quinta-feira, 29 de junho de 2006

EEF VALDEMAR PAULO RIBEIRO (CANAFISTULA)

Texto da Ficha 1
MANIFESTAÇÕES CULTURAIS E EVENTOS


“A DIVERSIDADA MUSICAL DA REGIÃO: A SERESTA”

Evento muito freqüentado não só pelos moradores de Canafístula, mas por todos da região. Um dos pontos mais freqüentados pelo público é a residência do Sr. Lúcio Martins, pois o mesmo desde 2001 promove esses eventos e proporciona diversão a quem se interessar.
Com duração de aproximadamente 06 horas, a seresta é um evento de música ao vivo, na qual o público solicita um som de sua preferência e aproveita o ritmo e o tempo para se divertir, namorar e arranjar novos amigos. É aberto a todas as idades (menores de 18 anos até a meia-noite) e é um lugar de gente amigável e feliz.
Não há tempo certo para a realização desse tipo de evento, porém é mais freqüente nos períodos de julho a dezembro.

Autor – Lucélio Cezar Vasconcelos
Data - 25/06/2006
Idade - 29 anos


Texto da Ficha 1
MANIFESTAÇÕES CULTURAIS E EVENTOS



“QUADRILHA”

Festa junina, muita alegria na comunidade e em todo o Município de Cruz. Iniciada em 2000, a quadrilha proporciona muita diversão a todos os habitantes da comunidade de Canafístula.
Iniciada pelo diretor Francisco Fábio Ribeiro ,apoiado pela Secretária de Educação Socorro Rocha e resgatar essa atividade. A partir daí, anualmente essa manifestação é feita com muito esforço e dedicação. Tal evento é aberto ao público e pessoas da própria comunidade e localidades vizinhas vêm apreciar esta magnífica manifestação.
O ritmo utilizado é o caipira, bem típico das festas juninas, organiza-se duas filas e os pares no decorrer da quadrilha demonstram os passos da dança. Os trajes utilizados são vestidos estampados. Os homens usam calça comprida preta e blusa de mangas compridas estampadas. Desde o início dessa manifestação a quadrilha da comunidade já se apresentou nos anos de 2004 (Solidão e Belém) e 2005 (Paraguai e Cajueirinho I).
O entrevistado ainda acrescenta: “A relação com o universo da criança e do adolescente e fazer que o mesmo conheça mais as raízes culturais da nossa terra é uma forma de resgatar o folclore da região, isso é muito importante não deixar morrer esses valores.

Autor – Lucélio Cezar Vasconcelos
Data - 16/05/2006
Idade - 29 anos

Texto da Ficha 2
OFÍCIOS E MODOS DE FAZER



“RAPADURA DE CAJU”

Quem conhece D. Sandra conhece também sua arte de fazer rapadura de caju. Hoje com 39 anos, filha de Valdemar Paulo Ribeiro e Antônia Ermita Ribeiro. Seu nome completo é Sandra Maria Ribeiro Silveira, conhecida por Sandra, aprendeu essa atividade no Sítio Bem Fica, em Bela Cruz, adquirindo esse conhecimento com um casal vindo de Fortaleza, mais precisamente da fábrica de castanha Ernani Viana, patrocinada pela dona do sítio, a senhora Vanúsia Oliveira.
A partir daí sempre faz este saboroso alimento para ajudar no sustento de sua família e também para consumo próprio. “Para fazer um bom produto, é preciso colher o produto direto do pé, depois corta-se o caju como se corta toucinho de porco, espreme tudo, mistura com açúcar (5 kg de açúcar para 3 kg de caju). Leva-se ao fogo e mexe sem parar por 45 minutos, espera esfriar, coloca na fôrma (conhecida como gradeado), embalar e servir. Os materiais que uso são acolher de pau, uma mesa limpa, o gradeado, uma panela bem grande, e o essência: o fogão” ela afirma com confiança e orgulhosa. “Para mim é muito importante essa arte porque aprendi com meu esposo e amigas”.


