Texto da Ficha 1
MANIFESTAÇÕES CULTURAIS E EVENTOS
“ARRASTA PÉ”
A escola Manoel Antônio da Silveira desde 1997 realiza este evento mais conhecido como quadrilhas juninas. Tudo começou quando a Sra. Maria Lucineuda de Vasconcelos, apresentou pela primeira vez na comunidade de Cambota – Bela Cruz – Ceará e gentilmente veio iniciar este evento na comunidade de Frei Jorge. A partir daí a atual diretora, Sandra, não deixou esta manifestação ser esquecida.
Realizada anualmente com a participação de alunos e outros jovens da comunidade, a quadrilha e o evento em si tem duração de 02 horas, no período da noite do mês de junho.
É um momento bem animado e dançante onde todos gostam de participar, mesmo com espectadores. “É nesse momento que as crianças e adolescentes se envolvem na organização e realização do evento”, afirma a Sra. Sandra, organizadora e completa: “Para mim é muito importante porque é a partir dessa manifestação que as pessoas demonstram sua cultura e participam com empenho”.
Autor – Maria Jaqueline Pinto
Data - 13/06/2006
Idade - 14 ano
Texto da Ficha 1
MANIFESTAÇÕES CULTURAIS E EVENTOS
“SERESTA”
Na comunidade de Frei Jorge, município de Cruz, em um bar que recebe o mesmo nome do lugar, acontece um movimento que reúne crianças, jovens, e pessoas de mais idade que querem ter um momento de descontração.
Antes serenata, agora com algumas modificações, temos o movimento mais popularmente conhecido como seresta. Iniciado em 2004 pelo Sr. Edilson e posteriormente pelo sr. Olavo Muniz, representa para a comunidade uma forma de animar o lugar. É um lazer para quem participa, além de ser uma fonte de renda.
“É uma forma de diversão, de mostrar que há formas de divertimentos sadios. É um ambiente familiar seguro”, afirma o entrevistado.
Autor – Simone Nagela Vasconcelos
Data - 15/06/2006
Idade - 14 anos
Texto da Ficha 2
OFÍCIOS E MODOS DE FAZER
“SR. RAIMUNDO LINO E SUA ARTE DE ESCULPIR”
Pitombeiras do Cajueirinho, Cruz – Ce é onde mora o Sr. Raimundo Lino Filho, filho de Raimundo Lino Nascimento e Maria Madalena Espírito Santo, 76 anos, residente na localidade há 29 anos, natural de Sobral.
Veio morar em Pitombeiras com 47 anos de idade e foi com esta idade que iniciou seus trabalhos com escultura em madeira. “Depende do material encontrado, conforme minha imaginação faço as esculturas”, afirma o entrevistado.
Ele afirma que é uma pessoa simples, acolhedora e que se preocupa com o futuro da criança e do adolescente. As obras feitas por ele são; um ratinho, uma vaquinha, macaquinhos, veados, mão humana, passarinho ,cobra, etc.
Para o entrevistado seu trabalho incentiva a criança a tentar fazer o que sua imaginação lhe pede. Seu Raimundo finaliza a entrevista com uma frase marcante: “Sou analfabeto, mas não sou louco”.
Autor – Simone Nágela Vasconcelos
Data - 25/06/2006
Idade - 13 anos
Texto da Ficha 2
OFÍCIOS E MODOS DE FAZER
“O DOCE DE CAJU, UMA IGUARIA DA REGIÃO DE FREI JORGE”
Frei Jorge, Cruz – Ce, é onde reside, há 18 anos, a Sra. Maria Vanda Silveira Sousa, popularmente conhecida como Dona Vanda, filha de José Araújo da Silveira e Maria Odília da Silveira, natural de Lagoa Salgada, aprendeu aos 24 anos a arte de fazer doce com suas cunhadas.
“O caju deve ser colhido e escolhido direto do pé. Em seguida tira-se a pele, corta-se o caju em quatro pedaços ou pode deixá-lo inteiro (deve-se usar 40 cajus para 01 litro de vinho e 01 kg de açúcar), leva-se ao fogo até apurar, sem mexer, somente encalçar com a colher de pau e o fogo deve ser em brasa”, afirma a entrevistada.
D. Vanda considera importante a arte da fabricação artesanal do doce de caju, pois faz parte da cultura da sua região e finaliza a entrevista com a seguinte frase: “Gosto de fazer tudo que tem a ver com a cozinha e a culinária da nossa região”.
Autor – Simone Nágela Vasconcelos
Data - 25/06/2006
Idade - 13 anos
Texto da Ficha 2
OFÍCIOS E MODOS DE FAZER
“CAJUÍNA”
Frei Jorge, Cruz – Ce, em sua residência, a Sra. Maria Marlene de Sousa,43 anos, filha de Raimundo Marques de Sousa e Esmeralda Alda de Sousa, habitante da comunidade há 29 anos, realiza a fabricação da cajuína, uma bebida típica da região.
“No ano de 2002 me interessei por essa atividade e através da Sra. Maria Socorro Sousa, minha cunhada, aprendi a fazer a cajuína”, afirma a entrevistada. Segundo ela, colhe-se o caju diretamente do pé, sem lavá-lo e especialmente selecionado ,espreme todos, coloca-se cola para cortar o vinho, leva o líquido para coar, enche-se os litros e os cozinha num tambor por aproximadamente 5 horas.
A entrevistada afirma com confiança: “Além de ser uma bebida nutritiva é uma maneira de influenciar a criança e o jovem a desempenhar uma atividade”.
Autor – Simone Nágela Vasconcelos
Data - 22/06/2006
Idade - 13 anos
Texto da Ficha 2
OFÍCIOS E MODOS DE FAZER
“ARTE DE FAZER CALCINHAS”
Cleide Dayane Vidal, residente da comunidade de Frei Jorge há 09 anos, nos conta sobre a arte que aprendeu com uma vizinha: a confecção de calcinhas infantis.
O materiais utilizados são malhas, rendas, elástico, linha e a máquina de costura. Etapas: recorta-se o pano conforme o modelo, realiza o feitio do babado de renda (um tipo de enfeite) fecha a calcinha e costura o elástico.
Conta ela, que é uma arte que considera sua realização um passa-tempo agradável e também uma maneira de render lucros para ajudar no sustento da família.
Autor – Simone Nágela Vasconcelos
Data - 13/06/2006
Idade - 13 anos
Texto da Ficha 2
OFÍCIOS E MODOS DE FAZER
“A ARTE DO CROCHÊ E O AMOR DE D. VANDA POR SUA ATIVIDADE”
Habitante da comunidade de Pitombeiras do Cajueirinho desde criança, Maria Vanda do Nascimento, filha de Expedito Gabriel da Cunha e Rita Honório do Carmo, 40 anos, tem uma grande paixão pelo crochê, considerada uma atividade prazerosa e importante em sua vida, aprendeu o crochê com sua irmã, com 16 anos aproximadamente. “Acho importante essa atividade porque é a coisa que faço e cada um deve valorizar aquilo que faz”, afirma a entrevistada.
Aparentemente fácil de fazer, o crochê segue as seguintes etapas para sua realização: pega-se a linha ou fio, com a agulha realiza o trabalho de ponto a ponto, conforme o modelo a ser desenvolvido. Os produtos resultantes dessa atividade são: varanda, cortina, centro de mesa, colcha de cama, roupas, tapetes.
D. anda reforça: “Faço porque gosto, além de ser também uma forma de ganhar algum dinheiro e que influencia muito a criança e o adolescente a exercer essa arte”.
Autor – Maria Jaqueline Pinto
Data - 11/06/2006
Idade - 14 anos
Texto da Ficha 2
OFÍCIOS E MODOS DE FAZER
“ARTE COM ALGODÃO”
Quem chega em Pitombeiras do Cajueirinho conhece a Sra. Maria José de Jesus, filha de Filomeno Marcos de Vasconcelos e Maria do Carmo de Vasconcelos, 75 anos, reside em Pitombeiras desde os 10 anos de idade. Conhecida por Maria Filó, natural de Aranaú, destaca-se em fazer tecidos com algodão e cordões de São Francisco.
“Descaroço o algodão, boto no talo de carnaubeira, rasgo ao algodão, faz-se o pongar, depois faz-se a estirada e fia no fuso, formando os fios. Depois do fio pronto, forma as bonecas do fio e coloca no monte”, afirma a entrevistada.
Segundo D. Filó, ela faz como arte somente para passar o tempo, já que vive sozinha. Todo seu trabalho é doado para quem precisa. D. Filó é uma pessoa simples e reforça com o seguinte comentário: “Acho bom ajudar as pessoas”.
Autor – Andréia Maiara Cunha
Data - 22/06/2006
Idade - 11 anos
Texto da Ficha 2
OFÍCIOS E MODOS DE FAZER
“D. JANDIRA E SEU AMOR PELA CULTURA”
Pitombeiras do Cajueirinho, Cruz – Ce, é onde reside desde criança a Sra. Maria Jandira Lino,44 anos, filha de Raimundo Lino Filho e Maria Alves Penha, onde teve influência de sua mãe, o que despertou o interesse pela costura. Seu primeiro trabalho foi aos dez anos de idade (ajustou um vestido para seu próprio uso).
“Primeiramente prepara-se a máquina de costura, pega-se uma roupa e a partir daí desenha seu molde, corta-se o pano e costura, por fim coloca-se os acessórios”, afirma a entrevistada. Trabalha-se somente para si, nunca exerceu essa atividade profissionalmente. Aprendeu e atualmente realiza seus trabalhos por necessidade e prazer. Adora costurar, pois é uma atividade prazerosa.
“É importante uma pessoa exercer uma atividade que lhe dê prazer e que também ajude no sustento da família”, reforça a entrevistada.
Autor – Simone Nágela Vasconcelos
Data - 12/06/2006
Idade - 13 anos
Texto da Ficha 2
OFÍCIOS E MODOS DE FAZER
“SRA. MARLENE E SUA ARTE ATRAVÉS DO CROCHÊ”
Quem mora em Freei Jorge sabe da paixão da Sra. Maria Marlene de Sousa, 25 anos, pelo crochê. Filha de José Ermino de Sousa e Terezinha Maria Jesus, conhecida por Meire, aprendeu essa atividade com sua mãe ainda criança (10 anos).
“Pega-se a linha ou o fio e realiza-se o trabalho de ponto aponto, conforme o modelo” afirma a entrevistada. Esta é uma atividade comum aqui na região, praticamente todas as mulheres de Frei Jorge sabem realizar o trabalho de crochê.
Os produtos resultantes dessa atividade são: varanda, centro de mesa, enfeite. “Aprendi ainda criança e foi a maneira de trabalhar que eu me interessei por essa arte”, afirma a entrevistada.
Autor – Lucélio Cezar Vasconcelos
Data - 25/06/2006
Idade - 29 anos
Texto da Ficha 2
OFÍCIOS E MODOS DE FAZER
“MOCORORÓ, A BEBIDA DO CAJU”
Pitombeiras do Cajueirinho, Cruz – Ce, nessa localidade encontra-se a residência de Maria Lucineide do Nascimento, filha de Raimundo Pio do Nascimento e Maria Socorro de Araújo. Ela é conhecida por todos da comunidade por sua arte de fazer uma bebida alcoólica chamada de mocororó. Aprendeu fazendo sozinha, baseado no que alguém havia comentado sobre o assunto.
