quarta-feira, 28 de junho de 2006

Paraguai - Mapeamento Cultural 2006

Texto da Ficha 1
MANIFESTAÇÕES CULTURAIS E EVENTOS



“CANTORIA”


Nome da Manifestação Cultural ou evento: Cantoria


A cantoria está na comunidade de Paraguai desde 1990. Foi o Sr. Sebastião Martins Rocha, conhecido como Sebastião Davi, por gostar da cantoria que trouxe esta manifestação. Convidava os cantadores, avisava a vizinhança, e acontecia a noitada e cantoria.
Alguns dos cantadores que começaram a cantar que Seu Sebastião lembra são: Raimundo Tomé, Antônio Elias, Taboleirinho e Martins Morais (todos já falecidos). Um dos cantadores atuais que sempre está na casa de seu Sebastião é Cézar Batista, que já ganhou mais de 150 troféus em festivais.
Os ritmos da cantoria são: rimas, desafio, repente, mote e lindas canções apaixonadas. O cantador também canta músicas de sua autoria e de outros cantadores. Ele canta suas canções de acordo com o que o público pede. O instrumento é a viola e o músico usa roupa social.
Enquanto o cantador canta suas canções apaixonadas, as pessoas vão colocando dinheiro na bandeja que fica no centro da sala. O dinheiro é para o cantador. Eles cantam para quem gosta e entende.
Apesar de estar um pouco esquecida por muitas pessoas, a cantoria ainda é valorizada por muitos. “Quem não gosta de ouvir um desafio, entre dois cantadores ou repentes improvisados?” Comenta Seu Sebastião.


Autor – Aleff Anísio Rocha Coelho
Data - 05/05/2006
Idade - 12 anos



Texto da Ficha 1
MANIFESTAÇÕES CULTURAIS E EVENTOS



“FESTA DA PADROEIRA NOSSA SENHORA DO PERPÉTUO SOCORRO”


Nome da Manifestação Cultural ou evento: Festa da Padroeira


Tudo começou numa tarde de domingo de 2001 quando o Conselho Pastoial da capela – formado por dirigentes, leitores e algumas pessoas da comunidade -, tendo à frente o Sr. Antônio Barbosa de Sousa, reuniram-se para debater sobre o que fazer para aumentar o número de fiéis na capela. Dentro da discussão surgiu a idéia de se fazer a Festa da Padroeira Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, também com o intuito de homenageá-la, já que existia na comunidade muitos devotos da mesma.
A imagem de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro existe na comunidade de Paraguai desde o final da década de 1990. “Foi a pedido da Sra. Adalgisa Nunes Brandão, devota fervorosa e também por sugestão do pároco Manoel Valdery da rocha, padre da paróquia de Cruz, a qual na época a comunidade fazia parte”, lembra o Sr. Antônio.
Durante a festa, a participação das crianças e adolescentes é sempre constante, principalmente nas apresentações e na parte litúrgica. Todos os anos o Conselho Pastoral se reúne para planejar a festa. “primeiro escolhe-se um tema central, o qual é dividido em subtemas para cada dia de novena. Os mesmos são debatidos durante os novenários pelas comunidades convidadas e também pelo Padre de nossa paróquia, o pe. Severino, que vem para iniciar e encerrar a festa com uma missa.” A festa é toda é feita no pátio da capela com a participação dos devotos da comunidade e de outras comunidades.
Após as novenas tem as quermesses, deixando a festa ainda mais animada e divertida.


Autor – Maria Mikaele Pereira Araújo
Data - 30/06/2006
Idade - 13 anos



Texto da Ficha 1
MANIFESTAÇÕES CULTURAIS E EVENTOS



“FESTA JUNINA”


Nome da Manifestação Cultural ou evento: Quadrilha

No mês de junho tudo é festa na comunidade de Paraguai. É o mês da ‘festa junina’. Desde o ano de 2000 este evento vem alegrando a comunidade de Paraguai.
Tudo começou quando Maria de Fátima Vasconcelos Mota, diretora da EEF João Evangelista da Cruz. Quis mostrar à comunidade a beleza que é a festa e o talento das crianças e adolescentes. A professora Maria Helena Menezes, que trabalhava na época, foi a primeira a ensinar as crianças a dançar quadrilha. “A festa junina começou com a participação de crianças, depois os jovens, e vem acontecendo até hoje, cada ano mais organizada e moderna”, comenta nossa Diretora.
As barraquinhas de comidas típicas servem para completar a alegria da comunidade. “Às vezes convidamos outras comunidades para participarem do evento com danças regionais, empolgando as pessoas e fazendo com que elas não percam a animação”.Além das barraquinhas de comidas típicas, na festa junina da comunidade de Paraguai tem desfile caipira, casamento matuto, apresentação de repentistas e danças caipiras. Mas o momento mais esperado mesmo é a apresentação da quadrilha. “Nesta hora param para ver a beleza desta dança”, diz Fátima. “Este evento já virou tradição na comunidade”.



Autor – Dalila Mirelly Freitas Rios
Data - 08/05/2006
Idade - 10 anos



Texto da Ficha 1
MANIFESTAÇÕES CULTURAIS E EVENTOS



“SERESTA EM PARAGUAI”


Nome da Manifestação Cultural ou evento: Seresta

Paraguai é uma comunidade que adora uma seresta! A primeira seresta realizada na comunidade foi no ano de 1991, na inauguração do Bar “Opção Bar”. A comunidade gostou e desde então sempre acontece uma seresta nesta localidade, seja numa data especial, seja para alegrar o fim de semana.
A seresta ocorre em muitos lugares, principalmente em bares. O seresteiro já traz seu repertório, cantando músicas que vão de brega a MPB, de acordo com o gosto do público. Durante o show ele abre espaço para atender os pedidos de músicas das pessoas presentes. Os instrumentos usados geralmente são o violão, a guitarra e o teclado.
Um dos organizadores de seresta na comunidade atualmente é José Arievando Pereira, um jovem de 26 anos, apaixonado por seresta.
A seresta atinge todas as idades, principalmente os jovens. Ela tem uma influência muito grande, pois nela comparecem várias famílias e pessoas de outros lugares.


Autor – Fabrício Júnior Pereira
Data - 15/05/2006
Idade - 12 anos


Texto da Ficha 1
MANIFESTAÇÕES CULTURAIS E EVENTOS



“DERRADEIRO DE MAIO”


Nome da Manifestação Cultural ou evento: 31 de Maio

Esta manifestação começou logo depois da construção do Prédio Comunitário,. Hoje capela de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, pelo então ministro da palavra e da Eucaristia, o Sr. Antônio Barbosa Sousa (Toinho), na época dirigente da comunidade.
Ao passar dos anos, as pessoas que organizavam a manifestação foram casando e saindo para cuidar de sua família e por este motivo, passou-se alguns anos sem acontecer.
Em 2001, a comunidade retornou a fazer a manifestação através do Conselho Pastoral, onde estava à frente novamente o Sr. Antônio (Toinho) e o Sr. Francisco André, conhecido como Chico André, hoje já falecido.
Em todas as noites do Mês Mariano, como é chamado, acontece as novenas, onde participam as famílias da comunidade. São cantados cantos de Maria e feito orações.
No último dia do mês de maio, daí porque chama-se derradeiro de maio, acontece a coroação de Maria, que é dividido em três momentos: novena, oferecimento de flores a Nossa Senhora e a coroação de Maria, que é feita por crianças vestidas de anjo, que ficam no altar, todo enfeitado de flores e velas com a imagem de Nossa Senhora. Neste dia, a comunidade participa, em peso, e vem pessoas de outras comunidades, devotas de Maria.
O derradeiro de maio é um momento de se louvar a Maria, mãe de Deus e nossa mãe, que traz alegria às famílias e , ao mesmo tempo, é um momento que reúne parentes e amigos.



Autor – Aleff Anísio Rocha Coelho
Data - 10/05/2006
Idade - 12 anos



Texto da Ficha 1
MANIFESTAÇÕES CULTURAIS E EVENTOS



“O FORRÓ PÉ DE SERRA DO CHICO CLÁUDIO”


Nome da Manifestação Cultural ou evento: Forró

Francisco Cláudio Moura, residente em Alto Alegre, desde criança foi apaixonado por forró. Uma paixão que vem passando de pai para filho. “Cresci vendo meus pais indo para o forró. Quando fiquei jovem continuei a tradição da família”, comenta Seu Chico Cláudio, como é conhecido por todos na comunidade.
Depois de casado, seguindo a idéia de um amigo, Seu Chico Cláudio começou a promover festas dançantes em sua própria residência, não somente como um meio de sobrevivência, mas com o intuito de divertir as pessoas. “E vem assim até hoje. Não tenho condições de montar um clube, então providenciei um salãozinho na minha residência, e deu tudo certo. O salão fica lotado!”, comenta Seu Chico Cláudio.
Com o uso apenas da sanfona, do zabumba e do instrumento de percussão. O forró pé de serra acontece numa animação só. Geralmente duas vezes por mês, nos finais de semana. “Lá freqüentam pessoas negras, pardas, brancas. Não importa a idade, o sexo ou o nível social. Todos se divertem por igual”. Segundo Seu Chico Cláudio, além dos trabalhadores rurais de minha comunidade, freqüentam também pessoas de outros lugaes.


Autor – Mikaele Pereira Araújo
Data - 30/05/2006
Idade - 13 anos


Texto da Ficha 2
OFÍCIOS E MODO DE FAZER



“UMA MANEIRA DIFERENTE DE FAZER BOLO”


Nome da Manifestação Cultural ou evento: Bolo de Goma/ Grude

Raimunda Nonata de Carvalho, 46 anos, nasceu em Paraguai, reside na comunidade de Córrego dos Teixeiras desde 1977. Aprendeu uma maneira diferente de fazer bolo.
Da goma surge mais um alimento, o grude. Grude significa o bolo de goma. Com poucos ingredientes tem-se uma mistura do café da manhã ou mesmo da merenda da tarde.
Para fazer o bolo é preciso: goma, coco, sal e água. Coloca-se todos os ingredientes numa vasilha, deixa-se um pouco do leite de coco à parte. Mistura-se com as mãos todos os ingredientes até dar o ponto. Prepara-se a forma, forrando-a com palha de bananeira. Espalha-se o leite na palha e põe a massa, cobre-a com as pontas da palha do forro. Assar em fogo brando.
D. Raimunda aprendeu a fazer grude com sua mãe. Hoje suas filhas também já praticam a arte. O grude é feito na cozinha da própria casa. É usado na alimentação da família.