Autor – Francisca Verônica Araújo
Data - 10/05/2006
Idade - 13 anos


Texto da Ficha 2
OFÍCIOS E MODOS DE FAZER



“EDIZEUDA E A ARTE DE SE FAZER CAJU”


Canafístula, Cruz-Ce, é onde mora sra. Maria Edizeuda Pinto, 26 anos, é uma das pessoas da comunidade que se destaca na arte de se fazer o doce de caju.
Natural de Pitombeiras do Cajueirinho e reside na comunidade há sete anos, explica como é feita essa saborosa sobremesa: “Primeiro colhe-se o caju direto do pé, tira toda a pele do fruto, corta-o, espreme e acrescenta o açúcar (1 kg de açúcar para 50 cajus), leva-se ao fogo e deixa apurar. Caso queira dar um sabor especial ao doce, pode ser acrescentado cravo ou casca de laranja”, afirma a entrevistada.
Para D. Edizeuda, essa atividade influencia a criança e o adolescente. E acrescenta: “Essa atividade é importante porque faz parte da cultura da nossa região”.

Autor – Francisca Verônica Araújo
Data - 10/05/2006
Idade - 13 anos

Texto da Ficha 2
OFÍCIOS E MODOS DE FAZER



“A RICA VARIEDADE DA REGIÃO: A CAJUÍNA”



Bebida nutritiva e de sabor inigualável, a cajuína é tradição na localidade de Canafístula, Cruz – Ce.
D. Laura é uma das pessoas que desempenha essa atividade com amor, carinho e determinação. Em seus comentários afirma: “Faço cajuína há mais de 20 anos e adoro o que faço”.
Explica as etapas de fabricação dessa bebida da seguinte maneira: colhe-se o caju direto do pé, corta-o e espreme. Em seguida acrescenta-se a cola ou a gelatina para cortar o vinho. Depois leva para coar, enche os litros, lacra-os e os leva para cozinhar num tambor. Depois de aproximadamente 05 horas,retira-se os litros do tambor e a bebida está pronta”. Tal atividade ajuda D. Laura e o valor arrecadado utiliza no sustento da família.
Atualmente não está mais desenvolvendo essa atividade por problemas típicos da idade (54 anos), mas apesar de tudo adora o que faz.


Autor – Lucélio Cezar Vasconcelos
Data - 18/05/2006
Idade - 29 anos

Texto da Ficha 2
OFÍCIOS E MODOS DE FAZER



“DE POUCO TEOR ALCÓOLICO E SABOR INCOMPARÁVEL:
O LICOR DE CAJU”


Bebida de baixo teor alcoólico à base de caju, o licor é produzido artesanalmente e é bastante apreciado na região.
Na localidade de Canafístula reside há 13 anos Maria Vilani Medeiros Sousa, natural de Cajueirinho, ela é uma das responsáveis pela tradição de se fazer licor de caju. “Trabalho na minha residência mesmo, com auxílio do meu esposo e filhos realizo no sustento da família e com ar de graça detalha: “Primeiro colhe-se o caju direto do pé, em seguida corta-s e es espreme. Coloca-se a gelatina para cortar o vinho, aí se côa e leva para cozinhar numa panela até apurar. Depois acrescenta-se um quarteirão de cachaça para cada litro de licor apurado e por último é só lacrar”.
Para D. Vilani, essa atividade influencia a criança e o adolescente, pois com a vivência dessa arte adquiri-se conhecimento sobre a mesma.


Autor – Lucélio Cezar Vasconcelos
Data - 25/05/2006
Idade - 29 anos

Texto da Ficha 2
OFÍCIOS E MODOS DE FAZER



“CROCHÊ”


Canafístula, Cruz-Ce, realizando essa atividade em sua própria residência, quem passa vê Antônia Ivandiza Sousa, 29 anos, filha de Miguel Luis de Sousa e Maria Neusa de Sousa realizando essa atividade.
Nasceu em Pitombeiras do Cajueirinho, reside na localidade desde o ano de 1980, aprendeu essa atividade ainda criança. Em suas brincadeiras usava a folha do cajueiro furando-a como se estivesse pegando o crochê.
Para fazer as peças de crochê usa-se o fio, a linha e a agulha e conforme o modelo realiza-se o trabalho desejado, ponto a ponto, fio a fio. “No início fazia para comprar acessórios para moça” e acrescenta: “Incentiva a criança a fazer um ofício”.
Atualmente realiza essa arte apenas como distração, pois acha muito divertido fazer o crochê.