O ingrediente principal é o caju azedo. Colhe-se o fruto diretamente do pé, espreme-se o fruto e em seguida adiciona-se a cola para cortar o vinho, côa e depois coloca num litro e deixe de repouso por alguns meses. Passado esse tempo é só consumir. “Faz parte da cultura do povo da comunidade”, afirma a entrevistada.
A produção dessa bebida é totalmente artesanal e serve apenas para consumo da família e amigos de D. Lucineide.
Autor – Liliane Célia Silveira
Data - 17/06/2006
Idade - 17 anos
Texto da Ficha 2
OFÍCIOS E MODOS DE FAZER
“ARTESANATO EM PALHA”
Pitombeiras do Cajueirinho, Cruz – Ce, é onde reside a Sra. Maria do Socorro da Conceição , filha de Manoel Raimundo de Sousa e Maria das Neves Conceição.
D. Socorro é conhecida por todos da comunidade por se destacar na fabricação de artesanatos em palha. Observando algumas pessoas da comunidade, aprendeu aos 15 anos de idade a fazer urus, bolsas, sacas e esteiras.
“Primeiro risca a palha para fazer a trança (a palha tem que ser seca) depois que a trança estiver pronta, costura cada parte e realiza a montagem do objeto. A palha tem que ser do olho da carnaubeira”, afirma a entrevistada e acrescenta: “Essa atividade é muito importante, pis me ajudou a criar meus filhos e eu tento ajudar as pessoas que não sabem fazer”.
Autor – Liliane Célia Silveira
Data - 18/06/2006
Idade - 17 anos
Texto da Ficha 2
OFÍCIOS E MODOS DE FAZER
“DOCE DE CAJU”
Pitombeiras do Cajueirinho é onde mora a senhora Maria Euzália da Cunha, filha de Expedito Gabriel da Cunha e Rita Honório do Carmo, natural de Aroeiras, aprendeu a fazer sozinha diversos doces, entre eles o doce de caju. “Quando eu aprendi a fazer o doce já era adulta e ainda hoje faço essa atividade para meu consumo”, afirma a entrevistada.
“Primeiramente retira-se o caju diretamente do pé, em seguida retira-se a pele do fruto e espreme-se a parte do vinho (é necessário espremer o caju porque o doce pode ficar muito escuro e forte) coloca para cozinhar e apurar. Utiliza-se 2 kg de açúcar para 50 cajus”, afirma D. Euzália. E acrescenta: “É importante porque influencia os jovens a exercer esta atividade”.
Autor – Meiriane Telma Silveira
Data - 15/06/2006
Idade - 15 anos
Texto da Ficha 2
OFÍCIOS E MODOS DE FAZER
“A POLICULTURA DO ROÇADO”
Frei Jorge, Cruz – Ce e onde reside o sr. José Edílson de Sousa, filho de Lúcio Muniz de Sousa e Maria Neusa Moraes de Sousa, reside na comunidade desde criança onde aprendera com seu paio como se desenvolve a técnica agrícola do roçado.
“A primeira coisa a fazer é derrubar a mata, retira-se a madeira para confecção da cerca, depois faz-se a queimada, planta-se o milho, o feijão, melancia, jerimum, mandioca, cajueiro, melão, pepino. Durante o desenvolvimento do que foi plantado é necessário limpar, ou seja, capinar. Depois faz-se a colheita dos produtos”, afirma o entrevistado.
O desenvolvimento do roçado é todo artesanal, utiliza-se técnicas do tempo dos avós do entrevistado.
“Tem tudo a ver com a criança e o adolescente, pois desde cedo aprende-se esta arte”, acrescenta o Sr. Edílson.
Autor – Meiriane Telma Silveira
Data - 30/06/2006
Idade - 15 anos
Texto da Ficha 3
LUGARES, PRÉDIOS E CONSTRUÇÕES
“ESCOLA DE PITOMBEIRAS”
Fundada em 1990 na gestão de Antônio Raimundo, a escola de Pitombeiras do Cajueirinho iniciou seus trabalhos em 1991. O terreno da mesma foi doado pelo sr. Francisco das Chagas Pereira.
Atualmente este estabelecimento de ensino esta anexado a EEF Manoel Antônio da Silveira, em Frei Jorge e funciona a creche e a EJA (Educação de Jovens e Adultos). Esta escola já foi palco de muitos eventos (Dia das Mães, Novenas do Mês de Maio e outros festejos) atualmente tais manifestações fazem parte da lembrança dos moradores.
Para a Sra. Arlinda de Sousa Carvalho, esta escola forma cidadãos de boa conduta e gera emprego para a comunidade.
Autor – Liliane Célia Silveira
Data - 17/06/2006
Idade - 17 anos
Texto da Ficha 3
LUGARES, PRÉDIOS E CONSTRUÇÕES
“CASA DE FARINHA”
Construída há aproximadamente 5 anos a casa de farinha dos Srs. Arimar e Olavo Silveira é um local procurado por todos da região. Apesar de ser uma construção recente, é de muita importância para todos do lugar, pois neste local fabrica-se a farinha, a goma e forragem para animais.
“É um lugar tranqüilo, é uma fonte de renda para todos, além de servir para repassar a cultura da farinha aos mais jovens”, afirma a Sra. Tereza de Jesus da Silva Freitas e acrescenta: “É um local onde fortalece a economia do lugar”.
Autor – Lucélio Cezar Vasconcelos
Data - 16/06/2006
Idade - 29 anos
Texto da Ficha 3
LUGARES, PRÉDIOS E CONSTRUÇÕES
“CASA DE FARINHA”
Bairro de Pitombeiras do Cajueirinho, situado no município de Cruz encontra-se na casa a casa de farinha.
A casa de farinha foi construída no ano de 1973, no terreno do Sr. Raimundo Pio do Nascimento, na época a mata era nativa. Então foi devastada e construída. Ativa desde então, é freqüentada por pessoas da comunidade para trabalhar, ajudar e conversar.
Nela são feitas as farinhadas nas épocas de julho e agosto pelas famílias da comunidade. É sempre um lugar bom de se trabalhar devido à sua estrutura física.
Autor – Andréia Maiara da Cunha
Data - 15/06/2006
Idade - 11 anos
Texto da Ficha 3
LUGARES, PRÉDIOS E CONSTRUÇÕES
“CACURUTA, BERÇO DOS MISTÉRIOS”
Em Pitombeiras do Cajueirinho, Cruz – Ce há um serrote conhecido por todos pelo nome de Cacuruta. Devido sua altitude é possível se ter uma visão panorâmica de muitos locais circunvizinhos, inclusive o mar.A Cacuruta localiza-se nas terras do sr. Raimundo Lino.
Este local guarda certos segredos, há quem diga que é encantado e quem conseguir essa proeza poderá transformar-se numa cidade. Há comentários que Jericoacoara e a cacuruta fazem parte do mesmo encantamento. “Sua beleza desperta a curiosidade de todos que moram em Pitombeiras e regiões circunvizinhas”, afirma Janaína Daiane do Carmo, 16 anos.
Os moradores contam que no passado alguns estrangeiros vieram realizar estudos nesse lugar e deixaram uma espécie de marco, isto é, fixaram uma pedra, um tipo de metal que lembrava uma moeda. Tal marco tinha uma espécie de degrau. Porém, infelizmente, não existe mais, pois destruíram parte da cacuruta para extração de pedras para construir o calçamento da cidade. ”A beleza desse patrimônio merece ser preservada”, afirma a entrevistada. Seria interessante que a Prefeitura de Cruz registrasse este local como patrimônio da cultura cruzense.
“É um lugar de uma beleza incomparável, o pôr-do-sol nessa região faz a gente esquecer dos problemas pessoais”, afirma a entrevistada.
Autor – Liliane Célia Silveira
Data - 19/06/2006
Idade - 17 anos
Texto da Ficha 3
LUGARES, PRÉDIOS E CONSTRUÇÕES
“O CHAFARIZ PÚBLICO”
Terreno situado em Pitombeiras do Cajueirinho, município de Cruz, encontra-se o chafariz público.
Foi e está sendo uma obra importantíssima para a comunidade, pois há alguns anos as águas da cacimba não estavam mais capazes de serem consumidas. Então veio o projeto do chafariz que tem sido uma riqueza para a população necessária de água e também para a escola.
O povo agradece esse projeto e orgulha-se do chafariz pela sua magnífica água que lhes é distribuída.
Autor – Maria Samara Cunha
Data - 16/06/2006
Idade - 10 anos
Texto da Ficha 3
LUGARES, PRÉDIOS E CONSTRUÇÕES
“CHAFARIZ”
Localizado nas mediações da escola de Frei Jorge está o chafariz, abundante distribui água potável para muitas pessoas. Infelizmente, sua água é um pouco salobra, mas apesar disso é importante para a comunidade.
Construído em 2004 na gestão do prefeito Manoel Nélson da Silveira. “Este local é importante para a comunidade porque fornece água para toda a população e facilita a vida das pessoas”, afirma Carlos Alberto Silveira, 28 anos, e acrescenta: “Água é vida e independente da idade precisamos dela”.
Autor – Lucélio Cezar Vasconcelos
Data - 23/06/2006
Idade - 29 anos
Texto da Ficha 3
LUGARES, PRÉDIOS E CONSTRUÇÕES
“EEF MANOEL ANTÔNIO DA SILVEIRA ”
Localizada vizinho à casa do Sr. Olavo Silveira, a escola de Frei Jorge foi construída em 1994 e no ano seguinte iniciou os trabalhos de educar o povo da região. O terreno foi doado pelo Sr. Francisco Jasmil Silveira.
Atualmente possui 03 salas de aula, 01 sala de leitura, 01 diretoria, 01 almoxarifado, 02 baterias de banheiro. É um local acolhedor onde acontecem muitos eventos: quadrilhas, comemorações do Dia das Mães/ Pais, Festejos de 07 de Setembro, culminâncias de projetos pedagógicos. “É um local importante porque prepara o aluno para a vida intelectual e social. É também onde todos aprendem e desenvolvem seu intelecto”, afirma a professora Maria Ivanete de Sousa, e acrescenta: “Aqui é minha vida , meu trabalho, meu lazer”.
Autor – Lucélio Cezar Vasconcelos
Data - 19/06/2006
Idade - 29 anos
Texto da Ficha 4
LENDAS, CAUSOS, SUPERSTIÇÕES E CURIOSIDADES
“SERPENTE DA CARCURUTA ”
A lenda aconteceu na Cacuruta em Pitombeiras do Cajueirinho, no Serrote, onde todos conhecem como Cacuruta. Na presença dos dois pesquisadores americanos a cobra avistaram a cobra e tentaram matá-la, mas de repente ela sumiu. Os mesmos procuraram e alguns minutos mais tarde chegaram dois moradores da localidade e avistaram os pesquisadores armados procurando a serpente. Mas não encontraram.
