brinquedo que diverte muito as crianças de renda familiar baixa, cujos pais não tem dinheiro para comprar um outro brinquedo. E por fazer parte da cultura passada, ainda permanece nos dias de hoje.
Vicente é um garoto que gosta muito de brincar. Primeiramente pega uma lata de óleo e começa a cortar, desenha os pneus de chinelos de borracha, usa um fio de nalho o e quando o carro fica pronto, vai brincar com seus amigos. Curte muito este brinquedo, pois valoriza o universo da criança.
Autor – Manoel Sérgio da Silva
Data - 02/06/2006
Idade - 12 anos


Texto da Ficha 5
BRINCADEIRAS E BRINQUEDOS INFANTIS

“TRÊS, TRÊS, PASSARÁ”

A entrevistada Mara Nely da Cunha Freitas, conhecida como Dona Nely, agricultora, de etnia indígena, nascida e residente em Solidão há 45 anos, fala sobre as brincadeiras de roda que, segundo ela, existiam desde o tempo que era criança e em sua época era o que entretinha a meninada enquanto os adultos conversavam no alpendre da casa. Ela descreve a brincadeira como algo que envolve muitas crianças que dançam e cantam músicas animadas.
D. Nely diz ainda que as brincadeiras de roda servem para divertir a criançada, evitando que elas fiquem o tempo todo vendo televisão, ou mesmo na rua fazendo algo de errado, além de preserva estas antigas diversões que hoje estão quase desaparecendo.
Autor – Gerôncio Cunha Freitas
Data - 13/06/2006
Idade - 11 anos


Texto da Ficha 5
BRINCADEIRAS E BRINQUEDOS INFANTIS

“CAÍ NO POÇO”

O caí no poço era uma brincadeira muito animada e gostosa de se brincar. À noitinha juntava-se uma turma de amigos e começava a animação. Como sempre alguém ia lá pra frente e os outros ficavam um ao lado do outro, para assim dar início à brincadeira.
Caí no poço, com água onde, no pescoço, quem tira, meu bem, com que, a resposta dependia de cada um. Podia ser um beijo, um abraço, um aperto de mão ou um voltinha. Na maioria das vezes a gente pedia só aperto de mão e voltinha. Os meninos, com medo de abraçar ou beijar outros meninos. As meninas, não sei, talvez por medo do pai ou da mãe. Mas quando dava pra ver se era menina, eu castigava no beijo ou abraço.
Portanto, o caí no poço era uma brincadeira maravilhosa de se brincar, que devia ainda hoje ser praticada pelos jovens.
Autor – Maria Camila de Sousa
Data - 29/06/2006
Idade - 08 anos


Texto da Ficha 5
BRINCADEIRAS E BRINQUEDOS INFANTIS

“ANIMAÇÃO ”
Liga-desliga é uma brincadeira animada, muito antiga, que vem sendo praticada até hoje por todas as crianças e adolescentes de nossa comunidade.
As crianças se juntam no pátio da escola ou nos terreiros de suas casas, formam dois grupos: um para ‘ligar’ e outro para ‘desligar’ e assim é desenvolvida a brincadeira. Quando a criança corre, não pode deixar que o outro toque, pois quando isso acontece, ele terá que correr até tocar outra pessoa.
Autor – Francisco Higor de Sousa Rodrigues
Data - 16/07/2006
Idade - 06 anos























Texto da Ficha 5
BRINCADEIRAS E BRINQUEDOS INFANTIS



“BANDEIRA”


As crianças, jovens e adolescentes se reúnem nos terreiros de suas casas, formam duas equipes para disputar o jogo e uma das equipes é a vencedora ou então o jogo pode sair empate.
Eles fazem a demarcação, ou seja linhas laterais e verticais, sendo o campo de disputa, sendo grande divertimento para as crianças.