Autor – Francisca Verônica Araújo
Data - 22/06/2006
Idade - 13 anos


Texto da Ficha 2
OFÍCIOS E MODOS DE FAZER



“ARTESANATO EM PALHA”


Comunidade de Canafístula, Cruz-Ce, é onde D. Nenê realiza essa arte há 48 anos. Inês Otacília de Sousa Ribeiro, 67 anos, filha de Alexandre Benvindo de Sousa e Maria Leonor da Conceição, natural de Aranaú, aprendeu essa atividade as 09 anos, com sua mãe. Aprendeu a fazer tucum, chapéu, saca, bolsas.
O primeiro objeto feito por D. Nenê foi o tucum. Para fazer suas peças retira-se o olho (palha mais jovem) da carnaubeira, em seguida coloca-se para secar (esta etapa é indicada para se fazer o chapéu, a bolsa e a saca).
Para se fazer o tucum utiliza-se a palha ainda verde. A partir daí retira-se as fibras, depois coloca-se para secar, depois de seco é preciso batê-las para sair o pó e por último é realizado a fabricação do tucum. Para D. Nenê é uma maneira de ajudar no sustento da família e acrescenta: “É muito importante porque Deus me deu coragem e inteligência para mim desempenhar essa atividade e repassá-los para meus familiares”.
Atualmente D. Nenê está deixando de fazer esta arte por problemas de visão e por se achar idosa, mas apesar de tudo, adora o que faz.

Autor – Maria Alaine dos Santos
Data - 22/05/2006
Idade - 16 anos

Texto da Ficha 2
OFÍCIOS E MODOS DE FAZER



“O AMOR DE D. NAUPINHA PELA ARTE DA VARANDA DE PAREDE”


Ofício bastante comum, há muito é subsídio de fonte de renda da região. Maria Naupinha Ribeiro da Silva, praticante deste ofício, garante: “Com a renda da varanda consigo comprar muitas pra dentro de casa”.
Confecciona na própria residência, as varandeiras trabalham por encomenda para os atravessadores que fornecem o fio. No caso de D. Naupinha, ela torce o fio para a realização de seu trabalho. A entrevistada relata assim as etapas de confecção da varanda: “Torço o fio numa máquina feita aqui por nós, depois é só estender na parede e começo a traçar os fios dando nós até que se forme a varanda por completa. É totalmente manual e recebe este nome por ser feita na parede”.
A varanda é muito importante para a entrevistada, pois a mesma afirma: “faz parte de nossa cultura, por isso é muito importante”.


Autor – Lucélio Cezar Vasconcelos
Data - 13/06/2006
Idade - 29 anos

Texto da Ficha 3
LUGARES, PRÉDIOS E CONSTRUÇÕES



“A EEF VALDEMAR PAULO RIBEIRO E SUA MISSÃO DE EDUCAR”


Projeto elaborado e construído pela Prefeitura Municipal de Cruz, mais precisamente no primeiro mandato de prefeito João Muniz Sobrinho, o Jonas Muniz, a escola de Canafístula representa um local de cultura para todo o Município e toda comunidade.
Uma das pessoas que se interessou pela construção desse estabelecimento de ensino foi o Sr. Clodoaldo Marques Ribeiro, que além de doar o terreno para sua construção cedeu gentilmente parte de sua residência para funcionar a primeira sala de aula.
Para a funcionária de serviços gerais, Benedita Nalva Ribeiro do Nascimento, é um local de cultura onde há quadrilhas, reuniões d Associação de Moradores e da APM, shows religiosos, comemoração do Dia das Mães/ Pais. É muito importante, pois “me sinto muito bem e me relaciono bem com todos os meus colegas de trabalho”.
Que esse local seja sempre um ambiente saudável e prazeroso para funcionários e alunos e que a cultura seja sempre ampliada e multiplicada por todos.