As pessoas falam que essa serpente é uma princesa encantada e um tesouro que só se desencanta se um recém-nascido for morto e o sangue do mesmo for colocado na pedra principal da cacuruta. Contam os moradores que ouvem falar esses fatos.
Autor – Liliane Célia Silveira
Data - 14/06/2006
Idade - 17 anos
Texto da Ficha 4
LENDAS, CAUSOS, SUPERSTIÇÕES E CURIOSIDADES
“SAIR PELA PORTA DA FRENTE AO ACORDAR”
Quem conhece o Seu Francisco Jasmil da Silveira sabe de seu hábito rotineiro: quando acorda a primeira coisa que faz é sair de casa pela porta da frente e ficar um bom tempo no pátio da casa, pois tal atitude traz sorte. “Aprendi vendo meu pai fazer. E tem resultado!”. Afirma com toda a segurança o entrevistado.
Verdade ou não, o Sr. Chico Nel é uma das pessoas mais ricas da região onde mora.
Autor – Maria Samara Cunha
Data - 27/06/2006
Idade - 10 anos
Texto da Ficha 4
LENDAS, CAUSOS, SUPERSTIÇÕES E CURIOSIDADES
“A BICICLETA MISTERIOSA”
Quem andar pelas estradas de Pitombeiras do Cajueirinho tarde da noite, provavelmente irá se deparar com a bicicleta misteriosa. Na realidade, quem presença este fenômeno ou aparição não chega a vê-la, ouve-se somente um ruído apenas o ruído que lembra o da catraca de uma bicicleta. A pessoa espera esse meio de transporte passar e nada acontece.
Para a entrevistada, Eva Vilma do Araújo Nascimento, quem ouve esta história desperta a curiosidade, principalmente os adolescentes, pois são fascinados por esse tipo de história.
Autor – Maria Jaqueline Pinto
Data - 10/07/2006
Idade - 14 anos
Texto da Ficha 4
LENDAS, CAUSOS, SUPERSTIÇÕES E CURIOSIDADES
“ANIMAL MISTERIOSO”
Em uma noite de lua clara, em meados do mês de abril de 2002, o Sr. Manoel Antônio Silveira, filho do Sr. Chico Nel, observou que seu cachorro latia constantemente de forma assombrada. Quando ele abriu a janela de sua casa, um ser misteriosos passou bem perto de onde ele estava e sumiu sem deixar vestígios, esse fato o deixou muito intrigado e com muito medo. “Fiquei impressionado com o que vi”, afirma o entrevistado.
Autor – Maria Jaqueline Pinto
Data - 12/07/2006
Idade - 14 anos
Texto da Ficha 5
BRINCADEIRAS E BRINQUEDOS INFANTIS
“CARRINHO DE LATA”
Ser criança é tudo! Acontece em Pitombeiras do Cajueirinho, município de Cruz. Marcos William, um menino de 08 anos, que fabrica seus brinquedos. Mora em frente ao chafariz público, onde, junto com seus colegas, pega uma lata de conserva de peixe, lava, depois faz 04 furos para colocar os pneus de tampa de garrafa, de refrigerante. Em seguida constrói e ai brincar com seus irmãos e amigos.
“Adoro ser criança, pois tudo é alegria! Só penso em brincar e desenhar logo depois de resolver meus deveres da escola”.
Autor – Liliane Célia
Data - 19/06/2006
Idade - 17 anos
Texto da Ficha 5
BRINCADEIRAS E BRINQUEDOS INFANTIS
“O CARRINHO DE LATA”
A vida de criança é uma alegria só! Em Pitombeiras do Cajueirinho, Cruz – Ce, a vida das crianças não é diferente. Marcos William, 08 anos, é quem fabrica seus próprios brinquedos. “Pego uma lata de conserva de peixe, faço 04 furos para colocar os pneus de tampa de refrigerante, depois vou brincar com meus amigos”, afirma o entrevistado.
Segundo Marquinhos, sempre pega as latinhas de conserva e faz seus carrinhos e finaliza a entrevista com a seguinte afirmação: “Ser criança é tudo só alegria, não temos preocupações com nada. Só curtir as brincadeiras, desenhar, logo após de realizar meus deveres da escola”.
Autor – Liliane Célia Silveira
Data - 21/06/2006
Idade - 17 anos
Texto da Ficha 5
BRINCADEIRAS E BRINQUEDOS INFANTIS
“CARRO DE LATA”
Algumas crianças de Frei Jorge utilizam um brinquedo simples, muito freqüente no inverno. “O carro de lata é feito da seguinte maneira: pega-se uma lata vazia faz-se um pequeno furo no meio, coloca-se uma arame de um lado a outro enche com areia molhada, põe cordão e o resto é só alegria!”, afirma Manoel Egildo da Silva, 13 anos. “Aprendi vendo os outros meninos fazendo”, afirma o entrevistado e acrescenta: “É muito importante, é uma forma de diversão”.
Autor – Maria Samara Cunha
Data - 20/06/2006
Idade - 10 anos
Texto da Ficha 5
BRINCADEIRAS E BRINQUEDOS INFANTIS
“CARRO DE COROA”
Tudo na vida de uma criança é maravilhoso! É assim que o carro de coroa é fabricado e é motivo de diversão para quem brinca. “Pega-se duas coroas de bicicleta, põe uma madeira roliça no meio, em seguida pega-se uma forquilha encaixada na madeira. Depois é só brincar!”, afirma Carlos Leandro Silveira, 14 anos, e acrescenta: “Faz parte do nosso dia-a-dia, a gente se diverte”.
Autor – Maria Samara Cunha
Data - 28/06/2006
Idade - 10 anos
Texto da Ficha 5
BRINCADEIRAS E BRINQUEDOS INFANTIS
“POÇO DA ATRAÇÃO”
Eliziane é uma garota de 11 anos, moradora da localidade de Pitombeiras do Cajueirinho há 06 anos. Ela nos conta com entusiasmo suas brincadeiras favoritas, entre elas, a brincadeira ‘caí no poço’.
Distribui-se números para os colegas que estiverem envolvidos no momento. Em seguida uma pessoa se manifesta dizendo: caí no poço, a turma responde no pescoço, assim o participante inicial escolhe um número e esta pessoa escolhida por ele terá que dar beijos, abraços, aperto de mão...
“Onde moro junto-me com a turma e brincamos assim durante a noite, é muito divertido!”, conta ela.
Autor – Andréia Maiara Cunha
Data - 26/06/2006
Idade - 11 anos
Texto da Ficha 5
BRINCADEIRAS E BRINQUEDOS INFANTIS
“CAVALO DE PAU”
Como é bom as lembranças da infância! Na localidade de Pitombeiras do Cajueiro mora Andréia, uma menina de 11 anos, que cria seus próprios brinquedos, inclusive pó ‘cavalo de quenga’. “Pego uma quenga de coco furada, depois pego um cordão e enfio no buraco, amasso um pauzinho debaixo da quenga para não escapar e em seguida coloco o pé em cima da quenga, seguro o cordão e vou andando”.
“Tudo isso é muito gostoso, pois criança gosta muito de brincar, de viver alegre com os amigos”, diz ela.
Autor – Maria Samara
Data - 12/06/2006
Idade - 10 anos
Texto da Ficha 6
FIGURAS POPULARES
“DONA MARLENE”
Comunidade de Frei Jorge, município de Cruz – Ce, residência da Sra. Maria Marlene de Sousa, 43 anos, natural de Bela Cruz. Residente no Município há 29 anos, D. Marlene é uma pessoa popular, dedicada ao trabalho em orientar as pessoas sobre questões de 1º socorros, além de ser uma das organizadoras do Mês de Maio.
Há 09 anos se destaca na comunidade em auxiliar os moradores sobre questões de consultas, vacinas de criança, é uma pessoa respeitada na comunidade e considerada importante, pois mantém-se aberta ao diálogo e sempre atende a todos com respeito e simplicidade. Além dessa função exerce também a função de líder espiritual, pois organiza com outras pessoas da comunidade as novenas do Mês de Maio.
Que D. Marlene seja sempre esse exemplo para todas as crianças e jovens de Frei Jorge e que sua simplicidade conquiste ainda mais o espaço de todos.
Autor – Lucélio Cézar
Data - 13/06/2006
Idade - 29 anos
Texto da Ficha 6
FIGURAS POPULARES
“JOSÉ OLAVO SILVEIRA”
Quem chega em Frei Jorge é fácil conhecer José Olavo Silveira, filho do Sr. Francisco Jasmil da Silveira e Geralda Marques Silveira. É um homem que sempre ajuda as pessoas de sua localidade e também do Município.
Há 14 anos é vereador, representa para as crianças e adolescentes um exemplo de liderança e membro de uma família unida e preocupada com o bem comum de todos. Sempre auxilia quem o procura, orientando como adquirir alguns documentos básicos, utilizando muitas vezes seu próprio carro para socorrer pessoas até o Hospital Municipal ou à Santa Casa de Misericórdia de Sobral.
Que o Sr. Olavo Silveira seja sempre este exemplo para as pessoas da região e que nunca desista de ajudar aqueles que precisam de seu auxílio.
Autor – Lucélio Cezar Vasconcelos
Data - 13/06/2006
Idade - 29 anos
Texto da Ficha 6
FIGURAS POPULARES
“MAMOEL ANTÔNIO DA SILVEIRA”
O Sr. Manoel Antonio da Silveira foi o primeiro morador da localidade de Frei Jorge. Filho de Livino José da Silveira e Maria Antônia da Silveira, chegou nessa localidade em 1935 com esposa e 09 filhos.
Tornou-se conhecido por ser uma pessoa que empregava muita gente para trabalhar em suas terras e também por ajudar sempre aqueles que precisasse de auxílio.
“É um exemplo para os jovens e crianças, pois meu pai foi uma pessoa honesta e trabalhadora” afirma o entrevistado Francisco Jasmil da Silveira.
Autor – Lucélio Cézar
Data - 13/06/2006
Idade - 29 anos
Texto da Ficha 6
FIGURAS POPULARES
“GLEISSE”
Gleissiane Geisa Cunha, residente na localidade de Pitombeiras do Cajueirinho, 19 anos, natural da própria localidade, é responsável pelas novenas de maio e alguns eventos da comunidade.
Há dois anos destaca-se em organizar serestas e jogos no campo de futebol de seu pai, o sr. Geraldo Expedito Cunha. “Me identifico com todos, desde crianças até os mais velhos”, comenta Gleissiane.
Ela é uma referência na localidade, popular por suas ações, é uma pessoa simples, sorridente e que sempre conquista a atenção e o respeito de todos. Apesar de achar pouco seu desempenho, o povo a considera uma pessoa popular.
Que Gleissiane seja sempre esse exemplo para os jovens de sua comunidade e que a cada dia conquiste seu espaço no Município.
Autor – Lucélio Cezar Vasconcelos
Data - 20/06/2006
Idade - 20 anos
Texto da Ficha 6
FIGURAS POPULARES
“GERALDO DOCA”
Quem chega em Pitombeiras do Cajueirinho é fácil encontrar o Sr. Geraldo Francisco Nascimento, popularmente conhecido como Geraldo Doca, 43 anos, natural de Paraguai. Mora na localidade há 33 anos.