Autor – Francisco Higor de Sousa Albuquerque
Data - 07/07/2006
Idade - 06 anos



Texto da Ficha 6
FIGURAS POPULARES

“FRANCISCO ANDRÉ DE SOUSA”

O sr. Francisco André de Sousa, conhecido por Seu Chico, nascido em 24/06/1936, filho de André Tomás de Sousa e Ana Maria Sousa, natural de Riachão, atuava como celebrante da Palavra de Deus em 24 comunidades.
Começou a dedicar-se mais em seus últimos anos de vida, ou seja, já há muito tempo desenvolvia esses trabalhos religiosos mas era com menos freqüência, só depois de muitas lutas para conseguir seus objetivos é que se dedicou totalmente à missão.
Evangelizou grupos de catequeses, grupos de jovens e até fez movimentos para a criação de Associações Comunitárias, muito envolvido e preocupado com o bem-estar da população.
Ficou muito conhecido por motivo de incentivar crianças, jovens e adultos.
Autor – Francisco Higor de Sousa Albuquerque
Data - 07/07/2006
Idade - 06 anos


Texto da Ficha 6
FIGURAS POPULARES

“GERALDO MARQUES DA CUNHA”

Ex Vice-Prefeito e atual Vereador, Geraldo Marques da Cunha, 58 anos, natural e residente na comunidade de Solidão, é uma pessoa ilustre que sempre se preocupou em desenvolver ações sociais. Foi também destaque na década de 1980, ganhando o título de “Melhor Agricultor do Baixo Acaraú” e até hoje prioriza práticas agrícolas da comunidade em que vive, buscando sempre maneiras de oferecer trabalhos, gerando fonte de renda para pessoas humildes.
É também uma pessoa muito envolvida na história política do município de Cruz. Teve seu primeiro mandato no ano de 1988. É muito participativo na vida religiosa da comunidade e busca bastante ações sócio-educativas tentando resgatar o envolvimento no trabalho coletivo para um bom envolvimento na comunidade.
Autor – Lucélia Carla da Cunha
Data - 07/07/2006
Idade - 11 anos























Texto da Ficha 6
FIGURAS POPULARES



“PEDRO MARQUES DA CUNHA”


Patrono da escola de Solidão, Pedro Marques da Cunha nasceu em 11 de março de 1907, em Aranaú, município de Acaraú. Viveu com seus pais até 28 anos, ajudando-os na vida agrícola. Veio morar na comunidade de Solidão depois de casado.
Se destacou na prática da agricultura, envolvendo os familiares da comunidade, cedendo suas terras para que as famílias trabalhassem nesta atividade. Mais tarde, com seu espírito bondoso, doou parte de seu terreno para a Prefeitura construir uma escola para os filhos destes agricultores estudarem.
Pedro morreu aos 92 anos, mas foi uma pessoa que sempre investiu na comunidade e serviu de exemplo para todos.
É importante conhecer a história deste homem para que os alunos saibam de onde partiu a idéia da criação da escola e descobrir porque Pedro Marques da Cunha é uma figura popular na comunidade de Solidão.


Autor – Maria Wilcimara da Cunha
Data - 01/08/2006
Idade - 08 anos

Texto da Ficha 7
EXPRESSÕES E VOCÁBULOS LOCAIS E REGIONAIS

“ZOMBARIA”

Essa expressão é usada quando alguém fica falando coisas que não se pretende ouvir e não tem nenhuma importância o que está falando, então é usada neste momento.
Autor – José Neusimar de Sousa
Data - 23/06/2006
Idade - 12 anos


Texto da Ficha 7
EXPRESSÕES E VOCÁBULOS LOCAIS E REGIONAIS

“TU RAI? OU TU REM?”EU RÔ!”

Na comunidade de Solidão a expressão acima é utilizada para interrogar e afirmar se a pessoa vai a algum lugar.
A fala errada e aquele sotaque nordestino é motivo de riso entre pessoas que visitam nosso Nordeste. Falar errado é uma grande cultura nossa, sempre nos comunicamos entre vizinhos, familiares e amigos usando expressões com a língua portuguesa totalmente errada sem o emprego de palavras adequadas ao português.
O nordestino, além de falar errado, adotam culturas que estão presentes no nosso dia-a-dia, e através dessa culturas é que conquistamos o turismo para nossa região.
Autor – Maria Geirla Cordeiro Brandão
Data - 13/06/2006
Idade - 14 anos


Texto da Ficha 7
EXPRESSÕES E VOCÁBULOS LOCAIS E REGIONAIS

“TE ORIENTA!”