Autor – Maria Lídia da Silva
Data - 06/05/2006
Idade - 14 anos



Texto da Ficha 2
OFÍCIOS E MODO DE FAZER



“DOCE DE CAJU, QUEM RESISTE A ESTA DELÍCIA?”


Nome da Manifestação Cultural ou evento: Doce de Caju


Chegando na comunidade de Paraguai à procura de doces é só ir na residência de Francisca Rodrigues da Silva Pereira, a Dona Chiquinha. Ela é a grande feitora de doces, principalmente de doces de caju. Um aprendizado vindo de sua mãe. D. Chiquinha começou a fazer doces para vender depois de casada para ajudar seu esposo na construção da casa. “Antes eu já fazia, mas só ajudando minha mãe”.
O doce de caju é o mais procurado. “Este eu faço bastante, principalmente para vendas”. D. Chiquinha aproveita a época da safra dos cajus e faz um grande número. “ Faço muito por encomenda”.
Para fazer o doce de caju, precisa-se em média de 60 cajus (polpa), sem a pele - pode cortar em rodelas ou deixar inteiro – açúcar, água e cravo. Coloca-se tudo numa panela grande e leva ao fogo por aproximadamente 8 a 9 horas, até dar o ponto. Depois de frio, guarda os recipientes, geralmente potes de vidro, e está pronto para vender. “Serve como sobremesa, é uma delícia!”.
O doce de caju dura meses. “Às vezes guardo de um ano para o outro e não estraga”.



Autor – Maria Mikaele Pereira Araújo
Data - 30/06/2006
Idade - 13 anos



Texto da Ficha 2
OFÍCIOS E MODO DE FAZER



“PLANTAÇÃO DE MANDIOCA”


Nome da Manifestação Cultural ou evento: Plantação de Mandioca

O Sr. José Edmar da Silva, 56 anos, reside na comunidade de Alto Alegre, Cruz, Ceará, há 03 anos. É original de Arará, município de Marco, filho de Manoel Romão da Silva e Maria Isaura da Silva. Trabalha na plantação de mandioca.
Desde os dez anos aprendeu a lidar com a plantação. Por influência de seus pais foi adquirindo o gosto de exercer esta atividade. Para preparar o terreno, broca o mato, depois queima, cerca-o e aguarda a chuva para realizar o plantio.
Quando começam as primeiras chuvas, ele corta as manivas em vários pedaços, faz as covas e planta-os. Quando nasce mato, faz se a ‘limpa’. Só depois de um ano e meio que pode colher a plantação.
Da plantação resulta vários produtos como a farinha e a goma. E a casa serve de alimento para os animais. Tapioca e beju seco são derivados da goma e da farinha. Que é um dos meios de sobrevivência das pessoas da região.



Autor – Maria Lídia da Silva
Data - 25/06/2006
Idade - 14 anos


Texto da Ficha 2
OFÍCIOS E MODO DE FAZER



“PINTURA EM TECIDO”


Nome da Manifestação Cultural ou evento: Pintura Manual em Tecido

Quando se fala em trabalhos de pintura em tecido na comunidade todos logo lembram de Maria Eliane Brandão Araújo, uma jovem senhora de 21 anos. Filha do Sr. Pedro Expedito Alcântara Brandão – conhecido com Pedro Tiago – e Raimunda Neta Brandão. Sempre viveu nesta na comunidade. Criativa desde pequena, sempre gostou de artesanato.
Na busca de aprender coisas novas na adolescência fez um curso de pintura, com o qual se identificou. “Hoje é minha paixão”. “Tendo como base somente a força de vontade para pintar e analisando o trabalho de outras pessoas, fui me aperfeiçoando”.
“Um dia a felicidade bateu em minha porta. Eu estava pintando na varanda de minha casa, quando chegou um Sr. Chamado Cláudio, perguntando onde vendia gasolina. Ficou observando minha pintura e pediu para ver. Ficou encantado e disse que depois voltaria para falar comigo. Quando retornou já trazia bastante trabalho para eu pintar: 20 cangas, 150 bolsas e 500 calcinhas. Fiquei surpresa e feliz”, lembra Eliane.
Cláudio é dono de uma pousada em Portugal, levou muitos de meus trabalhos para lá. Queria para presentear os visitantes. A partir daí nunca mais me faltou trabalho de pintura.
Apenas com o pincel e tintas para tecido Eliane produz lindas pinturas, deixando lençóis, colchões, colchas de cama, redes, toalhas de mesa, kit cozinha e estante, e blusas muito mais bonitas.
Para mim a pintura não é somente uma profissão, mas uma libertação da alma. Ela também faz a gente ver o mundo mais bonito, mais colorido, cheio de amo e paz, diz Eliane.


Autor – Aleff Anísio Rocha Coelho
Data - 06/05/2006
Idade - 14 anos


Texto da Ficha 2
OFÍCIOS E MODO DE FAZER



“AS TAPIOCAS DE D. LOURDES”


Nome da Manifestação Cultural ou evento: Tapioca

Maria Lourdes Ferreira tem 58 anos, filha do Sr. Francisco das Chagas Brandão e da Sra. Adalgisa Nunes Brandão, moradora da comunidade de Paraguai desde que nasceu, é uma das melhores feitoras de tapioca da região. “Aprendi a fazer ainda criança. Eu ficava ao lado do fogão à lenha observando minha mãe fazer aquelas tapiocas gostosas para o café da manhã. Cresci e continuei a tradição da família”. D. Lourdes faz tapioca para consumo próprio e para venda. Ninguém resiste a elas. “Até hoje ninguém botou defeito”.
Para fazer a tapioca tradicional D. Lourdes precisa da goma, coco, água ou leite de coco e sal. Mistura tudo numa vasilha e vai esfarelando com as mãos até dar o ponto. Depois coloca um pouco na frigideira, que já deve estar quente, e pronto, é só esperar assar! A tapioca também pode ser feita nos fornos das casas de farinha na época das farinhadas. “essas ficam ainda mais gostosas”. Chamamos de tapioca de forno ou de farinhada. Mas D. Lourdes diz que seu maior segredo para suas deliciosas tapiocas está na dedicação e no toque de carinho que ela dá ao seu trabalho.



Autor – Jefferson Henrique Brandão da Silva
Data - 20/05/2006
Idade - 10 anos


Texto da Ficha 2
OFÍCIOS E MODO DE FAZER



“DONA ARMÊNIA E SUAS PINTURAS EM CARTÕES”


Nome da Manifestação Cultural ou evento: Pintura em Cartões

Que Paraguai é uma comunidade rica em pessoas criativas, isso ninguém tem dúvidas. Uma delas é a Sra. Francisca Armênia Lopes Mesquita Chaves, 33 anos, natural de Santa Quitéria, que mora na comunidade há alguns anos, conhecida como D. Armênia.
Desde pequena mostrou gosto pela pintura. Na adolescência, quando fazia o Ensino Fundamental, fez um curso de pintura, aperfeiçoando ainda mais seu dom. depois de casada conheceu uma amiga que trabalhava com papel vegetal, mas na sabia pintar. “Resolvemos trabalhar juntas. Ela preparava os cartões e eu pintava”.
Hoje D. Armênia faz todo o trabalho sozinha, mas de vez em quando as duas ainda se ajudam, quando aparecem encomendas dos cartões. Fazem cartões para convites, cartões de natal, páscoa, dias das mães e outros.
Para fazer um cartão ela precisa de papel vegetal, lápis de cor, caneta e agulha. Fura o papel vegetal, faz o desenho desejado, escreve a frase e depois faz o acabamento em alto relevo. Fica uma verdadeira obra de arte!
D. Armênia diz que faz pintura em cartões mais para ocupar o tempo. “para mim é mais como lazer do que como profissão. É gostoso fazer e ajuda a relaxar a luta diária de casa”, comenta.



Autor – Adriel Joseph Eldert
Data - 15/05/2006
Idade – 10 anos


Texto da Ficha 2
OFÍCIOS E MODO DE FAZER



“COSTURAR, UMA BRINCADEIRA QUE SE TORNOU COISA SÉRIA”


Nome da Manifestação Cultural ou evento: Corte e Costura

Paraguai é uma comunidade simples mas de pessoas criativas. É lá que reside Maria Dijesus Ribeiro, filha de José Augusto Ribeiro e de Maria Lúcia de Araújo Ribeiro, uma jovem de 20 anos que desde pequena mostrou sua fascinação pela costura. “Minha mãe sempre teve uma máquina de costura em casa para fazer reparos em nossas roupas, então eu pegava as roupas de minhas bonecas e ia costurá-las. Minha mãe não queria que eu me metesse na máquina por eu ser tão pequena. Mas eu era insistente”. Segundo Dijesus, tudo começou por brincadeira. “Arrumava minhas roupas, criava novos modelos... de repente tornei-me uma costureira”.
Por ser muito observadora e dedicada naquilo que faz, com as dicas de uma vizinha que também costura, Dijesus hoje é a principal costureira da comunidade. “Faço de tudo: vestidos, calças, blusas, tapetes, bolsas, calcinhas...” e complementa: “Se a pessoa não trouxer o modelo, não tem problema eu crio”.
Hoje a costura para Dijesus serve não somente como um meio de vida, mas como uma realização interior.