É uma pessoa esforçada pelos problemas da localidade. Sempre procura ajudar no bem-estar dos moradores. Desenvolve trabalhos relacionados à Associação dos Moradores de Pitombeiras do Cajueirinho, é um grande representante político que busca sempre trazer benefícios para a comunidade. Preocupa-se muito com o futuro intelectual dos jovens e das crianças.
Que o Sr. Geraldo Doca seja sempre um exemplo para sua comunidade e que o mesmo seja uma referência na comunidade.
Autor – Liliane Célia
Data - 14/06/2006
Idade - 17 anos
Texto da Ficha 6
FIGURAS POPULARES
“DIRETORA SANDRA”
Comunidade de Frei Jorge, município de Cruz – Ce, mora Francisca Sandra Prado, 28 anos, natural de Maracanaú, mora na localidade há 08 anos.
É uma pessoa envolvida na comunidade e presta um trabalho educativo a todas as crianças, jovens, e quem se interessa pela educação como qualidade de vida.
É uma professora que desempenha a função de Diretora, sempre preocupada com o crescimento e desenvolvimento da comunidade.
Em uma relação ampla com todos os educandos é sempre amiga, incentiva-os a trilharem por um mundo mais significativo, através dos estudos.
Autor – Maria Samara Cunha
Data - 14/06/2006
Idade - 10 anos
Texto da Ficha 6
FIGURAS POPULARES
“RAIMUNDO LINO”
Pitombeiras do Cajueirinho, Cruz – Ce, local onde mora o sr. Raimundo Lino Filho, 76 anos, natural de Sobral, residente na localidade há 29 anos, é uma pessoa conhecida não só pelo povo de sua comunidade, e também por muitas pessoas de outros lugares.
Gosta de ajudar o próximo, cura animais doentes, procura animais perdidos a pedido das pessoas que o procura e desenvolve esculturas. “Tenho muito amor ás crianças e procuro ajudar na medida do possível e incentivo os adolescentes a ajudar seus semelhantes”, afirma o entrevistado, e acrescenta:
“Tenho muito respeito e gratidão com as pessoas da comunidade e sempre costumo dizer: ‘Sou analfabeto mas não sou louco’”.
Que o Sr. Raimundo continue sempre se dedicando à localidade e que o mesmo seja sempre uma referência aos mais jovens.
Autor – Liliane Célia
Data - 13/06/2006
Idade - 17 anos
Texto da Ficha 7
EXPRESSÕES E VOCÁBULOS LOCAIS E REGIONAIS
“CONVERSAR MIOLO DE POTE”
Expressão usada entre os jovens da comunidade que significa alar besteira, introduzir um assunto que não tem nada a ver com o diálogo.
Segundo a entrevistada, não se sabe ao certo sua origem, mas as pessoas sempre incluem essa expressão em seus diálogos. “É a nossa cultura! E o adolescente, juntamente com a criança, sempre aprendeu essa expressão e tal palavra nos ajuda na comunicação”, afirma a entrevistada.
Autor – Lucélio Cezar Vasconcelos
Data - 28/05/2006
Idade - 29 anos
Texto da Ficha 7
EXPRESSÕES E VOCÁBULOS LOCAIS E REGIONAIS
“ESCROTO”
Vocábulo que significa corajoso, destemido, é comum se ouvir tal palavra na comunidade. Para o entrevistado, Carlos Alberto Silveira, essa palavra é importante pois tudo que faz parte da região representa a história e o patrimônio dos moradores.
Desde criança ele sempre ouviu essa palavra e com o passar dos anos a incluiu em seu vocabulário e afirma: “tudo que faz parte da nossa região é importante”.
Autor – Lucélio Cezar Vasconcelos
Data - 20/06/2006
Idade - 29 anos
Texto da Ficha 7
EXPRESSÕES E VOCÁBULOS LOCAIS E REGIONAIS
“TROPO”
Essa palavra é muito falada na comunidade. Seu significado é usado para alguém que fica com as pernas trêmulas.
Não se sabe sua origem, mas o Sr. Carlos Alberto Silveira aprendeu ouvindo os outros e a partir daí passou a utilizá-la. Para o entrevistado, esse vocábulo é importante porque faz parte do dia-a-dia do povo da localidade.
“Faz parte da nossa cultura e influencia a criança e o jovem a falar esta palavra”, afirma o entrevistado.
Autor – Lucélio Cezar Vasconcelos
Data - 15/06/2006
Idade - 29 anos
Texto da Ficha 7
EXPRESSÕES E VOCÁBULOS LOCAIS E REGIONAIS
“INTIRISSO”
Intirisso, palavra que significa fazer alguma coisa direto, sem parar. É usada pelas pessoas de Frei Jorge. O sr. Francisco Jasmil da Silveira afirma: “Aprendi esta palavra ouvindo soa mis velhos falarem, não sei bem ao certo quando começou a ser usado”.
Para o entrevistado, tal vocábulo é importante, pois representa a história da comunidade, e afirma: “Tudo que faz parte da nossa região é nosso”.
Autor – Lucélio Cezar Vasconcelos
Data - 17/06/2006
Idade - 29 anos
Texto da Ficha 7
EXPRESSÕES E VOCÁBULOS LOCAIS E REGIONAIS
“BROCO”
“Deixa de ser broco, menino! Tal frase a Sra. Maria Socorro Sousa sempre ouviu os mais velhos falarem para alguém que demora para aprender algo ou para os distraídos. Não se sabe quando este vocábulo se originou, mas faz parte do vocabulário das pessoas da comunidade.
“Influencia a criança e o adolescente a incluir essa palavra em seu vocabulário”, afirma a entrevistada, e acrescenta: “Tudo que faz parte da cultura do meu lugar é importante”.
Autor – Lucélio Cezar Vasconcelos
Data - 29/06/2006
Idade - 29 anos
Texto da Ficha 7
EXPRESSÕES E VOCÁBULOS LOCAIS E REGIONAIS
“FRESCAR”
“Você vai frescar muito tempo comigo?” A palavra frescar é utilizada por muitas pessoas da comunidade e significa intimar, encrencar.
Segundo o entrevistado, Francisco Jasmil da Silveira, essa palavra faz parte do vocabulário da comunidade há muito tempo. “É importante porque faz parte do vocabulário da nossa região”, afirma o entrevistado.
Como toda palavra, frescar também faz parte do vocabulário dos adolescentes e crianças da comunidade, pois ouvindo os mais velhos falarem, pouco a pouco é incluída no linguajar de todos.
Autor – Lucélio Cezar Vasconcelos
Data - 23/06/2006
Idade - 29 anos
Texto da Ficha 8
HISTÓRIAS LOCAIS
“FREI JORGE”
Localizado a 24 km de distância da sede do Município de Cruz, a localidade de Frei Jorge faz parte da divisa entre Cruz e Bela Cruz.
Seu nome é originado de uma planta chamada Frei Jó. Seu primeiro habitante foi o sr. Manoel Antônio da Silveira, chegando neste lugar em 1935 - atualmente, o morador mais antigo é o sr. Francisco Jasmil da Silveira -, posteriormente veio morar nesta localidade a família Arimatéia.
A economia de Frei Jorge é baseada na agricultura de subsistência, no plantio do cajueiro e na colheita da castanha de caju. Tendo com líder político o vereador Olavo Silveira. Atualmente Frei Jorge possui 53 famílias e 255 habitantes.
“É o lugar onde nascemos e nos criamos e com certeza a tendência é crescer ainda mais. Por ser tranqüilo, as crianças são livres”, afirma o Sr. Francisco Jasmil da Silveira.
Autor – Lucélio Cezar Vasconcelos
Data - 20/06/2006
Idade - 29 anos
Texto da Ficha 8
HISTÓRIAS LOCAIS
“PITOMBEIRAS DO CAJUEIRINHO”
Localizada a aproximadamente 22 km da sede do Município, Pitombeiras do Cajueirinho é uma localidade pacata, onde seu povo é simples e acolhedor.
Com 21 famílias e 86 habitantes, é o lugar onde Maria das Neves da Conceição, 85 anos, se sente bem e acha muito importante. Atualmente ela é considerada a moradora mais antiga da localidade.
Segundo a entrevistada, o primeiro nome do lugar foI Pitombeiras das Pedras, pois seus primeiros moradores eram descendentes de uma família com esse sobrenome.
O primeiro habitante dessa região foi o sr. Gabriel Pedro, conhecido por todos como Pedrinho. Com o passar dos anos chegaram mais famílias e fizeram residência nessa região.
A economia de Pitombeiras do Cajueirinho é baseada na agricultura de subsistência, plantio do cajueiro. Os movimentos culturais mais comuns são: a seresta, novenas do Mês de Maio, jogos de futebol.
D. Neves ainda reforça: “É importante esse lugar, pois é calmo e todos são amigos”.
Autor – Andréia Maiara da Cunha
Data - 28/06/2006
Idade - 11 anos
Texto da Ficha 10
INSTITUIÇÕES E ENTIDADES LOCAIS
“APM DE FREI JORGE”
Fundada aos 27 de abril de 1999 pela Diretora da Escola, Francisca Sandra Prado, a Associação de Pais e Mestres favoreceu muito aos moradores do lugar, em especial crianças e adolescentes da escola Manoel Antônio da Silveira, pois através da Associação a escola passou a ter mais autonomia quanto aos gastos dos recursos financeiros que recebe anualmente.
Seus membros são pessoas da comunidade tais como: professores da escola, diretor, pais de alunos, enfim, pessoas que se interessam no bem-estar e no crescimento educativo de crianças e adolescentes da localidade, sempre apoiando as decisões gerais da Associação, pois com o recurso enviado para cobrir alguns gastos, o Município passa a economizar para a construção de outros projetos.
Autor – Andréia Maiara da Cunha
Data - 10/06/2006
Idade - 11 anos
Texto da Ficha 10
INSTITUIÇÕES E ENTIDADES LOCAIS
“ASSOCIAÇÃO DOS MORADORES DA VILA FREI JORGE”
Fundada em 05 de agosto de 1995, incentivado pelos Srs. Geraldo Cunha e Geraldo Martins, a Associação dos Moradores de Frei Jorge, na época, tinha como objetivo principal elaborar um projeto para instalar a rede elétrica na comunidade e melhorar a vida dos moradores de Frei Jorge.
Ativa desde sua fundação, sendo sediada na EEF Manoel Antônio da Silveira , teve como primeiro Presidente o sr. Arimar Silveira.
Atualmente a sra. Maria Ivanete Sousa é a presidente e na sua gestão tem aprovado o projeto de complementação da rede elétrica local e aguardando aprovação de um projeto de abastecimento de água para a localidade.
“É com essa Associação que poderemos melhorar a vida das crianças, adolescentes e do povo em geral”, afirma a entrevistada e acrescenta: “É importante porque contribui para o desenvolvimento do lugar e conseqüentemente do Município”.
