E.E.F FILOMENA MARTINS DOS SANTOS
RELATÓRIO SOBRE A CULTURA AFRO-BRASILEIRA E
INDÍGENA
A E.E.F. Filomena Martins dos Santos durante este primeiro semestre de
2014, abordou temas referentes a Cultura Afro-Brasileira e Indígena, tentando
alertar para o educando que muitas vezes os índios e negros são representados
como passivos, sem historicidade, ou apenas relacionados à dinâmica do
colonizador, ou em imagens sob moldes genéricos, estereotipantes, como os
índios seminus, selvagens, preguiçosos que só tem valor na medida em que
cooperaram com a ação colonizadora. Também na reprodução das memórias sobre a
afrodescendente associada apenas ao episódio da escravidão. e de sua cultura
como inferior, subdesenvolvida, associado ao papel doméstico, de subemprego,
enquanto brancos são representados em postos mais altos, como médicos,
políticos e intelectuais. Com o intuito de desfazer essa imagem a Professora de
História da referida instituição trabalhou a temática da cultura africana e
indígena, conforme a Lei 10.639/03, levando reflexões
e questionamentos, discutindo sobre a temática sobre as relações étnico raciais
e sua importância. Dando ênfase a cultura afro-brasileira e indígena como um
ganho histórico que não surgiu do nada, mas das lutas dos movimentos sociais.
Destacou-se a luta contra a opressão por cor, pela livre opção religiosa
pela dignidade, igualdade social, pelo respeito e direitos a preservação de sua
memória, história e cultura e acesso a educação. Orientando que esse
processo, começou desde os primeiros
levantes negros coloniais que tiveram em Zumbi dos Palmares uma de suas mais
fortes expressões pela liberdade, assim como as Guerras dos Bárbaros, de Felipe
Camarão, foi marcado pela recusa da servidão através de fugas de escravos, a
capoeira e ao candomblé e religiosidade católica sincrética, que reestabelecia
elos com os antepassados. A própria luta pela libertação e contra o racismo,
pela educação e por uma memória que falasse de fato de negros e índios como
verdadeiros sujeitos movidos por interesses, negociando e almejando liberdade
tem sua história.
Dentre esses aspectos a professora de Geografia trabalhou o texto de
Kristian Mattias Bengtson “ A situação dos indígenas no Brasil”, encerrando com
confecção de cartazes sobre as diversas culturas existentes em nosso país.
Houve apresentação de seminários sobre os grupos formadores da população
brasileira (indígenas, negros africanos, portugueses e outros imigrantes),
destacando os movimentos de luta contra a discriminação racial e a necessidade
de se discutir a luta a partir de uma consciência política, pautada na
identidade, principalmente a partir da nova Constituição de 1988, quando se estabelece
racismo como crime.
Além disso, trabalhou-se o seguinte calendário de datas comemorativas:
FEVEREIRO:
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26- As
potências Européias repartem o continente Africano (1885).
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MARÇO:
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08- Dia
internacional da Mulher;
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21 - Dia
Internacional pela Eliminação da Discriminação Racial, em memória das vítimas
do massacre de Shapeville, na África do Sul / 1960
21 - Zumbi dos Palmares é incluído na
galeria dos heróis nacionais/ 1997
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25- Abolição da
escravatura no Ceará.
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ABRIL:
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19- Dia do
Índio.
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MAIO:
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13-
Abolição da escravatura no Brasil.
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