Autor – Alessandra Ribeiro
Data - 15/06/2006
Idade - 14 anos



Texto da Ficha 2
OFÍCIOS E MODO DE FAZER



“ARTESANATO DE PALHA”


Nome da Manifestação Cultural ou evento: Artesanato de Palha

Francisco Edmar da Silva é um artesão muito procurado na comunidade de Paraguai para fazer artesanato com palha. Aprendeu com seus pais, tendo a influência dos mesmos para começar este trabalho.
Este tipo de trabalho no meio rural é feito principalmente nas residências dos artesãos, que serve como boa ajuda para o sustento da família. Da palha ele faz as vassouras, sacas, abanos, urus, chapéus. “O produto mais procurado é a vassoura, por ser costume na comunidade as pessoas varrerem suas casas com vassouras de palha”.
Para fazer o artesanato de palha ele usa o seguinte processo: retira a palha da carnaúba, risca-a depois a corta no local desejado. Daí em diante é só escolher o produto que quer fazer. E mãos à obra! As ferramentas utilizadas são poucas: apenas o facão para cortar as palhas e a faca para riscá-las. “Agora a ferramenta principal mesmo são as mãos do artesão que com sua habilidade consegue fazer lindos produtos”.



Autor – João Alfredo Costa Cruz
Data - 02/06/2006
Idade - 13 anos



Texto da Ficha 2
OFÍCIOS E MODO DE FAZER



“A ARTE VINDA DO CROCHÊ”


Nome da Manifestação Cultural ou evento: Crochê

O crochê é uma atividade bastante praticada por muitas mulheres e jovens em toda a comunidade de Paraguai. Maria Mazinha Pereira aprendeu a fazer crochê quando jovem. Hoje, aos 69 anos, comanda um grupo de mulheres feitoras de crochê. Ela paga elas para fazerem o produto e depois vende-o. “Digamos que eu seja uma pequena empresária”. Mas as feitoras fazem seu trabalho em suas residências. “Elas pegam o fio ou a linha, eu dou pó modelo e elas levam para fazer”.
O tipo de crochê mais procurado é a varanda que serve para enfeitar principalmente as redes e colchas de cama. “Levo para vender em Fortaleza, principalmente para os turistas”.
O crochê pode ser feito de linha ou de fio cru. Para se fazer de fio cru, primeiro tira-se o fio formando os novelos, depois, com uma agulha adequada ao tipo de ponto, começa a fazer. Além das varandas existem vários outros produtos vindos do crochê, como toalhas de mesa, almofada, cortinas e muitos outros.


Autor – Sabrina Costa Menezes
Data - 25/05/2006
Idade - 12 anos



Texto da Ficha 2
OFÍCIOS E MODO DE FAZER



“O PLANTIO DE FEIJÃO”


Nome da Manifestação Cultural ou evento: Plantio de Feijão

Quando chega o inverno os moradores de Paraguai saem para seus roçados para fazerem o plantio do feijão, pois este é o alimento mais consumido por eles.
Antes da chegada do inverno os agricultores preparam o terreno: brocam o mato, queimam e cercam. Os grãos de feijão a serem plantados também já devem estar preparados. No dia do plantio são feitos buracos no terreno chamados covas, em fileira e neles são colocados em média 04 grãos. Após mais ou menos 60 dias está pronto para a colheita. Nesta época o feijão é consumido ainda maduro.
Para armazenar os grãos de feijão primeira debulha-os, coloca para secar ao sol, deixa secar bem e depois são guardados e lacrados em tambores ou garrafas pet.
“Quando a safra é boa dá para passar meses sem comprar feijão”, diz o Sr. José Edmar Pereira, 42 anos, agricultor, plantador de feijão desde criança quando ajudava seu pai na plantação. “Planto não só como meio de sobrevivência, mas também porque gosto de lidar com a terra”. Hoje o Sr. Zé Edmar, como é conhecido, também ensina seu filho Fabrício. “Embora que ele não siga a profissão, mas é bom saber como faz”.



Autor – Fabrício Júnior Pereira
Data - 30/06/2006
Idade - 12 anos



Texto da Ficha 2
OFÍCIOS E MODO DE FAZER



“AS PAMONHAS E AS MÃOS MILAGROSAS DE D. SOCORRO”


Nome da Manifestação Cultural ou evento: Pamonha

Na comunidade de Paraguai, município de Cruz – CE, mora uma professora muito dedicada e com uma mão que fazem milagres na cozinha. Seu nome é Maria do Socorro Nascimento, a D. Socorro. Tem 41 anos e adora cozinhar. Um de seus feitos culinários é a deliciosa pamonha. “A influência veio de minha avó, que fazia pamonha muito bem. Eu gostava de ver toda aquela movimentação. Comecei a fazer quando jovem e não parei mais”.
D. Socorro faz pamonha para consumo da casa, mas faz num capricho que só experimentando para saber a delícia que são. As pamonhas são feitas assim: primeiro vai ao milharal e tira umas espigas de milho bem boas, descasca-as, aproveitando as casacas inteiras para embrulhar a massa, tira os pendões. Depois separa os grãos do sabugo contando com uma faca e passa no moinho, ou pega as espigas inteiras e rala num ralo feito artesanalmente. Passa a massa numa peneira para tirar a parte grossa. Para da rum bom sabor, coloca-se coco ralado ou queijo ralado, ou manteiga a gosto. mexe bem e acrescenta sal ou açúcar a gosto. depois da massa pronta, Põe em duas palhas de milho emendadas que já devem estar reservadas. As mesmas são dobradas nas duas pontas e amarradas. Coloca as pamonhas em um caldeirão com água fervente por mais ou menos uma hora. Tira da vasilha para esfriar e pronto. “Elas podem ser servidas com carne assada na brasa, no café da manha ou como você preferir”.



Autor – Rodrigo Sousa Araújo
Data - 15/05/2006
Idade - 10 anos



Texto da Ficha 2
OFÍCIOS E MODO DE FAZER



“A PLANTAÇÃO DE MILHO”


Nome da Manifestação Cultural ou evento: Plantação de Milho

Comunidade de Paraguai, distrito de Caiçara,município de Cruz.É aqui que mora o agricultor José Eldo Vasconcelos de 40 anos que faz plantação de milho desde pequeno.No início ajudando seu pai, de quem trouxe essa influência, e hoje faz para o consumo.
As ferramentas utilizadas para a plantação do milho são a enxada e o ciscador.antes do inverno seu Aldo prepara o roçado. Primeiro corta o mato, chamando de “broca”, depois cisca e queima. Por último cerca o terreno com a madeira que consegue na realização da “broca”. Quando chegam as chuvas, geralmente entre janeiro e fevereiro, faz a plantação do milho. As sementes são colocadas em covas feitas com a enxada. Durante o desenvolvimento da plantação é necessário fazer a limpagem do terreno em redor do milharal através da capina. Depois de ais ou menos 60 dias está pronta a colheita.
Principalmente na época da colheita o milho é usado para fazer pamonha,canjica, mingau e para comê-lo cozido ou assado na brasa. Quando a safra é boa, o Sr. Eldo armazena em tambores passando meses sem precisar comprar milho. O milho é debulhado antes de armazenar, servindo para alimentação dos animais.



Autor – João Alfredo Costa Cruz
Data - 05/05/2006
Idade - 13 anos


Texto da Ficha 2
OFÍCIOS E MODO DE FAZER



“FABRICAÇÃO DE UTENSÍLIOS FEITOS DE MADEIRA”


Nome da Manifestação Cultural ou evento: Carpintaria

Quando os moradores da comunidade de Paraguai necessitam de móveis como armário, mesa ou qualquer outro tipo de trabalho feito de madeira, já sabem a quem procurar. Estou falando do Sr. Apolinário dos Santos, filho de Manoel Horácio dos Santos e de Maria do Espírito santo, 43 anos, carpinteiro. O Sr. Apolinário aprendeu sozinho. “Sempre gostei de mexer nessas coisas. Via ali um móvel com modelo novo, chegava em casa e ia tentar fazer. E assim fui começando”.
Só depois de casado o Sr. Apolinário resolveu abrir uma pequena carpintaria nos fundos de sua casa e fez dela sua profissão. “É daqui que tiro o sustento da família”. Sua fama foi se espalhando e hoje são muitos os clientes do Sr.Apolinário.
Ele faz de tudo um pouco. Faz armário, guarda-roupa, porta, cadeira, banco e muitos outros. Para fazer uma mesa, por exemplo, o Sr. Apolinário utiliza máquina de corrupio, martelo, trena, lápis, esquadro, furadeira, compressor de ar, pistola, lixadeira, cola, prego, verniz, selador, solvente, tingidor e lixa. Além da matéria-prima, a madeira. É um trabalho que exige muita concentração e força de vontade. Mas isso o Sr. Apolinário tem de sobra!


Autor – Nádia Silva dos Santos
Data - 20/05/2006
Idade - 10 anos

Texto da Ficha 3
LUGARES, PRÉDIOS E CONSTRUÇÕES



“CABANA DA LAGOA”

Ao chegar em Córrego das Panelas e precisar de um lugar tranqüilo, arejado e confortável, é só procurar a Cabana da Lagoa. Um lugar lindo e aconchegante!
Construída em 1977 pelo seu proprietário, o Sr. Emílio Fulâneo, um médico que veio morar nesta comunidade há dz anos, a Cabana da Lagoa é composta pelas seguintes repartições: cabana, uma espécie de chalé para alugar aos visitantes.
Tem todos os equipamentos para um boa hospedagem: a maloca, inspirada nos costumes dos índios latinoamericanos, formada somente com material natural em forma de círculo que acomoda confortavelmente 15 pessoas; a Roda da Fogueira, um espaço de 10 metros de diâmetro, rodeado de pedras, tendo pedras para reuniões, eventos para os visitantes se encontrarem, contar histórias; e a Sauna Solar, inspirada num modelo visto pelo Dr. Fulâneo na Cordilheira dos Andes, numa viagem que fez por lá. Nela usa-se somente o sol como fonte de calor.
Além de tanta utilidade já citada, a Cabana da Lagoa abre espaço para cursos de computação, contando ainda com uma riquíssima biblioteca.