Autor – Andréia Maiara da Cunha
Data - 10/06/2006
Idade - 11 anos
MANIFESTAÇÕES CULTURAIS E EVENTOS
“ARRASTA PÉ”
A escola Manoel Antônio da Silveira desde 1997 realiza este evento mais conhecido como quadrilhas juninas. Tudo começou quando a Sra. Maria Lucineuda de Vasconcelos, apresentou pela primeira vez na comunidade de Cambota – Bela Cruz – Ceará e gentilmente veio iniciar este evento na comunidade de Frei Jorge. A partir daí a atual diretora, Sandra, não deixou esta manifestação ser esquecida.
Realizada anualmente com a participação de alunos e outros jovens da comunidade, a quadrilha e o evento em si tem duração de 02 horas, no período da noite do mês de junho.
É um momento bem animado e dançante onde todos gostam de participar, mesmo com espectadores. “É nesse momento que as crianças e adolescentes se envolvem na organização e realização do evento”, afirma a Sra. Sandra, organizadora e completa: “Para mim é muito importante porque é a partir dessa manifestação que as pessoas demonstram sua cultura e participam com empenho”.
Autor – Maria Jaqueline Pinto
Data - 13/06/2006
Idade - 14 ano
Texto da Ficha 1
MANIFESTAÇÕES CULTURAIS E EVENTOS
“SERESTA”
Na comunidade de Frei Jorge, município de Cruz, em um bar que recebe o mesmo nome do lugar, acontece um movimento que reúne crianças, jovens, e pessoas de mais idade que querem ter um momento de descontração.
Antes serenata, agora com algumas modificações, temos o movimento mais popularmente conhecido como seresta. Iniciado em 2004 pelo Sr. Edilson e posteriormente pelo sr. Olavo Muniz, representa para a comunidade uma forma de animar o lugar. É um lazer para quem participa, além de ser uma fonte de renda.
“É uma forma de diversão, de mostrar que há formas de divertimentos sadios. É um ambiente familiar seguro”, afirma o entrevistado.
Autor – Simone Nagela Vasconcelos
Data - 15/06/2006
Idade - 14 anos
Texto da Ficha 2
OFÍCIOS E MODOS DE FAZER
“SR. RAIMUNDO LINO E SUA ARTE DE ESCULPIR”
Pitombeiras do Cajueirinho, Cruz – Ce é onde mora o Sr. Raimundo Lino Filho, filho de Raimundo Lino Nascimento e Maria Madalena Espírito Santo, 76 anos, residente na localidade há 29 anos, natural de Sobral.
Veio morar em Pitombeiras com 47 anos de idade e foi com esta idade que iniciou seus trabalhos com escultura em madeira. “Depende do material encontrado, conforme minha imaginação faço as esculturas”, afirma o entrevistado.
Ele afirma que é uma pessoa simples, acolhedora e que se preocupa com o futuro da criança e do adolescente. As obras feitas por ele são; um ratinho, uma vaquinha, macaquinhos, veados, mão humana, passarinho ,cobra, etc.
Para o entrevistado seu trabalho incentiva a criança a tentar fazer o que sua imaginação lhe pede. Seu Raimundo finaliza a entrevista com uma frase marcante: “Sou analfabeto, mas não sou louco”.
Autor – Simone Nágela Vasconcelos
Data - 25/06/2006
Idade - 13 anos
Texto da Ficha 2
OFÍCIOS E MODOS DE FAZER
“O DOCE DE CAJU, UMA IGUARIA DA REGIÃO DE FREI JORGE”
Frei Jorge, Cruz – Ce, é onde reside, há 18 anos, a Sra. Maria Vanda Silveira Sousa, popularmente conhecida como Dona Vanda, filha de José Araújo da Silveira e Maria Odília da Silveira, natural de Lagoa Salgada, aprendeu aos 24 anos a arte de fazer doce com suas cunhadas.
“O caju deve ser colhido e escolhido direto do pé. Em seguida tira-se a pele, corta-se o caju em quatro pedaços ou pode deixá-lo inteiro (deve-se usar 40 cajus para 01 litro de vinho e 01 kg de açúcar), leva-se ao fogo até apurar, sem mexer, somente encalçar com a colher de pau e o fogo deve ser em brasa”, afirma a entrevistada.
D. Vanda considera importante a arte da fabricação artesanal do doce de caju, pois faz parte da cultura da sua região e finaliza a entrevista com a seguinte frase: “Gosto de fazer tudo que tem a ver com a cozinha e a culinária da nossa região”.
Autor – Simone Nágela Vasconcelos
Data - 25/06/2006
Idade - 13 anos
Texto da Ficha 2
OFÍCIOS E MODOS DE FAZER
“CAJUÍNA”
Frei Jorge, Cruz – Ce, em sua residência, a Sra. Maria Marlene de Sousa,43 anos, filha de Raimundo Marques de Sousa e Esmeralda Alda de Sousa, habitante da comunidade há 29 anos, realiza a fabricação da cajuína, uma bebida típica da região.
“No ano de 2002 me interessei por essa atividade e através da Sra. Maria Socorro Sousa, minha cunhada, aprendi a fazer a cajuína”, afirma a entrevistada. Segundo ela, colhe-se o caju diretamente do pé, sem lavá-lo e especialmente selecionado ,espreme todos, coloca-se cola para cortar o vinho, leva o líquido para coar, enche-se os litros e os cozinha num tambor por aproximadamente 5 horas.
A entrevistada afirma com confiança: “Além de ser uma bebida nutritiva é uma maneira de influenciar a criança e o jovem a desempenhar uma atividade”.
Autor – Simone Nágela Vasconcelos
Data - 22/06/2006
Idade - 13 anos
Texto da Ficha 2
OFÍCIOS E MODOS DE FAZER
“ARTE DE FAZER CALCINHAS”
Cleide Dayane Vidal, residente da comunidade de Frei Jorge há 09 anos, nos conta sobre a arte que aprendeu com uma vizinha: a confecção de calcinhas infantis.
O materiais utilizados são malhas, rendas, elástico, linha e a máquina de costura. Etapas: recorta-se o pano conforme o modelo, realiza o feitio do babado de renda (um tipo de enfeite) fecha a calcinha e costura o elástico.
Conta ela, que é uma arte que considera sua realização um passa-tempo agradável e também uma maneira de render lucros para ajudar no sustento da família.
Autor – Simone Nágela Vasconcelos
Data - 13/06/2006
Idade - 13 anos
Texto da Ficha 2
OFÍCIOS E MODOS DE FAZER
“A ARTE DO CROCHÊ E O AMOR DE D. VANDA POR SUA ATIVIDADE”
Habitante da comunidade de Pitombeiras do Cajueirinho desde criança, Maria Vanda do Nascimento, filha de Expedito Gabriel da Cunha e Rita Honório do Carmo, 40 anos, tem uma grande paixão pelo crochê, considerada uma atividade prazerosa e importante em sua vida, aprendeu o crochê com sua irmã, com 16 anos aproximadamente. “Acho importante essa atividade porque é a coisa que faço e cada um deve valorizar aquilo que faz”, afirma a entrevistada.
Aparentemente fácil de fazer, o crochê segue as seguintes etapas para sua realização: pega-se a linha ou fio, com a agulha realiza o trabalho de ponto a ponto, conforme o modelo a ser desenvolvido. Os produtos resultantes dessa atividade são: varanda, cortina, centro de mesa, colcha de cama, roupas, tapetes.
D. anda reforça: “Faço porque gosto, além de ser também uma forma de ganhar algum dinheiro e que influencia muito a criança e o adolescente a exercer essa arte”.
Autor – Maria Jaqueline Pinto
Data - 11/06/2006
Idade - 14 anos
Texto da Ficha 2
OFÍCIOS E MODOS DE FAZER
“ARTE COM ALGODÃO”
Quem chega em Pitombeiras do Cajueirinho conhece a Sra. Maria José de Jesus, filha de Filomeno Marcos de Vasconcelos e Maria do Carmo de Vasconcelos, 75 anos, reside em Pitombeiras desde os 10 anos de idade. Conhecida por Maria Filó, natural de Aranaú, destaca-se em fazer tecidos com algodão e cordões de São Francisco.
“Descaroço o algodão, boto no talo de carnaubeira, rasgo ao algodão, faz-se o pongar, depois faz-se a estirada e fia no fuso, formando os fios. Depois do fio pronto, forma as bonecas do fio e coloca no monte”, afirma a entrevistada.
Segundo D. Filó, ela faz como arte somente para passar o tempo, já que vive sozinha. Todo seu trabalho é doado para quem precisa. D. Filó é uma pessoa simples e reforça com o seguinte comentário: “Acho bom ajudar as pessoas”.
Autor – Andréia Maiara Cunha
Data - 22/06/2006
Idade - 11 anos
Texto da Ficha 2
OFÍCIOS E MODOS DE FAZER
“D. JANDIRA E SEU AMOR PELA CULTURA”
Pitombeiras do Cajueirinho, Cruz – Ce, é onde reside desde criança a Sra. Maria Jandira Lino,44 anos, filha de Raimundo Lino Filho e Maria Alves Penha, onde teve influência de sua mãe, o que despertou o interesse pela costura. Seu primeiro trabalho foi aos dez anos de idade (ajustou um vestido para seu próprio uso).
“Primeiramente prepara-se a máquina de costura, pega-se uma roupa e a partir daí desenha seu molde, corta-se o pano e costura, por fim coloca-se os acessórios”, afirma a entrevistada. Trabalha-se somente para si, nunca exerceu essa atividade profissionalmente. Aprendeu e atualmente realiza seus trabalhos por necessidade e prazer. Adora costurar, pois é uma atividade prazerosa.
“É importante uma pessoa exercer uma atividade que lhe dê prazer e que também ajude no sustento da família”, reforça a entrevistada.
Autor – Simone Nágela Vasconcelos
Data - 12/06/2006
Idade - 13 anos
Texto da Ficha 2
OFÍCIOS E MODOS DE FAZER
“SRA. MARLENE E SUA ARTE ATRAVÉS DO CROCHÊ”
Quem mora em Freei Jorge sabe da paixão da Sra. Maria Marlene de Sousa, 25 anos, pelo crochê. Filha de José Ermino de Sousa e Terezinha Maria Jesus, conhecida por Meire, aprendeu essa atividade com sua mãe ainda criança (10 anos).
“Pega-se a linha ou o fio e realiza-se o trabalho de ponto aponto, conforme o modelo” afirma a entrevistada. Esta é uma atividade comum aqui na região, praticamente todas as mulheres de Frei Jorge sabem realizar o trabalho de crochê.
Os produtos resultantes dessa atividade são: varanda, centro de mesa, enfeite. “Aprendi ainda criança e foi a maneira de trabalhar que eu me interessei por essa arte”, afirma a entrevistada.
Autor – Lucélio Cezar Vasconcelos
Data - 25/06/2006
Idade - 29 anos
Texto da Ficha 2
OFÍCIOS E MODOS DE FAZER
“MOCORORÓ, A BEBIDA DO CAJU”
Pitombeiras do Cajueirinho, Cruz – Ce, nessa localidade encontra-se a residência de Maria Lucineide do Nascimento, filha de Raimundo Pio do Nascimento e Maria Socorro de Araújo. Ela é conhecida por todos da comunidade por sua arte de fazer uma bebida alcoólica chamada de mocororó. Aprendeu fazendo sozinha, baseado no que alguém havia comentado sobre o assunto.