Autor – Maria Kátia Silveira
Data - 16/06/2006
Idade - 13 anos


Texto da Ficha 3
LUGARES, PRÉDIOS E CONSTRUÇÕES



“A CASA DE FARINHA E A TRADIÇÃO DA FABRICAÇÃO DA FARINHA E DERIVADOS DA MANDIOCA”


Localizada vizinho à casa do sr. José Alencar Silveira, popularmente conhecido por José Esmael e ativa por mais de 25 anos, sua casa de farinha é a mais procurada por todos e os habitantes de Canafístula, “é um local onde o povo sempre procura, pois é de confiança”, afirma o entrevistado.
Para ele, tem muito a ver com o universo da criança e do adolescente, porque de certa forma ele adquiriu conhecimento sobre o cultivo e fabricação desse produto tão conhecido na região.
Que a casa de farinha do sr. José Esmael seja sempre esse lugar de cultura, amizade e confiança para os habitantes de Canafístula.

Autor – Lucélio Cezar Vasconcelos
Data - 10/06/2006
Idade - 29 anos


Texto da Ficha 3
LUGARES, PRÉDIOS E CONSTRUÇÕES



“CHAFARIZ”

Localidade de Canafístula, zona rural do Município de Cruz – Ce, próximo ao campo de futebol da referida localidade encontra-se o chafariz.
Construído pela Prefeitura Municipal de Cruz, tem como objetivo principal proporcionar aos habitantes da Canafístula água potável de qualidade. Porém esta rica fonte mineral tem gosto salobro, mas apesar de tudo é um projeto que beneficia toda a comunidade, principalmente nos períodos de agosto a dezembro.
Segundo o sr. Manoel Pereira de Araújo, conhecido por todos como Manoel Marques, afirma com segurança da importância do chafariz público: “É importante, pois atende as pessoas da região, porque se não fosse o chafariz. As pessoas mais pobres iriam buscar água nas comunidades vizinhas”.

Autor – Maria Kátia Silveira
Data - 20/05/2006
Idade - 13 anos

Texto da Ficha 4
LENDAS, CAUSOS, SUPERSTIÇÕES E CURIOSIDADES



“OS FARÓIS”

Testemunha visual do fenômeno, a sra. Maria Naupinha Ribeiro Silveira, 42 anos, residente na comunidade desde criança, afirma com toda segurança sobre o fato.
Para a entrevistada são dois faróis que lembram as luzes de veículo ou caminhão sem barulho algum. Não representa nenhum perigo ´para quem o vê e de uma hora pra outra, assim como surge, desaparece sem deixar vestígios. “Senti muito medo, mas sempre tive curiosidade por essas histórias misteriosas”, afirma D. Naupinha.

Autor – Maria Alaine dos Santos
Data - 28/05/2006
Idade - 16 anos
Texto da Ficha 4
LENDAS, CAUSOS, SUPERSTIÇÕES E CURIOSIDADES



“SR. MIGUEL MARANHÃO E AS PREVISÕES DE UM BOM INVERNO”

Todos os agricultores de nossa região tem uma preocupação em comum: um bom inverno. O Sr. Miguel Luís de Sousa ou Miguel Maranhão, 64 anos, residente na localidade há 26 anos, conhece algumas técnicas de prever o inverno do ano seguinte.
“A primeira a gente se baseia por um pássaro, o bico de latão, se ele construir sua toca (cavada no chão) para o lado da praia, o inverno será bom, caso contrário, não será. No dia de Santa Luzia também é possível saber se o inverno será bom: pega-se uma tábua limpa, coloca-se uma pedra de carvão para cada mês, as que ficarem molhadas serão os meses chuvosos, os que não tiverem será o mês com pouco ou sem nenhuma chuva”, afirma o entrevistado. Para Seu Miguel essas simpatias despertam a atenção da criança e do jovem e acrescenta: “Com a observação deixa agente com mais esperança de um bom inverno”.
Que a sabedoria do Sr. Miguel seja sempre exemplo de fé e esperança e que os invernos sejam sempre com muita fartura para o pequeno e sofrido agricultor da nossa região.