Autor – Maria Carliane Ferreira
Data - 30/05/2006
Idade - 13 anos


Texto da Ficha 3
LUGARES, PRÉDIOS E CONSTRUÇÕES



“A PRACINHA DE PARAGUAI”


Localizada ao lado da Igreja Bíblica, a praça da comunidade de Paraguai é um dos pontos de lazer mais freqüentados da comunidade. Foi construída em junho de 2001, num terreno doado pela Igreja. A idéia da construção partiu do Pastor José Nicodemos Brandão, um homem que sempre luta pelo crescimento da comunidade. Sua inauguração ocorreu oficialmente no dia 14 de janeiro de 2003, ressaltando que a mesma foi construída pela Prefeitura Municipal de Cruz. A praça tem o nome de um homem ilustre da comunidade, já falecido: Raimundo Ferreira Bastos.
Pequena mas muito bem cuidada, a pracinha é rodeada de canteiros e plantações de flores deixando-a mais elegante. À tardinha e à noite ele recebe visitas de pessoas de todas as idades. É lá onde os amigos se encontram para conversar, onde crianças se juntam para brincar.


Autor – Fabrício Junior Pereira
Data - 03/06/2006
Idade - 12 anos



Texto da Ficha 3
LUGARES, PRÉDIOS E CONSTRUÇÕES



“IGREJA BÍBLICA DE ALTO ALEGRE”


Construída em 2002 pelos próprios “cientes” da localidade da igreja bíblica de Alto Alegre é uma congregação da igreja bíblica de Paraguai. A razão de sua construção foi para facilitar o acesso dos idosos locais aos cultos, pois o Alto Alegre fica um pouco distante da igreja mãe.
Além dos cultos nas noites de domingo e da escolinha para as crianças a igreja também abre espaço para a comunidade realizar reuniões dos moradores.
Com a construção desta congregação Alto Alegre ficou muito mais alegre e o povo mais próximo de Deus. Afirma o entrevistado Sr. José Nicodemos Brandão, pastor auxiliar da entidade, um dos fundadores da mesma.


Autor – Simone Regina da Silva
Data - 30/05/2006
Idade - 14 anos



Texto da Ficha 3
LUGARES, PRÉDIOS E CONSTRUÇÕES



“INSTITUTO ANTIOQUIA”


O Instituto Antioquia é um instituto que estuda a palavra de Deus com o objetivo de formar obreiros de Deus. Localiza-se na comunidade de Paraguai, município de Cruz, construída entre o final da década de 1960 e início da década de 1970.
Antioquia é o nome de um lugar onde nela existia a Igreja primitiva. Foi de lá que a igreja enviou seus primeiros missionários para serem operários de Deus, segundo a Bíblia. Daí o motivo do nome do instituto ser Antioquia.
A Instituição funciona o ano inteiro de segunda a sexta com exceção dos meses de julho e janeiro. Os cursos que ela dispõe são: Psicologia da Criança, Teologia Pastoral, Eclesiologia (doutrina da Igreja), Soteriologia (Doutrina da Salvação), Educação Cristã, Evangelização e Estudo da Bíblia. Atualmente está oferecendo também curso de computação e aula de música. Participam dos cursos missionários da localidade, de outras cidades e até de outros estados. Só pode freqüentar o curso quem é missionário da Igreja Bíblica. O Instituto, por não ter fins lucrativos, não cobra nada dos cursistas. Os mesmos só dão uma contribuição de R$ 10,00 para ajudar no matéria necessário ao estudo.
Todos os professores que repassam o curso são norte-americanos muito bem preparados. Os responsáveis pelo Instituto são: Pastor Devid Eldert, Paqulo saynes e Gerre, como diretor geral.
Além dos cursos o Instituto oferece hospedagem, facilitando a vida dos cursistas.
Segundo o entrevistado, Andrew Joseph Eldert, missionário e ex-aluno, o Instituto Antioquia a cada dia vem ajudando nossos missionários a fazerem uma evangelização mais completa como operários fiéis de Cristo.


Autor – Aleff Anísio Rocha Coelho
Data - 13/05/2006
Idade - 12 anos


Texto da Ficha 3
LUGARES, PRÉDIOS E CONSTRUÇÕES



“EEF JOÃO EVANGELISTA VASCONCELOS”


A EEF João Evangelista da Cruz está situada na comunidade de Paraguai, município de Cruz, estado do Ceará, na Zona Rural. Segundo informações fornecidas pela comunidade, a fundação da escola aconteceu em meados de 1978, mas o livro do Município diz que foi em 1981.
A escola recebeu este nome em homenagem ao pai do doador do terreno, Alfredo Ferreira da Cruz, que foi uma das pessoas que teve as primeiras iniciativas para a construção da mesma junto com Francisco Benedito de Sousa e Maria das Graças Bastos Sousa. A criação da escola ocorreu devido à necessidade de um espaço adequado para a formação dos cidadãos, que antes era realizado na casa dos próprios professores. Foi construída por a\penas com duas salas de aula, dois banheiros, uma cantina e uma secretaria.
Já passou por três ampliações com reformas, hoje conta com um espaço físico maior. Possui seis salas de aula, uma sala de leitura, uma secretaria, um depósito de merenda escolar, uma cantina, sete banheiros e uma quadra esportiva. Funciona nos turnos da manhã e tarde, com as modalidades Educação Infantil e Ensino Fundamental, credenciada pelo parecer nº 149/ 2005 (Venc. 31/12/2008). Com 340 alunos e 24 funcionários.
Tornou-se um lugar importante para a comunidade, pois é na escola que as crianças e os adolescentes aprendem e conhecem seus direitos e deveres; ampliam os conhecimentos para exercerem na sociedade sua cidadania. Além dos momentos festivos que a comunidade participa diretamente.
A escola possui as seguintes organizações: Associação de Pais e Mestres, Grêmio Estudantil e Conselho Escolar. Todos têm o objetivo de lutar pelo crescimento e desenvolvimento da entidade, possibilitando o bem-estar de todos.


Autor – Naiza Gerlândia Pereira
Data - 16/06/2006
Idade - 12 anos


Texto da Ficha 3
LUGARES, PRÉDIOS E CONSTRUÇÕES



“CASA DE FARINHA COMUNITÁRIA DO ALTO ALEGRE”

No ano de 1997 foi construída na comunidade de Alto Alegre a Casa de Farinha Comunitária por intermédio da Associação de Moradores da Localidade. O objetivo de sua construção foi para facilitar a realização das farinhadas dos associados, que até não tinham um local certo e próximo de suas residências. E deu certo! A casa foi construída num terreno doado pela Sra. Maria do Livramento Araújo Ribeiro, conhecida como Maria Ricardo, que é sócia da entidade.
Além dos associados, outros moradores também fazem suas farinhadas nesta casa de farinha. Mas os mesmos precisam dar uma pequena contribuição para ajudar a entidade.
A casa de farinha é composta por uma grande área e dois pequenos quartos. Na área fica localizado o forno, os tanques para armazenar a massa e a goma, a prensa, o motor que serra as mandiocas e é onde acontece a rapagem das mandiocas.
A casa de farinha de Alto Alegre é um exemplo de que trabalhar em comunidade dá mais certo e todos saem ganhando.


Autor – João Alfredo Costa Cruz
Data - 15/05/2006
Idade - 13 anos


Texto da Ficha 3
LUGARES, PRÉDIOS E CONSTRUÇÕES



“CASA DE FARINHA DO SEU CHICO SOARES”

Construída em julho de 1995, a casa de farinha é propriedade do Sr. Antônio Soares Neto, um dos maiores agricultores da comunidade do Córrego das Panelas. O mesmo a construiu com o objetivo de fazer suas farinhadas e de seus familiares. Mas aconteceu que muitos moradores começaram a procurar sua casa de farinha para fazerem também suas farinhadas. O Sr. Antônio Soares, que sempre foi uma pessoa bondosa, aceitava numa boa, facilitando assim a vida de muitas pessoas daquela localidade. O tempo foi passando e hoje a casa de farinha do Sr. Antônio Soares é a mais freqüentada. Funciona o ano todo. “Quando um termina sua farinhada já tem outro para dar continuidade”, conta Seu Antônio orgulhoso. Por ser tão freqüentada, sua casa de farinha se transformou nu ponto de encontro entre amigos. “À tardinha ou à noite enche de gente para ajudar a raspar mandioca e bater papo. É muito divertido”.
A casa de farinha foi construída ao lado da casa do proprietário apenas com um único e enorme compartimento, onde funcionam todos os equipamentos necessários para a realização de uma farinhada: os tanques para armazenar a goma, e a massa, a prensa, o forno, o motor de serragem e um espaço livre do salão onde acontece a raspagem da mandioca.


Autor – Maria Leoneide da Silva
Data - 12/06/2006
Idade - 13 anos


Texto da Ficha 3
LUGARES, PRÉDIOS E CONSTRUÇÕES



“A IGREJA BÍBLICA DE PARAGUAI”

Situada em Vila Paraguai, conhecida como Rua dos Crentes, a Igreja Bíblica foi fundada pelos norte-americanos que chegaram em Paraguai em 1958 pregando a Palavra de Deus como uma única regra de fé. Como não tinham um templo próprio então foi construído ao lado da capela do doador do terreno, o missionário Roberto Wilian, um prédio para realizar os cultos.
No ano de 1974, este prédio foi tomado pela Lagoa de Jijoca, assim com as casas dos moradores daquele local. Após este acontecimento, o Sr. José Costa Sousa vendeu um terreno para ser construído a vila atual e a Igreja Bíblica. No ano seguinte, foi reconstruída a Igreja no meio da vila pelos crentes já existentes na localidade, sendo arquiteto o Sr. Larry Liphhia.
A Igreja Bíblica de Paraguai é um espaço aberto não só para realização de cultos mas também para congressos, encontros de jovens, estudo bíblico para todas as idades. Para as crianças e adolescentes o estudo é feito de acordo com a faixa etária. Divididos em pequenos grupos, recebem ensino adequado à sua idade.