O ingrediente principal é o caju azedo. Colhe-se o fruto diretamente do pé, espreme-se o fruto e em seguida adiciona-se a cola para cortar o vinho, côa e depois coloca num litro e deixe de repouso por alguns meses. Passado esse tempo é só consumir. “Faz parte da cultura do povo da comunidade”, afirma a entrevistada.
A produção dessa bebida é totalmente artesanal e serve apenas para consumo da família e amigos de D. Lucineide.
Autor – Liliane Célia Silveira
Data - 17/06/2006
Idade - 17 anos
Texto da Ficha 2
OFÍCIOS E MODOS DE FAZER
“ARTESANATO EM PALHA”
Pitombeiras do Cajueirinho, Cruz – Ce, é onde reside a Sra. Maria do Socorro da Conceição , filha de Manoel Raimundo de Sousa e Maria das Neves Conceição.
D. Socorro é conhecida por todos da comunidade por se destacar na fabricação de artesanatos em palha. Observando algumas pessoas da comunidade, aprendeu aos 15 anos de idade a fazer urus, bolsas, sacas e esteiras.
“Primeiro risca a palha para fazer a trança (a palha tem que ser seca) depois que a trança estiver pronta, costura cada parte e realiza a montagem do objeto. A palha tem que ser do olho da carnaubeira”, afirma a entrevistada e acrescenta: “Essa atividade é muito importante, pis me ajudou a criar meus filhos e eu tento ajudar as pessoas que não sabem fazer”.
Autor – Liliane Célia Silveira
Data - 18/06/2006
Idade - 17 anos
Texto da Ficha 2
OFÍCIOS E MODOS DE FAZER
“DOCE DE CAJU”
Pitombeiras do Cajueirinho é onde mora a senhora Maria Euzália da Cunha, filha de Expedito Gabriel da Cunha e Rita Honório do Carmo, natural de Aroeiras, aprendeu a fazer sozinha diversos doces, entre eles o doce de caju. “Quando eu aprendi a fazer o doce já era adulta e ainda hoje faço essa atividade para meu consumo”, afirma a entrevistada.
“Primeiramente retira-se o caju diretamente do pé, em seguida retira-se a pele do fruto e espreme-se a parte do vinho (é necessário espremer o caju porque o doce pode ficar muito escuro e forte) coloca para cozinhar e apurar. Utiliza-se 2 kg de açúcar para 50 cajus”, afirma D. Euzália. E acrescenta: “É importante porque influencia os jovens a exercer esta atividade”.
Autor – Meiriane Telma Silveira
Data - 15/06/2006
Idade - 15 anos
Texto da Ficha 2
OFÍCIOS E MODOS DE FAZER
“A POLICULTURA DO ROÇADO”
Frei Jorge, Cruz – Ce e onde reside o sr. José Edílson de Sousa, filho de Lúcio Muniz de Sousa e Maria Neusa Moraes de Sousa, reside na comunidade desde criança onde aprendera com seu paio como se desenvolve a técnica agrícola do roçado.
“A primeira coisa a fazer é derrubar a mata, retira-se a madeira para confecção da cerca, depois faz-se a queimada, planta-se o milho, o feijão, melancia, jerimum, mandioca, cajueiro, melão, pepino. Durante o desenvolvimento do que foi plantado é necessário limpar, ou seja, capinar. Depois faz-se a colheita dos produtos”, afirma o entrevistado.
O desenvolvimento do roçado é todo artesanal, utiliza-se técnicas do tempo dos avós do entrevistado.
“Tem tudo a ver com a criança e o adolescente, pois desde cedo aprende-se esta arte”, acrescenta o Sr. Edílson.
Autor – Meiriane Telma Silveira
Data - 30/06/2006
Idade - 15 anos
Texto da Ficha 3
LUGARES, PRÉDIOS E CONSTRUÇÕES
“ESCOLA DE PITOMBEIRAS”
Fundada em 1990 na gestão de Antônio Raimundo, a escola de Pitombeiras do Cajueirinho iniciou seus trabalhos em 1991. O terreno da mesma foi doado pelo sr. Francisco das Chagas Pereira.
Atualmente este estabelecimento de ensino esta anexado a EEF Manoel Antônio da Silveira, em Frei Jorge e funciona a creche e a EJA (Educação de Jovens e Adultos). Esta escola já foi palco de muitos eventos (Dia das Mães, Novenas do Mês de Maio e outros festejos) atualmente tais manifestações fazem parte da lembrança dos moradores.
Para a Sra. Arlinda de Sousa Carvalho, esta escola forma cidadãos de boa conduta e gera emprego para a comunidade.
Autor – Liliane Célia Silveira
Data - 17/06/2006
Idade - 17 anos
Texto da Ficha 3
LUGARES, PRÉDIOS E CONSTRUÇÕES
“CASA DE FARINHA”
Construída há aproximadamente 5 anos a casa de farinha dos Srs. Arimar e Olavo Silveira é um local procurado por todos da região. Apesar de ser uma construção recente, é de muita importância para todos do lugar, pois neste local fabrica-se a farinha, a goma e forragem para animais.
“É um lugar tranqüilo, é uma fonte de renda para todos, além de servir para repassar a cultura da farinha aos mais jovens”, afirma a Sra. Tereza de Jesus da Silva Freitas e acrescenta: “É um local onde fortalece a economia do lugar”.
Autor – Lucélio Cezar Vasconcelos
Data - 16/06/2006
Idade - 29 anos
Texto da Ficha 3
LUGARES, PRÉDIOS E CONSTRUÇÕES
“CASA DE FARINHA”
Bairro de Pitombeiras do Cajueirinho, situado no município de Cruz encontra-se na casa a casa de farinha.
A casa de farinha foi construída no ano de 1973, no terreno do Sr. Raimundo Pio do Nascimento, na época a mata era nativa. Então foi devastada e construída. Ativa desde então, é freqüentada por pessoas da comunidade para trabalhar, ajudar e conversar.
Nela são feitas as farinhadas nas épocas de julho e agosto pelas famílias da comunidade. É sempre um lugar bom de se trabalhar devido à sua estrutura física.
Autor – Andréia Maiara da Cunha
Data - 15/06/2006
Idade - 11 anos
Texto da Ficha 3
LUGARES, PRÉDIOS E CONSTRUÇÕES
“CACURUTA, BERÇO DOS MISTÉRIOS”
Em Pitombeiras do Cajueirinho, Cruz – Ce há um serrote conhecido por todos pelo nome de Cacuruta. Devido sua altitude é possível se ter uma visão panorâmica de muitos locais circunvizinhos, inclusive o mar.A Cacuruta localiza-se nas terras do sr. Raimundo Lino.
Este local guarda certos segredos, há quem diga que é encantado e quem conseguir essa proeza poderá transformar-se numa cidade. Há comentários que Jericoacoara e a cacuruta fazem parte do mesmo encantamento. “Sua beleza desperta a curiosidade de todos que moram em Pitombeiras e regiões circunvizinhas”, afirma Janaína Daiane do Carmo, 16 anos.
Os moradores contam que no passado alguns estrangeiros vieram realizar estudos nesse lugar e deixaram uma espécie de marco, isto é, fixaram uma pedra, um tipo de metal que lembrava uma moeda. Tal marco tinha uma espécie de degrau. Porém, infelizmente, não existe mais, pois destruíram parte da cacuruta para extração de pedras para construir o calçamento da cidade. ”A beleza desse patrimônio merece ser preservada”, afirma a entrevistada. Seria interessante que a Prefeitura de Cruz registrasse este local como patrimônio da cultura cruzense.
“É um lugar de uma beleza incomparável, o pôr-do-sol nessa região faz a gente esquecer dos problemas pessoais”, afirma a entrevistada.
Autor – Liliane Célia Silveira
Data - 19/06/2006
Idade - 17 anos
Texto da Ficha 3
LUGARES, PRÉDIOS E CONSTRUÇÕES
“O CHAFARIZ PÚBLICO”
Terreno situado em Pitombeiras do Cajueirinho, município de Cruz, encontra-se o chafariz público.
Foi e está sendo uma obra importantíssima para a comunidade, pois há alguns anos as águas da cacimba não estavam mais capazes de serem consumidas. Então veio o projeto do chafariz que tem sido uma riqueza para a população necessária de água e também para a escola.
O povo agradece esse projeto e orgulha-se do chafariz pela sua magnífica água que lhes é distribuída.
Autor – Maria Samara Cunha
Data - 16/06/2006
Idade - 10 anos
Texto da Ficha 3
LUGARES, PRÉDIOS E CONSTRUÇÕES
“CHAFARIZ”
Localizado nas mediações da escola de Frei Jorge está o chafariz, abundante distribui água potável para muitas pessoas. Infelizmente, sua água é um pouco salobra, mas apesar disso é importante para a comunidade.
Construído em 2004 na gestão do prefeito Manoel Nélson da Silveira. “Este local é importante para a comunidade porque fornece água para toda a população e facilita a vida das pessoas”, afirma Carlos Alberto Silveira, 28 anos, e acrescenta: “Água é vida e independente da idade precisamos dela”.
Autor – Lucélio Cezar Vasconcelos
Data - 23/06/2006
Idade - 29 anos
Texto da Ficha 3
LUGARES, PRÉDIOS E CONSTRUÇÕES
“EEF MANOEL ANTÔNIO DA SILVEIRA ”
Localizada vizinho à casa do Sr. Olavo Silveira, a escola de Frei Jorge foi construída em 1994 e no ano seguinte iniciou os trabalhos de educar o povo da região. O terreno foi doado pelo Sr. Francisco Jasmil Silveira.
Atualmente possui 03 salas de aula, 01 sala de leitura, 01 diretoria, 01 almoxarifado, 02 baterias de banheiro. É um local acolhedor onde acontecem muitos eventos: quadrilhas, comemorações do Dia das Mães/ Pais, Festejos de 07 de Setembro, culminâncias de projetos pedagógicos. “É um local importante porque prepara o aluno para a vida intelectual e social. É também onde todos aprendem e desenvolvem seu intelecto”, afirma a professora Maria Ivanete de Sousa, e acrescenta: “Aqui é minha vida , meu trabalho, meu lazer”.
Autor – Lucélio Cezar Vasconcelos
Data - 19/06/2006
Idade - 29 anos
Texto da Ficha 4
LENDAS, CAUSOS, SUPERSTIÇÕES E CURIOSIDADES
“SERPENTE DA CARCURUTA ”
A lenda aconteceu na Cacuruta em Pitombeiras do Cajueirinho, no Serrote, onde todos conhecem como Cacuruta. Na presença dos dois pesquisadores americanos a cobra avistaram a cobra e tentaram matá-la, mas de repente ela sumiu. Os mesmos procuraram e alguns minutos mais tarde chegaram dois moradores da localidade e avistaram os pesquisadores armados procurando a serpente. Mas não encontraram.