Autor – Lucélio Cezar Vasconcelos
Data - 20/05/2006
Idade - 29 anos


Texto da Ficha 4
LENDAS, CAUSOS, SUPERSTIÇÕES E CURIOSIDADES



“SINAL DA CRUZ EM ENCRUZILHADA”

Maneira de defender-se do que é ruim, segundo Rita de Cássia Ribeiro Sousa, 67 anos, benzer-se em encruzilhadas é muito importante.
Aprendeu com os mais velhos (avós e tios), pois era perigoso passar por estradas conhecidas como quatro bocas. “As pessoas deviam benzer-se pra se proteger, pois havia nesses locais feitiços ou macumbas”.
Para a entrevistada, os mais jovens, atualmente não ligam para esse tipo de ritual. Mas apesar das dificuldades, há muitas crianças que ainda seguem essa manifestação.

Autor – Francisca Verônica Araújo
Data - 25/05/2006
Idade - 13 anos

Texto da Ficha 5
BRINCADEIRAS E BRINQUEDOS INFANTIS



“JOGO DE BILA”


Tão popular é seu nome como também é praticado pelas pessoas de Canafístula. O jogo de bila, segundo o garoto de 10 anos, José Deocleciano Ribeiro: “Antes de iniciar o jogo, desenha-se um triângulo no chão, coloca-se algumas bilas dentro do mesmo. Os participantes ficam um pouco afastados e quem conseguir acertar as bilas e jogá-las para fora do triângulo, passa a ser o dono delas”, comenta o garoto.
Não sabe ao certo quando iniciou essa brincadeira. Aprendeu-a vendo seus irmãos jogando e acrescenta: “A relação com o universo da criança é que ajuda a gente arranjar muitas amizades”.

Autor – Lucélio Cezar Vasconcelos
Data - 10/05/2006
Idade - 29 anos


Texto da Ficha 5
BRINCADEIRAS E BRINQUEDOS INFANTIS



“BOLA DE MEIA”


Na localidade de Canafístula, onde vive Carlo Weliton da Silva, um garoto de 11 anos, realiza-se diversas atividades com bola de meia. “Não sei bem ao certo como começou essa brincadeira. Aprendi vendo meu irmão Jarbas fazendo”.
Segundo o entrevistado, pega-se uma meia, depois coloca-se dentro vários sacos, panos velhos para a bola ficar mais pesada. Por fim amarra a entrada da meia, em seguida é só brincar!
A importância dessa brincadeira é que “pode revelar os talentos como jogador de futebol”

Autor – Lucélio Cezar Vasconcelos
Data - 18/06/2006
Idade - 29 anos

Texto da Ficha 6
FIGURAS POPULARES


“MANOEL RIBEIRINHO DE ALMADA”

Nascido na própria comunidade desde criança fora influenciado o seu pai, que não media esforços para ajudar as pessoas. Assim o sr. Ribeirinho ficou conhecido na comunidade por sua capacidade de ajudar as pessoas, como por exemplo: encaminhar um enfermo ao hospital, auxiliar em atividades burocráticas, fazer documentos pessoais – muitas vezes tirando dinheiro do próprio bolso. Mas tudo isso é reconhecido.
O sr. Ribeirinho é uma referência para os jovens, pois é solidário e preocupa-se com o bem-estar de todos.
Sua esposa, D. Maria do livramento Xavier, natural de Riacho da Prata e residente na comunidade há 33 anos, define seu esposo: “Para mim ele é muito importante e valioso, pois ajuda as pessoas e não ajuda mais porque não pode”.