Autor – Maria Lídia da Silva
Data - 31/05/2006
Idade - 14 anos



Texto da Ficha 3
LUGARES, PRÉDIOS E CONSTRUÇÕES



“CASA DE FARINHA COMUNITÁRIA DO PARAGUAI”

A casa de farinha comunitária localizada na comunidade de Paraguai veio de um projeto da Associação de Moradores fundada em 1996, sendo construída com recursos adquiridos pelo projeto. A mesma fica num lugar isolado e funciona temporariamente. Possui doze sócios. As pessoas que são sócias que fazem farinhada lá, pagam uma taxa pela energia gasta.
Ela trouxe muitos benefícios aos moradores, tornando-se importante para a cultura da comunidade porque no período das farinhadas as famílias se reúnem ao redor do monte de mandioca para trabalhar e ao mesmo tempo baterem aquele papo.
Como diz o Sr. Jonas Carlos Brandão, 42 anos, sócio e secretário da Associação, “a casa de farinha é um exemplo de trabalho comunitário.


Autor – Maria Alessandra Ribeiro
Data - 13/06/2006
Idade - 14 anos



Texto da Ficha 3
LUGARES, PRÉDIOS E CONSTRUÇÕES



“IGREJA EVANGÉLICA”

A Igreja fica localizada na comunidade de Córrego das Panelas, localidade de Cruz, fundada em 1990.
Ela foi construída devido à necessidade de um local exato para a realização das reuniões e cultos que até então não existia. O doador do terreno foi o Sr. Antonio Soares Neto, um missionário da Igreja.
Além dos cultos e reuniões, são feitas as comemorações de nascimento e morte de Jesus. Para as crianças existe a escolinha de acordo com a idade, com explicação de histórias bíblicas através de ilustrações.
Hoje ela é bem freqüentada e muito importante porque é lá que é ensinada a Palavra de Deus para as pessoas que querem aprender e praticar, desde as crianças aos adultos.


Autor – Mayele Dutra Albuquerque
Data - 23/05/2006
Idade - 11 anos



Texto da Ficha 3
LUGARES, PRÉDIOS E CONSTRUÇÕES



“EEF JOÃO SOARES”

A EEF João Soares está localizada na comunidade de Córrego das Panelas, Cruz – CE. Recebeu este nome em homenagem ao bisavô do doador do terreno, por ter sido o primeiro Soares a habitar a comunidade.
Construída em 1985 com duas salas de aula, uma cantina e dois banheiros. Começou sua atividade educacional em fevereiro de 1986, com três funcionários e duas turmas de alunos de 1ª e 2ª Séries, distribuídos nos turnos da manhã e da tarde.
Primeira professora: Maria do Socorro Albuquerque. O doador do terreno para a construção do prédio foi o Sr. Antônio Soares Neto. Com o passar do tempo, ela foi sendo ampliada, hoje tem três salas, uma cantina, uma secretaria e cinco banheiros.
Desde 1997 ela é anexo da EEF João Evangelista Vasconcelos, comunidade do Paraguai. Atualmente funciona apenas uma turma com 17 alunos da Educação Infantil, com a professora Ivanilde Marques Ferreira. “Isso acontece devido à carência de alunos para formar outras turmas”, explica a Sra. Lóide Dutra Firmo Albuquerque, ex-professora da entidade e entrevistada.


Autor – Mayele Dutra Albuquerque
Data - 03/06/2006
Idade - 11 anos


Texto da Ficha 3
LUGARES, PRÉDIOS E CONSTRUÇÕES



“IGREJA DE NOSSA SENHORA DO PERPÉTUO SOCORRO”

Localizada na comunidade de Paraguai, no trecho conhecido como Córrego dos Prefeitos, a Igreja de Nossa Senhora de Perpétuo Socorro foi construída em meados de 1999 e 2000, num terreno doado pelo Sr. Francisco das Chagas Brandão. A mesma foi construída através de mutirões realizados pelos moradores católicos da comunidade e campanha de doações. É uma Igreja pequena mas muito freqüentada pelos cristãos católicos.
A principal manifestação realizada pela Igreja é a festa da padroeira,Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, que vem acontecendo desde 2001, geralmente entre o final do mês de junho e o início do mês de julho. São dez déias de novenas, por sinal muito bem freqüentadas.
Além desta manifestação a Igreja celebra todas as datas religiosas, sem falar das celebrações aos domingos da Palavra de Deus, recebendo a visitado padre da Paróquia uma vez por mês.
Também tem um espaço aberto para as reuniões do grupo de jovens da comunidade, o JCC (Jovens Caminhando com Cristo), reuniões de catecismos para as crianças e outras reuniões se assim a comunidade necessitar.
As organizações existentes na Igreja são: Pastoral da Liturgia, Pastoral do Dízimo, Ministros da Eucaristia e Ministro da Palavra, tendo à frente o Sr. Antônio Barbosa de Sousa.

Autor – Ruty Maria de Araújo
Data - 15/06/2006
Idade - 11 anos



Texto da Ficha 3
LUGARES, PRÉDIOS E CONSTRUÇÕES



“CAPELA DE NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS”

A capela está situada na comunidade de Córrego das Panelas. Foi construída por intermédio dos moradores católicos da comunidade no ano de 2001. O terreno para sua construção foi doado pelo Sr. Emílio Fulaneo, médico que mora na localidade há dez anos, que muito ajudou para sua construção.
A padroeira da Capela “Nossa Senhora das Graças” existe desde a época que foi construída. Ima escolha feita pelo Grupo Liturgia, representado pelo Sr. José Carlos Oliveira, que atua como ministro da Palavra. A decisão do grupo foi aceita pela comunidade.
Além das celebrações aos domingos, na capela acontecem vários cursos de batizados, catecismos para as crianças se prepararem para a 1ª Eucaristia, cursos de Crisma, enfim, encontros que ajudam na formação cristã. A capela também cede espaço para a comunidade realizar reuniões e eventos sociais.


Autor – Eveline Maria Ferreira
Data - 25/05/2006
Idade - 12 anos



Texto da Ficha 4
LENDAS, SUPERSTIÇÕES E CURIOSIDADES



“VASSOURA ATRÁS DA PORTA”


Vassoura atrás da porta é uma superstição que existe na comunidade de Paraguai há muito tempo em casas de pessoas que acreditam que isso espanta más visitas.
O fato de esta história acontecer nos dias atuais é que foi uma crença transmitida de geração em geração. A pessoa coloca uma vassoura atrás da porta principal quando tem em sua casa uma visita indesejada. Segundo os supersticiosos, em pouco tempo a pessoa vai embora.
As crianças e adolescentes aprendem com os pais, avós e outros que acreditam e muitas vezes praticam, continuando a preservar uma cultura muito antiga.


Autor – Sabrina Costa Menezes
Data - 25/05/2006
Idade - 12 anos



Texto da Ficha 4
LENDAS, SUPERSTIÇÕES E CURIOSIDADES



“CASAL AMANCEBADO VIRA LOBISOMEM”

Diz-se que quando uma mulher casada se separa de seu esposo e amanceba-se com um homem que também é casado, este casal pode virar lobisomem.
Em noite de lua-cheia, nos dias de quinta ou sexta-feira eles saem noite afora uivando transformados em lobisomens. Diz-se também que uma outra forma de ele se transformar em lobisomem é se, sem roupa, espojarem-se no espojo de um animal como cavalo, burro ou jumento, algum tempo depois eles viram-se nesta fera e então saem correndo com os cotovelos no chão. Dentro de meia hora devem correr sete cidades e voltar para o local onde houve a transformação. Caso não dê tempo, eles ficarão lobisomem para sempre.
O Sr. Geraldo Ricardo de Araújo conta que eles levam consigo uma maldição e que no momento em que estão como lobisomem são capazes de fazerem coisas impossíveis, como agredir violentamente uma pessoa e no outro dia não lembrar de nada. O Sr. Geraldo nunca viu um lobisomem, mas acredita que existe. “Meu avô dizia que uma vez ficou cara a cara com um”, fala Seu Geraldo. “Era uma mulher daqui mesmo da comunidade”.
Estas histórias rondam pela comunidade de Córrego das Panelas até hoje. Se é verdade ou mentira, isso não se sabe. Na dúvida, é melhor prevenir-se.



Autor – Maria Ivoneide da Silva
Data - 30/05/2006
Idade - 13 anos




Texto da Ficha 4
LENDAS, SUPERSTIÇÕES E CURIOSIDADES



“SEU GALO CANTOU FORA DE HORA? IH!”

Contam os moradores da comunidade de Paraguai que se o galo principal do terreiro e do vizinho cantarem fora de hora, cuidado! Isso quer dizer que algo de ruim vai acontecer.
Se cantar às seis da tarde, pode esperar: alguém vai fugir de casa esta noite. Mas se cantar à meia-noite o caso é mais sério: o galo está avisando a morte de alguém. Confirma o Sr. José Gilvan da Rocha, morador da comunidade, que já testemunhou os dois acontecimentos. “Às seis da tarde o galo do terreiro começou a canta, a cantar...e o do vizinho também. No outro dia ficamos sabendo que uma moça vizinha tinha fugido com um rapaz na madrugada”.
Há quem diga que isto é apenas uma ilusão. Outros não duvidam que seja verídico. Se é verdade ou não o que se sabe ao certo é que isto é uma crença dos paraguaienses. Um povo simples mas de uma cultura fértil. Que as novas gerações levem em frente esta cultura tão bela.



Autor – Maria Dayane de Oliveira
Data - 05/06/2006
Idade - 11 anos


Texto da Ficha 5
BRINCADEIRAS E BRINQUEDOS INFANTIS



“O ELÁSTICO”

Quem nunca brincou de elástico um dia? Na comunidade de Paraguai, município de Cruz, existe uma garota chamada Naíza que adora brincar de elástico. Ela tem 12 anos e aprendeu a brincar na escola com os coleguinhas da Ed. Infantil. “É muito divertido! Quando a gente está brincando nem vê o tempo passar”, comenta a garota.
A brincadeira do elástico pode ser realizada em qualquer lugar como no pátio da escola, na praça e no quintal da casa. A gente pode fazer o brinquedo assim: compra uns três metros de elástico, amarra uma ponta na outra. Se não tiver como conseguir o elástico, pode substituir por tiras de tecido que estique. A gente corta o tecido em tiras, amarra as pontas e pronto,
Para brincar precisa-se de duas pessoas para segurarem as pontas do elástico. Geralmente o elástico é colocado na cintura destas pessoas. Elas vão levantando ou baixando o elástico para o desafio ser melhor. O número de participantes pode ser de cinco pessoas ou mais. O brincante tem que pular pisando no elástico. Não pode errar, senão sai fora da brincadeira.