“Te orienta!”, era, segundo a entrevistada, um dizer muito popular nos tempos passados e até hoje muitas pessoas ainda usam para chamar a atenção de outras que através de palavras ou ações fazem coisas sem sentido.
“Te orienta!” é usada em conversas quando não entendemos o que os outros fazem ou falam, então dizemos: “Te orienta!”. Fazendo com que a pessoa venha a entender o que está fazendo ou falando. “É muito interessante a expressão usada por alguém fazer parte da linguagem de um povo”.
Autor – Sasha Nascimento da Silva
Data - 28/06/2006
Idade - 07 anos


Texto da Ficha 7
EXPRESSÕES E VOCÁBULOS LOCAIS E REGIONAIS

“RISADAS”

“Gua” é muito utilizado pelas pessoas que aqui moram quando se quer dar risadas e mangar dos outros.
Segundo o entrevistado, isso começou há muito tempo pelos mais novos, ou seja, os jovens que se reúnem e começam a falar dos outros.
Autor – Germano Junior Vasconcelos
Data - 28/06/2006
Idade - 12 anos


Texto da Ficha 7
EXPRESSÕES E VOCÁBULOS LOCAIS E REGIONAIS

“SEMANA QUIENTA”

“Semana quienta” é um dizer muito usado na comunidade nos tempos passados e ainda hoje, embora com menos freqüência. Semana quienta, sempre é usado em conversas, uma pessoa faz um convite para visitar sua casa e a outra diz: “Na semana quienta”.
Por ser usado por pessoas mais velhas, as crianças e adolescentes também usam em seu vocabulário.
Autor – Maria Camila de Sousa
Data - 29/06/2006
Idade - 08 anos


Texto da Ficha 7
EXPRESSÕES E VOCÁBULOS LOCAIS E REGIONAIS

“ONTONTE

“Ontonte” era, segundo o entrevistado, um dizer muito usado nos tempos passados e ainda permanece até hoje, quando as pessoas estão conversando e querem afirmar uma coisa que já aconteceu.
“Ontonte”, como faz parte da cultura do povo, até crianças e adolescentes usam em seu vocabulário. É muito interessante esta expressão que usada por uma pessoa passa a fazer parte da linguagem do povo.
Autor – Gerôncio Cunha Freitas
Data - 12/05/2006
Idade - 11 anos


Texto da Ficha 7
EXPRESSÕES E VOCÁBULOS LOCAIS E REGIONAIS

“BATATA NO ASFALTO”

As famílias de antigamente, como nossos avós, bisavôs e até mesmo nossos pais usam muito essas expressões. Chamamos de dito popular, onde em cada um deles há um significado para quem está pronunciando e quem recebe.
Muitas vezes as pessoas ignoram, mas sabemos que é cultura nordestina, o povo estudou pouco e suas expressões às vezes são essas, ou seja, esses vocábulos fazem parte do dia-a-dia. Daí a expressão “vai plantar batata no asfalto” é muito usada para quem não tem nada para fazer e muitas vezes atrapalha quem está ocupado. A pessoa que dirige a expressão geralmente não está gostando do que a outra está falando.
Autor – Maria Elenice da Silva
Data - 04/06/2006
Idade - 15 anos


Texto da Ficha 7
EXPRESSÕES E VOCÁBULOS LOCAIS E REGIONAIS

“TÁ SÓ ENFIANDO PEIDO EM CORDÃO”

É muito irritante você está trabalhando e ver alguém desocupado sem fazer nada, não é mesmo? Então essa expressão é utilizada para quem está sem fazer nada. Na verdade não podemos trabalhar sozinhos temos que colocar em ação quem fica de braços cruzados.
Autor – Débora do Nascimento Oliveira
Data - 03/07/2006
Idade - 13 anos


Texto da Ficha 7
EXPRESSÕES E VOCÁBULOS LOCAIS E REGIONAIS

“TU TRABALHA NA FOSSA OU NA CAGECE”

Na nossa comunidade, em nossos diálogos, sempre fazemos a utilização de expressões, que passem um sentido para a pessoa que conversamos.
Há expressões que são utilizadas para situações de gozação, pressa e também para tirar de circulação pessoas que estão atrapalhando quem está ocupado e “tu trabalha na fossa ou na CAGECE” é um exemplo das expressões que utilizamos.
Autor – Luciélia Carla da Cunha
Data - 09/06/2006
Idade - 11 anos


Texto da Ficha 7
EXPRESSÕES E VOCÁBULOS LOCAIS E REGIONAIS

“É MAIS FÁCIL JOGAR PEDRA NA LUA”

Essa é uma expressão muito utilizada pelo povo quando ver alguém tentando conseguir algo que não é possível alcançar.
Então é nesse momento que usamos esta expressão. Segundo o entrevistado, tentar jogar pedra na lua é impossível, assim como atividade que se tenta realizar.
Autor – Flávio Júnior da Silva
Data - 24/06/2006
Idade - 14 anos

