O projeto História Cantada foi desenvolvido pela Secretaria de Educação para trabalhar a disciplina de História nos anos finais do EF de forma diferente e com novas perspectivas de aprendizagem junto aos alunos.
Dentro da metodologia de trabalho são desenvolvidas aulas com o uso de paródias ou músicas de interpretes nacionais sobre determinado período da história fazendo com que o aluno estude cantando.
Também faz deste projeto orientações para o trabalho com músicas que tratem da temática afro-brasileira e indígena buscando a valorização e o reconhecimento da raça em cumprimento a Lei 10.639/2003.
A apresentação do livro foi realizada em janeiro de 2015, mas o projeto já estava sendo elaborado nas escolas desde 2014.
APRESENTAÇÃO DO LIVRO HISTÓRIA CANTADA.
A escola de hoje requer de nós, professores, um algo a mais. Anseia por educadores e seres transformadores da realidade escolar. Mas também esforço, dedicação além é claro do apoio para fazer do tempo pedagógico em sala algo com mais sentido e acima de tudo o prazer do aluno em vivenciar o momento de estudo.
"O ensino de história deve
estar articulado a diversificação de documentos, como imagens, canções, objetos
arqueológicos, entre outros, na construção do conhecimento histórico”.
(PARANÁ, 2008, p. 53). Para isso
o planejamento de ações diferenciadas é primordial, de modo que neste ajuste de
ideias o professor busque e aprimore seus conhecimentos entendendo ser necessário
mais do que simples explanações orais enfadonhas. Às vezes, quando os professores querem ser muito sérios, falar de
coisas muito sérias, desatam a fazer discursos recheados de palavras difíceis
que ninguém entende e, à segunda ou terceira frases, já estamos todos a mandar
bilhetinhos uns aos outros, ou a fazer desenhos na borda dos cadernos, ou a
roer a tampa da esferográfica. (ALICE VIEIRA, 2004).
Nesse contexto a música é “compreendida como um objeto de
aprendizagem, permite múltiplos usos e leituras. Os objetos de aprendizagem
servem para ilustrar, mobilizar, explicar ou problematizar um determinado
conteúdo ou conceito” (ABUD, 2005, p. 312). A música
pode trazer certa agitação para os alunos, mas o professor não deve ter receio
disso, pois a geração atual, que lida com diversas tecnologias ao mesmo tempo,
pede aulas mais movimentadas. Assim sugere-se nesta obra a utilização de um
desses meios diferenciados que podem ser trabalhados pelo professor em sala, a
paródia: “uma recriação de um texto, geralmente
célebre, conhecido, uma reescritura de caráter contestador, irônico,
zombeteiro, crítico, satírico, humorístico, jocoso. A paródia constrói, assim,
um percurso de desvio em relação ao texto parodiado, numa espécie de
insubordinação crítica, cômica." (Guia de produção textual da PUCRS).
Ela pode ser
realizada por meio de uma exposição sonora ou audiovisual. Permite, portanto, o
desenvolvimento do senso crítico do aluno e pode vir a ser aplicada como
estratégia de ensino em qualquer série ou disciplina, pois seu uso pode ser
facilmente adequado a qualquer tipo de conteúdo além de ajudar
o aluno a assimilar com maior facilidade os objetivos do capítulo a qual foi
inserida.
A utilização de
paródias em sala de aula requer uma grande dose de doação e de comprometimento
por parte do professor que deve encarar com seriedade esta tarefa, respeitando
a faixa etária e o grau de maturidade de sua clientela, tomando cuidados
especiais para que tal atividade não se perca no vácuo e transforme-se apenas
em uma mera terapia ocupacional. Nesse sentido, é necessário que antes de tudo
exista um período de sensibilização da turma, onde o professor deve construir
juntamente com seu aluno um conceito comum sobre o que o mesmo entende
por paródia.
O projeto intitulado “História
Cantada” surgiu a partir da ideia do Professor Chico D’Ávila por meio de
pesquisas frequentes na internet no you tube. Nesse canal, Chico Hits,
disponibiliza diversas paródias com as respectivas letras das paródias
contribuindo para os professores de história pesquisadores de temáticas
diferenciadas para o trabalho com história. Assim como ele, existem diversos
outros professores que também produzem paródias para o cotidiano de sala.
Destaco aqui os professores pesquisados como referência, assim também como os
links de acesso para sues canais no you tube.
Prof. Chico
D’Ávila – Projeto Historia Cantada, Prof. Caio Melo - https://www.youtube.com/user/meloprofessor/videos
Prof. Elias
Nogueira – Projeto História com música, https://www.youtube.com/channel/UCk5Oxc4rGN7Qae_SrPkLcTQ
Prof.
André Diniz – Proj. Música com História,
Prof. Pâmela
Barros – Projeto Cantando História, https://www.youtube.com/user/pamvbarros;
Prof.
Willian Gabriel – Proj. Música virou História, https://www.youtube.com/channel/UCLoNk3ED0VFYoOqBKsYx4Vw;
Prof. Fabrício
Mesquita, Prof. Pedro Renno, Prof. Dodô, Prof. Marcelo, Prof. Wladimir, Prof.
Gerson Guimarães.
As paródias foram organizadas tendo como base a ordem dos conteúdos
curriculares do Livro: Projeto Araribá da Editora Moderna – M Raquel Apolinário,
3ª edição - 2010.
Entendendo que "a canção popular é claramente, muito mais do
que um texto ou uma mensagem. Seu poder significante e comunicativo só é
percebido como um processo social à medida em que o ato performático é capaz de
articular e engajar uma comunidade de músicos e ouvintes numa forma de
comunicação social." (TREECE, 2000, p. 128). A boa música sempre traz uma mensagem, um ensinamento para a vida. Essas
lições não devem ser desperdiçadas, mas trabalhadas, debatidas e valorizadas ao
máximo como práticas a serem vividas cotidianamente (ANDRADE, p, 33 – 2014). Além das paródias são sugeridas também músicas de
interpretes brasileiros. Estes cantores vivenciaram períodos da história
brasileira e as transformaram em músicas. com a interpretação ou indicação para
uso da música na disciplina de história do Brasil ou Geral. A letra das músicas
foi pesquisada e coletada de diversos sites do assunto na rede de internet.
Junto a esse material existe
também um espaço com músicas dedicadas a temática afro-brasileira e indígena
conforme estabelece a lei nº
10.639/2003 e Lei 11645/08 para estudo paralelo aos conteúdos de história.
Dessa forma espera-se contribuir para que o
professor de história possa ser auxiliado no trabalho docente, lhe propiciando
mais uma ferramenta entre as várias existentes no cotidiano da sala de aula, e
assim fazer com que suas atividades desenvolvidas junto aos educandos possam se
transformar em algo prazeroso e mais favorável a aprendizagem.
José Evaldo de Vasconcelos
Coordenador
Municipal de Ciências Humanas
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