Autor – Tailane Kelle da Silva
Data - 12/06/2006
Idade - 10 anos



Texto da Ficha 5
BRINCADEIRAS E BRINQUEDOS INFANTIS



“O JOGO DA BILA”

O jogo de bila é uma brincadeira que as crianças e adolescentes brincam em praça, escola ou no terreiro da casa. Ela é muito praticada na comunidade de Paraguai.
Existem várias maneiras de se jogar o jogo de bila. Tem o buraco, o triângulo, teça, teça palmo. Para jogar o triângulo, por exemplo, faz-se um triângulo no chão. As pessoas que vão jogar colocam uma ou mais bilas dentro do triângulo, chamado de “calçar a bila”. Para decidir quem joga primeiro, cada um joga uma bila em direção a uma linha, também feita no chão. Quem conseguir jogar a bila mais próximo da linha será o primeiro a jogar. Quem jogar e a bila passar da linha, será o último.
Depois desta organização começa a brincadeira. A primeira pessoa joga uma bila no triângulo com o objetivo de tirar as outras fora. As bilas que ela jogar fora serão dela. A segunda pessoa só começará a jogar depois que a primeira não conseguir tirar bila do triângulo. A brincadeira termina quando todas as bilas saírem do triângulo. Ganha quem tiver conseguido mais bilas. Pode participar quantas pessoas quiserem.
“Quando vejo alguém jogando bila não resisto, chego perto e peço para entrar na brincadeira”, diz o entrevistado, Fabrício júnior Pereira, 12 anos, que é brincante e fascinado pelo jogo de bila.


Autor – Jefferson Henrique Brandão da Silva
Data - 09/06/2006
Idade - 10 anos


Texto da Ficha 5
BRINCADEIRAS E BRINQUEDOS INFANTIS



“PULAR CORDA”
Na praça, no pátio da escola, no terreiro da casa. Geralmente são esses os lugares preferidos da criançada para brincarem de pular corda. Esta é uma brincadeira que vem das gerações passadas e que atualmente ainda é muito praticada pelas crianças da comunidade de Paraguai.
Com uma corda de mais ou menos 03 metros, duas pessoas para segurarem em suas extremidades, uma de cada lado, é o que precisamos para brincar de pular corda. As pessoas que estão segurando podem balançá-la horas devagar, horas mais rápido, proporcionando um desafio maior. Quem errar o pulo sai da brincadeira. “Você pode também brincar de pular corda sozinho. Pega uma corda menor, segura-na e pula ao mesmo tempo. Mas bom mesmo é pular com os amigos”, diza entrevistada Keyte Pereira.



Autor – Maria Alessandra Ribeiro
Data - 06/06/2006
Idade - 14 anos


Texto da Ficha 5
BRINCADEIRAS E BRINQUEDOS INFANTIS



“BRINCAR DE CASINHA”


A brincadeira de casinha existe na comunidade há muito tempo. É uma brincadeira que todas as crianças gostam e praticam.
A criança pode brincar sozinha ou com outras crianças. Para brincar sozinha é preciso várias bonecas para formar a família: os pais e os filhos. Se for brincar com mais crianças, as bonecas vão ser os filhos das crianças. Na casinha deve ter prato, colheres, panelinhas, enfim, tudo que uma cozinha precisa. Sem falar na caminha ou rede para as bonecas “dormirem”. É uma brincadeira de faz de conta muito divertida. Como diz a entrevistada Nailândia “é um,a maneira gostosa de aprender a viver em família”.


Autor – Maria Daiane de Oliveira
Data - 18/06/2006
Idade - 11 anos



Texto da Ficha 5
BRINCADEIRAS E BRINQUEDOS INFANTIS



“BONECAS DE PANO”

Ser inteligente é o máximo! Tudo acontece na localidade de Paraguai, município de Cruz. D. Maria Matias é uma senhora de 77 anos que desde muito jovem faz bonecas de pano. “Antes eu fazia para minhas filhas brincarem. Hoje faço para meus netos e também para venda”. E continua: “de início as bonecas ficavam feias, mas eu nem ligava. Fui fazendo... até que ficaram assim bonitas”, diz mostrando sua arte.
D. Maria Matias pega restos de tecidos e transforma em lindas bonecas. Primeiramente corta o pano na forma de um corpo, costura e enche de algodão. Da mesma forma faz com a cabeça. “Dou uns toques especiais e pronto”, diz ela.
Além de estar alegrando seus netos com suas lindas bonecas, D. Maria Matias também faz para ornamentação.


Autor – Dalila Mirelly Freitas Rios
Data - 19/06/2006
Idade - 10 anos



Texto da Ficha 5
BRINCADEIRAS E BRINQUEDOS INFANTIS



“CARRO DE MADEIRA”

José Elivando Pereira é um jovem que mora na comunidade de Paraguai. Município de Cruz. desde em que nasceu. Ele tem 19 anos. Aprendeu a fazer carro de madeira sozinho, quando criança. “Fazia carro d madeira para eu brincar com meus colegas, hoje faço para vender”,comenta Elisvando.
Para fazer o carro de madeira precisa-se de tinta óleo, madeira, prego, martelo, pneu velho, lata de óleo vazia e garrafa pet. “Primeiro eu faço toda aparte de baixo, depois a cabina do motorista, carroceria e os pneus, tudo de madeira. Os pára-brisas eu faço de garrafa pet, assim como as janelas. Com pedaços de lata de óleo faço as molas ou amortecedores do carro. Por último faço a montagem, usando pregos e pedaços de pneus para ajustar melhor. Passo uma lixa, pinto e pronto. Fica uma graça”, explica Elisvando.
Com suas mãos ágeis Elisvando leva apenas de 1 a 2 dias para construir um brinquedo.“Mesmo com a aparição do carro industrializado, digo, carro de brinquedo, ainda são muitas as crianças que gostam de brincar com os carros de madeira. É gratificante ver crianças brincando com brinquedos que eu fabriquei”, finaliza o rapaz.


Autor – Nailândia Naiara Pereira
Data - 16/06/2006
Idade - 11 anos



Texto da Ficha 5
BRINCADEIRAS E BRINQUEDOS INFANTIS



“CAÍ NO POÇO”

Caí no poço é uma brincadeira antiga mas que muitas crianças e adolescentes de hoje ainda brincam na comunidade de Paraguai. É uma brincadeira que ajuda a fazer novas amizades.
Para se brincar precisa-se de, no mínimo, dez participantes. Sentado em um semicírculo, cada participante recebe um número dito por uma pessoa do grupo baixinho no ouvido. Ninguém pode ouvir. Depois uma pessoa é escolhida para ir à frente e começar a brincadeira.
De costas para o grupo ela diz: “Caí no poço!” e o grupo pergunta “com água aonde?” ela diz: “no pescoço” o grupo pergunta: “quem tira?” ela diz “meu bem!” o grupo pergunta: “com o quê?” Ela tem várias opções, pode dizer um beijo, um abraço, um aperto de mão ou uma voltinha. Ela escolhe a opção que quiser. Depois de ter escolhido o grupo pergunta qual é o número. Então ela responde um número. Quem for aquele número vai lá cumprir o que a pessoa tinha falado. Exemplo: se a pessoa falar “um abraço” o número escolhido vai lá e dá um abraço na pessoa. Então quem é chamado fica no lugar da outra. E assim continua a brincadeira. Muito gostosa de brincar no terreiro em noite de luar.


Autor – Aleff Anísio Rocha Coelho
Data - 15/06/2006
Idade - 12 anos



Texto da Ficha 5
BRINCADEIRAS E BRINQUEDOS INFANTIS



“POLÍCIA E BANDIDO”

Polícia e ladrão é uma das brincadeiras preferidas das crianças da comunidade de Paraguai, como conta a entrevistada, Naíza Coerlandia Pereira de doze anos, que também adora brincar. “A brincadeira começa assim: primeiro dividi-se os participantes em dois grupos, o da polícia e o dos ladrões. Os ‘polícia’ ficam sentados e os ladrões se escondem. Após um sinal, os policiais vão caçar os ladrões. Os que forem pegos são colocados na cadeia, que pode ser representada por um círculo feito no chão. Quando os policiais pegarem todos os ladrões termina a brincadeira. Aí quem é ladrão via ser polícia e vice-versa”.
O número de participantes deve ser no mínimo 06 pessoas. “Geralmente são os meninos que gostam mais de brincar. Mas isso não importa, as meninas também podem participar”, relata Naíza.
Nesta brincadeira, quanto maior o número de participantes melhor, pois assim demora mais para terminar, ficando mais divertido.


Autor – Nailândia Naiara Pereira
Data - 16/06/2006
Idade - 11 anos


FICHA 6
FIGURAS POPULARES


“MÃE QUITÉRIA”


Quitéria Maria da Silveira (in memorian), natural de Sobral, residente na comunidade de Paraguai por muitos anos. Nasceu no ano de 1897 e faleceu em 12/12/1982. Era conhecida por Quitéria.
Quitéria era uma mulher de coragem, honesta, batalhadora e popular. Tornou-se importante porque na época ficava muito difícil acesso a hospital. Então ela resolveu ajudar as mulheres, tendo força de vontade própria. Começou a fazer o parto daquelas mulheres, mesmo sem conhecimento para a profissão. Mas a necessidade de ter uma pessoa para exercer a função de parteira era muito grande. Com a prática no dia-a-dia, foi adquirindo habilidade.
“Tinha dia que era aquela luta, ficava correndo de uma casa para outra. Fazia até três partos. As crianças que ela fazia o parto a chamavam de ‘Mãe Quitéria’ e as mães das crianças de ‘comadre Quitéria’. Além dela fazer o parto, cuidava da casa das mulheres de resguardo”, conta o seu filho João Batista Firmo, entrevistado.
Deixou saudades, pois tinha um laço de amizade grande com as pessoas. Seus atos são lembrados hoje pelas pessoas que tiveram oportunidade de conhecê-la.