Autor – Lucélio Cezar Vasconcelos
Data - 18/06/2006
Idade - 29 anos


Texto da Ficha 6
FIGURAS POPULARES


“ESPORTE E BEM COMUM”

Quem chega a Canafístula não é difícil conhecer o sr. Raimundo Nonato da Silva, 60 anos, residente na comunidade e conhecido popularmente por Raimundo Martim.
Líder do time de futebol da localidade, sempre promove amistosos e torneios entre os times das localidades circunvizinhas. Além de ser muito preocupado com as pessoas do lugar, Seu Raimundo é muito procurado por todos, pois o mesmo sempre consegue, junto à Secretaria de saúde de Cruz, atendimento e remédio para quem precisa. “Tento sempre ajudar quem precisa de mim”, afirma.
Que o sr. Raimundo continue sendo este exemplo para a comunidade e que o mesmo nunca deixe de ajudar quem precisa de sua atenção.


Autor – Lucélio Cezar Vasconcelos
Data - 30/06/2006
Idade - 29 anos


Texto da Ficha 6
FIGURAS POPULARES


“VALDO RIBEIRO”

Autodidata, médico, veterinário, parteiro, foi assim que viveu o sr. Valdemar Paulo Ribeiro, ou Valdo ribeiro, conhecido por muitas pessoas em muitos municípios, do Vale Acaraú (Marco, Bela Cruz, Cruz), era um homem simples e gostava de ajudar o próximo.
Segundo sua filha, Ivone de Paulo Ribeiro, seu pai comprava remédios na farmácia, algum produto proveniente de sua lavoura e doava aos mais necessitados de sua comunidade.
Receitava remédios, aplicava injeções, realizava partos e sua história de vida é um bom exemplo para todas as crianças e adolescentes da comunidade. “Perdi meu pai aos oito anos de idade, mas sempre gostei de ouvir as histórias sobre meu pai”, conta emocionada D. Ivone. “Foi uma pessoa que sempre ajudou as pessoas seus familiares”, reforça a entrevistada.
Foi um dos primeiros habitantes da pacata e simples comunidade de Canafístula e é uma referência aos que até hoje contam sua história.


Autor – Maria Kátia Silveira
Data - 20/06/2006
Idade - 13 anos


Texto da Ficha 6
FIGURAS POPULARES


“MIGUEL MARANHÃO”


Natural do Maranhão, morador da comunidade há 26 anos, o sr. Miguel Luís de Sousa ou Miguel Maranhão, como é conhecido por todos, destaca-se na localidade por ajudar todos a adquirir documentos básicos que todo cidadão deve possuir e também socorrer pessoas até o hospital de Cruz.
“Represento para os jovens respeito e exemplo de honestidade” reforça o entrevistado. Mantendo uma relação amigável com todos os moradores até os dias atuais Seu Miguel ainda ajuda aqueles que o procuram.
Que o sr. Miguel Maranhão continue sendo sempre este exemplo positivo para a comunidade de Canafístula e que influencie os jovens a seguir seu exemplo de vida.

Autor – Francisca Verônica Araújo
Data - 22/05/2006
Idade - 13 anos

Texto da Ficha 7
EXPRESSÕES E VOCÁBULOS LOCAIS E REGIONAIS


“ESPIA”


Segundo a entrevistada, Sandra Maria Ribeiro Silveira, espiar significa ver, observar, olhar.
Esta palavra surgiu há muito tempo, pois desde criança a entrevistada ouve seus familiares e amigos falar o tempo todo. “É muito importante, pois tudo que pertence à comunidade é importante”.


Autor – Maria Kátia Silveira
Data - 12/06/2006
Idade - 13 anos


Texto da Ficha 7
EXPRESSÕES E VOCÁBULOS LOCAIS E REGIONAIS


“ENXERIDO”


Aquele que gosta de falar palavrões, falta com respeito a outras pessoas ou é intrometido. Assim é o enxerido, segundo a entrevistada, Sandra Maria Ribeiro Silveira.
Esta palavra é dita por todos e desde sua infância ela ouve os outros dizerem a partir daí inclui tal palavra em seu vocabulário. “Faz parte do modo de falar da comunidade e influencia a criança e o jovem a falar também”.