Texto da Ficha 8
HISTÓRIAS LOCAIS

“COMUNIDADE DE CÓRREGO DO MOURÃO”

A comunidade de Córrego do Mourão é situada nos limites entre Cruz e Jijoca de Jericoacoara, ou seja, é a última comunidade de nosso Município a oeste. Tem uma população de aproximadamente 60 habitantes. Famílias simples, suas construções não são diferentes das demais comunidades com a maioria das residências feitas de adobe e telha da ribeira.
Sua vegetação é nativa e hoje predomina plantações de cajueiro. O principal acesso à essa comunidade é pela estrada vinda do asfalto que vai pra Jijoca nos limites da localidade de Paraguai.
A origem do nome é a seguinte: “Córrego” vem de córrego, lago que tem e “Mourão” é porque tinha um tronco muito forte fincado às margens do córrego, local onde as manchetes amarravam os bois, antes de abatê-los, por isso começaram a chamar esse nome.
Nos aspectos econômicos, predomina a plantação do cajueiro gigante. Mas com os invernos escassos a produção caiu e assim os habitantes começaram a se mudar para a cidade de Jijoca de Jericoacoara em busca de outros meios de vida. E assim a comunidade vem diminuindo bruscamente seu número de habitantes, chegando também a desmoronar a Associação dos Moradores que funcionava. Assim diz a entrevistada, Zuila Monteiro Araújo de Souza, residente ainda na comunidade.
Autor – Maria Ana Célia da Costa
Data - 01/07/2006
Idade - 13 anos


Texto da Ficha 8
HISTÓRIAS LOCAIS

“LAGOINHA – SANTA ROSA”

O entrevistado José Milton Menezes diz que a história do nome da comunidade surgiu quando foi descoberto por habitantes, há muitos anos, onde o relevo predominante é de declive e que tem formato de lagoa.
Já teve que chegou a ver uma pequena lagoa que com pouco tempo desapareceu e que dizem que aquele espaço hoje é “encantado”. É confirmado por todos que aqui moram que este lugar é “fofo” como se fosse vulcânico.
É um lugar muito bem organizado com aproximadamente 200 habitantes que moram em uma vila de casas de alvenaria e que trabalham na agricultura, cuidando de terras próprias conquistadas pelo esforço e trabalho desenvolvido coletivamente com os mesmos fins.
É através da Associação que a comunidade se beneficia com projetos federais que ajudam no desenvolvimento social de cada morador.
Esta comunidade tem uma área de aproximadamente 15 m², a vegetação é de caatinga, que abriga diversidade da fauna e da flora por motivo de conservar grande mata ativa.
Autor – Rogério Carlos de Sousa
Data - 05/07/2006
Idade - 13 anos


Texto da Ficha 8
HISTÓRIAS LOCAIS


“COMUNIDADE DE SOLIDÃO”

Com área de 18 km² , população de aproximadamente 600 pessoas, Solidão é uma pequena comunidade que se localiza na região oeste do Município de Cruz. Faz fronteiras com as seguintes comunidades: a leste, Aroeira, ao norte, Paraguai, oeste, Córrego do Mourão e ao sul, Lagoinha e Solidão II. Está localizada a 32 km de distancia do Município de Cruze a vegetação predominante nesta região é a caatinga.
A origem do nome Solidão tem aproximadamente 180 anos. Conta-se que existiu um sr. Chamado Sabino Camboeiro, que se apossou de todas as terras. Ele residia no Paraguai e todos os dias ia trabalhar nestas terras onde não morava ninguém e dizia para sua esposa e para outras pessoas que ia para as terras da Solidão, porque era totalmente desabitada.
As terras só foram descentralizadas de suas mãos quando foi aparecendo alguém que tinha dinheiro para comprar algum pedaço. O povoado foi surgindo aos poucos e todos que lá chegavam chamavam de Solidão, que então tornou-se nome oficial do lugar.
Outra versão para este nome vem do Córrego que se situa na comunidade e apresenta formato de ‘S’, onde antes chamavam Córrego do Solidão, mas devido às secas recentes, o córrego ficou sem água e passou a se chamar apenas Solidão.
Solidão tem características próprias, mas é igual a outras comunidades do interior. Tem um único líder político: um vereador, do qual se destacou na agricultura e conseguiu, através das Associações, muitos investimentos e em 1983 foi premiado com um biodigestor. Daí por diante a comunidade recebeu um campo de raspa, casa de farinha, fábrica de cajuína, trator, que beneficiam todos os moradores.
A comunidade tem várias fontes de lazer: escola, quadra esportiva, campos de futebol, e assim sendo, as crianças se envolvem nas atividades, até mesmo na colheita de castanha como fonte de renda. Todos vivem da agricultura e se destacam na produção de castanha de caju.
É sempre importante conhecermos a história da comunidade em que moramos, para assim passarmos de geração em geração.
Autor – Flaviana Oliveira do Nascimento
Data - 05/06/2006
Idade - 13 anos