Autor – Naíza Gerlândia Pereira
Idade – 12 Anos
Data – 29/06/2006



FICHA 6
FIGURAS POPULARES


“SEU DEDÉ”


José Carlos de Oliveira, conhecido como Seu Dedé, é um senhor de 44 anos residente em Córrego das Panelas, município de Cruz – CE desde que nasceu. É agricultor e líder comunitário.
Desde muito jovem se dedicou aos trabalhos religiosos da comunidade. Atualmente é Ministro da Palavra da capela da comunidade anunciando a Palavra de Deus e incentivando os cristãos a crescerem na fé. Ajuda na formação da espiritualidade das crianças como catequista e ainda dá sua colaboração na Pastoral da Liturgia, tornando a capela mais organizada e alegre.
Dedicado em tudo que faz e preocupado com o bem-estar de sua comunidade, Seu Dedé sempre procurou ajudar no crescimento da mesma através de seus conselhos e idéias criativas.
Por tantas benfeitorias, seu Dedé é um homem muito respeitado na comunidade.


Autor – Maria Leoneide da Silva
Idade – 13 Anos
Data – 20/06/2006




FICHA 6
FIGURAS POPULARES


“ZÉ RICARDO”


Ele é natural de Aranaú, distrito de Acaraú, filho de Carlos de Sousa de Araújo e de Ana Maria da Conceição, tem 70 anos e veio morar na comunidade de Paraguai há 50 anos. Seu nome é José Carlos de Araújo, conhecido como Zé Ricardo.
O Sr. Zé Ricardo é um homem de caráter e muito respeitado pelo povo de Paraguai. Sua popularidade surgiu na luta pelo crescimento da comunidade. Aos poucos foi se tornando um líder, um representante dos moradores, levando suas propostas à Prefeitura, à Câmara dos Vereadores e a outras repartições. Com sua ajuda a comunidade conseguiu uma Teleceará, a praça, estradas e outros benefícios. Em suma, Zé Ricardo é um homem que não mede esforços para ajudar no que for preciso sua comunidade.


Autor – Jefferson Henrique Brandão da Silva
Idade – 10 Anos
Data – 05/06/2006


FICHA 6
FIGURAS POPULARES


“D. RITA, UMA MULHER DE FIBRA”


Chegando na comunidade de Paraguai, município de Cruz – Ce, se perguntar quem é D. Rita, agente de saúde, todos saberão responder. Rita Branda ode Sousa é seu nome, tem 59 anos e mora na comunidade desde que nasceu. Virou uma figura popular por ser uma mulher corajosa e batalhadora.
Evangélica desde os 17 anos, D. Rita sempre procurou o caminho da solidariedade. Agente de saúde há alguns anos, recebeu a oportunidade de estar mais próxima das pessoas. Todos os dias visitas as famílias ajudando no que é preciso, sempre dando um pouco a mais de si pelo próximo.
Mesmo com tanta ocupação co o trabalho e a casa onde mora, ela ainda tira um tempinho para a Igreja. Lá é conselheira dos irmãos, que sempre lhe procuram quando estão passando por um momento difícil. Ser útil a alguém para D. Rita é uma realização da alma.


Autor – Fabrício Júnior Pereira
Idade – 12 Anos
Data – 25/06/2006


FICHA 6
FIGURAS POPULARES


“JOÃO CETUBA”


Na comunidade de Paraguai viveu um senhor muito honesto e muito respeitado pelo povo deste lugar. Seu nome era João Evangelista da Cruz, conhecido como João Cetuba. Nasceu no dia 03 de setembro de 1915, filho do sr. Joaquim Pereira Cetuba e Tereza Maria de Jesus.
Era natural de Pesqueiro, Camocim. Veio para o Paraguai aos 20 anos de idade, onde casou e criou sua família. Foi um dos grandes proprietários de terras da comunidade. Inclusive, as terras onde foi construída a escola de Paraguai pertencia ao mesmo, motivo que levou seu filho Alfredo Ferreira da Cruz, dono das terras, pedir que a escola levasse o nome de João Evangelista da Cruz. Pedido aceito.
João Cetuba ficou conhecido por todos pelo caráter. Um homem responsável que sempre lutou para educar a família dentro dos costumes d época. Ensinando seus filhos o caminho da justiça, do respeito e de que o trabalho era tudo na vida de um ser humano.
Faleceu no dia 21 de abril de 1970, deixando muitas saudades, pois era um homem de muitas amizades.


Autor – Jefferson Henrique Brandão da Silva
Idade – 10 Anos
Data – 08/08/2006


FICHA 7
EXPRESSÕES E VOCÁBULOS LOCAIS E REGIONAIS



“NEGRADA”


Não se sabe dizer quando surgiu, mas sabe-se que já faz um bom tempo que este dito ‘negrada’ é usado por muitos moradores da comunidade do Paraguai.
‘Negrada’ é a maneira de se referir a um grupo de pessoas. Costuma-se usar quando, por exemplo, uma pessoa vai contar um fato ou uma história para os amigos, em vez de dizer ‘gente’ ou ‘pessoal’, diz ‘Negrada, vocês nem sabem o que aconteceu!’ ou ‘Negrada do céu, que chuva grossa!’
Por ser um dito popular muito usado no dia-a-dia pelos adultos, crianças e adolescentes, também acabam praticando.


Autor – João Alfredo Costa Cruz
Idade – 13 Anos
Data – 16/06/2006




FICHA 7
EXPRESSÕES E VOCÁBULOS LOCAIS E REGIONAIS



“ENTRAR PRA DENTRO”


Desde muito tempo este dito ‘entrar pra dentro’ é usado com muita freqüência na comunidade de Paraguai. “Desde quando me entendi como gente já vi as pessoas falarem assim”, diz a entrevistada, Leonice Nunes Brandão, 45 anos.
“Entrar pra dentro” significa entrar em algum lugar. Leonice diz que usa mais quando pede uma pessoa para entrar em sua casa. Como por exemplo: “Senhor, entre pra dentro e sente” ou “Menino, entra!”, que é o mesmo que dizer “Menino, entra!”.
Por ser um costume dos moradores,é uma linguagem que facilita a comunicação, levando crianças e adolescentes serem também usuários deste dito popular.

Autor – João Alfredo Costa Cruz
Idade – 13 Anos
Data – 16/06/2006



FICHA 7
EXPRESSÕES E VOCÁBULOS LOCAIS E REGIONAIS



“OH COITADO!”

“Coitado (a)” é, segundo a entrevistada, um dizer muito usado pelos moradores de Paraguai. Um dizer que vem das gerações passadas, mas que passou a ser usada com muita freqüência na comunidade a partir da personagem “Filó” que tinha este dizer “oh, coitado!”.
“Coitado” é usado quando duas pessoas estão conversando e alguém fala ou faz algo sem sentido. Então diz “oh, coitado!”. É uma forma de demonstrar o que achou da maneira de agir ou falar do outro. Como se estivesse debochando do outro. Também é usado no sentido de sentir pena de alguém. Exemplo: “Coitrado, foi demitido do emprego!”.


Autor – Aleff Anísio Rocha Coelho
Idade – 12 Anos
Data – 03/06/2006



FICHA 7
EXPRESSÕES E VOCÁBULOS LOCAIS E REGIONAIS



“PODE CRER!”


“Pode crer!” é um dizer muito antigo amas que atualmente está sendo muito usado pelas crianças e adolescentes da comunidade de Paraguai. Quando se vê duas ou mais pessoas, principalmente crianças, conversando pode-se esperar que vai ouvir muitas vezes esta frase: “pode crer!”.
“Pode crer significa uma afirmação. É como se a pessoa estivesse dizendo “pode acreditar”. As pessoas usam nos casos como: uma garota fala para a outra “Nossa, como ele tá bonito hoje!” a outra responde “Pode crer!”. Enfim, este dizer popular está na boca do povo, pode crer.


Autor – Naíza Gerlândia Pereira
Idade – 12 Anos
Data – 25/06/2006



FICHA 7
EXPRESSÕES E VOCÁBULOS LOCAIS E REGIONAIS



“DESCER PRA BAIXO”


Descer pra baixo, segundo a entrevistada Aurineide Maria de Oliveira, é uma expressão que as pessoas usam e vai passando de pai para filho.
Esta expressão surgiu há muito tempo, apesar de não saber de onde surgiu, a mesma é usada até hoje com muita freqüência. Descer pra baixo é usado como resposta quando alguém pergunta a outra: Aonde tu vais fulano? A pessoa responde: Vou descer pra baixo. OUI então, a pessoa pergunta: Fulano, vamos descer pra baixo? Descer pra baixo significa descer para algum lugar no sentido do lado de baixo.
Tornou-se um dizer popular, facilitando a comunicação entre os usuários desta expressão.


Autor – Mayele Dutra Albuquerque
Idade – 11 Anos
Data – 03/07/2006



FICHA 7
EXPRESSÕES E VOCÁBULOS LOCAIS E REGIONAIS



“É DE SER!”


“É de ser!”, segundo a entrevistada, Maria Miriam Albuquerque, é um dizer muito popular.
Esta expresão surgiu há muito tempo, apresar de não sabermos onde e como surgiu, é usada até hoje com muita freqüência. “É de ser!” é usado nas conversas como resposta. Quando uma pessoa conta algo e a outra não acredita no que está contando a outra responde: “É de ser!”. Significa que a pessoa está desacreditando no que é dito.
Tornou-se interessante porque facilita a comunicação entre as pessoas. É usado desde às crianças aos adultos.


Autor – João Alfredo Costa Cruz
Idade – 13 Anos
Data – 16/06/2006


FICHA 7
EXPRESSÕES E VOCÁBULOS LOCAIS E REGIONAIS



“SUBIR PRA CIMA”


“Subir pra cima”, segundo a entrevistada, Maria Zulene de Oliveira, é um dizer muito popular e que foi passando de pai para filho.
Esta expressão surgiu há muito tempo, mas não se sabe nem onde nem quando surgiu. A mesma é usada até hoje com muita freqüência entre conversas quando uma pessoa pergunta a outra; Fulano, aonde tu vais? A pessoa responde: Vou subir pra cima. Subir pra cima significa subir pra algum lugar no sentido do lado de cima.
Este dizer tornou-se importante porque facilita a comunicação entre os usuários, preservando assim nossa cultura.