Autor – Maria Kátia Silveira
Data - 15/06/2006
Idade - 13 anos


Texto da Ficha 7
EXPRESSÕES E VOCÁBULOS LOCAIS E REGIONAIS


“ARRIA!”

Arria, menina! Varre a casa ligeiro!Essa expressão a sra. Célia ouviu muito durante sua infância, ouvindo sua mãe falar freqüentemente, ela passou, juntamente com outras pessoas, a falar essa expressão que é tão comum entre crianças e adolescentes de ontem e hoje.
Essa palavra é usada para alertar alguém que está realizando alguma tarefa lentamente ou quando está com preguiça. “É um alerta, uma forma de educar”, relata a entrevistada.
“Tem tudo a ver com a criança e o adolescente é uma forma de chamar sua atenção e com o passar dos tempos, passam a usar também essa palavra”.


Autor – Maria Alaine dos Santos
Data - 23/05/2006
Idade - 13 anos

Texto da Ficha 7
EXPRESSÕES E VOCÁBULOS LOCAIS E REGIONAIS


“RAMBORA”

É o mesmo que convidar. Esta palavra faz parte do vocabulário da comunidade de Canafístula e para a entrevistada é importante, pois faz parte do dia-a-dia de todos.
Não sabendo ao certo sua origem, aprendeu ouvindo sua mãe e os moradores locais falarem constantemente esse vocábulo. “É uma maneira de ensinar o vocabulário da comunidade aos adolescente e crianças”, afirma a entrevistada.

Autor – Maria Kátia Silveira
Data - 15/06/2006
Idade - 13 anos


Texto da Ficha 7
EXPRESSÕES E VOCÁBULOS LOCAIS E REGIONAIS


“DE LUA”

Esta palavra é muito usada pelas pessoas que um dia estão alegres, outro dia estão zangadas. Esta expressão, a entrevistada aprendeu ouvindo sua mãe e os mais velhos falarem em seu dia-a-dia. “É uma maneira de falar do pessoal da região, influencia os mais jovens”, comenta a entrevistada.

Autor – Maria Kátia Silveira
Data - 08/05/2006
Idade - 13 anos


Texto da Ficha 7
EXPRESSÕES E VOCÁBULOS LOCAIS E REGIONAIS


“BOTAR NA BAIA”

Para a entrevistada, a expressão “botar na baia” é usada com alguma coisa que a gente usa muito, no dia-a-dia.
Aprendeu esta expressão vendo sua mãe falar. “Quando minha mãe comprava uma roupa nova, ela mandava a gente ‘botar na baia’ aquele mais velha. É uma maneira de ensinar à criança o vocabulário da comunidade”.

Autor – Maria Alaine dos Santos
Data - 02/05/2006
Idade - 16 anos


Texto da Ficha 8
HISTÓRIAS LOCAIS


“A ESTACA FERRADA E O CALDEIRÃO”

Vizinho à Canafístula, exatamente na divisa com o Município de Bela Cruz, está situada a comunidade de Caldeirão. Atualmente está desabitada, ela é considerada a que deu origem à Canafístula, pois as pessoas que habitaram Caldeirão no passado, mudaram-se para Canafístula. A mesma possui apenas uma casa.
Os habitantes da região contam que a origem do nome deu-se por haver um grande buraco que lembrava um caldeirão. “Seu fundo era bem redondo e liso, por isso passou a ser chamado por esse nome” conta a entrevistada.
Nessa localidade há um marco muito conhecido: trata-se de uma estaca que contém a marca do sr. Valdo Ribeiro, tal marca era usada para ferrar seu rebanho e por esse feito chamaram-na de Estaca Ferrada.
“É uma história que desperta a curiosidade de quem ouve e, apesar de pequeno, é importante para todos da região”, afirma D. Esmeralda.