As pessoas falam que essa serpente é uma princesa encantada e um tesouro que só se desencanta se um recém-nascido for morto e o sangue do mesmo for colocado na pedra principal da cacuruta. Contam os moradores que ouvem falar esses fatos.
Autor – Liliane Célia Silveira
Data - 14/06/2006
Idade - 17 anos
Texto da Ficha 4
LENDAS, CAUSOS, SUPERSTIÇÕES E CURIOSIDADES
“SAIR PELA PORTA DA FRENTE AO ACORDAR”
Quem conhece o Seu Francisco Jasmil da Silveira sabe de seu hábito rotineiro: quando acorda a primeira coisa que faz é sair de casa pela porta da frente e ficar um bom tempo no pátio da casa, pois tal atitude traz sorte. “Aprendi vendo meu pai fazer. E tem resultado!”. Afirma com toda a segurança o entrevistado.
Verdade ou não, o Sr. Chico Nel é uma das pessoas mais ricas da região onde mora.
Autor – Maria Samara Cunha
Data - 27/06/2006
Idade - 10 anos
Texto da Ficha 4
LENDAS, CAUSOS, SUPERSTIÇÕES E CURIOSIDADES
“A BICICLETA MISTERIOSA”
Quem andar pelas estradas de Pitombeiras do Cajueirinho tarde da noite, provavelmente irá se deparar com a bicicleta misteriosa. Na realidade, quem presença este fenômeno ou aparição não chega a vê-la, ouve-se somente um ruído apenas o ruído que lembra o da catraca de uma bicicleta. A pessoa espera esse meio de transporte passar e nada acontece.
Para a entrevistada, Eva Vilma do Araújo Nascimento, quem ouve esta história desperta a curiosidade, principalmente os adolescentes, pois são fascinados por esse tipo de história.
Autor – Maria Jaqueline Pinto
Data - 10/07/2006
Idade - 14 anos
Texto da Ficha 4
LENDAS, CAUSOS, SUPERSTIÇÕES E CURIOSIDADES
“ANIMAL MISTERIOSO”
Em uma noite de lua clara, em meados do mês de abril de 2002, o Sr. Manoel Antônio Silveira, filho do Sr. Chico Nel, observou que seu cachorro latia constantemente de forma assombrada. Quando ele abriu a janela de sua casa, um ser misteriosos passou bem perto de onde ele estava e sumiu sem deixar vestígios, esse fato o deixou muito intrigado e com muito medo. “Fiquei impressionado com o que vi”, afirma o entrevistado.
Autor – Maria Jaqueline Pinto
Data - 12/07/2006
Idade - 14 anos
Texto da Ficha 5
BRINCADEIRAS E BRINQUEDOS INFANTIS
“CARRINHO DE LATA”
Ser criança é tudo! Acontece em Pitombeiras do Cajueirinho, município de Cruz. Marcos William, um menino de 08 anos, que fabrica seus brinquedos. Mora em frente ao chafariz público, onde, junto com seus colegas, pega uma lata de conserva de peixe, lava, depois faz 04 furos para colocar os pneus de tampa de garrafa, de refrigerante. Em seguida constrói e ai brincar com seus irmãos e amigos.
“Adoro ser criança, pois tudo é alegria! Só penso em brincar e desenhar logo depois de resolver meus deveres da escola”.
Autor – Liliane Célia
Data - 19/06/2006
Idade - 17 anos
Texto da Ficha 5
BRINCADEIRAS E BRINQUEDOS INFANTIS
“O CARRINHO DE LATA”
A vida de criança é uma alegria só! Em Pitombeiras do Cajueirinho, Cruz – Ce, a vida das crianças não é diferente. Marcos William, 08 anos, é quem fabrica seus próprios brinquedos. “Pego uma lata de conserva de peixe, faço 04 furos para colocar os pneus de tampa de refrigerante, depois vou brincar com meus amigos”, afirma o entrevistado.
Segundo Marquinhos, sempre pega as latinhas de conserva e faz seus carrinhos e finaliza a entrevista com a seguinte afirmação: “Ser criança é tudo só alegria, não temos preocupações com nada. Só curtir as brincadeiras, desenhar, logo após de realizar meus deveres da escola”.
Autor – Liliane Célia Silveira
Data - 21/06/2006
Idade - 17 anos
Texto da Ficha 5
BRINCADEIRAS E BRINQUEDOS INFANTIS
“CARRO DE LATA”
Algumas crianças de Frei Jorge utilizam um brinquedo simples, muito freqüente no inverno. “O carro de lata é feito da seguinte maneira: pega-se uma lata vazia faz-se um pequeno furo no meio, coloca-se uma arame de um lado a outro enche com areia molhada, põe cordão e o resto é só alegria!”, afirma Manoel Egildo da Silva, 13 anos. “Aprendi vendo os outros meninos fazendo”, afirma o entrevistado e acrescenta: “É muito importante, é uma forma de diversão”.
Autor – Maria Samara Cunha
Data - 20/06/2006
Idade - 10 anos
Texto da Ficha 5
BRINCADEIRAS E BRINQUEDOS INFANTIS
“CARRO DE COROA”
Tudo na vida de uma criança é maravilhoso! É assim que o carro de coroa é fabricado e é motivo de diversão para quem brinca. “Pega-se duas coroas de bicicleta, põe uma madeira roliça no meio, em seguida pega-se uma forquilha encaixada na madeira. Depois é só brincar!”, afirma Carlos Leandro Silveira, 14 anos, e acrescenta: “Faz parte do nosso dia-a-dia, a gente se diverte”.
Autor – Maria Samara Cunha
Data - 28/06/2006
Idade - 10 anos
Texto da Ficha 5
BRINCADEIRAS E BRINQUEDOS INFANTIS
“POÇO DA ATRAÇÃO”
Eliziane é uma garota de 11 anos, moradora da localidade de Pitombeiras do Cajueirinho há 06 anos. Ela nos conta com entusiasmo suas brincadeiras favoritas, entre elas, a brincadeira ‘caí no poço’.
Distribui-se números para os colegas que estiverem envolvidos no momento. Em seguida uma pessoa se manifesta dizendo: caí no poço, a turma responde no pescoço, assim o participante inicial escolhe um número e esta pessoa escolhida por ele terá que dar beijos, abraços, aperto de mão...
“Onde moro junto-me com a turma e brincamos assim durante a noite, é muito divertido!”, conta ela.
Autor – Andréia Maiara Cunha
Data - 26/06/2006
Idade - 11 anos
Texto da Ficha 5
BRINCADEIRAS E BRINQUEDOS INFANTIS
“CAVALO DE PAU”
Como é bom as lembranças da infância! Na localidade de Pitombeiras do Cajueiro mora Andréia, uma menina de 11 anos, que cria seus próprios brinquedos, inclusive pó ‘cavalo de quenga’. “Pego uma quenga de coco furada, depois pego um cordão e enfio no buraco, amasso um pauzinho debaixo da quenga para não escapar e em seguida coloco o pé em cima da quenga, seguro o cordão e vou andando”.
“Tudo isso é muito gostoso, pois criança gosta muito de brincar, de viver alegre com os amigos”, diz ela.
Autor – Maria Samara
Data - 12/06/2006
Idade - 10 anos
Texto da Ficha 6
FIGURAS POPULARES
“DONA MARLENE”
Comunidade de Frei Jorge, município de Cruz – Ce, residência da Sra. Maria Marlene de Sousa, 43 anos, natural de Bela Cruz. Residente no Município há 29 anos, D. Marlene é uma pessoa popular, dedicada ao trabalho em orientar as pessoas sobre questões de 1º socorros, além de ser uma das organizadoras do Mês de Maio.
Há 09 anos se destaca na comunidade em auxiliar os moradores sobre questões de consultas, vacinas de criança, é uma pessoa respeitada na comunidade e considerada importante, pois mantém-se aberta ao diálogo e sempre atende a todos com respeito e simplicidade. Além dessa função exerce também a função de líder espiritual, pois organiza com outras pessoas da comunidade as novenas do Mês de Maio.
Que D. Marlene seja sempre esse exemplo para todas as crianças e jovens de Frei Jorge e que sua simplicidade conquiste ainda mais o espaço de todos.
Autor – Lucélio Cézar
Data - 13/06/2006
Idade - 29 anos
Texto da Ficha 6
FIGURAS POPULARES
“JOSÉ OLAVO SILVEIRA”
Quem chega em Frei Jorge é fácil conhecer José Olavo Silveira, filho do Sr. Francisco Jasmil da Silveira e Geralda Marques Silveira. É um homem que sempre ajuda as pessoas de sua localidade e também do Município.
Há 14 anos é vereador, representa para as crianças e adolescentes um exemplo de liderança e membro de uma família unida e preocupada com o bem comum de todos. Sempre auxilia quem o procura, orientando como adquirir alguns documentos básicos, utilizando muitas vezes seu próprio carro para socorrer pessoas até o Hospital Municipal ou à Santa Casa de Misericórdia de Sobral.
Que o Sr. Olavo Silveira seja sempre este exemplo para as pessoas da região e que nunca desista de ajudar aqueles que precisam de seu auxílio.
Autor – Lucélio Cezar Vasconcelos
Data - 13/06/2006
Idade - 29 anos
Texto da Ficha 6
FIGURAS POPULARES
“MAMOEL ANTÔNIO DA SILVEIRA”
O Sr. Manoel Antonio da Silveira foi o primeiro morador da localidade de Frei Jorge. Filho de Livino José da Silveira e Maria Antônia da Silveira, chegou nessa localidade em 1935 com esposa e 09 filhos.
Tornou-se conhecido por ser uma pessoa que empregava muita gente para trabalhar em suas terras e também por ajudar sempre aqueles que precisasse de auxílio.
“É um exemplo para os jovens e crianças, pois meu pai foi uma pessoa honesta e trabalhadora” afirma o entrevistado Francisco Jasmil da Silveira.
Autor – Lucélio Cézar
Data - 13/06/2006
Idade - 29 anos
Texto da Ficha 6
FIGURAS POPULARES
“GLEISSE”
Gleissiane Geisa Cunha, residente na localidade de Pitombeiras do Cajueirinho, 19 anos, natural da própria localidade, é responsável pelas novenas de maio e alguns eventos da comunidade.
Há dois anos destaca-se em organizar serestas e jogos no campo de futebol de seu pai, o sr. Geraldo Expedito Cunha. “Me identifico com todos, desde crianças até os mais velhos”, comenta Gleissiane.
Ela é uma referência na localidade, popular por suas ações, é uma pessoa simples, sorridente e que sempre conquista a atenção e o respeito de todos. Apesar de achar pouco seu desempenho, o povo a considera uma pessoa popular.
Que Gleissiane seja sempre esse exemplo para os jovens de sua comunidade e que a cada dia conquiste seu espaço no Município.
Autor – Lucélio Cezar Vasconcelos
Data - 20/06/2006
Idade - 20 anos
Texto da Ficha 6
FIGURAS POPULARES
“GERALDO DOCA”
Quem chega em Pitombeiras do Cajueirinho é fácil encontrar o Sr. Geraldo Francisco Nascimento, popularmente conhecido como Geraldo Doca, 43 anos, natural de Paraguai. Mora na localidade há 33 anos.
