O Concurso de Redações promovida pela Secretaria da Educação com as escolas públicas municipais foi destacado nas ações do site do Selo UNICEF na Campanha contra o racismo
Nota na íntegra:
Confira as duas redações vencedoras do V Concurso de Produções Textuais de Emancipação Municipal 2011, realizado na cidade de Cruz, no Ceará. O tema foi “Diversidade étnico-racial em minha comunidade” e a mensagem foi enviada pela Coordenação de Cultura de Cruz:
Um pouco diferente
EEF. Macário José de Farias
Aluno: Alesson Arantes Silveira
8º Ano, Idade: 13
Professora: Maria Rosimeire Vasconcelos Costa
Vivemos em uma comunidade onde somos compartilhadores de várias culturas e origens, pois a diversidade sempre está presente, seja na raça, cor ou costumes. Cada um com sua característica própria faz parte dessa comunidade, pois é essa diversidade que faz dela tão agradável e boa de se viver.
A diversidade cultural está presente em vários aspectos da comunidade, tornando-a um lugar atraente, pelas raças e descendência de cada pessoa, pelos costumes e tradições preservados até hoje, como: a tapioca, a farinhada, o trabalho artesanal de chapéus e urus, sem falar na sua hospitalidade que faz com que os visitantes e os próprios moradores valorizem-na, deixando todas as culturas e com cada uma delas construindo a cara e montando as características da nossa comunidade.
Além disso, toda a comunidade tem uma grande interação por meio de uma entidade, a escola, que busca ajudar os em meio do seu processo educacional, a socialização dessa diversidade e a valorização dela. Também através da escola é possível debatermos e valorizarmos a cultura de todos.
Por tudo isso, concluímos que a diversidade é uma peça fundamental para a formação de um povo e com ela vive-se bem melhor, basta valorizar a cultura de cada um. Minha comunidade é um pouco diferente.
Minha cor é meu orgulho
EEF Maria Filomena Sousa
Aluna: Maria Taynar de Sousa
8º Ano, Idade: 12 anos
Professora: Carla Virgínia da Silva Bezerra Marques
Na minha comunidade a formação do povo é bastante relevante na história do lugar, pois se tem notícias e relatos de moradores de que somos descendentes de escravos.
O Senhor Manoel Messias Marques concedeu- me alguns trechos para esta narrativa. Segundo ele, em meados de 1870, chegou aqui o Senhor Frutuoso José de Freitas, proprietário de escravos que trazia consigo três casais; um deles foi Pedro Marques da Cunha e Jacinta Maria da Conceição.
Calcula-se que grande parte da população do Cajueirinho descende desse casal. “Era um grupo de trinta e três pessoas que vieram com Frutuoso. Conheci todos muito bem, exceto cinco que já eram falecidos quando nasci. Todos os outros faleceram numa faixa etária de oitenta a noventa anos; somente Jovelina Maria da Conceição (ex-escrava) ultrapassou 100 anos e chegou a completar 101”. Foi uma Senhora distinta, de família numerosa que ainda hoje é lembrada por seus bisnetos, trinetos e tetranetos, moradores do povoado de “Moura”.
Frutuoso tratava seus servos com respeito e dignidade. Consta-se que esse Senhor cedeu um lote de terra, dentro do Cajueirinho a Pedro Marques e sua esposa. Formou-se um lugarejo que depois foi batizado como “Moura”, que significa Mulher Morena dos cabelos lisos, característica marcante de Jacinta. Hoje esse lugar é bastante conhecido por sua diversidade racial. É importante que se conheça nossa origem para poder compreender quem realmente somos: brancos, pardos, negros, mulatos ou indígenas.
Por: Racismo, participe desta campanha.
http://www.infanciasemracismo.org.br/2011/03/15/concurso-de-redacao-na-cidade-de-cruz-teve-como-tema-a-diversidade-etnico-racial/
Hino do Município de Cruz
Há um ano
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