Texto da Ficha 10
INSTITUIÇÕES E ENTIDADES LOCAIS

“ASSOCIAÇÃO DE SANTA ROSA - LAGOINHAS”

Segundo o entrevistado, Vicente de Paulo Oliveira, a Associação de Santa Rosa foi fundada em 11/05/1996 com 30 sócios. Elaboram projetos para receber benefícios financeiros no intuito de desenvolver melhor as agriculturas da comunidade e também melhorarem o meio social em que vivem.
Primeiramente foi beneficiada com o projeto de energia elétrica, mas logo em seguida alguns sócios desistiram, deixando desativada a Associação. Com a desistência de membros, em algumas pessoas da comunidade vizinha – Solidão – o interesse de se mobilizar na tentativa de resgatar e pôr novamente em andamento novos projetos já pensados, pedindo ajuda conjunta da EMATERCE e ao líder político representante, Geraldo Cunha.
Depois de tudo organizado novamente, buscaram opiniões e elaboraram outros novos projetos como a compra de um imóvel de 1286 hectares. Também conseguiram um projeto federal para a construção de 30 casas de alvenaria para cada sócio.
Já forma muitas conquistas como por exemplo compras de trator para uso no cultivo das terras, construção de cercas de arame, equipamento necessário para o desenvolvimento de atividades agrícolas, compras de animais bovinos, etc.
Autor – Rosângela Maria da Silva
Data - 03/07/2006
Idade - 12 anos


Texto da Ficha 10
INSTITUIÇÕES E ENTIDADES LOCAIS

“ASSOCIAÇÃO DOS MORADORES DE SOLIDÃO”

O entrevistado, Geraldo Marques da Cunha, conhecido como Geraldo Pedro, vereador de etnia parda, nascido e residente em Solidão há 527 anos, fala sobre a Associação.
Segundo ele, foi fundada em 1980 e tem como objetivo trazer melhorias para a comunidade. Na época, um grupo de moradores interessados lançaram projetos que foram aprovados e assim puderam ser beneficiados para aplicação de recursos na agricultura. Com isso, aumentou a renda dessas famílias, pois os cajueiros são melhores tratados com o uso de tratores, trabalham com a produção de produtos vindos do caju, etc.
A participação é ativa, todos os trabalhos são feitos coletivamente e assim é possível a realização de todos os projetos lançados.
Esta entidade tem o apoio dos representantes políticos do Município e de outras entidades com os mesmos fins, que são lucrativos.
Autor – Isaque Veras Araújo
Data - 05/07/2006
Idade - 12 anos

Texto da Ficha 10
INSTITUIÇÕES E ENTIDADES LOCAIS


“APM PEDRO MARQUES DA CUNHA”

A APM de Solidão foi fundada em 1999. É entidade sem fins lucrativos que foi criada em 25 de abril de 1999. A mesma desenvolve ações educativas para conscientizar toda a comunidade local sobre a formação humana. É composta por Pais e Mestres que são muito interessados na qualificação pessoal e profissional dos educandos que aqui estudam.
O objetivo maior da entidade é formar grupos organizados em busca de melhorias para o estabelecimento de ensino, podendo assim oferecer educação de qualidade para todos. Já foram muitos conquistas desde quando implantada, pois já foram realizadas várias compras de materiais tanto permanente como consumo que se fazem bastante necessário para um bom andamento do estabelecimento.
Todas as atividades propostas como projetos educativos, aplicação dos recursos financeiros, etc são de conhecimento de toda a comunidade escolar pois assim a escola promove vínculos direto com todos, e mantém a participação ativa por todos os membros.
Autor – Regina Maria da Costa
Data - 03/07/2006
Idade - 12 anos

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