Autor – Mayele Dutra Albuquerque
Idade – 11 Anos
Data – 30/06/2006




FICHA 7
EXPRESSÕES E VOCÁBULOS LOCAIS E REGIONAIS



“SAIR PRA FORA”


Sair pra fora, seguindo a entrevistada, Lóide Dutra Firmo Albuquerque, é um dizer muito popular e que passa de geração para geração.
Esta expressão não se sabe quando nem onde surgiu. A mesma é usada até hoje por muitas pessoas que não dão importância para as regras gramaticais. É usada com muita frequência nas conversas quando uma pessoa pede para outra sair de dentro do local onde está. Por exemplo: Fulano, sai pra fora! Significa sair do local onde está pra fora.
Tornou-se um hábito na linguagem do povo, porque facilita a comunicação entre o membros.


Autor – Maria Leoneide da Silva
Idade – 13 Anos
Data – 03/07/2006


FICHA 8
HISTÓRIAS LOCAIS



“CÓRREGO DOS TEIXEIRAS”


Uma localidade pequena pertencente ao distrito de Caiçara, município de Cruz. Suas constrições são casas de família e pousadas. Há vegetação de cajueiros, mangueiras, coqueiros, sabiás e outros, além de algumas plantas rasteiras.
A localidade recebeu este nome porque a primeira família a morar neste lugar foi a família Teixeira. Logo no início, o local era conhecido como Jijoca dos Teixeiras, por se localizar próximo ao distrito de Jijoca. Só mais tarde passou a ser chamada de Córrego dos Teixeiras. Modificação feita por um senhor muito respeitado na que morou por aqui, conhecido por Sr. Justino. Tendo em vista que existia na localidade um córrego que passava nas terras da família Teixeira.
Atualmente a localidade é de poucas residências em que as pessoas se relacionam bem socialmente vivendo basicamente da produção agrícola.



Nome – Simone Regina da Silva
Idade – 14 anos
Data – 25/06/2006


FICHA 8
HISTÓRIAS LOCAIS



“UMA COMUNIDADE CHAMADA PARAGUAI”


Paraguai se localiza no distrito de Caiçara, município de Cruz, estado do Ceará. É uma comunidade muito extensa, faz limite ao norte com a comunidade Córrego das Panelas, ao sul com a comunidade de Solidão, a oeste com a comunidade de Lagoa dos Monteiros e a oeste com o município de Jijoca de Jericoacoara.
Conta os historiadores que Paraguai recebeu este nome devido a um índio retirante que morava no país do Paraguai. Saiu de sua terra natal para buscar um meio de vida melhor e tranqüilo. Já que na época acontecia muitas guerras no Paraguai .Encontrou este lugar onde só havia animais, mata e pessoas iguais a ele. Então construiu uma cabana onde morou durante muito tempo e passou a ser o defensor de sua tribo. A tribo o chamava de Paraguai. Até que um dia invadiram esta terra ,atacaram a tribo de Paraguai. Ele lutou bravamente para defender seu povo até a morte. Após este acontecimento os poucos índios sobreviventes, em homenagem a este guerreiro, deram o nome deste lugar de Paraguai. Não se sabe ao certo o que aconteceu com os índios sobreviventes. Sabe-se que hoje não existem mais índios por aqui. O tempo foi passando, outras pessoas forma se apossando das terras e Paraguai se transformou nesta linda comunidade.
Paraguai é uma comunidade que a cada dia vem se desenvolvendo. Hoje seus moradores têm acesso a energia, telefone e uma parte da população recebe água tratada (Cagece). Em termos de aspecto econômico, nossa maior fonte de renda é a agricultura. Já na parte social, toda a comunidade luta por um futuro próspero para nossas crianças.



Nome – Ruty Maria de Araújo
Idade – 14 anos
Data – 28/06/2006



FICHA 8
HISTÓRIAS LOCAIS



“CÓRREGO DAS PANELAS”


Seguindo os historiadores a comunidade de Córrego das Panelas recebeu este nome devido a uma família de índios que habitava por aqui há muitos anos e gostava de fabricar panelas de barro à margem de um córrego. Então as pessoas que passavam pelo córrego começaram a chamá-lo de córrego das panelas.
A margem deste córrego, que possuía uma paisagem fértil, dava acesso às pessoas irem para outros lugares que sempre se encantavam com tanta beleza. Motivo que levou muitas pessoas virem morar à suas margens, fazendo o lugarejo crescer e transformar-se na comunidade de Córrego das Panelas.
Por localizar-se próximo à Lagoa de Jijoca, a comunidade vem recebendo a cada dia novos moradores.
Localizada no distrito de Caiçara, município de Cruz, estado do Ceará., Córrego das Panelas possui atualmente escola, igrejas, comércios, um, pequeno restaurante e uma população muito acolhedora e preocupada com um futuro brilhante para suas crianças. No aspecto econômico, a maioria dos moradores vive da agricultura.


Nome – Maria Carliane Ferreira
Idade – 13 anos
Data – 29/06/2006


FICHA 8
HISTÓRIAS LOCAIS



“ALTO ALEGRE”


Conta o entrevistado, o Sr. João Quitéria, que Alto Alegre é um vilarejo que pertence à comunidade de Paraguai ,município de Cruz, que antes tinha o nome de Cansanção e depois recebeu o nome de Inferninho, apelido dado pelos moradores porque no vilarejo existiam muitos bares e nos finais de semana os moradores embriagados viviam aprontando confusão, brigas e até mortes, sem contar com a prostituição de menores.
Com a penetração do Evangelho através da Congregação Missionária da Igreja Bíblica de Paraguai naquele lugar, as pessoas forma se convertendo, mudando de postura e mentalidade. Por conseqüência, o vilarejo começou a ficar mais tranqüilo e alegre. Então a congregação, querendo acabar de vez com a imagem de que o lugar era triste e perigoso, resolveram colocar um outro nome. Em uma reunião com todos os moradores, o Pastor José Nicodemos Brandão deu a sugestão de Alto Alegre. Alto porque a região é um pouco mais elevada no aspecto geográfico do que o restante da comunidade e Alegre porque agora o vilarejo era só alegria, com Deus no coração. E assim, 80% do povo concordou com este nome. Deste dia em diante, o lugar ficou conhecido como Alto Alegre.



Nome – Simone Regina da Silva
Idade – 14 anos
Data – 25/06/2006



FICHA 10
INSTITUIÇÕES E ENTIDADES LOCAIS



“ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE VILA PARAGUAI”

Fundada no dia 12 de junho de 1994 pelos próprios moradores da comunidade, a Associação Comunitária de Vila Paraguai tem como objetivo desenvolver áreas sociais e culturais dos moradores da localidade, tentando diminuir os problemas comunitários.
A idéia surgiu a partir da necessidade de se ter uma água potável para todos os moradores. A Associação facilitaria alcançar esta meta. E deu certo. O primeiro projeto da Associação assim que foi criada foi este. Hoje todos os associados e mais outros moradores próximos do local estão recebendo o abastecimento de água tratada vindo da Cagece.
Além de projetos como este, a Associação se reúne mensalmente para discutir outros assuntos destinados ao bem estar da comunidade, bem como a saúde das crianças e adolescentes. Tendo em frente o presidente atual, o sr. Andrew Joseph Eldert.



Nome – Adiel Joseph Eldert
Idade – 10 anos
Data – 30/06/2006


FICHA 10
INSTITUIÇÕES E ENTIDADES LOCAIS



“ASSOCIAÇÃO DE PAIS E MESTRES”

A Associação de Pais e Mestres da EEF João Evangelista da Cruz foi fundada no dia 16 de março de 1997, em Paraguai.
É uma unidade executora que tem por finalidade receber os recursos do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) e aplicá-lo na manutenção e conservação da escola. Além de discutir com pai e mestres sobre organização e o que acontece na escola no dia-a-dia, procurando envolver a comunidade nos acontecimentos da escola.
A Associação foi criada pelos pais e professores por intermédio da diretora Maria de Fátima Vasconcelos Mota, devido à necessidade de se Ter esta organização na escola para poder receber o recurso do Programa Dinheiro Direto na Escola.
A APMs é composta por 19 membros, sendo assim constituída: diretoria composta por 06 pessoas, Conselho Deliberativo, 07 pessoas e Conselho Fiscal, 06 pessoas.
A APMs trabalha em conjunto para manter uma boa educação, procurando, por exemplo, aconselhar alunos indisciplinados. E é de grande importância, pois a mesma é informada do que acontece na escola e na comunidade.


Nome – Nádia Silva dos Santos
Idade – 10 anos
Data – 26/06/2006



FICHA 10
INSTITUIÇÕES E ENTIDADES LOCAIS



“ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE CANSANÇÃO”

Tendo em vista que uma comunidade unida facilita realizar projetos que beneficiem a todos os moradores de Alto Alegre com o apoio e orientação do Sr. Geraldo Cunha e Sr. Geraldo Martins, decidiram criar a Associação Comunitária de cansanção, que foi fundada no dia 05 de maio de 1996.
Uma das conquistas alcançadas pela Associação foi a rede de energia elétrica para todos os moradores de Alto Alegre, por intermédio da Prefeitura Municipal de Cruz, trazendo mais desenvolvimento para a localidade.
Atualmente, um dos projetos que a Associação tem em estudo levar água do chafariz para algumas casas que necessitam de uma água mais potável, melhorando assim, a saúde de crianças e adolescentes.
Apesar de hoje contar com apenas 10 associados, a Associação continua firme em seus propósitos. São 10 associados além da diretoria. Mensalmente eles see reúnem tentando buscar soluções e melhorias, facilitando a vida dos moradores de Alto Alegre.


Nome – Simone Regina da Silva
Idade – 14 anos
Data – 28/06/2006

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