É uma pessoa esforçada pelos problemas da localidade. Sempre procura ajudar no bem-estar dos moradores. Desenvolve trabalhos relacionados à Associação dos Moradores de Pitombeiras do Cajueirinho, é um grande representante político que busca sempre trazer benefícios para a comunidade. Preocupa-se muito com o futuro intelectual dos jovens e das crianças.
Que o Sr. Geraldo Doca seja sempre um exemplo para sua comunidade e que o mesmo seja uma referência na comunidade.
Autor – Liliane Célia
Data - 14/06/2006
Idade - 17 anos
Texto da Ficha 6
FIGURAS POPULARES
“DIRETORA SANDRA”
Comunidade de Frei Jorge, município de Cruz – Ce, mora Francisca Sandra Prado, 28 anos, natural de Maracanaú, mora na localidade há 08 anos.
É uma pessoa envolvida na comunidade e presta um trabalho educativo a todas as crianças, jovens, e quem se interessa pela educação como qualidade de vida.
É uma professora que desempenha a função de Diretora, sempre preocupada com o crescimento e desenvolvimento da comunidade.
Em uma relação ampla com todos os educandos é sempre amiga, incentiva-os a trilharem por um mundo mais significativo, através dos estudos.
Autor – Maria Samara Cunha
Data - 14/06/2006
Idade - 10 anos
Texto da Ficha 6
FIGURAS POPULARES
“RAIMUNDO LINO”
Pitombeiras do Cajueirinho, Cruz – Ce, local onde mora o sr. Raimundo Lino Filho, 76 anos, natural de Sobral, residente na localidade há 29 anos, é uma pessoa conhecida não só pelo povo de sua comunidade, e também por muitas pessoas de outros lugares.
Gosta de ajudar o próximo, cura animais doentes, procura animais perdidos a pedido das pessoas que o procura e desenvolve esculturas. “Tenho muito amor ás crianças e procuro ajudar na medida do possível e incentivo os adolescentes a ajudar seus semelhantes”, afirma o entrevistado, e acrescenta:
“Tenho muito respeito e gratidão com as pessoas da comunidade e sempre costumo dizer: ‘Sou analfabeto mas não sou louco’”.
Que o Sr. Raimundo continue sempre se dedicando à localidade e que o mesmo seja sempre uma referência aos mais jovens.
Autor – Liliane Célia
Data - 13/06/2006
Idade - 17 anos
Texto da Ficha 7
EXPRESSÕES E VOCÁBULOS LOCAIS E REGIONAIS
“CONVERSAR MIOLO DE POTE”
Expressão usada entre os jovens da comunidade que significa alar besteira, introduzir um assunto que não tem nada a ver com o diálogo.
Segundo a entrevistada, não se sabe ao certo sua origem, mas as pessoas sempre incluem essa expressão em seus diálogos. “É a nossa cultura! E o adolescente, juntamente com a criança, sempre aprendeu essa expressão e tal palavra nos ajuda na comunicação”, afirma a entrevistada.
Autor – Lucélio Cezar Vasconcelos
Data - 28/05/2006
Idade - 29 anos
Texto da Ficha 7
EXPRESSÕES E VOCÁBULOS LOCAIS E REGIONAIS
“ESCROTO”
Vocábulo que significa corajoso, destemido, é comum se ouvir tal palavra na comunidade. Para o entrevistado, Carlos Alberto Silveira, essa palavra é importante pois tudo que faz parte da região representa a história e o patrimônio dos moradores.
Desde criança ele sempre ouviu essa palavra e com o passar dos anos a incluiu em seu vocabulário e afirma: “tudo que faz parte da nossa região é importante”.
Autor – Lucélio Cezar Vasconcelos
Data - 20/06/2006
Idade - 29 anos
Texto da Ficha 7
EXPRESSÕES E VOCÁBULOS LOCAIS E REGIONAIS
“TROPO”
Essa palavra é muito falada na comunidade. Seu significado é usado para alguém que fica com as pernas trêmulas.
Não se sabe sua origem, mas o Sr. Carlos Alberto Silveira aprendeu ouvindo os outros e a partir daí passou a utilizá-la. Para o entrevistado, esse vocábulo é importante porque faz parte do dia-a-dia do povo da localidade.
“Faz parte da nossa cultura e influencia a criança e o jovem a falar esta palavra”, afirma o entrevistado.
Autor – Lucélio Cezar Vasconcelos
Data - 15/06/2006
Idade - 29 anos
Texto da Ficha 7
EXPRESSÕES E VOCÁBULOS LOCAIS E REGIONAIS
“INTIRISSO”
Intirisso, palavra que significa fazer alguma coisa direto, sem parar. É usada pelas pessoas de Frei Jorge. O sr. Francisco Jasmil da Silveira afirma: “Aprendi esta palavra ouvindo soa mis velhos falarem, não sei bem ao certo quando começou a ser usado”.
Para o entrevistado, tal vocábulo é importante, pois representa a história da comunidade, e afirma: “Tudo que faz parte da nossa região é nosso”.
Autor – Lucélio Cezar Vasconcelos
Data - 17/06/2006
Idade - 29 anos
Texto da Ficha 7
EXPRESSÕES E VOCÁBULOS LOCAIS E REGIONAIS
“BROCO”
“Deixa de ser broco, menino! Tal frase a Sra. Maria Socorro Sousa sempre ouviu os mais velhos falarem para alguém que demora para aprender algo ou para os distraídos. Não se sabe quando este vocábulo se originou, mas faz parte do vocabulário das pessoas da comunidade.
“Influencia a criança e o adolescente a incluir essa palavra em seu vocabulário”, afirma a entrevistada, e acrescenta: “Tudo que faz parte da cultura do meu lugar é importante”.
Autor – Lucélio Cezar Vasconcelos
Data - 29/06/2006
Idade - 29 anos
Texto da Ficha 7
EXPRESSÕES E VOCÁBULOS LOCAIS E REGIONAIS
“FRESCAR”
“Você vai frescar muito tempo comigo?” A palavra frescar é utilizada por muitas pessoas da comunidade e significa intimar, encrencar.
Segundo o entrevistado, Francisco Jasmil da Silveira, essa palavra faz parte do vocabulário da comunidade há muito tempo. “É importante porque faz parte do vocabulário da nossa região”, afirma o entrevistado.
Como toda palavra, frescar também faz parte do vocabulário dos adolescentes e crianças da comunidade, pois ouvindo os mais velhos falarem, pouco a pouco é incluída no linguajar de todos.
Autor – Lucélio Cezar Vasconcelos
Data - 23/06/2006
Idade - 29 anos
Texto da Ficha 8
HISTÓRIAS LOCAIS
“FREI JORGE”
Localizado a 24 km de distância da sede do Município de Cruz, a localidade de Frei Jorge faz parte da divisa entre Cruz e Bela Cruz.
Seu nome é originado de uma planta chamada Frei Jó. Seu primeiro habitante foi o sr. Manoel Antônio da Silveira, chegando neste lugar em 1935 - atualmente, o morador mais antigo é o sr. Francisco Jasmil da Silveira -, posteriormente veio morar nesta localidade a família Arimatéia.
A economia de Frei Jorge é baseada na agricultura de subsistência, no plantio do cajueiro e na colheita da castanha de caju. Tendo com líder político o vereador Olavo Silveira. Atualmente Frei Jorge possui 53 famílias e 255 habitantes.
“É o lugar onde nascemos e nos criamos e com certeza a tendência é crescer ainda mais. Por ser tranqüilo, as crianças são livres”, afirma o Sr. Francisco Jasmil da Silveira.
Autor – Lucélio Cezar Vasconcelos
Data - 20/06/2006
Idade - 29 anos
Texto da Ficha 8
HISTÓRIAS LOCAIS
“PITOMBEIRAS DO CAJUEIRINHO”
Localizada a aproximadamente 22 km da sede do Município, Pitombeiras do Cajueirinho é uma localidade pacata, onde seu povo é simples e acolhedor.
Com 21 famílias e 86 habitantes, é o lugar onde Maria das Neves da Conceição, 85 anos, se sente bem e acha muito importante. Atualmente ela é considerada a moradora mais antiga da localidade.
Segundo a entrevistada, o primeiro nome do lugar foI Pitombeiras das Pedras, pois seus primeiros moradores eram descendentes de uma família com esse sobrenome.
O primeiro habitante dessa região foi o sr. Gabriel Pedro, conhecido por todos como Pedrinho. Com o passar dos anos chegaram mais famílias e fizeram residência nessa região.
A economia de Pitombeiras do Cajueirinho é baseada na agricultura de subsistência, plantio do cajueiro. Os movimentos culturais mais comuns são: a seresta, novenas do Mês de Maio, jogos de futebol.
D. Neves ainda reforça: “É importante esse lugar, pois é calmo e todos são amigos”.
Autor – Andréia Maiara da Cunha
Data - 28/06/2006
Idade - 11 anos
Texto da Ficha 10
INSTITUIÇÕES E ENTIDADES LOCAIS
“APM DE FREI JORGE”
Fundada aos 27 de abril de 1999 pela Diretora da Escola, Francisca Sandra Prado, a Associação de Pais e Mestres favoreceu muito aos moradores do lugar, em especial crianças e adolescentes da escola Manoel Antônio da Silveira, pois através da Associação a escola passou a ter mais autonomia quanto aos gastos dos recursos financeiros que recebe anualmente.
Seus membros são pessoas da comunidade tais como: professores da escola, diretor, pais de alunos, enfim, pessoas que se interessam no bem-estar e no crescimento educativo de crianças e adolescentes da localidade, sempre apoiando as decisões gerais da Associação, pois com o recurso enviado para cobrir alguns gastos, o Município passa a economizar para a construção de outros projetos.
Autor – Andréia Maiara da Cunha
Data - 10/06/2006
Idade - 11 anos
Texto da Ficha 10
INSTITUIÇÕES E ENTIDADES LOCAIS
“ASSOCIAÇÃO DOS MORADORES DA VILA FREI JORGE”
Fundada em 05 de agosto de 1995, incentivado pelos Srs. Geraldo Cunha e Geraldo Martins, a Associação dos Moradores de Frei Jorge, na época, tinha como objetivo principal elaborar um projeto para instalar a rede elétrica na comunidade e melhorar a vida dos moradores de Frei Jorge.
Ativa desde sua fundação, sendo sediada na EEF Manoel Antônio da Silveira , teve como primeiro Presidente o sr. Arimar Silveira.
Atualmente a sra. Maria Ivanete Sousa é a presidente e na sua gestão tem aprovado o projeto de complementação da rede elétrica local e aguardando aprovação de um projeto de abastecimento de água para a localidade.
“É com essa Associação que poderemos melhorar a vida das crianças, adolescentes e do povo em geral”, afirma a entrevistada e acrescenta: “É importante porque contribui para o desenvolvimento do lugar e conseqüentemente do Município”.
Autor – Andréia Maiara da Cunha
Data - 10/06/2006
Idade - 11 anos
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