Autor – Lucélio Cezar Vasconcelos
Data - 15/05/2006
Idade - 29 anos


Texto da Ficha 8
HISTÓRIAS LOCAIS


“CANAFÍSTULA”

A localidade de Canafístula está situada a aproximadamente 21 km da sede do Município. É uma localidade pacata com aproximadamente 300 habitantes e seu nome é originário a partir de uma planta.
Os primeiros habitantes desse lugar foram: Nei Livino, Luís Geraldo, Vicente José da Silva, o Vicente Valente e Valdemar Paulo Ribeiro. Ao longo dos anos (a entrevistada não tem uma idéia ao certo do povoamento de Canafístula) as famílias se multiplicaram e hoje conta dezenas de famílias.
A base da economia da região é a agricultura de subsistência, o clima é ameno. O povo, uma parte é semi-analfabeto.
A escola do lugar oferece o Ensino Fundamental completo, para a sra. Esmeralda Joana Ribeiro, esse lugar é muito importante. “É o local de origem de todos, e uma comunidade, apesar das dificuldades, boa para se viver”. E acrescenta :”É um lugar calmo onde todo mundo é amigo”.


Autor – Lucélio Cezar Vasconcelos
Data - 03/06/2006
Idade - 29 anos

Texto da Ficha 10
INSTITUIÇÕES E ENTIDADES LOCAIS


“ASSOCIAÇÃO DOS MORADORES DE CANAFÍSTULA”


A Associação de Moradores de Canafístula é uma instituição fundada em 20 de maio de 1994, com sede na EEF Valdemar Paulo Ribeiro, tem como objetivo principal trazer benefícios para a comunidade e tem como parceira a Prefeitura Municipal de Cruz.
Antes de ser registrada, o sr. Manoel Marques, juntamente com o apoio de seus familiares e demais sócios, organizaram-se e a partir daí começaram a planejar possíveis projetos.
No ano de 1997 a referida instituição realizou o tão sonhado: a eletrificação de grande parte do território que compõe a comunidade. Pouco tempo depois a Prefeitura Municipal de Cruz realizou uma doação de um telefone e assim proporcionou uma maior comunicação com o Brasil e regiões.
Atualmente o então presidente, Nilton César Vasconcelos, e demais membros da Diretoria Executiva da Associação têm um projeto já encaminhado. Tal projeto irá complementar as áreas que ainda não tem energia elétrica, como também implantar um sistema de abastecimento de água futuramente.
Essa Associação preocupa-se e tem como prioridade desenvolver a comunidade para futuras gerações.

Autor – Maria Kátia Silveira
Data - 07/05/2006
Idade - 13 anos


Texto da Ficha 10
INSTITUIÇÕES E ENTIDADES LOCAIS


“APM”


A Associação de Pais e Mestres da Escola de Ensino Fundamental Valdemar Paulo Ribeiro, fundada em 28 de abril de 1999, tem como objetivo conscientizar os pais da comunidade de Canafístula sobre a importância da educação para as crianças e adolescentes da comunidade. É uma entidade sem fins lucrativos, onde os funcionários da escola e pais de alunos dão tudo de si para que tudo dê certo.
No inicio, a população não deu muito crédito, porém quando as ações foram concretizadas, a APM passou a ter maior participação dos pais da comunidade.
A APM recebe, anualmente, fundos para manter a escola com materiais didáticos e de limpeza do espaço físico da escola.
Atualmente a presidência da APM é dirigida pelo diretor Manoel Milton da Silva que afirma: “Atuo como auxiliador no que diz respeito ao zelo do patrimônio da comunidade, no caso a escola”.


Autor – Lucélio Cezar Vasconcelos
Data - 06/05/2006
Idade - 29 anos

Um comentário:

neliane márcia da silva disse...

é muito legal todas essas eiformaçoe pois sou de canafistula conheço essas pessoas e agora estou conhecendo suas história de vida isso é muito importante pois ficará na história e futuras geraçoes terao conhecimento os alunos estao de parabéns .